terça-feira, 25 de outubro de 2016

Após polêmica, Alexandre Borges pretende sair do Brasil com o fim de Haja Coração

Após um vídeo íntimo seu ter vazado na web, Alexandre Borges se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Na época, o ator admitiu ao colunista Bruno Astuto, da revista “Época”, que era ele mesmo nas gravações. Agora, ele voltou a falar do assunto. “Acho que cada um tem que cuidar da sua vida. Tenho enfrentado uma rotina pesada por ser protagonista, mas estou muito bem comigo mesmo”, disse. Alexandre que, atualmente, está na novela “Haja Coração”, revelou que não poderia estar mais realizado por ter atuado na trama. “Realizei o sonho de fazer par com a Malu Mader, que eu admiro muito. Estou me sentindo mais bonito aos 50 anos. E sinto que o público me incentiva e me apoia. Sem ele eu não teria pique”, revelou dizendo, ainda, que não teve seu papel reduzido após seu vídeo polêmico vir à tona. Com o final da trama, o ator pretende deixar o Brasil rumo à Angola no intuito de se dedicar ao projeto “Poema Bar”, que foi produzido e bancado por ele. “Acho que de uns tempos para cá a poesia voltou com tudo, veio uma onda de recitais. Isso faz bem para a alma de todo mundo”, afirmou ele que interpreta versos de Vinicius de Moraes e Fernando Pessoa no projeto. Fontehttp://www.reporterdiario.com.br/noticia

PF vai abrir processo disciplinar contra ‘Hipster da Federal'

A PF (Polícia Federal) abrirá um processo disciplinar contra o agente Lucas Valença, conhecido o Hispter da Federal, por dar entrevistas sem autorização da corporação, o que desrespeita normas da PF. A informação é da Revista Época. O agente participou do programa Encontro com Fátima Bernardes. Ele ficou conhecido após escoltar o ex-deputado Eduardo Cunha para o embarque no avião da PF que pousou em Curitiba. Segundo a revista, Valença afirmou que não podia dar detalhes sobre seu trabalho durante o programa de Fátima, mas confirmou com a cabeça que acompanhou Cunha no voo. Pelas regras da PF, é proibido dar declarações relacionadas ao trabalho no órgão sem consentimento da instituição. O agente também posou e deu entrevistas para o Ego. JÁ FOI AFASTADO O agente já havia sido afastado do Comando de Operações Táticas (COT), a força de elite da instituição, por ter utilizado uma lancha sem o aval de seus superiores. Ele responde por um processo administrativo em razão desse episódio. Fonte. Yahoo.com.br

Servidores do Colégio Pedro II entram em greve sexta agora

TEMPO INDETERMINADO
Os servidores do Colégio Pedro II vão parar de trabalhar a partir de sexta agora, dia 28. Lutam contra a PEC 241, conhecida com Os Servidores do Colégio Pedro II vão parar de trabalhar a partir de sexta agora, dia 28. Lutam contra a PEC 241, conhecida como a PEC do Teto, e todos os projetos que retiram "direitos dos trabalhadores e atacam os serviços públicos". O movimento também rejeita a reforma do ensino médio que "o governo Michel Temmer tenta impor por meio de medida provisória". A greve será por tempo indeterminado. Professores e técnicos administrativos lotaram, hoje à tarde, o Teatro Mário Lago, unidade do colégio em São Cristóvão - 543 servidores assinaram a lista de presença. Fonte. Jornal O globo

REVOLTANTE: APÓSTOLO VALDEMIRO quer obter R$ 20 MILHÕES com venda de tijolinhos de Deus

A Igreja Mundial está vendendo “tijolinhos da obra de Deus” por R$ 200 cada um. O preço de custo da cada pecinha é da ordem de centavos. Na TV e na internet, o argumento da igreja de Valdemiro Santiago é de que quem fizer a “oferta” pelos tijolinhos (de plástico) estará investindo na “reconstrução da obra de Deus e de sua própria vida”. Se a Mundial vender a quantidade de tijolinhos que diz possuir, ela obterá a arrecadação de R$ 20 milhões. A Igreja já vendeu fronha e meias sagradas, colher de pedreiro, óleo santo, martelo divino pela “ofertinha” de R$ 1.000, etc. Em dezembro, mês do pagamento do 13º salário dos trabalhadores, ele pediu aos fiéis 10% do salário que eles gostariam de ganhar ao longo de 2013. O site da Veja anunciou esta semana que Valdemiro comprou a rede CNT de TV aberta. O valor teria sido em torno de R$ 200 milhões. Na estimativa da revista americana, Valdemiro é o segundo mais rico pastor do Brasil, com fortuna de R$ 440 milhões. O pastor não desmentiu essa informação. Fonte.http://www.jornaldopais.com.br/

Sindicato dos professores informa que foram efetuados os pagamentos de 554 profissionais da educação, pelos recursos do FUNDEB, com a faixa salarial de R$3.722, 00 a R$4.280, 00.

INFORMES DO SEPE NOVA IGUAÇU SOBRE PAGAMENTOS Hoje (25/10) a direção do Sepe Nova Iguaçu (Carlos Henrique de Farias e Simone Caixeiro) estivemos no Ministério Publico e em seguida entregamos oficio na Semed informando da PARALISAÇÃO de 48 horas desta quarta e quinta-feira (26 e 27/10). Logo após , fomos cobrar da Tesouraria da prefeitura informações sobre previsão dos pagamentos e quais os criterios estavam utilizando para o mesmo, visto que uma grande parcela dos profissionais da educação não haviam recebido e estão passando por situações difíceis por conta de não receber o que é seu de direito, em dia! Lá encontramos o Sidney que é professor da E.M. Leonel Brizola e fomos recebidos pelo tesoureiro Fabrício que passou às seguintes informações: 1. Hoje (25/10) foram efetuados os pagamentos de 554 profissionais da educação, pelos recursos do FUNDEB, com a faixa salarial de R$3.722, 00 a R$4.280, 00. 2. Até sexta-feira (28/10) deverão ser creditados os pagamentos da educação daqueles que recebem acima desse valor e que segundo ele são 566 pessoas. Segundo ainda o tesoureiro todos os profissionais da educação devem está na folha de pagamentos pelos recursos do FUNDEB, porém, foi identificado alguns casos que, por erro da SEMAD, constam da listagem dos pagamentos por recursos próprios como aconteceu com o Professor Sidney. Orientamos a categoria que caso ja tenha passado sua faixa salarial e nao recebeu o pagamento, enviar nome inbox ou ligar para o Sepe Nova Iguaçu, no horário dás 8 às 15 h que estaremos fazendo uma listagem e cobrando para que resolvam este erro! Gostaríamos de ressaltar que a falta de respeito com os profissionais da rede municipal, o descaso e a falta de responsabilidade deste governo deve ser denunciada e combatida permanentemente! Não devemos aceitar nenhum direito a menos! Por isso temos o dever e o compromisso de estarmos amanhã(26/10) e quinta-feira (27/10) fazendo a PARALISAÇÃO DE 48 H e comparecendo nas atividades. AGENDA 26/10(quarta-feira) 9h - concentração às 9 h na portado Sepe para panfletagem. 14 h - ato em frente a semad contra perseguição a funcionária Malu. 27/10(quinta-feira) Grande ATO UNIFICADO DOS SERVIDORES PÚBLICOS às 9 horas. Local: Paço Municipal (em frente a prefeitura) . Fonte. Profa Simone Caixeiro Diretora do Sepe.

Parabens Padre Valdir Campelo

Quero deixar registrado para todos os meus leitores, o meu apreço e a minha felicitação por mais um ano de vida do Padre Valdir Campelo Cabral, pároco da cidade d Puxinanã na Paraiba. Tenho grande admiração por esta pessoa que foi muito importante na minha juventude, principalmente depois que larguei a vida eclesiástica. Parabéns padre Valdir, continue sendo esse sacerdote comprometido com um mundo melhor, com justiça social. Sacerdote como você enche o Brasil de orgulho. Eu Sinto muita felicidade em ter convivido com você, aonde aprendi a trilhar caminhos da liberdade e da esperança. Feliz aniversário, paz, saúde e prosperidade. Do seu amigo. Eugenio Ibiapino

Apresentadora assume noivado com sua melhor amiga

Ellen DeGeneres opened up about her marriage to ‘best friend’ Portia de Rossi
Ellen DeGeneres got personal about her marriage to Portia de Rossi in this week’s issue of people, and it’s beautiful. The chat show host opened up about her relationship and how they make it work, and their secret is making time for each other. She told People: “I’m grateful for everything. I’m grateful for my health, and I’m so grateful for the love in my life. Because not everybody finds that. Not everybody finds that best friend.” The talk show host says the key to happiness is feeling lucky to have your partner in your life. “Portia and I constantly say to each other, ‘We are so lucky.’ Sometimes it’s lying in bed at night before I go to sleep, and I just say thank you to whatever, whoever is out there.”
“I’ve gotten to a place where I really am just settled. Really. I know that I’m not going anywhere. She’s not going anywhere. I’m not saying the relationship took a while; I’m saying in my life, it took a while to find this,” she added. The couple have been together since 2004, and she says they are still deeply in love after over a decade together as a pair. As for their daily routine, it certainly beats the 9-5 many of us are victims of. “Portia and I usually wake up around 6:30 or 7 a.m., drink coffee in bed and watch one of the morning shows.” “Then just reading, or she likes to do jigsaw puzzles. And we like walking about our property and hanging out with our dogs and just looking at the ocean. You know, relaxing.” For DeGeneres, there is no “best part” about marriage because “everything” is the best part. “I think the word ‘love’ is thrown around, like, ‘I love you’ is great to hear, but you want to feel it,” she says. “You want to feel that you’re understood, and they know exactly who you are, and they know how to take care of you.” “I can’t imagine not being married. I have my best friend, the person I want to spend time with more than anybody else in the world.” Fonte. http://www.pinknews.co.uk Tradução do google. Ellen DeGeneres tem pessoal sobre seu casamento com Portia de Rossi na edição desta semana de pessoas, e é lindo. O chat apresentador abriu o jogo sobre seu relacionamento e como eles fazê-lo funcionar, e seu segredo está a fazer tempo para o outro.   Ela disse à People: "Eu sou grato por tudo. Sou grato pela minha saúde, e estou muito grato pelo amor na minha vida. Porque nem todo mundo acha isso. Nem todo mundo acha que e a melhor amiga. " A apresentadora de talk show diz que a chave para a felicidade é sentir a sorte de ter o sua parceira em sua vida. "Portia e digo constantemente uns aos outros: 'Nós somos a mesma sorte." Às vezes é deitado na cama durante a noite antes de eu ir dormir, e eu apenas dizer obrigado para o que quer que, quem está lá fora. "

domingo, 23 de outubro de 2016

15 mulheres brasileiras que deveríamos ter conhecido na escola

Quantas mulheres brasileiras você se lembra de ter conhecido na escola? Quantas referências de mulheres na História você tem? Para além das notas de rodapé, elas merecem ser tratadas como protagonistas da História. 1 – Leopoldina
Maria_leopoldina_1815 Leopoldina Josefa Carolina Francisca Fernanda Beatriz de Habsburgo-Lorena, ou simplesmente Maria Leopoldina, como é chamada em terras brasileiras, nasceu em Viena, Áustria, em 1797. Foi arquiduquesa da Áustria, Imperatriz Consorte do Brasil e, durante oito dias, Rainha Consorte de Portugal. Era de excelente formação cultural. Falava francês, italiano, latim e estudava o inglês. Aprendia o português rapidamente. Pintava retratos e paisagens, e tocava piano. Gostava muito da natureza e das ciências naturais. D. Pedro passou o poder à Dona Leopoldina no dia 13 de Agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com todos os poderes legais para governar o país durante a sua ausência. A Princesa Regente recebeu notícias que Portugal estava preparando uma ação contra o Brasil e sem tempo para aguardar a chegada de D. Pedro, Leopoldina, aconselhada por José Bonifácio e usando de seus atributos de chefe interina do governo, reuniu-se na manhã de 2 de Setembro de 1822, com o Conselho de Estado, assinando o Decreto da Independência, declarando o Brasil separado de Portugal. 2 – Maria Felipa de OliveiraMulher negra e pobre, Maria quase nunca é lembrada por seus feitos.
Moradora da Ilha de Itaparica, Maria queria um Brasil livre dos portugueses, responsáveis pela escravização do povo africano e da sua família. Os portugueses resolveram atacar com armas, e Maria decidiu participar em defesa da Independência. Primeiro espiava a movimentação das caravelas e depois tomava uma jangada para Salvador, onde passava as informações para o Comando do Movimento de Libertação. Cansada do papel de vigia, resolveu entrar no combate. Ela sabia que uma frota de 42 embarcações se preparava para atacar os lutadores na capital baiana. Então, Maria convidou mais 40 companheiras para a ação. Elas e as outras mulheres seduziram a maioria dos soldados e comandantes. Após leva-los para um lugar afastado, esperavam até que começassem a tirar as roupas. Quando finalmente os homens ficavam pelados, elas davam uma surra de cansanção (planta que dá uma terrível sensação de ardor e queimadura na pele), para depois incendiar todas as embarcações. Essa ação foi decisiva para a vitória sobre os portugueses em Salvador, permitindo que as tropas vindas do Recôncavo entrassem sob os aplausos do povo, no dia 2 de julho de 1823. Maria Felipa continuou sua vida de marisqueira e capoeirista, admirada pelo povo. Faleceu no dia 4 de janeiro de 1873. 3 – Georgina de Albuquerque
004.jpg Nascida em Taubaté, no dia 4 de feveireiro de 1885, é considerada a introdutora do impressionismo no Brasil. Estudando Artes desde cedo, aos 17, ela confrontou o diretor o diretor da Escola de Belas Artes para estudar lá. E conseguiu. Em Paris, cursou a École Nationale Supérieure des Beaux-Arts e se especializou no impressionismo. Em 1922, já no Brasil, fez a primeira pintura histórica realizada por uma mulher no país: o quadro “Sessão do Conselho do Estado que decidiu a Independência” que hoje está no Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro. ga_1922 Após se dedicar ao magistério, em 1950, tornou-se a primeira mulher a ser diretora da Escola de Belas Artes. Ela modernizou o ensino, contratando artistas modernos para dar aula na Escola. Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 29 de agosto de 1962. 4 – Clara Camarão
Nascida no início do século XVII, o seu nome indígena foi esquecido. As poucas informações existentes indicam que ela era da nação Potiguar. Foi catequizada por padres jesuítas, na aldeia de Igapó. Casou-se com o chefe da tribo Poti, catequizado como Felipe, e junto a ele adotou o sobrenome Camarão – tradução do nome Poti. Ao lado dele, Clara combateu contra os holandeses em Pernambuco, liderando um grupo de grandes guerreiras. Ela rompeu com as barreiras da divisão de trabalho, ao se afastar dos afazeres domésticos para defender seu povo junto aos homens, durante as invasões holandesas em Olinda e no Recife. O grupo de mulheres que liderava ficou conhecido como as Heroínas de Tejecupapo, pequena aldeia da zona da mata pernambucana, que foi palco de uma das batalhas ocorridas contra a dominação holandesa. Ela participou de outras duas igualmente memoráveis, a ocorrida em Porto Calvo e a Batalha de Guararapes, essa última, decisiva para vitória. 5 – Jovita Feitosa
Jovita nasceu em Tauá, Ceará, no dia 8 de março de 1848. Filha de Maximiano Bispo de Oliveira e Maria Alves Feitosa mudou-se, ainda adolescente (16 anos), após a morte de sua mãe vitima de cólera, para Jaicós, no Piauí. Aos 17 anos de idade, alistou-se para as forças militares da campanha da Guerra do Paraguai. Disfarçou-se de homem: cortou o cabelo no estilo “alemão” ou “militar”, amarrou os seios, usou chapéu de couro e foi à procura da guarnição provincial. Conseguiu enganar os olhos dos policiais, porém, ao visitar o mercado público foi delatada por uma mulher que logo lhe reconheceu traços femininos com predominância da etnia indígena, além dos furos de brincos nas orelhas. Ao ser levada para interrogatório policial, chorou copiosamente e manifestou o desejo de ir lutar nas trincheiras, com a mão no bacamarte. Foi aceita no efetivo do Estado, após o caso chamar a atenção de Franklin Dória (1836-1906), o Barão de Loreto, então presidente da Província do Piauí, que lhe incluiu no Exército Nacional como segundo sargento. Recebeu fardamento que deveria ser parcialmente recoberto por uma saia e embarcou com corpo de voluntário para Parnaíba, litoral piauiense. No navio a vapor que saiu de Teresina, a história registra que eram 335 voluntários que seguiram até Parnaíba onde recebeu o reforço de outros combatentes. A viagem seguiu pelo Maranhão, por Pernambuco e chegou ao Rio de Janeiro, em 9 de setembro de 1865. Ao chegar ao Rio, Jovita ficou famosa. Todos queriam conhecer a mulher do Piauí que corajosamente queria ir à guerra. Na capital imperial foi entrevistada. Jovita chegou ao posto de primeiro-sargento, e recebeu homenagens e presentes por sua intenção de participação no conflito da Tripla Aliança. No entanto, no Rio de Janeiro teve seu embarque negado, no final de 1865, pelo ministro da guerra, por ser mulher. Foi expedido um ofício imperial, negando-lhe permissão para ir à frente de combate, dando-lhe apenas o direito de agregar-se ao Corpo de Mulheres que iria prestar serviços compatíveis com a “natureza feminina”, como a enfermagem, por exemplo. Jovita resolveu permanecer no Rio de Janeiro, decepcionada com o acontecido. Caiu em profunda depressão e foi abandonada pelo marido, o engenheiro inglês, Guilherme Noot. Tinha 19 anos de idade, em 1867, quando cometeu suicídio com uma punhalada no coração. 6 – Bárbara de Alencar
Bárbara Pereira de Alencar nasceu em 11 de agosto de 1760, no município de Exu, Pernambuco. Casou-se com 22 anos e se mudou para Crato, no sul do Ceará. Teve cinco filhos. Na época, as elites brasileiras almejavam os ideais de independência e república. Enquanto isso, Bárbara e seus filhos começaram a organizar uma frente revolucionária na cidade, com sede na casa deles. A Revolução Pernambucana estourou em Recife no dia 6 de março de 1817, liderada por Frei Caneca, Domingos José Martins e Antônio Carlos de Andrada e Silva. Em 3 de maio, durante a missa dominical da igreja do Crato, José Martiniano, filho de Bárbara, proclamou a república. Tropas foram enviadas para conter a revolta. Oito dias depois, os revolucionários foram presos. Numa das celas da Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção, esteve detida Bárbara de Alencar, considerada localmente como a primeira prisioneira política da História do Brasil. Após a prisão, foram enviados a pé para Fortaleza – acorrentados sob o sol, levando um mês para caminhar 600 quilômetros. Presa em calabouços de Fortaleza, Recife e Salvador, ela foi maltratada e impedida de ver os filhos. Libertada depois de três anos, ainda liderou um segundo ato, a Confederação do Equador, que se espalhou pelo Nordeste a fim de acabar com a monarquia. Na revolta, dois de seus filhos morreram. Bárbara faleceu em 1832, aos 72 anos de idade. 7- Margarida Maria Alves
Nascida em Alagoa Grande, no dia 5 de agosto de 1933, Margarida foi Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande. Durante o período em que esteve à frente do sindicato, foi responsável por mais de cem ações trabalhistas na justiça do trabalho. Sua atuação no sindicato entrou em choque com os interesses dos fazendeiros locais e do proprietário da maior usina de açúcar local, a Usina Tanques. Margarida foi assassinada por um matador de aluguel, no dia 5 de agosto de 1983. Ela estava em frente a sua casa, com seu marido e filho. Mesmo com a exposição nacional do crime, que chegou a ser denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, 33 anos depois nenhum dos mandantes foi condenado. Em 2000, nasceu a “Marcha das Margaridas”, inspirada em Margarida Alves. A Marcha é uma mobilização das mulheres do campo e da floresta que integram o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) e de movimentos feministas e de mulheres. 8- Carolina de Jesus
Carolina Maria de Jesus, nasceu no dia 14 de março de 1914, em Minas Gerais, Sacramento, uma comunidade rural onde seus pais eram meeiros. Aos sete anos, a mãe de Carolina forçou-a a frequentar a escola depois que a esposa de um rico fazendeiro decidiu pagar os estudos dela e de outras crianças pobres do bairro. Carolina parou de frequentar a escola no segundo ano, mas aprendeu a ler e a escrever. Após a morte de sua mãe, Carolina mudou-se para São Paulo. Na favela do Canindé, construiu sua própria casa, usando madeira, lata, papelão e qualquer coisa que pudesse encontrar. Ela saía todas as noites para coletar papel, a fim de conseguir dinheiro para sustentar a família. Quando encontrava revistas e cadernos antigos, guardava-os para escrever em suas folhas. Começou a escrever sobre seu dia-a-dia, sobre como era morar na favela. Isto aborrecia seus vizinhos, que não eram alfabetizados, e por isso se sentiam desconfortáveis por vê-la sempre escrevendo, ainda mais sobre eles. Em seu diário, ela detalha o cotidiano dos moradores da favela e, sem rodeios, descreve os fatos políticos e sociais que via. Ela escreve sobre como a pobreza e o desespero podem levar pessoas boas a trair seus princípios simplesmente para assim conseguir comida para si e suas famílias. O diário de Carolina Maria de Jesus foi publicado em agosto de 1960. Ela foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, em abril de 1958. Dantas cobria a abertura de um pequeno parque municipal. Imediatamente após a cerimônia uma gangue de rua chegou e reivindicou a área, perseguindo as crianças. Dantas viu Carolina de pé na beira do local gritando “Saiam ou eu vou colocar vocês no meu livro!” Os intrusos partiram. Dantas perguntou o que ela queria dizer com aquilo. Ela se mostrou tímida no início, mas levou-o até o seu barraco e mostrou-lhe tudo. Ele pediu uma amostra pequena e correu para o jornal. A tiragem inicial de dez mil exemplares se esgotou em uma semana (segundo a Wikipédia em inglês, foram trinta mil cópias vendidas nos primeiros três dias). 9 – Dinalva Oliveira
Dina – Vocês vão me matar agora? Ivan – Não, um pouco mais à frente Dina – Vou morrer agora? Ivan – Vai. Agora você vai ter que ir. Dina – Quero morrer de frente. Ivan – Então vira pra cá. Dinalva Oliveira Teixeira nasceu no sertão baiano, município de Castão Alves, em 16 de maio de 1945, filha de Viriato Augusto de Oliveira e Elza Conceição Bastos. De origem humilde, com muito esforço conseguiu entrar na Universidade Federal da Bahia, onde se formou em geologia no ano de 1968, sempre participando ativamente do movimento estudantil, quando foi presa pela primeira vez. Nesta época conheceu Antônio Carlos Monteiro Teixeira (também desaparecido), colega de turma com quem se casou em 1969. No mesmo ano mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde faziam trabalhos sociais nas favelas. ‘Dina’ foi a mais famosa e temida de todas as guerrilheiras do Araguaia. Militante do movimento estudantil baiano em 1967 e 1968, tendo sido presa, casou com seu colega de turma Antônio Carlos Monteiro Teixeira – que na guerrilha teria o codinome ‘Antônio da Dina’ – e mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde trabalharam no Ministério das Minas e Energia, e como militantes comunistas faziam trabalho social nas favelas cariocas. Sobrevivente do ataque à comissão militar da guerrilha no dia de Natal de 1973, que matou cinco guerrilheiros, incluindo o comandante geral Maurício Grabois, Dina embrenhou-se na selva com outros companheiros e desapareceu até junho de 1974, quando foi presa, fraca, doente e desnutrida, sem comer açúcar ou sal há meses, vagando na mata perto da localidade de “Pau Preto”, com a companheira de guerrilha “Tuca”, a enfermeira parasitóloga paulista Luiza Augusta Garlippe. Levada à base em Xambioá, permaneceu presa e foi torturada por duas semanas, sem prestar qualquer informação aos militares do serviço de inteligência do exército, CIEx, que sempre quiseram pegá-la viva. Em julho, Dina foi levada de helicóptero para um ponto da mata, próximo de Xambioá. Assim que pisou no solo, pressentindo que seria executada, Dina perguntou ao sargento do exército Joaquim Artur Lopes de Souza, codinome Ivan, chefe da equipe, “Vocês vão me matar agora?” , ao que Ivan respondeu: “Não, um pouco mais à frente”. Os dois caminharam lado a lado por uns quinze minutos, mantendo uma conversa cordial, testemunhada por mais dois militares que vinham logo atrás. Quando pararam em uma clareira, Dina perguntou: “Vou morrer agora?”, ao que Ivan respondeu afirmativamente: “Vai, agora você vai ter que ir”. Sem demonstrar medo, Dina declarou: “Então, quero morrer de frente”, ao que Ivan retrucou: “Então vira pra cá”. Dina encarou o executor nos olhos, que lhe desferiu um tiro no peito, usando uma pistola calibre 45. A guerrilheira não morreu de imediato, sendo-lhe desferido um segundo tiro na cabeça. Enterraram-na ali mesmo, o corpo jamais foi encontrado. 10 – Antonieta de Barros
Antonieta-de-Barros.jpg Antonieta nasceu no dia 11 de julho de 1901, em Florianópolis, Santa Cantarina. Seus artigos, crônicas e poesias eram assinados com o pseudônimo de “Maria da Ilha”. Oriunda de família pobre e humilde, ainda criança ficou órfã de pai, sendo criada pela mãe. Dedicou-se desde cedo às letras. Desde os seus primeiros estudos já lecionava para o Magistério e em 1921 concluiu o Curso Normal na Escola Normal Catarinense. Ainda neste ano, fundou o Curso Antonieta de Barros, voltado para alfabetização da população carente que funcionou até 1952. No ano seguinte, fundou o Jornal A Semana, que circulou até 1927. Sua mãe, escrava liberta, trabalhou como doméstica na casa do político Vidal Ramos, pai de Nereu Ramos, que viria a ser vice-presidente do Senado e chegou a assumir por dois meses a Presidência da República. Por intermédio dos Ramos, Antonieta entrou na política e foi eleita para a Assembleia catarinense em 1934, dois anos depois de o voto feminino ser permitido no país. Eleita pelo Partido Liberal Catarinense, foi constituinte em 1935, cabendo-lhe relatar os capítulos Educação e Cultura e Funcionalismo. Atuou na assembléia legislativa catarinense até 1937, quando teve início a ditadura do Estado Novo. Com o fim do regime ditatorial, ela se candidatou pelo Partido Social Democrático e foi eleita novamente em 1947, desta vez como suplente. Antonieta continuou lutando pela valorização do magistério, exigindo concurso para o provimento dos cargos do magistério, sugerindo formas de escolhas de diretoras e defendendo a concessão de bolsas para cursos superiores a alunos carentes. Ao longo de sua vida, Antonieta atuou como professora, jornalista e escritora. Faleceu no dia 18 de março de 1952. 11 – Aracy de Carvalho Guimarães Rosa
1414587342-aracy-filme-completa Ela nasceu no Paraná, em 1908. Na década de 30, separada do primeiro marido e com um filho pequeno, ela se mudou para a Alemanha, já com Hitler no poder, indo morar com uma tia. Fluente em alemão, francês e inglês, conseguiu emprego no consulado brasileiro em Hamburgo, onde logo se tornou responsável pelo setor de vistos. Correndo diversos riscos e por iniciativa própria, salvou a vida de dezenas de judeus, que graças a ela emigraram para o Brasil, escapando da perseguição nazista. Aracy chegou a usar clandestinamente o carro do serviço consular para transportar judeus, que escondia em casa; na fuga, ela acompanhava os refugiados até o navio e, fazendo uso de sua imunidade diplomática, levava suas joias e dinheiro na própria bolsa, para evitar que fossem confiscados pela polícia nazista. Chamada de “Anjo de Hamburgo”, Aracy é a única mulher citada no Museu do Holocausto, em Israel, entre os 18 diplomatas que salvaram judeus da morte. Em 1982, ela foi reconhecida como “Justa entre as Nações”, um título dado pelo governo israelense a pessoas que correram riscos para ajudar judeus perseguidos. Aracy morreu esquecida, em 2011, aos 102 anos, vítima de Alzheimer. 12 – Leolinda
A baiana Leolinda Daltro é precursora do feminismo no Brasil no século 19. Engajada na causa indigenista, separou-se do marido e viajou pelo interior do Brasil pregando a integração das populações indígenas por meio da educação laica. Foi escorraçada de Uberada, em MG, aos gritos de “mulher do diabo”. Quando teve seu alistamento eleitoral negado, fundou o Partido Republicano Feminino. O objetivo era mobilizar as mulheres pelo direito ao voto. Morreu em um acidente automobilístico em 1935. Seu obituário publicado na revista ‘Mulher’, editada pela Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, assinala que Leolinda “teve que lutar contra a pior das armas de que se serviam os adversários da mulher: o ridículo”. (Via Buzzfeed) 13 – Maria Quitéria
maria_quitc3a9ria_de_jesus_medeiros.jpg Uma das principais personagens da independência, Maria Quitéria fugiu de casa para lutar pela Bahia. Entrou para o Batalhão dos Voluntários do Príncipe, vestindo o uniforme de seu cunhado. Se passou por um homem, apresentando-se como soldado Medeiros. Lutou na Bahia de Todos os Santos, em Ilha de Maré, Barra do Paraguaçu, na cidade de Salvador, na estrada da Pituba, Itapuã, e Conceição. Após ser descoberta pelo pai, foi defendida pelo Major José Antônio da Silva Castro, comandante do batalhão. Ele permitiu que ela seguisse no combate, pois mostrava muita habilidade com armas. Em 2 de julho de 1823, quando o “Exército Libertador” entrou em triunfo na cidade do Salvador, Maria Quitéria foi saudada e homenageada pela população em festa. Maria foi a primeira mulher a assentar praça numa unidade militar das Forças Armadas Brasileiras e a primeira mulher a entrar em combate pelo Brasil. Em 28 de julho de 1996, foi reconhecida como Patronesse do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro. Por determinação ministerial, sua imagem deve estar em todos os quartéis do país. Em Salvador, uma estátua foi erguida em 1953, ano do centenário de sua morte. 14 – Joana Angélica
Aos vinte anos de idade, no dia 21 de abril de 1782, entrou para o noviciado no Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, na capital baiana. Ali, foi escrivã, mestra de noviças, conselheira, vigária e, finalmente, abadessa. Ocupava a direção do convento, em fevereiro de 1822, quando a cidade ardia de agitação contra as tropas portuguesas do brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo – que tinham vindo para Salvador desde o Dia do Fico. Soldados e marinheiros portugueses se embriagavam e saiam atacando casas particulares. Após tomar uma rua proxíma, decidiram invadir o Convento da Lapa. Joana, com 60 anos de idade, ficou na frente da porta e tentou impedir a entrada dos soldados no convento. Recebeu golpes de baioneta como resposta e faleceu no dia seguinte, em 20 de fevereiro de 1822. Na época, seu assassinato serviu como um dos estopins para o início da revolta dos brasileiros. Joana tornou-se a primeira mártir da grande luta que continuou até 2 de julho. Atualmente, Joana Angélica dá nome à avenida principal do bairro de Nazaré, onde fica o Convento da Lapa. 15 –Tereza de Benguela
tereza_de_benguela.jpg “Rainha Tereza”, como ficou conhecida em seu tempo, viveu na década de XVIII no Vale do Guaporé, no Mato Grosso. Ela liderou o Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro, José Piolho, morto por soldados. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 negros e 30 índios. O quilombo resistiu da década de 1730 ao final do século. Tereza foi morta após ser capturada por soldados em 1770 – alguns dizem que a causa foi suicídio; outros, execução ou doença. Sua liderança se destacou com a criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de defesa. Ali, era cultivado o algodão, que servia posteriormente para a produção de tecidos. Havia também plantações de milho, feijão, mandioca, banana, entre outros. Após ser capturada em 1770, o documento afirma: “em poucos dias expirou de pasmo. Morta ela, se lhe cortou a cabeça e se pôs no meio da praça daquele quilombo, em um alto poste, onde ficou para memória e exemplo dos que a vissem”. Alguns quilombolas conseguiram fugir ao ataque e o reconstruíram – mesmo assim, em 1777, foi novamente atacado pelo exército, sendo finalmente extinto em 1795. Fonte;https://asminanahistoria.wordpress.com/

sábado, 15 de outubro de 2016

Eu Acolho.

Chegou o momento de defender os direitos das pessoas refugiadas e impedir que o medo e o preconceito ganhem esta batalha. A solução desta crise começa com uma afirmação clara: eu me importo com as pessoas refugiadas. Hoje, há 21 milhões de pessoas refugiadas, o que representa apenas 0,3% da população mundial. São pessoas que se veem obrigadas a deixar seus países devido a conflitos e/ou perseguições, enquanto as autoridades, ao invés de compartilharem a responsabilidade sobre o tema, simplesmente fecham suas portas. A Anistia Internacional tem documentado a situação precária nas quais vivem milhares de pessoas refugiadas no mundo. Enquanto alguns na Grécia, no Iraque, em Nauru ou na fronteira entre a Síria e a Jordânia precisam urgentemente de um lar, outros no Quênia e Paquistão sofrem crescente assédio por parte dos governos.
“Apenas 10 dos 193 países do mundo são o lar de mais da metade dos refugiados. Alguns países são forçados a fazer muito mais do que podem simplesmente por causa de sua proximidade com áreas de crise. Esta situação é insustentável e resulta em sofrimento e miséria para milhões de pessoas que fogem de guerras e perseguições”, destaca o secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Shetty. Infográfico_Refugiados Para a Anistia Internacional, é hora dos líderes entrarem em um debate sério e construtivo sobre como nossa sociedade vai ajudar as pessoas que são forçadas a deixar suas casas por causa de guerra e/ou perseguição. Se os governos trabalharem em conjunto para compartilhar a responsabilidade, podemos garantir que as pessoas que tiveram de abandonar as suas casas ou seus países possam reconstruir com segurança suas vidas em outro lugar. Os países mais ricos do mundo deixam que outras nações se responsabilizem por quase toda a população refugiada mundial. Desta forma, as autoridades se isentam da responsabilidade que deveriam ter em proteger pessoas. A cada dia a indiferença por parte dos governantes só aumenta o sofrimento destas pessoas. Se não podemos confiar em nossos representantes políticos para mudar esta realidade, faremos a mudança através de nossos próprios atos. Nossa resposta a essa crise vai determinar o tipo de mundo em que vivemos e em que viverão as gerações futuras. Chegou o momento de defender o que nos une como seres humanos e impedir que o medo e os preconceitos ganhem esta batalha. Faça sua voz ser ouvida: participe da campanha ! Assine nosso compromisso e compartilhe com suas amigas, amigos e familiares. Juntos enviaremos uma mensagem firme e clara aos governantes do mundo todo: as pessoas refugiadas precisam de soluções globais como o reassentamento e outras medidas legais para chegarem a um lugar seguro. Fonte https://anistia.org.br/campanhas/eu-acolho/

O banquete no Palácio do Alvorada deixou até a família real inglesa com inveja.

O banquete no Palácio do Alvorada deixou até a família real inglesa com inveja e ao mesmo tempo escandalizada . Vejamos alguns números: os convivas foram agraciados com " caviar Almas " que custa 25 mil dólares o quilo. Também degustaram o vinho " Henri Jayer Richebourg " francês, que custa a bagatela de 92 mil reais por garrafa . Aí vem um deputado do PSDB de Santa Catarina dizer que fez o sacrifício de vir ontem para o banquete acompanhado da mulher, filhos, pais , sogros, cunhados, cachorro, papagaio e o raios que o parta , por amor à pátria.

Final de samba da Portela termina em confusão

'Desrespeitaram o Falcon', diz presidente
A festa para a escolha do samba da Portela terminou em muita confusão no início da manhã deste sábado. Vários integrantes da escola se envolveram em brigas logo após o anúncio do samba oficial do carnaval da Azul e branco para 2017. Para alguns componentes, a obra de Samir Trindade, Elson Ramires, Neizinho do Cavaco, Paulo Lopita 77, Beto Rocha, Girão e J.Sales, que foi a vencedora, não era a favorita. Apesar do tumulto, não há informações de feridos. O presidente da Portela, Luis Carlos Magalhães, afirmou que os compositores envolvidos na briga serão expulsos da escola. Ele ainda afirmou que os homens integravam a parceria de Noca, um dos compositores finalistas. Magalhães disse que a confusão desrespeitou a memória do ex-presidente Marcos Falcon, assassinado no mês passado. — Envergonharam a família portelense, desrespeitaram o Marcos Falcon, e o presidente de honra da escola, o Monarco. Cinquenta pessoas escolheram o samba. Como que cinquenta pessoas vão ser compradas? Essas duas pessoas (envolvidas na briga) serão submetidas ao conselho da escola para serem expulsas da ala de compositores — disse, revoltado, Magalhães. Antes mesmo da disputa de samba começar, os ânimos das torcidas já estavam exaltados. A diretoria da agremiação chegou a pedir no palco que todos se respeitassem e que não houvesse brigas. O pedido foi feito pelo presidente da Portela, Luis Carlos Magalhães, Monarco, Tia Surica, e Falconi Souza, filho de Marcos Falcon, assassinado no mês passado. — Todo mundo já sabia que esse samba ia ganhar. Vão acabar com a Portela — reclamou um integrante da Portela. A Azul e branco de Madureira, na Zona Norte do Rio, será a quinta a desfilar na segunda-feira de carnaval. O enredo "Foi um rio que passou em minha e se deixou levar", do carnavalesco Paulo Barros, irá passear por diferentes rios da história da humanidade.
Marcos Falcon foi assassinado no último dia 26 com pelo menos quatro tiros de fuzil no peito e na cabeça, dentro de seu comitê eleitoral Marcos Falcon foi assassinado no último dia 26 com pelo menos quatro tiros de fuzil no peito e na cabeça, dentro de seu comitê eleitoral Foto: Luis Alvarenga / Extra

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Festa de prefeita eleita no Sertão tem banho com água de carro-pipa

A Teresinha Lúcia de Oliveira foi eleita pelo PSDB.
Santa Terezinha está em situação de emergência por conta da estiagem. Coligação adversária publicou nota lamentando desperdícios de água. Mesmo com a cidade enfrentando uma forte seca e escassez de água, a prefeita eleita no município de Santa Terezinha, no Sertão paraibano, Teresinha Lúcia de Oliveira fez uma festa de comemoração usando um carro-pipa para jogar água na rua, para molhar os eleitores. Um vídeo gravado por moradores mostra a prefeita eleita também na comemoração. saiba mais Quase 90% das cidades da PB estão em situação de emergência por seca Seca coloca quase 1,1 mil cidades em situação de emergência no país Santa Terezinha é um dos 196 municípios da Paraíba que está em situação de emergência por conta da estiagem. A festa ocorreu durante o fim de semana, mas as imagens foram divulgadas e disponibilizadas para a TV Paraíba apenas nesta segunda-feira (10). A coligação adversária na campanha publicou uma nota lamentando o uso da água numa região com tanta escassez. Teresinha foi eleita com 2.371 votos, o que corresponde a 54,81% dos votos válidos. A prefeita eleita disse, em nota, que o uso do carro-pipa foi para lembrar ao povo que não haverá nenhuma cobrança da prefeitura de Santa Terezinha pra distribuir água na cidade, como faz a atual administração. Ela justificou o estrago dizendo ainda que a água da festa da vitória foi doada por um médico da cidade. Fonte. G1.com e facebook.com

MC Pretinho da Piedade na festa de abertura da Olimpiada

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Atrações da XXII olimpíada da cidadania de Belford Roxo

MC ELLU

Após 10 anos como xerife do Rio, Beltrame dá adeus ao cargo

O mais longevo secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, o policial federal José Mariano Beltrame, deixa o Governo após dez anos no cargo. A saída está prevista para entre os dias 20 e 30 de setembro. O nome escolhido para substituí-lo é do delegado da Polícia Federal Antônio Roberto Sá, atual subsecretário de Planejamento da secretaria e um dos principais assessores de Beltrame. Beltrame vai entrar num período sabático por anos, e será consultor do mercado privado. Segundo amigos, estuda convites para palestras no Brasil e exterior. O secretário de segurança se notabilizou pela implantação das Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, nas principais favelas do Rio, com o objetivo de inibir o tráfico de drogas, prender traficantes e retirar as armas de circulação nas comunidades. O programa é alvo de elogios e críticas há anos. A despeito de estar afastado por problemas de saúde, será do governador licenciado Luiz Fernando Pezão a decisão da substituição. Fonte. Blog Esplanda

O BANQUETE IMORAL DE BRASÍLIA

A cena de pompa e circunstância que rodeou o jantar do presidente com os aliados, agora felizes e em paz, entra para os grossos anais da vergonha que contam a nossa história recente. A trupe festeja o fim dos direitos do povo e o recuo das conquistas históricas das populações mais empobrecidas, que atende pelo código de MP 241. Ninguém, em sã consciência, pode acreditar que o congelamento de gastos com saúde, educação, assistência social e previdência por vinte anos mereça uma festa desse quilate. Ao invés de celebrarem com farra nababesca enquanto o país sofre a pior crise econômica da sua história, esses homens brancos e ricos, deveriam cobrir seus rostos de vergonha. Vendidos por goles de champanhe e algumas iguarias do cardápio palaciano, os deputados apressam-se em aprovar o rombo, com afobação invejável, sepultando qualquer possibilidade de discussão ou crítica. A questão é clara: esses homens e suas famílias ricas não dependem de escola pública, não conhecem o drama do sistema único de saúde, passam longe dos serviços de assistência social e pagam planos privados de aposentadoria (embora alguns deles, incluindo o presidente, recebam mensalmente recursos de uma fonte que eles agora querem negar para os demais cidadãos). Com isso, revogam o princípio básico da constituição de 1988, que deu prioridade para os investimentos do Estado nas áreas sociais, ignorando as necessidades e as carências da parcela da população que mais sofre com a crise econômica. Enquanto jantam com majestade, esses senhores negam que o Estado existe para o povo, lema básico de qualquer manual democrático. Ao congelar os gastos, esses senhores retiram a autonomia dos futuros gestores em adaptarem o orçamento de acordo com novas prioridades políticas e econômicas. Na prática significa que, nos próximos vinte anos, nenhum governo – mesmo que ele seja de esquerda ou que pretenda priorizar os mais pobres – estará autorizado a fazê-lo. Os interesses dos trabalhadores estarão, definitivamente, fora da agenda do Estado ou do governo, limitadas por uma contabilidade que dá preferência aos interesses das elites, que incluem as empresas de comunicação, por exemplo. A lógica é esta: benefícios escusos fazem com que o presidente bobalhão aprove uma medida impopular, para evitar que um eventual governo do PSDB tenha de fazê-lo no futuro. Queimam todas as fichas agora, com o golpista que promete não se candidatar. Depois do impeachment, resta ainda um serviço sujo a ser feito. Governo sem voto é sempre, como dizem os oposicionistas, governo sem povo. Isso nunca esteve tão claro. Por isso o jantar é simbólico. Ao ver as fotos, hoje de manhã, lembrei de uma parábola de Jesus, que foi contada por São Lucas. Nela o salvador aconselha que, quando fizermos um jantar, não convidemos familiares, amigos e vizinhos ricos, porque esses agem apenas segundo a lógica das recompensas: você os convida agora porque eles podem retribuir o convite (ou algo mais) no futuro. Uma mão lava a outra. Fácil assim. Ao invés disso, Jesus diz que o verdadeiro banquete é aquele onde os convidados não podem dar nada em troca: “convide os pobres, os aleijados, os mancos e os cegos”, porque eles não terão como retribuir. E Jesus ainda acrescenta: a verdadeira justiça será a recompensa caso convide as pessoas certas. A justiça, vejam: o princípio central da moralidade. Temer, porque janta com os amigos ricos usurpadores dos direitos e membros mal-apessoados das elites nacionais, não alcança justiça, mas favores criminosos que mantém algumas das piores práticas da política nacional. Além de não estarem nesse banquete, os pobres são ali servidos como prato principal. Seus direitos são usurpados, com os azeites das maracutaias e o verniz das traficâncias que tentam enganar a nação com uma contabilidade ardilosa. A mesma que levou ao golpe. A mesma que celebra a derrota da constituição e dá seguimento à retomada dos privilégios, à agressão aos direitos e à festa da corrupção que, antes de acabar, é perpetuada como prática nacional. Porque celebram jantares para planejar a fome do povo, esses políticos negam sua vocação de cuidar do bem público e festejam interesses privados. Como sugere uma outra parábola bíblica, "muitos são chamados, mas poucos são escolhidos": os que têm fome de justiça passaram longe da festa do Temer. O seu banquete é maldito. A fartura da sua mesa é imoral. Fonte. Jelson Oliveira

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Se liga Rio de janeiro

O pai cuidou do filho, Hoje o filho cuida do pai!

Curti esse exemplo bonito!

A cantora Mc Ellu vai se apresentar na abertura da XXII Olimpíada da cidadania

Depois de ter se apresentado no programa do Ratinho no SBT e de participar dos legendários no próximo sábado dia 15 de outubro, agora chegou a vez da baixada. Dia 12 de outubro a cantora MC ELLU será uma das principais atrações no show de abertura da XXII Olimpíada da cidadania que acontecerá no Heliópolis Atlético Clube. Dás 8 ás 12 horas Rua. João Alves Faria S/n Heliópolis Belford Roxo. Segundo a coordenadora do evento a Sra Jandyra Rosa, o publico esperado vai superar a marca de 2 mil pessoas, incluindo atletas, professores familiares e amigos. A organização ja confirmou a presença de varias autoridades governamentais da região que estarão se pronunciando no dia da festa de abertura. A cantora MC Ellu é a primeira funkeira do Brasil. Você ainda vai ouvir falar muito nessa explosão de musica e alegria.

Corpo de padre assassinado é velado em Nova Iguaçu

Após missa de corpo presente, pároco será levado para Pernambuco
Padre foi morto a facadas na Baixada Fluminense - Reprodução ÚLTIMAS DE RIO RIO - O padre Francisco Carlos Barbosa Tenório, de 38 anos, da paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi encontrado morto na manhã de domingo no acostamento da Rodovia RJ-081 (Via Light), na mesma cidade. O corpo do pároco tinha duas marcas de facadas, uma no ombro e outra no peito. A polícia suspeita de latrocínio (roubo seguido de morte), já que o carro do padre, assim como a carteira e o celular, foram levados. Ele era pernambucano e estava no Rio há cerca de dez anos. Parentes dele estão vindo do Nordeste para participar de uma missa de corpo presente às 14h. O velório está sendo feito na Igreja Nossa Senhora de Lourdes. Depois, o corpo do religioso, que já foi embalsamado, será levado para sua terra natal, onde será sepultado. Ele vestia trajes normais quando saiu da paróquia Nossa Senhora de Lourdes, no bairro São Benedito, onde morava há cerca de um ano, para ir à festa de aniversário de um afilhado no bairro Lote Quinze, em Belford Roxo. O diácono da igreja, Gilmar Pereira dos Santos, disse ao G1, que o carro que o padre dirigia, um Gol prata ano 2010, não foi encontrado. De acordo com o diácono, o padre morava na igreja e saiu sozinho por volta das 19h de sábado. Ele teria saída da festa por volta das 22h30m dizendo que precisava chegar cedo porque tinha uma missa para rezar na manhã de domingo. - Ele sempre me avisava quando não podia rezar a missa porque eu o substituía. Ele não chegou e eu não vi o carro parado. Fiz a missa das 7h30m, mas estava preocupado. Depois, começamos a procurar até que uma amiga o reconheceu no Hospital da Posse - disse Gilmar. Segundo a paróquia, o corpo do padre foi reconhecido por representantes da igreja. Eles registraram o desaparecimento do padre na 54ª DP (Belford Roxo). A investigação da morte está a cargo da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Fonte JornaL o Globo

Beija-Flor nega que tenha atrasado pagamento

O OUTRO LADO Beija-Flor nega que tenha atrasado pagamento A Beija-Flor diz que nunca atrasou o pagamento de funcionários e que também não houve paralisação da produção no barracão. Melhor assim. Comente

Shakira doa 15 milhões de dólares para o Haiti depois do furacão Matthew

A cantora colombiana Shakira fez uma doação de 15 milhões de dólares para a reconstrução do Haiti que sofreu a ira do furacão Matthew esta semana. A doação de Shakira foi feita através da Fundação ALAS que supervisionaria a reconstrução da ilha. Pelo que se sabe, aproximadamente 900 pessoas foram mortas pelo furacão Matthew no Haiti, os oficiais ajudantes dizem que 90% de algumas áreas foram destruídas. Algumas das cidades mais atingidas ainda não conseguiram ser acessadas por terra e ainda existe o medo de que mais corpos serão encontrados.
Está não é a primeira vez que Shakira ajuda o Haiti, em 2010 depois do grande terremoto Shakira doou quase um milhão e meio de dolares para reconstruir a escola Elie Dubois e participou de campanhas que tiveram seus lucros doados para ajudar na reconstrução do pais. Uma delas foi a canção “Somos El Mundo 25 por Haiti” composta pela cantora cubana Gloria Estefan e seu marido Emilio Estefan. A música era uma releitura em espanhol de “We Are the World” escrita por Michael Jackson e Lionel Richie em 1985. Ainda em 2010, produtores uniram esforços para a gravação do single “Ay Haiti” que também teve como intuito a arrecadação de verbas para a reconstrução do país. Além de Shakira, “Ay Haiti” contou com a colaboração de vários artistas e atletas de fama internacional como por exemplo a italiana Laura Pausini, o espanhol Alejandro Sanz e o jogador brasileiro Kaká. Você também pode colaborar com a reconstrução do Haiti comprando os singles no iTunes! Somos El Mundo Por Haiti: https://itunes.apple.com/us/album/somos-mundo-25-por-haiti-single/id371031624 Ay Haiti: https://itunes.apple.com/us/album/ay-haiti!-single/id381198301

Após 53 anos, cidade do Acre tem primeiro prefeito indígena da história

Isaac Piyãko foi eleito com 56,52% dos votos em Marechal Thaumaturgo. Historiador diz que eleição para prefeito ocorreu após Acre ter Constituição. Iryá Rodrigues Isaac Piyãko foi eleito prefeito de Marechal Thaumaturgo com 56,52% dos votos (Foto: Arquivo pessoal) Isaac Piyãko foi eleito prefeito de Marechal Thaumaturgo com 56,52% dos votos (Foto: Arquivo pessoal) Após 53 anos de eleições para prefeito, o estado do Acre registrou, no último domingo (2), a eleição do primeiro prefeito indígena. Isaac Piyãko (PMDB) foi eleito com 56,52% dos votos em Marechal Thaumaturgo. A informação foi confirmada pelo coordenador do Centro de Antropologia da Universidade Federal do Acre (Ufac), Jaco Cesar Piccoli, que avalia a situação como um "avanço" para os povos indígenas. O historiador Marcus Vinícius afirmou que a primeira eleição para prefeito ocorreu após o Acre ter uma Constituição, que foi a partir de março de 1963. Até então, os prefeitos eram nomeados, ou pelo presidente da República ou pelo governador do território. saiba mais Índio ganha prefeitura no AC e diz ter sofrido preconceito em campanha Confira os prefeitos e vereadores eleitos na Regional do Juruá "Em 1913 já teve eleição para vereador, que na época eram chamados de conselho de vogais. Os municípios passaram a existir a partir de 1913, mas os prefeitos foram ao longo do tempo sendo nomeados. Só vai passar a ter eleição constitucional para prefeito depois que o Acre tem Constituição, que é a partir de 1963", afirmou o historiador. O antropólogo Piccoli informou que apenas um vice-prefeito indígena havia sido eleito no município de Santa Rosa do Purus, no interior do Acre, mas para o cargo de prefeito, Piyãko foi o primeiro da história do estado. O indígena teve 4.094 votos contra o candidato Aldemir Lopes (PT), que teve 3.150 votos, que corresponde 43,48%. O indígena contou que entrou para a política com intuito de fazer o bem para a sociedade em geral. "Um índio governar um município e os povos não indígenas é uma alegria e privilégio. Existe muito o racismo e preconceito contra nós indígenas. Acredito que se eu fizer um bom governo, parte desse preconceito será eliminado, mas e se fizer um mau governo, pode continuar existindo esse olhar diferenciado para índios", afirmou. O candidato eleito voltou a falar sobre o preconceito que sofreu ao longo da campanha e disse conseguiu vencer pelo projeto que apresentou e pelo apoio das pessoas. "Tentaram usar o fato de eu ser índio contra mim. Falaram que eu iria dividir as terras do municípios para os indígenas e outras coisas, mas eu tentava informar a sociedade e desconstruir essas mentiras", disse. O antropólogo afirmou que a participação política é uma questão de cidadania, no sentido que, tanto indígenas como não indígenas, têm plenos direitos de participarem e exercerem seus direitos. Piccoli disse que o prefeito eleito ganhou a chance de mostrar à sociedade que o povo indígena tem total condições de fazer um bom trabalho. "É uma vitória do povo indígena que aumenta a presença em instituições do estado brasileiro, nesse caso no município. Esperamos que a gestão seja de qualidade, demonstrando que o indígena tem toda condição de exercer plenamente a participação social e política", finalizou Piccoli. Piyãko está entre os seis prefeitos indígenas eleitos no Brasil Isaac Piyãko (PMDB) é um dos seis prefeitos indígenas eleitos no Brasil. Ele foi o quinto mais bem votado entre os candidatos indígenas eleitos no país, com 4.094 votos válidos. Em primeiro lugar ficou o indígena de Pernambuco Rossine Blesmany dos Santos Cordeiro (PSD), com 12.454 votos. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Fonte G1 .com

Sobre a homofobia na Igreja Católica. Artigo de Klaus Mertes On homophobia in the Catholic Church. Article Klaus Mertes

A homofobia se choca sobretudo contra o mandamento do amor ao próximo. Nem no Antigo nem no Novo Testamento o conceito de próximo está limitado a um determinado grupo, nação ou a um determinado gênero. Mesmo no cristianismo das origens, são superadas, através do conceito de ‘próximo’, formas de segregação e relações hierárquicas profundamente enraizadas na sociedade, que podem se orgulhar de uma legitimação ideológica, bem como de uma longa tradição." A opinião é do jesuíta alemão Klaus Mertes, diretor-chefe da revista acadêmica Theologie.geschichte. Desde 2011, é diretor do colégio de St. Blasien, em Berlim. O artigo foi publicado na revista Theologie.geschichte, Bd. 11, 2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto. Mertes continua: "Para a Igreja, vale a revolucionária afirmação: ‘Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há mais homem nem mulher, porque todos vocês são um em Cristo Jesus’ (Gl 3, 28). Com base em expressões das línguas modernas, pode-se integrar: ‘Não há mais homossexual ou heterossexual...’". Eis o texto. Pode-se falar de "homofobia", propriamente, apenas desde que existe o conceito de "homossexualidade". Por sua vez, ele deriva da ciência médica do século XIX e indica uma orientação duradoura ou mesmo uma inclinação a pessoas do mesmo sexo, qualquer que seja a sua origem. O comportamento sexual dos seres humanos, para esse propósito, é distinguido em categorias claras (como é típico para a ciência moderna). Tal classificação é desconhecida para o tradição neotestamentária e para o primeiro cristianismo, assim como para a primeira literatura judaica. Na acepção atual, homofobia indica "uma rejeição ou uma hostilidade social voltada a mulheres e homens homossexuais". Nas ciências sociais a homofobia está associada a fenômenos como racismo, xenofobia ou sexismo no conceito único de "hostilidade contra grupos específicos de pessoas e, consequentemente, não depende de uma anomalia patológica [...] O conceito de homofobia se refere ao medo como causa originária do comportamento de rejeição [...] O medo é um modelo reconhecido para explicar o comportamento agressivo ou de rejeição por parte não só de jovens, mas também de adultos contra os homossexuais, isto é, não medo dessas pessoas, mas um medo profundo, muitas vezes inconsciente de algumas partes reprimidas da própria personalidade. No entanto, nesse caso, não se trata de um distúrbio fóbico em sentido clínico e psicológico" [1]. A homofobia se choca sobretudo contra o mandamento do amor ao próximo. Nem no Antigo nem no Novo Testamento o conceito de próximo está limitado a um determinado grupo, nação ou a um determinado gênero. Mesmo no cristianismo das origens, são superadas, através do conceito de "próximo", formas de segregação e relações hierárquicas profundamente enraizadas na sociedade, que podem se orgulhar de uma legitimação ideológica, bem como de uma longa tradição. Para a Igreja, vale a revolucionária afirmação: "Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há mais homem nem mulher, porque todos vocês são um em Cristo Jesus" (Gl 3, 28). Com base em expressões das línguas modernas, pode-se integrar: "Não há mais homossexual ou heterossexual...". O fato de a Igreja não conseguir se decidir por reivindicar direitos humanos fundamentais para as pessoas homossexuais; o fato de que ela, ao contrário, tolera que até mesmo altos representantes do clero invoquem compreensão para tradições culturais em que as pessoas homossexuais são ameaçadas de morte está em contradição com o Evangelho. 1. Homofobia e exegese histórico-crítica A homofobia impede um olhar histórico-crítico sobre as passagens bíblicas pertinentes e sobre os textos tematicamente afins ao ambiente não judaico em que nasceram o Antigo e o Novo Testamento, colocados no seu contexto histórico específico. Ela está relacionada com uma exegese bíblica fundamentalista. Não é de se admirar, consequentemente, que haja uma atração recíproca entre grupos homofóbicos e grupos antimodernos. Na medida em que os textos do Antigo e do Novo Testamento são lidos como afirmações sobre a homossexualidade no sentido moderno da palavra, produzem-se mal-entendidos repletos de consequências, legitimados, ao mesmo tempo, pela referência à autoridade da Escritura. Mas, nesse campo, é amplamente reconhecido pela Igreja Católica, desde o Concílio Vaticano II, o método histórico-crítico: e não simplesmente como um dos muitos métodos possíveis para interpretar as Escrituras, mas sim como "o" método apropriado para pôr em relação as afirmações da Escritura com os conhecimentos modernos. Sem uma hermenêutica histórico-crítica, a Igreja perde a faculdade de se pronunciar. Em todos os caso, não há qualquer motivo razoável para subtrair os textos bíblicos sobre a "homossexualidade" de uma leitura histórico-crítica. A tentativa de abrir, aqui, uma exceção já pertence aos sintomas da homofobia. E mais: justamente nesse caso, posições homofóbicas se ligam ao impulso de rejeitar a modernidade, de modo comparável às resistências dos criacionistas contra a teoria da evolução. 2. O Catecismo da Igreja Católica São os pontos cegos e as contradições performativas que permitem reconhecer os preconceitos, também aqueles de tipo homofóbico. O Catecismo da Igreja Católica oferece alguns exemplos disso, ele que, nos números 2.357-2.359, trata de "castidade e homossexualidade". Tais parágrafos pertencem ao título anterior, "As ofensas à castidade" (números 2.351-2.356). Essa divisão corresponde a um clássico impulso homofóbico, para o qual a homossexualidade é uma ofensa à castidade não só no momento em que é praticada em "atos homossexuais". Essa divisão insinua que os anseios e os desejos dos homossexuais, assim como a "saída do armário", já são atos contrários à castidade [2]. Isso repercute de maneira dolorosa até hoje na experiência cotidiana das pessoas homossexuais na Igreja. A questão da homossexualidade deveria ser tratada sob o título "direitos humanos" e não ser atribuída ao âmbito da "castidade". O Catecismo da Igreja Católica, por um lado, no número 2.358, profere uma proibição de discriminação contra os homossexuais [3]. Tal proibição de discriminação, por outro lado, torna-se contraditória, pois, estranhamente, perde-se entre afirmações discriminatórias sobre a homossexualidade [4]. Apenas a formulação, ou seja, de que se deveria acolher os homossexuais com "respeito, compaixão e delicadeza" (n. 2.358), fere pela sua condescendência. O fato de a homossexualidade ser uma cruz que os homossexuais deveriam "unir ao sacrifício da cruz do Senhor" (n. 2.358), esconde as causas reais dos sofrimentos dos homossexuais. A cruz não consiste na orientação homossexual, mas na rejeição e na hostilidade devidas à homofobia. A homofobia impede que os homossexuais até mesmo rezem com as palavras do Salmo: "Dou-te graças, porque me fizeste como um prodígio" [5]. Ela recorre a uma "devoção da cruz", que, por sua vez, é invasiva e prejudicial. "Se alguém quiser vir após mim (…) tome a sua cruz e me siga" (Mc 8, 34). Mas o que é a "minha" cruz em comparação com a "tua" não pode ser definido de fora, muito menos por um grupo inteiro de seres humanos. Tais ataques, que chegam à violência espiritual, foram sofridos por muitas pessoas homossexuais na Igreja Católica: uma "cruz" lhes foi imposta com palavras devotas pelo ambiente homofóbico e, portanto, elas foram, além disso, induzidas ao erro também no plano teológico e espiritual. Abertamente discriminatório é o Catecismo quando define a homossexualidade como "depravação grave" e remete, como justificação bíblica, Gn 19, 1-29. Na história dos homens de Sodoma, trata-se de violência sexual, não de homossexualidade. A confusão entre homossexualidade e violência sexual permite captar os preconceitos homofóbicos dos autores dessa passagem. Ela provém da sensação de uma (suposta) ameaça. Também não é necessário interpretar Gn 19, 1-29 de modo histórico-crítico para reconhecer a evidente confusão de que são vítimas os autores do trecho. Aqui pode-se notar um ponto cego. Além disso, o Catecismo refere-se às passagens pertinentes em Paulo: Rm 1, 24-27, e 1Co 6, 10 (assim como 1Tm 1, 10). Sobre essas e outras passagens citadas, como justificativa, está se desdobrando há muitos anos um amplo debate exegético: a condenação de relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo em Lv 18, 22 (do qual Paulo retoma, em parte, a terminologia, embora em outro contexto) pode ser atribuída aos conceitos de pureza [6] ou à situação de uma minoria oprimida que queria exortar os seus membros à fecundidade e, portanto, à sobrevivência [7]. O conceito (que deriva da tradição greco-helenística) de parà physin ("contra a natureza") indica normalmente uma relação sexual que exclui a fecundidade, também no caso do coito heterossexual. Tal orientação sexual estável não é o pressuposto de Paulo: caso contrário, ele não poderia dizer em 1Co 6, 10: "Antigamente, vocês 'eram' (!) efeminados (arsenoi, papel passivo) e tinham relações com homens (arsenokoites, papel ativo, cf. Lv 18, 22)". Em Rm 1, 24, a paixão sexual parà physin é adotada como imagem para a confusão entre o Criador e a criatura junto aos povos não judeus. O tema da passagem é a questão sobre a necessidade da justificação para todos os povos. Se tomarmos a sério a imagem, Paulo descreve aqui as relações sexuais parà physin como forma de confusão. Também desse ponto de vista, portanto, fica excluída a homossexualidade em sentido moderno. Também se poderia dizer inversamente: o próprio Paulo vive parà physin, porque não é casado (cf. 1Co 7). A ênfase realmente nova que o cristianismo das origens colocou sobre a sexualidade foi a valorização do celibato ou da continência sexual. Ela envolvia um tema de liberdade: a sexualidade humana não está a serviço do crescimento da polis [8]. O dever da fecundidade, afirmado e praticado na cultura grega, é posto em discussão pelos cristãos e os levou, gradualmente, a uma exaltação espiritual da continência, contra a qual os Concílios tiveram que defender o valor e a liberdade do matrimônio. 3. Cumplicidade masculina Em todas as diversas abordagens, no entanto, os estudos históricos sobre a Bíblia defendem, de modo unânime, que nem o Antigo nem o Novo Testamento conhecem o conceito de "homossexualidade" em sentido moderno. Acrescenta-se outro fato, não menos significativo: nas sociedades antigas, a sexualidade estava "ligada indissociavelmente com as relações de poder e de dominação que estruturavam as sociedades da época (…) por um lado, estavam os homens livres como parceiros sexuais ativos; de outro, mulheres, escravos, escravas e crianças como parceiros sexuais passivos" [9]. Segue-se daí que a norma era estabelecida não pela diferença entre hetero e homossexualidade, mas pela diferença entre ativo e passivo, insertivo e receptivo, livre e dependente. Um homem grego livre pode penetrar mulheres, escravos, escravas e crianças, mas não outro homem grego livre. Diante desse cenário, até mesmo as afirmações paulinas sobre a homossexualidade, especialmente Gl 3, 28, podem reivindicar um significado emancipatório. Em todo o caso, é aconselhável ler Rm 1, 24 e 1Co 6, 10 em relação a Gl 3, 28. No Banquete de Platão, Aristófanes conta um mito sobre a origem do amor: os seres humanos originalmente tinham a forma de uma bola, bolas masculinas, bolas femininas e bolas andróginas. A perfeição da forma esférica os induziu à soberba, razão pela qual Zeus os puniu dividindo as bolas em duas metades. "Cada um de nós, portanto, é o pedaço de um único ser humano, já que nós estamos, justamente, divididos, como os linguados se tornam dois a partir de um. Ora, portanto, cada metade sempre busca a sua outra metade (…) as mulheres que derivam de um de ser completamente feminino não se interessam muito pelos homens, mas se voltam às mulheres (…) aqueles que, em vez disso, são metade de um ser completamente masculino vão em busca do masculino; enquanto são rapazes, eles amam os homens, como metade do ser masculino. Deitar-se com os homens e abraçá-los os delicia, e estes são os melhores entre os rapazes e os jovens, porque são os mais viris por natureza. É verdade, alguns os chamam de despudorados, mas é injusto. De fato, eles não agem assim por falta de pudor, mas porque amam o semelhante com coragem e audácia viril. Grande prova disso é o fato de que, uma vez formados completamente, tais homens se dedicam preferivelmente à política. Mas quando se tornam maduros, amam os rapazes; por natureza, não têm nenhum impulso ao casamento e à procriação, mas são obrigados a isso pelas normas sociais; por si mesmos, seria suficiente viver juntos sem se casar" [10]. Gottfried Bach [11], partindo da teologia bíblica da criação, submete o mito platônico à crítica de que, em Platão, o eros seria a consequência de uma punição e seria, assim, julgado de forma negativa; o eros, portanto, estaria "podre". Parece-me, ao menos, igualmente digno de reflexão o fato de que o texto de Platão expressa o valor mais elevado do eros homossexual masculino em relação ao eros lésbico e também em relação ao eros entre homem e mulher que deriva da bola andrógina (aqui capto um nexo com a exigência do movimento feminino de distinguir da homofobia uma lesbofobia, à qual também contribuem homens homossexuais e que também possui uma atratividade própria quando se liga à autocomplacência e a cumplicidade masculinas). Para Platão, os homens ligados entre si por cumplicidades de grupo são obrigados à fecundidade por meio da lei. A polis precisa, para a sua sobrevivência, de reprodução, novos homens, cujos "melhores" possam ser iniciados como meninos na sociedade dos homens por meio de relações genitais homossexuais. Isso implica uma ideia puramente utilitarista da fecundidade e uma relação meramente instrumental com as mulheres. O objetivo principal do vínculo entre os homens, em vez disso, é "lidar com os assuntos do Estado" – uma autocomplacência elitista típica das sociedades masculinas, conectada com a ambição ao poder [12]. O texto de Platão toca dois pilares da mentalidade cristã. Em primeiro lugar, o seu mito documenta e legitima uma ordem social dominada pelos homens. Nesse sentido, ele possui um aspecto univocamente depreciativo em relação às mulheres, ginofobo, e, portanto, contradiz a letra e o espírito de Gl 3, 28. Aristóteles também vê o feminino como passivo "por natureza" e o masculino como ativo "por natureza": ele pressupõe, portanto, relações de superioridade e inferioridade entre masculino e feminino. Essa imagem da mulher, do mesmo modo, foi recebida há muito de modo tão problemático na história do cristianismo. Em segundo lugar, o texto legitima a pederastia, portanto, amor genital e homossexual em relações assimétricas. Hoje, depois da descoberta dos abusos sexuais na Igreja Católica, nas escolas e em outras instituições, sabemos melhor do que alguns anos atrás que aqui é escancarada a porta para o abuso sexual de pessoas que devem ser protegidas. Nas relações de abuso por parte dos educadores protestantes, motivos platônicos desempenhavam um papel importante para a legitimação das suas ações. Dentro da Igreja Católica não havia, certamente, uma referência explícita à tradição platônica, ainda mais que a moral sexual católica condena claramente todo ato sexual fora do casamento entre homem e mulher. No entanto, no fato em si mesmo, precisamente as relações de abuso entre clérigos e jovens têm o sabor da cumplicidade masculina. Muitos meninos abusados relatam que a sensação de se sentirem admitidos em um grupo selecionado era um fator importante de atração para a sua relação com os autores dos abusos e que ela estava ligada a uma "responsabilidade comum" por manifestações litúrgicas, sociais e de outros tipos. 4. Homossexualidade e abuso sexual Desde que foi concluída a investigação sobre o "Vatileaks", promovida em 2012 pelo Papa Bento XVI, circulam na Igreja Católica rumores sobre "redes homossexuais" na Cúria e na hierarquia. O Papa Francisco retomou a expressão em um diálogo com os superiores das ordens religiosas femininas e masculinas na América do Sul e falou de um "lobby gay" no Vaticano. Na viagem de volta da sua visita à Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, ele esclareceu o sentido da sua afirmação, isto é, que, no caso dos "lobbies gays", o problema é o "lobby", não a homossexualidade. "Se alguém é homossexual e busca a Deus com boa vontade, quem sou eu para julgar?", acrescentou [13]. Não é por acaso que o ano de 2010 reabriu o debate sobre as "redes gays" dentro e em torno do clero da Igreja Católica. A própria hierarquia é responsável por isso em grande medida. Justamente no início do ano 2010, o cardeal Bertone, com as suas teses sobre uma conexão entre homossexualidade e abuso sexual, adotou uma estratégia argumentativa homofóbica, que, na hierarquia católica, por muitos anos, representou a resposta estratégica aos escândalos pelos abusos: "Se vocês afastarem os homossexuais do clero, não teremos mais abusos sexuais", ou, para usar as palavras do falecido arcebispo de Fulda sobre os dois modos a ele conhecidos para abandonar o sacerdócio, "uns acabam diante do oficial de estado civil, outros diante do Ministério Público". No congresso "Rumo à cura e à renovação" (Universidade Gregoriana, fevereiro de 2012), a tese do nexo entre homossexualidade e abusos sexuais foi refutada por meio de dados estatísticos. Um estudo da Conferência Episcopal dos Estados Unidos sobre as causas e os contextos do abuso sexual por parte de sacerdotes católicos, citado no congresso, constata expressamente: os dados clínicos não confirmam a hipótese de que sacerdotes de identidade homossexual abusam sexualmente de menores mais do que sacerdotes de orientação heterossexual [14]. Os números apresentados no contexto por Stephen Rossetti [15] também falam claramente: mais de 95% de todos os autores de abusos sexuais são do sexo masculino. A maioria das vítimas de violência sexual são mulheres e meninas. A maioria dos autores de abusos são heterossexuais. No caso dos abusos cometidos por sacerdotes, o maior grupo de vítimas inclui jovens na pós-puberdade [16]. A última constatação não implica que haja uma particular predisposição dos sacerdotes homossexuais à violência sexual. No máximo, permite concluir que há um número significativamente alto de homens homossexuais no clero da Igreja Católica. Mas isso, de fato, não é novidade. Só que até agora ninguém podia falar a respeito sem correr riscos. Quando o teólogo pastoral Augusta Hanspeter Hainz, em 1996 – pela primeira vez em um contexto público de língua alemã –, estimou em 20% o número dos sacerdotes homossexuais na Igreja Católica, ele foi repreendido por ter ofendido o clero. Hoje, as estimativas são muito mais altas. Admitindo-se que, de fato, haja um número significativamente alto de assédios e violências sexuais por parte de sacerdotes homossexuais – em comparação com o percentual de assédios e violências sexuais em outros grupos profissionais –, também não bastaria isso para provar uma ligação particular entre homossexualidade e abuso. Em vez disso, se chegaria à conclusão de que, no clero, há um número significativamente alto de homens homossexuais que não têm uma relação madura com a sua sexualidade. Provavelmente, é assim. Mas isso depende, por sua vez, também das estruturas eclesiásticas, que têm uma atitude homofóbica. Nos últimos anos, a hierarquia repetidamente afirmou a incompatibilidade entre homossexualidade e sacerdócio, mais recentemente, de novo, o próprio Papa Bento XVI no seu livro-entrevista "Luz do mundo": "A homossexualidade não é compatível com o ministério sacerdotal" [17]. Mas só é possível chegar à maturidade sexual – mesmo e precisamente na vida celibatária – quando se pode falar na primeira pessoa do singular sobre a própria sexualidade, os próprios sonhos, desejos e anseios. No caso de candidatos homossexuais ao sacerdócio, isso já não pode acontecer precisamente por causa do fato de que eles, desse modo, colocariam em risco a sua ordenação sacerdotal. Deparamo-nos aqui com uma causa estrutural que torna muito difícil, justamente para os sacerdotes homossexuais, chegar a uma relação madura com a própria sexualidade – e isso também produz um efeito prejudicial para sacerdotes heterossexuais e o seu amadurecimento psicossexual. A obrigação de calar, de fato, por um lado, constitui uma injustiça dentro do clero para os sacerdotes homossexuais; por outro, não é permitido que os sacerdotes heterossexuais conheçam os seus coirmãos homossexuais e destruam os seus medos, ligados principalmente com uma orientação sexual estranha para eles. 5. A cumplicidade masculina e o clero No campo da cultura, é conhecido o termo "homossocialidade". Nas ordens religiosas masculinas, existem apenas homens; nas femininas, apenas mulheres; nas escolas para rapazes, apenas rapazes; nas escolas para meninas, apenas meninas; na igreja, na parte esquerda da nave, sentam-se apenas mulheres; na parte direita, apenas homens, e assim por diante. Ninguém chegaria à ideia de deduzir a orientação sexual dos membros desses grupos com base na sua composição. A homossocialidade existe em múltiplas formas em todas as culturas e em todas as fases da vida humana. Um constante jogo de proximidade e distância, mesmo em situações de grupo, pertence à convivência entre os sexos. A homossocialidade, por outro lado, se torna um problema quando se entrelaça com o poder e fecha ou limita o acesso às posições de poder. A homossocialidade masculina se torna cumplicidade masculina quando se fecha ao outro sexo e se torna um fim em si mesmo. Os grupos homossociais tendem à "cumplicidade" e são particularmente atraentes, justamente porque estão estruturados de maneira homossocial. No caso do clero da Igreja Católica, isso significa: se o ministério sacerdotal é atraente, especialmente porque envolve a companhia de homens apenas, a estrutura homossocial do clero se reduz a cumplicidade masculina. Com a cumplicidade masculina, o clero também desenvolve um aspecto misógino. Emana uma atmosfera proibida para as mulheres. A exclusividade o torna atraente para alguns; para outros (especialmente para as mulheres), problemático. A homofobia abre uma porta a seu despeito: quem é tomado por desprezo homofóbico não pode, de fato, falar de "lobby gay" na Igreja, sem tocar também, ao mesmo tempo, a questão feminina. Como disse o Papa Francisco, o problema não é o fato de que alguns sejam homossexuais no lobby, mas o fato de que o lobby seja, justamente, um lobby. O grupo masculino, na verdade, não é homossexual, mas homofóbico. Ocupa-se – e nisso se revela o aspecto da cumplicidade – com a atribuição de cargos e posições: "Os amigos dos amigos do papa se tornam bispos", escreveu um jornalista, acertando o alvo, depois de ter fracassado a escandalosa tentativa do lobby de impor na diocese austríaca de Linz como bispo auxiliar um prelado que tinha se apresentado, dentre outras coisas, com o seguinte comentário sobre o furacão Katrina em Nova Orleans em 2005: "O furacão Katrina destruiu não só todas as boates e os bordéis, mas também todas as cinco (!) clínicas de aborto. Vocês sabiam que as associações homossexuais tinham organizado uma parada de 125.000 homossexuais dentro de dois dias no bairro francês? Como se entende lentamente apenas agora, as condições amorais nesta cidade são indescritíveis. A notável multiplicação de catástrofes naturais é apenas uma consequência da poluição ambiental por causa do homem ou, ao contrário, consequência de uma poluição espiritual? No futuro, deveremos refletir intensamente sobre esse ponto" [18]. No dia 31 de janeiro de 2009, o Papa Bento XVI nomeou o autor desse texto, o pároco Gerhard Wagner, como bispo auxiliar de Linz. Por causa do veemente protesto de muitos católicos, incluindo a grande maioria do clero de Linz e da Conferência Episcopal Austríaca, no dia 16 de fevereiro de 2009, Wagner pediu que o papa revogasse a sua nomeação. Assim, foi evitado que ele se tornasse bispo auxiliar de Linz. A homofobia desempenha um papel ativo na confusão dos conceitos de "homossexual" e "lobby": desvia a atenção de si mesma. Como a homofobia, especialmente em grupos masculinos, tende a esconder não só as tendências homossexuais pessoais, mas também as ambições pessoais e o desejo de poder, ela oferece a mais forte resistência a um discurso crítico interno. Reflexões diferenciadas sobre o tema da homossexualidade ou também sobre o tema do poder, portanto, despertam a suspeita de traição. Esta também, de fato, é uma característica dos grupos masculinos: ao fechamento ao exterior corresponde um alto dever de lealdade em relação ao interior. 6. O pleno poder da palavra Na sessão plenária do Sínodo sobre a família (Roma, 2014), um casal australiano de cônjuges católicos contou sobre a sua experiência real de família, da qual também faz parte um filho homossexual unido a um companheiro. A sua intervenção foi investida de uma crítica veemente, dirigida menos ao conteúdo da mensagem e mais ao fato de ter se pretendido que o Sínodo ouvisse o relato. Eis aqui o rosto da homofobia. Ela não admite o debate. Esse é o seu problema. Porque o debate é como a pasta de dentes que não se consegue mais colocar de volta no tubo. A homofobia vive o debate como uma ameaça e o rejeita, em vez de prestar ouvidos e de argumentar. O episódio de Roma, porém, também mostra o poder da palavra pessoal. O debate não é despertado "falando de algo" na terceira pessoa do singular, mas falando na primeira pessoa do singular ou plural. A contribuição mais importante para a demolição da homofobia, portanto, é o debate iniciado por um discurso em primeira pessoa. Ao mesmo tempo, é também o mais arriscado, porque nunca devemos perder de vista a proteção das potenciais vítimas. Também por isso, ele não pode e não deve ser simplesmente delegado apenas às pessoas envolvidas. A homofobia é desmascarada falando na primeira pessoa. Esse "falar" deriva normalmente de uma necessidade, do fato de estar envolvido, em nenhum caso de uma tendência ao exibicionismo, como muitas vezes e de bom grado os homofóbicos acusam (veja-se a reprimenda de "falta de vergonha"). Em última análise, é justamente a violência da homofobia que leva as pessoas envolvidas a falarem, o que representa, depois, para os homofóbicos, o medo por excelência. A homofobia continua atolada em suas próprias contradições. Ela é perigosa, porque, a qualquer momento, como uma fera perseguida, pode atacar sem nenhum respeito, para se salvar. Aqueles que são impulsionados pela homofobia consideram-se vítimas, mesmo se forem carrascos. Livrar-se dela é tão difícil pois, na base da cegueira homofóbica, há uma diferença de percepção que só pode ser resolvida através de uma metanoia radical (Mc 1, 13) no conhecimento e na compreensão de si mesmo. O poder diante do qual a homofobia capitula é a verdade das coisas, expressada na primeira pessoa do singular. O "Eu" que pronuncia a si mesmo é o pequeno Davi que derruba o Golias encouraçado em muito ressentimento, ideologia e racionalizações verborrágicas. Notas: [1] Veja-se o verbete "homofobia" na Wikipédia, https://de.wikipedia.org/wiki/Homophobie (consultado pela última vez no dia 20 de junho de 2016). [2] Sobre este ponto, ver Ralf Klein, "Ich danke dir, dass du mich so wunderbar gestaltet hast" [Dou-te graças, porque me fizeste como um prodígio], in: Werksstatt schwule Theologie, n. 3/2002, pp. 236 ss. [3] Pelo menos aqui deveriam ser mencionados e incluídos também os transexuais, para os quais, obviamente, vale o mesmo que para os homossexuais. [4] É evidente que mesmo aquelas vozes que, no último Sínodo sobre a família (Roma, 2015), se expressaram em favor da eliminação da proibição de discriminação caem nas mesmas contradições do texto. [5] Klein, ibid. [6] Sobre esse ponto, ver Peter Winzeler, "Was sagt die Bibel zur Homosexualität" [O que diz a Bíblia sobre a homossexualidade], in Neue Wege, 3/1996, Zurique, 1996, pp. 279ss. [7] Sobre esse ponto, ver Thomas Hieke, "Kennt und verurteilt das Alte Testament Homosexualität?" [O Antigo Testamento conhece e condena a homossexualidade?], in Stephan Goertz (org.), "Wer bin ich zu verurteilen?", Friburgo, 2015, p. 1952. [8] Sobre esse ponto, ver Peter Brown, "Die Keuschheit der Engel" [A castidade dos anjos], Munique, 1991. [9] Wolfgang Stegemann, "Homosexualität – ein modernes Konzept" [A homossexualidade: um conceito moderno], in Zeitschrift für Neues Testament 1 (1998), aqui p. 62. [10] Platão, Simpósio, 191 e 192b. [11] "Der beschädigte Eros – Mann und Frau im Christentum" [O eros podre: homem e mulher no cristianismo], Friburgo, 1989. [12] Cf. Ansgar Wucherpfennig, "O Novo Testamento e a homossexualidade", esboço para uma conferência não publicado, junho de 2016, Frankfurt. Devo a esse texto novas intuições. [13] Cf. Süddeutsche Zeitung, 30 de julho de 2013. [14] United States Conference of Catholic Bishop s/John Jay College Research Team, The Causes and Context of Sexual Abuse of Minors by Catholic Priests in the United States, 1950-2002, Washington, D.C., maio de 2011, http://www.usccb.org/issuesandaction/childandyouthprotection/TheCausesandContextofSexualAbuseofMinorsbyCatholicPriestsintheUnitedStates1950-2010.pdf. [15] Stephen Rosetti, "Aprender com os erros". Conferência no Congresso "Rumo à cura e à renovação", Roma, 7 de fevereiro de 2012. [16] Cf. Mary HallayWitte, Bettina Janssen (orgs.), "Schweigebruch – vom sexuellen Missbrauch zur institutionellen Prävention" [Romper o silêncio: do abuso sexual à prevenção institucional], Friburgo, 2016. [17] Bento XVI, Luz do mundo: um diálogo com Peter Seewald, Friburgo, 2010, p. 181. [18] Boletim Paroquial da Igreja de St. Jakob, Windischgarten, n. 137, novembro de 2005, p.10. 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