sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Alcione reúne amigos para comemorar aniversário com festão

10/08/2018 - AGÊNCIA DE NOTîCIAS - PARCEIRO - Show da cantora da Alcione, no Vivo Rio, na Zona Sul do Rio, na noite de sexta-feira (10) - Foto: Onofre Veras/Parceiro/Agência O Dia


Alcione reúne amigos para comemorar aniversário com festão
Vanessa da Matta ficou deslocada entre os convidados
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- AGÊNCIA DE NOTîCIAS - PARCEIRO - Show da cantora da Alcione, no Vivo Rio, na Zona Sul do Rio, na noite de sexta-feira (10) - Foto: Onofre Veras/Parceiro/Agência O Dia - Onofre Veras/Parceiro/Agência O Dia
Como faz todos os anos, Alcione reuniu os amigos para comemorar seu aniversário com uma festa de arromba. No meio de tantos convidados, uma pessoa se destacava: Vanessa da Mata. A cantora estava altamente deslocada por conta da fama de 'chata'.
Fonte. Leo Dias.

Médicos cubanos atendem melhor do que brasileiros", dizem pacientes



  • Lula Marques/Agência PT
    Cubanos voltarão para a ilha caribenha após rompimento de Cuba com os Mais Médicos
    Cubanos voltarão para a ilha caribenha após rompimento de Cuba com os Mais Médicos
A funcionária pública Maria Cecília de Lima Antão, 36, já havia perdido as esperanças. Por quatro meses, ela passou por diversas consultas para descobrir a causa de uma infecção renal que lhe fez engordar dez quilos em quatro dias e que a prendia em casa em razão das tonturas. Nem a internação de 30 dias em dois hospitais do Recife decifraram o que um médico estrangeiro desconfiou após uma única conversa com Maria: há meses ela sofre de lúpus e fibromialgia.
"O atendimento foi muito diferente, melhor do que qualquer médico brasileiro com quem já me consultei", diz Maria, que passou a ser cuidada por uma equipe de médicos cubanos do programa Mais Médicos. "Nem amigos meus também médicos conseguiram diagnosticar [minhas doenças]."
A comparação entre médicos cubanos e brasileiros não parte apenas da funcionária pública de Ribeirão, cidade a 82 km do Recife. Quando questionados, os pacientes entrevistados pelo UOL disseram preferir os profissionais de Cuba, que até o final do ano deixarão o Brasil após o fim do acordo de cooperação entre a ilha caribenha e o Brasil.
Em 2014, a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) informou que os médicos cubanos receberam nota 9 dos usuários do Mais Médicos em uma pesquisa que entrevistou 14 mil pessoas em 700 cidades do Brasil.
Arquivo Pessoal
Maria Cecília ficou sem diagnóstico até ser atendida por um médico cubano
Maria conta orgulhosa que, em pouco tempo, o novo médico cubano conquistou toda a família, a começar pela sua mãe, que contraiu chicungunha. "Eles vão do fio de cabelo ao dedo do pé. Examinam tudo, perguntam tudo e atendem a gente a qualquer dia e horário."
Longe dali, em Colônia Leopodina (a 119 km de Maceió), a dona de casa Josicelia Maria da Silva, 36, desconfiou quando precisou levar seu filho a um médico cubano. "Fiquei com medo de não entender o que ele falava. Mas ele atendeu superbem, passou o exame e acertou o diagnóstico", diz. "Antes, os médicos só perguntavam o que o menino sentia, não examinavam e já passavam remédio. Eu gostei mais do cubano do que os da minha nacionalidade, e não sou só eu que falo, mas todos da comunidade."

"Salvou meu pai de um implante"

Morador de Igarassu, região metropolitana do Recife, Carlos Roberto de Araújo, 64, se livrou de uma cirurgia por pouco. Com artrite reumatoide, ele aguardava uma vaga no hospital para fazer um implante de prótese nos dois joelhos. "Foi aí que o doutor Arnaes Albriza [cubano] o atendeu", conta o filho, o autônomo Anderson de Souza Araújo, 34.
"Primeiro ele reavaliou os exames, tirou alguns remédios que meu pai usava e o fazia piorar e nos comunicou que era possível tratar com medicação injetável. Em uma semana a situação do meu pai mudou. É até emocionante falar sobre isso... Hoje meu pai anda sem precisar da ajuda de ninguém. E sem precisar da operação!"
Arquivo Pessoal
Anderson com o pai, Carlos Roberto, que voltou a andar após tratamento com cubano
O autônomo gosta de falar sobre "o lado humano" dos médicos estrangeiros. "Já cheguei a procurá-lo à meia-noite e ele me atendeu com boa vontade."
Ele conta que seu pai ainda andava quando iniciou o tratamento com profissionais brasileiros. "Por anos ele pagou médicos caros mesmo sem ter condições, mas o quadro do meu pai só fez piorar. Daí chega um médico de Cuba e em uma semana nos mostra que é possível viver bem. Eu não aceito mais entregar meu pai nas mãos dos nossos médicos."
A história de Araújo lembra a da aposentada Maria de Lourdes da Silva, 85. Com dores nos joelhos, ela começou a ser atendida por um médico cubano, que notou nos esquecimentos da idosa a possibilidade de que ela sofresse com o mal de Alzheimer. Os exames confirmaram o diagnóstico.
Arquivo Pessoal
Jannayra com a avó, Maria de Lourdes: cubano diagnosticou Alzheimer
"Antes dele, levamos minha avó a outros médicos e ninguém nunca falou de Alzheimer. A diferença no atendimento é enorme em comparação com brasileiros", diz a neta e recepcionista Jannayra Silva Cavalcante, 33. "É uma dedicação que todos nós admiramos. Ele pode vir aqui em casa a hora que quiser. É de casa. Os outros médicos por aí não fazem caso pelo paciente."
Os moradores de Ouro Branco (a 237 km de Maceió), no sertão de Alagoas, só contam com um pronto-socorro na cidade vizinha de Santana do Ipanema, a 40 km de distância. Foi com alívio que a cabeleireira Ana Paula Limeira, 47, recebeu o único médico cubano que atende os moradores da cidade de 10 mil habitantes.
Carlos Madeiro/Colaboração para o UOL
Posto em Ouro Branco, Alagoas: apenas um médico cubano e pronto-socorro a 40 km
"Os cubanos fizeram uma diferença muito grande para a gente. Hoje, só ouvi lamentações [sobre o retorno dos médicos a Cuba]. As pessoas se perguntam o que vão fazer quando seus filhos ficarem doentes."
Maria Cecília --a que foi diagnosticada tardiamente com lúpus e fibromialgia-- mal consegue acreditar no rompimento de Cuba com o Mais Médicos. "A fibromialgia dói os ossos. Você acorda com dor de cabeça e com os órgãos todos doendo. É muito sério. Sem essa equipe, me vejo de mãos atadas, porque foi a única com a qual eu pude contar."

De volta para Cuba

Hoje, mais da metade dos 16 mil médicos que atuam no programa são cubanos. A saída repentina de 8.332 profissionais preocupa diversos municípios no Norte e Nordeste, que temem um "apagão médico".
A expectativa é que eles comecem a deixar o Brasil no dia 25 de novembro. As viagens de volta serão graduais, até 25 de dezembro. Já na próxima segunda-feira (19), um edital selecionará os profissionais para ocupar as vagas, segundo o Ministério da Saúde.
A inscrição e a seleção dos novos médicos acontecerão ainda neste mês, e o início dos trabalhos está marcado para começar logo após a seleção.
Via. https://noticias.uol.com.br

Missionário é morto a flechadas após entrar em ilha ocupada por tribo isolada

Indígena isolado aponta arco e flecha a 'intruso' em ilha remota do Índico
Indígena isolado aponta arco e flecha a 'intruso' em ilha remota do Índico Foto: Reprodução
Um missionário americano de 27 anos foi morto a flechadas após entrar em uma ilha da Índia ocupada por uma tribo indígena que vive isolada.
A ilha de North Sentinel, situada no Índico, é proibida para visitantes. John Allen Chau, entretanto, ignorou a advertência, conforme relatou o "Sun". Ele desejava chegar ao local para apresentar o cristianismo aos indígenas.
"Ele tentou chegar às ilhas Sentinel em 14 de novembro, mas não conseguiu. Dois dias depois, ele se preparou melhor. Ele chegou de canoa à ilha", disse uma fonte à agência France Presse.
Chau foi morto por índios que vivem isolados no Índico
Chau foi morto por índios que vivem isolados no Índico Foto: Reprodução
Moradores isolados de ilha indiana
Moradores isolados de ilha indiana Foto: Reprodução/Times Now
Os moradores de Sentinel são agressivos com visitantes
Os moradores de Sentinel são agressivos com visitantes Foto: Reprodução
O corpo flechado de John Allen foi arrastado pelos indígenas com ajuda de uma corda presa ao pescoço e abandonado em uma praia. Pescadores viram o cadáver em North Sentinel, que faz parte do remoto arquipélago de Andamã e Nicobar, mas não puderam recuperá-lo.
Segundo o jornal "Andaman Sheekah", fontes disseram que o missionário já teria tentado contato com os indígenas hostis outras cinco vezes.
O caso está sendo tratado pela polícia local como homicídio. Mas os indígenas não podem ser indiciados, já que não são imputáveis segundo as leis locais. Os pescadores que levaram John Allen à ilha foram detidos.
A embaixada americana na Índia está acompanhando o caso. A International Christian Concern confirmou que John Allen era missionário da organização cristã. O americano havia participado de missões a outros pontos remotos do planeta.
Andamã e Nicobar estão situadas no Ocenao Índico

Via Jornal Extra

Professor preso com 48 mil downloads de pornografia infantil em Icaraí não levantava suspeitas de colegas de trabalho


Professor Rafael Ornellas Barbosa foi preso Foto: Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
Louise Queiroga
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O professor de inglês Rafael Ornellas Barbosa, morador de Icaraí, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, foi preso nesta quinta-feira por realizar 48 mil downloads de pornografia infantil. Além dele, policiais da Delegacia de Proteção a Crianças e Adolescentes (DPCA) da cidade prenderam outras duas pessoas envolvidas em crimes de pedofilia.
Uma jovem que já trabalhou com Rafael e preferiu não se identificar contou ter ficado muito surpresa ao saber da prisão do seu antigo coordenador em um curso de idiomas localizado também em Icaraí. Segundo a professora, a personalidade dele não dava qualquer indício de que pudesse ser um suspeito de manter conteúdo de pornogafia infantil para uso pessoal.
— Ele era super tranquilo, uma pessoa muito sociável, comunicativa. Todo mundo que conheço que também o conhece gostava bastante dele. Era visto como gente boa, tinha jeito para conversar com as pessoas. Fiquei assustada e muito surpresa com o que aconteceu. Não podia jamais esperar isso dele. Nunca passou pela minha cabeça — afirmou.
A operação batizada como Revelação contou com o apoio de outras delegacias especializadas e ocorreu em paralelo à operação Luz na Infância, realizada no mesmo dia em 18 estados, no Distrito Federal, e ainda em algumas localidades da Argentina.
A ação da Polícia Civil em Niterói cumpriu nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça. Os agentes atuaram nos bairros de Barreto, Icaraí, Sapê e Cubango.



Após dois meses e meio de investigações, que contou com o uso de um programa para identificação de IPs de quem realiza downloads de pornografia, a autoridade policial representou junto à Justiça pela apreensão dos equipamentos para investigar.

Operação Luz na Infância prende 45 pessoas por crimes relacionados à pornografia infantil

O Ministério da Segurança Pública informou que 45 pessoas foram presas por crimes relacionados à pornografia infantil durante a Operação Luz na Infância até às 17h desta quinta-feira.
Coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), a ação mobilizou cerca de mil policiais que atuaram no cumprimento de 69 mandados de busca e apreensão no Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
A operação é fruto de uma cooperação entre a Diretoria de Inteligência da Senasp, a Polícia de Imigração e Alfândega dos EUA (US Immigration and Customs Enforcement-ICE), o Corpo de Investigações Judiciais (CIJ) do Ministério Público Fiscal da Cidade Autônoma de Buenos Aires e as Polícias Civis do Brasil para o desenvolvimento e aprimoramento da atividade de repressão à exploração sexual infantojuvenil.
Via Jornal Extra Rio de janeiro

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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Justiça pede exame de sanidade e suspende ação contra agressor de Bolsonaro


  • Reprodução/vídeo
    6.set.2018 - Adélio Bispo de Oliveira durante depoimento
    6.set.2018 - Adélio Bispo de Oliveira durante depoimento
O juiz da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora (MG), Bruno Savino, determinou que seja feito um novo exame psiquiátrico em Adélio Bispo, réu pela facada que desferiu no candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), em 6 de setembro, na cidade mineira. Com isso, o processo contra o agressor será suspenso por 45 dias, até que a perícia solicitada seja concluída.
Bispo responde por lesão corporal grave e pode ficar preso de 3 a 10 anos. Ele está preso preventivamente pela Polícia Federal em Campo Grande. Bolsonaro ficou 23 dias internado em São Paulo, no Hospital Albert Einstein, e se recupera em casa, no Rio de Janeiro.

    Em sua decisão, o juiz aceitou argumento da defesa que alegou haver dúvidas sobre a sanidade mental do agressor.
    Adélio Bispo já foi submetido a um exame, a pedido da defesa, que apontou transtorno grave. Agora, o juiz Bruno Savino mandou abrir o chamado "incidente de insanidade", realizado por peritos e cujo objetivo é avaliar a sanidade do agressor.
    A estratégia da defesa de Bispo é retirar as acusações do MPF (Ministério Público Federal) que o enquadram na Lei de Segurança Nacional, na qual foi indiciado pela Justiça Federal. Com isso, pretende tratar o caso como insanidade. Nesta hipótese, a pena não é cumprida na prisão, mas num manicômio judiciário. O período de pena também é inferior.
    Adélio confessou o crime em depoimento à Polícia Federal. O delegado do caso, Rodrigo Morais, concluiu que ele agiu sozinho, por inconformismo político com as posições de Bolsonaro, e configurou a ação com base na Lei de Segurança Nacional.
    Fonte.https://noticias.uol.com.br

    5 meses sem Marielle: investigação não pode ser negligenciada com início de campanhas eleitorais no Brasil | Anistia Internacional

    5 meses sem Marielle: investigação não pode ser negligenciada com início de campanhas eleitorais no Brasil | Anistia Internacional: Execução da defensora de direitos humanos e vereadora Marielle Franco segue sem respostas.

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    A crueldade da pena de morte – uma mancha nos governos | Anistia Internacional: A pena de morte é uma violação de direitos humanos conforme definido na Declaração Universal dos Direitos Humanos. É uma punição cruel, desumana e degradante.

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    Pesquisadora da Anistia Internacional Brasil apresenta caso de Marielle na ONU | Anistia Internacional: O evento foi organizado pela Relatora especial da ONU sobre Violência contra Mulheres, suas causas e consequências; Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos e ONU Mulheres.

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    Quênia: Governo está coagindo refugiados a voltarem para a Somália em guerra | Anistia Internacional: Oficiais do governo tem feito declarações na mídia e visitado o campo ameaçando pessoas a partirem antes da data marcada para o fechamento em 30 de Novembro

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    Como Bolsonaro se tornou "justificável"


    É impossível ignorar não só a crispação e polarização dos debates políticos e ideológicos a que hoje assistimos como também a crescente influência das redes sociais na tribalização e histerização desses debates.
    Na sua crónica de sábado, Um esclarecimento para Francisco Assis, a propósito da vitória de Bolsonaro, João Miguel Tavares (JMT) contesta uma frase que aqui escrevi no domingo passado: "Se numa semana se diz que ‘um fascista é um fascista’, não é possível passar as semanas seguintes a justificar – e legitimar – a sua existência". Para JMT, "esta frase, proferida como se fosse uma evidência, contém duas falácias. A primeira é que é perfeitamente possível dizer que um fascista é um fascista e, ainda assim, justificar a sua existência – é esse o trabalho de quem escreve num jornal. A segunda falácia é esta: ‘justificar’ nada tem que ver com ‘legitimar’."
    A propósito de falácias – ou, já agora, ligeirezas de memória – começo por recordar a frase final da crónica de JMT publicada a 6 de Outubro neste jornal, depois de ter enumerado as razões que o faziam rejeitar Bolsonaro, porque, recordo, "parece fascista, cheira a fascista e fala como um fascista": "Olhar para isto e dizer, com os dedos cruzados, ‘é só uma pose’, parece-me uma jogada estupidamente arriscada. Entre um fascista impoluto e um democrata corrupto, eu escolho o democrata corrupto".
    Ora, depois de ter confessado esta opção aparentemente definitiva, JMT ensaiou uma manobra de recuo ao longo das semanas que se seguiram até à previsível eleição de Bolsonaro, justificando o triunfo da extrema-direita no Brasil como uma consequência da corrupção do "lulismo" e da cegueira da esquerda brasileira, protegidas pela complacência acrítica da esquerda internacional (e portuguesa). Ou seja, tendo declarado que preferia um "democrata corrupto" a um "fascista impoluto" (declaração claramente excessiva, até porque nada provava - ou prova - que Haddad fosse "corrupto" e Bolsonaro "impoluto"), JMT passou depois a defender uma posição bem diversa, recusando-se "a colocar o carimbo de cúmplices do fascismo em todos aqueles que não aceitaram escolher entre um e outro".
    Permito-me acrescentar: eu também não o faria, embora me tenha chocado a ligeireza com que figuras tão respeitáveis como Fernando Henrique Cardoso se escusaram a tomar posição sobre uma disputa eleitoral onde estava em jogo o futuro da democracia brasileira. Isso explica, aliás, quanto a mim, o quase desaparecimento da direita democrática e do centro político do Brasil nessas eleições.
    Quanto às duas falácias de que me acusa JMT, esclareço: uma coisa é explicar (jornalisticamente) os motivos que levaram o eleitorado brasileiro a escolher Bolsonaro e rejeitar o PT – embora este seja hoje a única força política relevante face à extrema-direita –, como julgo ter feito nos textos que escrevi; outra coisa é justificar – e legitimar – esses motivos, como faz JMT, facto tanto mais surpreendente quanto foi ele a assumir de início uma escolha radical, preferindo "um democrata corrupto" a "um fascista impoluto". Que é que o terá levado a mudar ou pelo menos a inflectir a sua opinião – o que nada teria de ilegítimo, diga-se de passagem –, sem se dispor a assumi-lo?
    Numa explicação complementar a estas contradições que ultrapassam, de longe, o caso de JMT, é impossível ignorar não só a crispação e polarização dos debates políticos e ideológicos a que hoje assistimos como também a crescente influência das redes sociais na tribalização e histerização desses debates, condicionando as opiniões dos que nelas participam ou cultivam o vedetismo através de constantes intervenções polémicas. Com efeito, o recurso à agitação febril das controvérsias a pretexto dos mais variados assuntos é um dos traços marcantes do chamado debate público actual, onde a efervescência das opiniões e o seu carácter provocatório acabam por impor-se à substância dos temas em discussão. É aliás desse clima que se alimentam o ruído mediático e as fake news hoje tão em voga.
    Fonte. Publico.com.pt

    Nova Iguaçu realiza Dia D Vacinação contra a gripe

    A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu (Semus) vai fazer, neste sábado (13), uma grande mobilização para participar do Dia D de Vaci...