quinta-feira, 20 de julho de 2017

Novo ministro da Cultura chamou cineastas independentes de 'black blocs'

Sérgio Sá Leitão foi nomeado nesta quinta-feira pelo presidente Michel Temer



Como O GLOBO revelou em fevereiro deste ano, a mensagem de Sá Leitão foi enviada em 7 de outubro de 2014 para cerca de 15 pessoas, muitas delas profissionais que regularmente buscam recursos nos editais, que na época eram gerenciados por ele. Entre os destinatários estavam o distribuidor Bruno Wainer, o cineasta Cacá Diegues, as produtoras Mariza Leão, Iafa Britz e Paula Barreto, as diretoras-executivas do Festival do Rio, Ilda Santiago e Walkíria Barbosa e o ex-diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel.
A motivação foi um texto distribuído à imprensa com as revindicações do Rio: Mais Cinema, Menos Cenário, um movimento lançado no Festival do Rio de 2014 para pedir mais transparência nos gastos e maior diversidade nos projetos contemplados nos editais de prefeitura e estado. Leitão começou sua mensagem citando um e-mail que teria sido enviado por Frederico Cardoso, membro da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas, com críticas à sua gestão. Sérgio escreveu: “Para além de denúncias vazias e argumentos tolos, o que mais chama a atenção é a postura belicosa e vingativa”.
No final da mensagem, o novo ministro se referiu aos críticos como “black blocs” e colocou entre parênteses os nomes dos cineastas Silvio Tendler, Murilo Salles e Vânia Catani.
NOTA DE REPÚDIO
No dia seguinte à publicação da reportagem, entidades do setor audiovisual protestaram contra a indicação do jornalista Sérgio Sá Leitão para cargo na Diretoria Colegiada da Ancine. O grupo disse na época que o novo ministro não tinha "capacidade" para assumir o cargo e que havia deixado um "péssimo legado" para a RioFilme.

"Repudiamos a indicação porque Sérgio Sá Leitão não possui capacidade técnicas e administrativa para o cargo, o que é atestado pelo péssimo legado que o mesmo deixou para a Riofilme e para a Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, funções que ocupou na administração do ex-prefeito Eduardo Paes. Além disso, não se tem ciência de nada relevante realizado por esta pessoa na esfera privada dentro da área de cinema", dizia um dos argumentos utilizados pelo grupo.
Via O Globo

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