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terça-feira, 7 de julho de 2009

Bispa Luterana causa escândalo

Eva, a bispa lésbica, causa escândalo na Suécia Eva, naturalmente. A primeira mulher. Bispa, lésbica, com um filho que brinca na sacristia, enquanto ela reza a missa. Eva Brunne cruza as pernas debaixo da túnica branca e fica séria. "As polêmicas eram previsíveis. Existem pastores que seguem os desenvolvimentos democráticos e que querem que a Igreja faça parte deles. Outros, ao invés, se opõem a eles". Levanta os ombros e joga uma das mãos para trás, como dizendo: homens atrasados, é preciso perdoá-los. Ela tem 55 anos, uma companheira mais jovem, Gunilla Linden, que há três anos deu a luz ao filho delas. Tudo normal, ou quase. Não fosse pelo fato de que essa sacerdotisa foi recém eleita "bispa" de Estocolmo. E também na progressista Suécia – onde o clero feminino existe há meio século – criou-se um escândalo que a Igreja luterana não consegue mais superar. Eva Brunne obteve 412 votos contra os 365 do principal concorrente, o reverendo Hans Ulfvebrand. Mas os seus adversários apresentaram seis recursos para invalidar a votação. A reportagem é de Anais Ginori, publicada no jornal La Repubblica, 01-07- 2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto. Oficialmente, a guerra para o bispado de Estocolmo é combatida em torno a argumentos jurídicos e recontagens de votos. O verdadeiro objetivo, porém, é ela, o símbolo que representa. Recém eleita, concedeu entrevista à revista gay mais conhecida do país, QX, e ao homólogo francês Tetu. "Gunilla é pastora como eu, e acho que isso facilita a nossa relação", confessou. O casal foi registrado no cartório e "abençoado" pela Igreja. No outono [europeu] o Sínodo luterano será chamado a se pronunciar sobre a celebração de casamentos para gays e lésbicas. "Martinho Lutero nos ensinou que qualquer pessoa pode assumir uma posição de mérito na fé e na Bíblia", argumenta ela, respondendo aos que defendem que não há registros de casamentos entre pessoas do mesmo sexo nos textos antigos. O sacerdócio feminino foi autorizado na Suécia no fim dos anos 50. Em 1971, Margit Sahlin foi a primeira mulher a se tornar pároca. Desde então, houve muitos bispados "rosa", incluindo o de Estocolmo, entregue há 10 anos a Caroline Krook, agora prestes a se aposentar. Mas a eleição de Eva Brunne, com o seu "lesbo-pride", teve um efeito devastador, revelando uma ambiguidade que atravessa toda a Igreja. Entre os noviços, o número de mulheres já superou os de homens (588 contra 331 na última década), porém, ainda há muitas discriminações. O observatório para a igualdade de oportunidades do governo descobriu que as pastoras ganham cerca de 400 euros menos do que os seus colegas homens e que existe um "teto de vidro" na alta hierarquia: dentre 14 bispos, 12 são homens. "Desde que o parlamento sueco mudou a lei sobre o casamento e depois sobre os filhos dos casais homossexuais, há um 'gay baby-boom'. A Igreja não pode se permitir negar os sacramentos a essas famílias", defende Lars Gardfeldt, pastor de Goteborg, que há anos se ocupa da homofobia e da religião, convive com um outro pastor e é pai de dois gêmeos. Porém, enquanto isso, chegaram mensagens agressivas na página eletrônica da diocese de Estocolmo. "A nova bispa é muito pia, sábia e atenta aos mais fracos", escreve Kelvin, da região de Flemingsberg, ex-paróquia di Eva Brunne. "É uma pastora que sabe cuidar do seu rebanho. Infelizmente, isso não conta para quem enche a boca de raiva indignada. Rezemos por Eva e pela diocese de Estocolmo que fez uma escolha justa e corajosa". ---------------------------------------------------------------------------------------------------------

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