Veja o vídeo da prisão do aliciador do Baleia azul
Polícia realiza
operação para prender envolvidos com o jogo Baleia Azul
Pedreiro de 23
anos é preso em Nova Iguaçu e confessa ter aliciado pela Internet 30 pessoas
para jogo que submete jovens a tortura e morte
O pedreiro Mateus Moura, 23 anos, foi
preso em Nova Iguaçu na Baixada Fluminense e confessou ter aliciado 30
pessoas para o jogo. A delegada titular da DRCI, Daniela Terra disse que
Mateus Moura confessou ser um dos curadores do jogo no Brasil. "Os
agentes conseguiram se infiltrar em comunidades e identificar alguns desses
curadores. Pelo menos 15 vítimas vieram procurar a DRCI e as investigações
começaram no início do ano", contou Daniela ao DIA.

Entre as vítimas da Baleia Azul
está uma criança de 9 anos e uma adolescente que desenhou o símbolo do jogo no
púbis, acima da vagina. Segundo a delegada, a faixa etária das vítimas é
de 8 a 15 anos."Os pais têm que avaliar a necessidade de uma criança de 8
anos ficar numa rede social", questionou a delegada.
Na casa de Mateus a polícia
apreendeu computador e celulares. As investigações mostraram que o
suspeito criava comunidades para atrair as vítimas com nomes como 'Você
está triste?' e criava testes a que os adolescente eram submetidos assim que
entravam no jogo.

Segundo a delegada, muitas
vítimas procuraram a DRCI, mas ainda não se sabe quantas era ligadas a Mateus.
Além de confessar ter convencido 30 menores a participar do jogo, Mateus
confessou que queria ganhar o posto de "curador" — como são chamados
os aliciadores da Baleia Azul — e que há cinco "curadores" atraindo
pessoas. "Vamos analisar o material apreendido em todos os estados, pois
podem surgir novas vítimas e curadores", disse a titular da DRCI.
As investigações começaram
em janeiro, antes que alguma vítima prestasse queixa. Investigadores se
infiltraram em comunidades suspeitas e identificaram Mateus.
"Em depoimento, a
criança de 9 anos disse que participou do jogo porque queria ver os anjinhos.
Temos que entender o que os
filhos estão fazendo. Por muitas vezes não entender preferimos que fiquem na
Internet. Na maioria dos casos as vítimas estavam em depressão e isso é um
problema social que se não tratarmos agora vai piorar", disse a delegada.
A delegada-adjunta da DRCI, Fernanda Fernandes, disse que muitas pessoas
procuraram a especializada para denunciar o jogo. "Temos vítimas que
chegaram à delegacia a ponto de se matar, com cortes profundos pelo
corpo".
Em nota, o Facebook destacou
que não permite "conteúdo na plataforma que promova ou incentive suicídio
ou auto-mutilação, e colaboramos com as autoridades em casos que envolvam
ameaças diretas à segurança física das pessoas".
Nos Termos de Serviço do Facebook,
documento como o qual todo usuário deve concordar ao fazer cadastro, o usuário
se compromete a não usar a rede social se for menor de 13 anos, nem fornecer
informações pessoais falsas.
A delegada-adjunta fez duras
críticas ao Facebook, principalmente por não ter recebido da rede social
informações solicitadas por ofício. "Se passassem as informações que
pedimos outras crianças estariam preservadas e muitas vidas não estariam em
risco. Com essas informações a investigação seria mais ágil e melhor se eles colaborassem",
disse.
Fernanda Fernandes informou
que a investigação continua. "Haverá segunda e terceira fases. Essa, foi
uma investigação preventiva porque não queríamos que existissem novas
vítimas", explicou.
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A Operação Aquarius ocorreu
em 20 municípios de nove estados do Brasil. Além do Rio, os agentes atuam
também no Amazonas, Pará, Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, São Paulo,
Paraíba, Santa Catarina e Sergipe.
Reportagem do estagiário Rafael Nascimento,
com supervisão de Maria Inez Magalhães
Via Jornal O Dia
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