Mulher é condenada por morte de marido nos EUA, em crime 'testemunhado' por papagaio


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Mulher foi condenada por matar seu marido
Mulher foi condenada por matar seu marido Foto: Divulgação

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A Justiça americana condenou uma mulher pela morte do seu marido, em um crime aparentemente testemunhado pelo papagaio da vítima. Martin Duran, de 46 anos, foi encontrado morto com cinco tiros na casa onde morava com a sua mulher, Glenna Duram, de 49 anos. Dois anos após a instauração do inquérito, a americana foi declarada culpada.
O crime aconteceu em maio de 2015. Glenna ficou baleada na cabeça, mas sobreviveu. Desde o início, ela negou a responsabilidade pelo assassinato, mas, nesta quarta-feira, após oito horas de deliberação, um júri a considerou culpada. De acordo com a decisão, ela atirou no marido e depois disparou contra a própria cabeça, apenas se ferindo.
Após a morte de Martin, a "guarda" do papagaio, chamado Bud, ficou a ex-mulher do americano, Christina Keller. De acordo com ela, depois do assassinato, a ave repetia frequentemente a frase "Não atire, porra!" ("Don't fuckin shoot"), enquanto imitava a voz de seu dono.

Papagaio repetia
Papagaio repetia "Não atire!" e ajudou a elucidar crime Foto: MIKE LOVETT / AFP/Getty Images

O "testemunho" do papagaio não foi usado durante o processo judicial. Mas, segundo a emissora britânica BBC, os pais da vítima afirmaram que aceitaram a possibilidade de o papagaio ter escutado o casal discutir e que, por isso, passou a repetir as últimas palavras do dono.
Nesta quarta, um júri levou oito horas para elaborar a decisão que considerou Glenna Duram culpada pela morte de Martin Duram. A sentença da americana será proferida no próximo dia 28 de agosto, mas ela deve ser condenada à prisão perpétua.
"Eu fico magoada que ambas famílias precisaram passar por isso, porque nós costumávamos ser próximos e acampávamos juntos", disse a mãe de Martin, Lillian Duram, à "FOX News".
"Dois anos é muito tempo para esperar pela Justiça. Se sentar lá (no tribunal) e vê-la sem expressar emoções ao olhar para as fotos (do crime), meio que machuca também", acrescentou.
O advogado de defesa, Mark Miller, disse que considera apelar o veredicto.
"Obviamente nós respeitamos a decisão do júri, esse é nosso sistema legal", afirmou. "Não é o resultado que queríamos, mas respeitamos a decisão do júri", contou à emissora americana.
"Eu pessoalmente acho que ele estava lá, se lembra do que houve e fica dizendo isso", havia dito o pai de Matin, pouco depois do crime, à mídia local.
Lillian completou a fala dele dizendo: "Aquela ave pega tudo, qualquer coisa, e acabou ficando com a boca suja". Ela se referiu ao palavrão que o papagaio diz na frase em inglês.
Um promotor no estado de Michigan inicialmente considerava que os sons emitidos pela ave pudessem ser usadas como evidência no caso do assassitado de Martin, mas depois abandonou a ideia. Ele justificou que não era provável chamar o papagaio para testemunhar perante o júri.
Via Jornal Extra

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