terça-feira, 27 de outubro de 2020

Reflexão do Evangelho: O que é de César a César… O que é mesmo de César?

 

Leia a reflexão sobre Mateus 22,15-21, texto de Edmilson Schinelo.

Boa leitura!

Um plano bem armado: fazer Jesus cair na armadilha de suas próprias palavras! A cilada é introduzida por um elogio que é, ao mesmo tempo, reconhecimento de integridade: “Mestre, sabemos que és verdadeiro, que ensinas o caminho de Deus… que não consideras as pessoas pela aparência…” (v. 16). Depois do elogio, a pergunta: “É lícito ou não pagar o imposto a César?”

Inscrição: Tibério César, Filho Divino do Venerável Augusto

Em caso de resposta afirmativa, toda a pregação de Jesus cairia por terra diante do povo. A ocupação romana era o que havia de mais explorador, a transferência de impostos para Roma era elemento provocador de miséria e fome. Além disso, do ponto de vista religioso, pagar o imposto significava aceitar o culto ao imperador. Na própria moeda romana, podia-se ler: Tibério César, Filho Divino do Venerável Augusto. Por isso, os fariseus e a maioria do povo se opunham ao pagamento.

Por outro lado, se Jesus responde que não se deve pagar o tributo, é apanhado em atitude aberta de afronta ao império. Os próprios herodianos, favoráveis ao pagamento do tributo e a serviço dos romanos, ali estavam para o flagrante.

A resposta de Jesus desmascara qualquer religião fetichista e legitimadora do sistema, seja a divulgada pela propaganda imperialista, seja a alimentada por autoridades judaicas (no texto, representadas por fariseus). É possível que Jesus tenha tocado no coração do sistema religioso romano: o lucro proveniente da cobrança do tributo imposta às províncias conquistadas por Roma. Ao questionar o caráter divino do imperador, todo culto a ele prestado (leia-se: submissão, oferenda e pagamento do tributo) está deslegitimado.

Mas também está desautorizada e ridicularizada a prática de boa parte das lideranças judaicas, que mantinham duplo comportamento. Desejavam a expulsão dos dominadores, ao mesmo tempo em que reproduziam a dominação ou usufruíam das benesses propiciadas pela ocupação, incluindo o sistema de cobrança do tributo: ainda que a maior parte dos impostos fosse repassada a Roma, as elites alimentavam seu luxo com o que retinham do montante arrecadado pelos malvistos cobradores de impostos, os publicanos. Se, por um lado, as autoridades judaicas negavam-se a oferecer incenso ao divino César, por outro, eram beneficiadas com tal divinização.

Pagar ou devolver?

O texto de Mateus, seguindo a versão de Marcos (Mc 12,13), coloca juntos fariseus e herodianos. A narrativa de Lucas opta por classificá-los: “espiões que se fingiam de justos” (cf. Lucas 20,20). O interessante é que enquanto os falsos justos perguntam se é lícito ou não “pagar” (em grego, é o verbo dídomi) o tributo a César, Jesus responde com outra concepção de justiça: usa o mesmo verbo, mas acrescentando um prefixo (apo) que dá uma ênfase diferente: não se trata de pagar, mas de devolver, como pode ser traduzido o termo apodídomi.

Se na moeda está a imagem (literalmente a epigrafe) do seu proprietário, o dinheiro pertence ao opressor romano e é preciso devolver a ele. Como gosta de afirmar Gustavo Gutierrez, “se na pergunta dos fariseus está implícita a possibilidade de não pagar o tributo, também está a de ficar, nesse caso, com o dinheiro”. Jesus supera o pretenso nacionalismo dos fariseus, vai à raiz: “é preciso erradicar toda dependência do dinheiro. Não basta romper com o domínio político estrangeiro, é necessário romper a opressão que nasce do apego ao dinheiro e de suas possibilidades de exploração dos demais” (O Deus da vida. São Paulo: Loyola, 1990, p. 87-88).

Fazendo uso do imperativo, a comunidade de Mateus mantém enfática a resposta de Jesus: devolvam ao imperador o que lhe é devido; e, da mesma forma, a Deus o que é de Deus! No Sermão da Montanha, a comunidade já havia lembrado: Não se pode servir a dois senhores, não há como servir a Deus e ao dinheiro (Mateus 6,24). O culto a Deus não se coaduna com o culto a Mamon, aqui representado pelo sistema do império romano.

Mas o que é mesmo de César? E o que é de Deus?

Neste “a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” ainda cabe a pergunta: o que mais é de César e o que é de Deus?

Em terra ocupada, toda a população sabia que além do denário, também era de César o procurador da Judeia, nomeado pelo próprio imperador. Eram de César os exércitos invasores com todo o seu aparato bélico. “A César o que é de César” inclui, portanto, todo o anseio de libertação. O clássico texto de Marcos 5,1-20 já tinha descrito, através da imagem dos porcos lançando-se ao mar, o mesmo desejo: a legião (termo militar para designar uma corporação de soldados) volta pelo caminho da onde veio, o mar (pelo Mediterrâneo chegavam os exércitos de César). Da mesma forma que no Êxodo, o mar havia engolido os cavalos do faraó e a opressão do Egito foi vencida, a comunidade espera que os porcos do império sejam devolvidos ao mar. É o que pode também ser lido no “Devolvam a César o que é de César”.

Em contrapartida, o que mesmo é de Deus? Conforme Levítico 25,23, a terra pertence a Deus, o povo é nela hóspede. Logo, não pode a terra ser tomada por outra divindade, o império romano. Mas não somente a terra pertence a Deus. Também o povo, em última instância, é o “povo de Deus”, com ele Deus fez aliança (Josué 24). A liberdade do povo é dom de Deus. E ele não pode ser oprimido por nenhum outro poder, seja nacional ou estrangeiro.

Cumprir a sugestão de Jesus pode trazer-nos riscos

Há que se repetir que o processo de divinização de Jesus feito pelas comunidades é oposição implícita (ou até mesmo explícita) à divinização do imperador. Não o imperador, mas o profeta de Nazaré é o Filho de Deus. Isso nos permite afirmar que o movimento de Jesus, ou pelo menos a leitura que dele se fez na segunda metade do primeiro século, traz em si forte reação anti-imperialista. E se reconhecemos que a teologia romana era, de fato, o centro ideológico do poder imperial, seu coração teológico, devemos admitir também que a comunidade cristã entendeu que proclamar Jesus Cristo como filho de Deus significava deliberadamente negar a César o seu mais alto título. Também não é por acaso que a equipe missionária de Paulo foi acusada de alta traição ao “revolucionar o mundo, agindo contra o decreto de César ao afirmar que há outro rei, Jesus” (cf. Atos 17,6-7).

Consequências viriam… Não por menos, tantas lideranças tiveram a mesma sorte de Jesus. A essa altura, só restaria mesmo a um camponês de periferia, já considerado blasfemo pelas autoridades religiosas de seu povo (Marcos 14,60-64), ser condenado como malfeitor (Lucas 23,33-34). Como o próprio Jesus, as comunidades experimentariam que não é simples “devolver a César o que é de César”. O império não costuma aceitar. 

Edmilson Schinelo é biblista popular e assessor do CEBI. Colaborou em publicações como Leitura Bíblica: a juventude mostra o caminhoHorizontes ainda que seja de noite e outras.

Fonte. Brasil247.com

Em gravação, Luiz Lima disse 'não ter vontade' de ser prefeito por temer ameaça de colega de partido


O candidato do PSL à Prefeitura do Rio, Luiz Lima 02/10/2020
O candidato do PSL à Prefeitura do Rio, Luiz Lima 02/10/2020 Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo
Paulo Cappelli
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Em uma gravação feita no começo de setembro, dias antes da oficialização da candidatura de Luiz Lima (PSL) à prefeitura do Rio, o deputado federal disse que não se candidataria para o pleito municipal por ter sofrido ameaças do deputado estadual Alexandre Knoploch, presidente do diretório carioca do partido, e afirmou que passou a usar colete a prova de balas. A conversa telefônica foi gravada por Misael Santos, ex-aliado de Lima que tem atuação política em Nova Friburgo, na Região Serrana. Indagado por Santos sobre a relação com Alexandre Knoploch, que teria criticado o presidente Jair Bolsonaro, Lima, que se apresenta como um candidato alinhado com o Planalto, respondeu.

Desigualdade: Candidatos homens recebem quase três vezes mais doações privadas que mulheres

— Em relação ao Rio de Janeiro, não me lancei candidato. Foram movimentos de direita que cogitaram essa hipótese, porque os candidatos do PSL, (Rodrigo) Amorim e Knoploch, são, poxa, base do governo do Wilson Witzel. Sempre foram desde o começo. Isso não partiu de mim. Não tenho essa vontade neste momento de ser prefeito do Rio.

Em seguida, Lima concluiu:

— O Knoploch, cara, eu não tenho mais relação com ele. O cara me ameaçou já, para você ter ideia. Eu tenho certeza de que se eu me lançasse candidato no Rio... o Rio tem sete milhões de habitantes, é uma cidade que gosta mais de pessoas do que de partidos. Eu, com nove minutos de televisão (propaganda eleitoral) e recursos do PSL, era capaz de eu ir para o segundo turno e ganhar do Eduardo Paes (DEM). Não tenho dúvida disso. Mas a troco de quê eu ia fazer isso? As pessoas já estão me ameaçando, tô andando com colete. Eu não ando com segurança.

Leia mais: veja as entrevistas do GLOBO com os candidatos à Prefeitura do Rio

Na conversa, Lima também classificou como "precipitado" o movimento de Bolsonaro de romper com o PSL no final de 2019 e disse que Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF) foram "desrespeitosos" com a legenda durante a ruptura.

— Bolsonaro está tendo que se aliar a partidos do centrão para ter força. Deputados que estão com Bolsonaro não entenderam que não adianta ter 1,3 milhão de seguidores se não têm força dentro do Congresso. Por exemplo, quem virou ministro foi o (deputado federal licenciado) Fábio Farias (PSD), que tem 10 mil seguidores. Infelizmente, o nosso sistema político impede que o presidente tenha individualidade no governo. Achei muito precipitada a atitude do Bolsonaro de romper com o PSL antes das eleições municipais, porque, quando o prefeito é eleito, ele pode mudar de partido a hora que quiser, entendeu?

Procurado, Luiz Lima lamentou o vazamento da conversa que ocorreu dias antes da oficialização de sua candidatura, em 12 de setembro, e disse que a fala sobre Knoploch, hoje seu coordenador de campanha, não traduziu todo o contexto implícito.

— Lamento muito uma pessoa gravar uma conversa privada. Mostra uma deselegância profunda e obsessão pela busca do poder. Jamais imaginava que essa pessoa (Misael Santos) iria gravar uma conversa. Quando falo em "ameaça" sofrida, se traduz em tom de indiginação ou algo parecido. Não era ameaça física. Nunca me senti em perigo ou algo assim.

Luiz Lima e Alexandre Knoploch também se manifestaram por meio de nota conjunta:

"O deputado federal Luiz Lima, candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, e o deputado estadual Alexandre Knoploch, presidente municipal do PSL, repudiam a divulgação de uma conversa realizada em tom estritamente privado, e, em um momento em que Luiz Lima está subindo nas pesquisas e com total condição de chegar ao 2º turno. Em respeito aos eleitores e a opinião pública, as duas partes frisam que qualquer desavença política, temporária, faz parte da democracia partidária. Desde 12 de setembro de 2020, data da convenção do partido, existe a convergência de ideias em prol da candidatura de Luiz Lima.”

Witzel cogita asilo político no Canadá e ataca Flavio Bolsonaro


Alvo de um processo de impeachment e acusado de corrupção, o governador Wilson Witzel ataca Jair Bolsonaro e diz que se mudará do País caso seja definitivamente afastado do cargo

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. (Foto: Eliane Carvalho/Governo do RJ/Divulgação)



Alvo de um processo de impeachment e acusado de corrupção, o governador Wilson Witzel ataca Jair Bolsonaro e diz que se mudará do País caso seja definitivamente afastado do cargo.

O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou nesta terça-feira (27) que avalia pedir asilo político ao Canadá. 

Em entrevista à revista Veja, o ex-juiz federal, acusado de corrupção, disse  que não tem medo de ser preso e que ainda planeja em ser presidente da República. 

"Se perceber que há perseguição política e cooptação das instituições contra mim e a minha família, pretendo pedir asilo político no Canadá. Consigo emprego em qualquer lugar do mundo", disse Witzel, ao ser questionado sobre o que fará se for definitivamente afastado do cargo.

Brasil247.com

Gleisi pede impeachment imediato de Bolsonaro e anulação de sentença de Lula

Gleisi pede impeachment imediato de Bolsonaro e anulação de sentença de Lula

“Tenho uma tristeza imensa por ver um homem como Lula, que tanto fez pelo Brasil, sendo perseguido, e um homem como Bolsonaro, que despreza tanto o povo brasileiro e sua dor e suas necessidades, sendo protegido”, lamentou Gleisi Hoffmann

Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann (Foto: Ricardo Stuckert)



“Tenho uma tristeza imensa por ver um homem como Lula, que tanto fez pelo Brasil, sendo perseguido, e um homem como Bolsonaro, que despreza tanto o povo brasileiro e sua dor e suas necessidades, sendo protegido”, lamentou Gleisi Hoffmann.

47 - A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, defendeu nesta terça-feira, 27, a imediata abertura de processo de impeachment contra Jair Bolsonaro. Segundo ela, ele está levando os brasileiros à morte “pela fome e desemprego” e é irresponsável no combate à pandemia de Covid-19.

Gleisi também denunciou que o governo “baixou a cabeça” e se “colocou a serviço dos Estados Unidos”. “O Brasil, com Lula, era altivo e ativo, nunca baixou a cabeça e nem se colocou a serviço dos Estados Unidos, como faz Bolsonaro”, lembrou em discurso na Câmara dos Deputados.

A presidenta do PT, no dia de comemoração do 75º aniversário de Lula (PT), ainda pediu a anulação da sentença contra o ex-presidente petista, que foi “perseguido, caluniado, injustiçado e preso”, com base em sentença “imoral e ilegal de um juiz maldito” chamado Sérgio Moro. 

Gleisi também denunciou que o governo “baixou a cabeça” e se “colocou a serviço dos Estados Unidos”. “O Brasil, com Lula, era altivo e ativo, nunca baixou a cabeça e nem se colocou a serviço dos Estados Unidos, como faz Bolsonaro”, lembrou em discurso na Câmara dos Deputados.

A presidenta do PT, no dia de comemoração do 75º aniversário de Lula (PT), ainda pediu a anulação da sentença contra o ex-presidente petista, que foi “perseguido, caluniado, injustiçado e preso”, com base em sentença “imoral e ilegal de um juiz maldito” chamado Sérgio Moro. 

Para ela, Moro agiu de forma “parcial e oportunista na condenação de Lula sem crime e sem prova”.

“Tenho uma tristeza imensa por ver um homem como Lula, que tanto fez pelo Brasil, sendo perseguido, e um homem como Bolsonaro, que despreza tanto o povo brasileiro e sua dor e suas necessidades, sendo protegido”, lamentou Gleisi. “O Brasil está virado de cabeça para baixo”.


" É hora do impeachment de Bolsonaro, cuja única preocupação é com sua vida e a de seus filhos, criminosos e aloprados. Bolsonaro precisa ser interditado, sob pena de abrir as portas da morte para o povo brasileiro”, observou.

“Nós temos que abrir o pedido de impeachment contra esse homem irresponsável, criminoso, genocida, sob pena de nossas mãos, as mãos desta Casa, dos Parlamentares, ficarem manchadas com o sangue dos inocentes que morrerão nessa disputa insana que Bolsonaro faz para ganhar processos eleitorais e para fazer disputa política baseada em ideologia e na ignorância.”, afirmou a presidenta do PT.

Confira o discurso:

Fonte. Brasil247.com

Motoboy negro é impedido por moradora de entrar em condomínio de luxo: “Não vou permitir esse macaco”

“Esse preto não vai entrar no meu condomínio. Manda outro motoboy que seja branco”, disse a moradora

(Foto: Reprodução)
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247 - Uma moradora do condomínio de luxo Aldeia do Vale, em Goiânia (GO), impediu na segunda-feira, 26, o motoboy negro Elson Oliveira de realizar uma entrega de hamburguer na sua casa.




“Esse preto não vai entrar no meu condomínio. Manda outro motoboy que seja branco”, disse a moradora.

7 - Uma moradora do condomínio de luxo Aldeia do Vale, em Goiânia (GO), impediu na segunda-feira, 26, o motoboy negro Elson Oliveira de realizar uma entrega de hamburguer na sua casa.

“Esse preto não vai entrar no meu condomínio. Manda outro motoboy que seja branco”, disse a moradora. Indignada, a gerente da hamburgueria negou trocar o entregador. “Eu não vou permitir esse macaco”, continuou a moradora.

“Como vocês sabem, eu gerencio a hamburgueria do meu irmão. Ontem, no final da noite, tivemos um pedido no Aldeia do Vale e quando o entregador estava chegando lá, pedi para que ela liberasse a portaria para que ele pudesse entrar. Tive essas palavras como resposta”, publicou a gerente, divulgando a conversa no perfil da hamburgueria.

“Essa situação é muito delicada, de indignação que a gente tem. É muito dolorido para a gente que trabalha nessa área passar por uma situação como essa”, disse o motoboy.

Fonte. Brasil247.com


“Nós precisamos ser mais iguais”, diz Lula, aos 75 anos


Ex-presidente Lula
Ex-presidente Lula (Foto: Reprodução)

Numa ‘conversa com ele mesmo’, em vídeo publicado nesta terça-feira (27), dia de seu aniversário, o ex-presidente Lula faz reflexões e pede um Brasil mais igual em oportunidades. “Todos nós temos que ter direitos e para ter direitos, temos que ter oportunidades. É pedir muito? Não. É pedir o óbvio”, diz ele. Assista

247 - No dia em que completa 75 anos, o ex-presidente Lula passa uma mensagem em defesa de um Brasil mais igual em oportunidades para todos. “Nós precisamos ser mais iguais”, diz ele, em vídeo publicado em seu canal no Youtube, onde diz fazer uma ‘conversa com ele mesmo’.

“Precisamos ter cada vez ter mais gente lutando contra a desigualdade. Nós precisamos ser mais iguais. Na oportunidade de emprego, na questão de gênero, na questão de raça, na questão de todas as etnias, salários, educação, oportunidades. Nós temos que ser mais iguais”, defende Lula. 

“Todos nós temos que ter direitos e para ter direitos, temos que ter oportunidades. É pedir muito? Não. É pedir o óbvio”, completa o ex-presidente.

No início de sua fala, Lula relata já ter se questionado muito sobre “por que ele” a assumir a presidência da República, mesmo que, em sua percepção, houvesse pessoas “muito mais preparadas”. “Eu só posso acreditar que foi Deus. Porque não tem outra explicação”.

Assista

Fonte. Brasil247.com

 

Decreto de Bolsonaro abre caminho para privatizar Unidades Básicas de Saúde

(Foto: Alan Santos/PR | Rovena Rosa/Agência Brasil)
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247 - Jair Bolsonaro assinou o Decreto nº 10.530/2020,

Publicado nesta terça-feira (27), o Decreto 10.530 propõe estudos para que as Unidades Básicas de Saúde se transfiram para a iniciativa privada. Conselho Nacional de Saúde promete ir à Justiça contra a medida. No Congresso, deputado Rogério Correia propôs um decreto legislativo para sustar os efeitos do documento.

247 - Jair Bolsonaro assinou o Decreto nº 10.530/2020, publicado nesta terça-feira (27) que institui a Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil para o período de 2020 a 2031 e, entre outras medidas, entrega para a iniciativa privada a gestão da atenção primária à saúde, o que inclui as Unidades Básicas de Saúde. 

A medida foi recebida com críticas pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), por representar uma ameaça à universalidade do atendimento à saúde, prevista na Constituição. 

O presidente do CNS, Fernando Pigatto, afirmou que a Câmara Técnica da Atenção Básica à Saúde, o CNS está fazendo uma avaliação aprofundada do teor do decreto. “Vamos tomar as medidas cabíveis. Precisamos fortalecer o SUS contra qualquer tipo de privatização e retirada de direitos”, disse Pigatto.

O decreto de Bolsonaro também foi rechaçado no Congresso. O deputado Rog[erio Correia (PT-MG) anunciou na tarde desta ter;a-feira que protocolou um pedidod de decreto legislativo para sustar os efeitos da medida. 

“O decreto de Bolsonaro propõe que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) saiam da esfera pública e se transfiram para a iniciativa privada”, diz o deputado. “E as UBSs são as portas de entrada do SUS, o que o governo quer de fato e no fim das contas é privatizar todo o sistema de saúde público brasileiro”, acrescenta o parlamentar.  


Segundo o governo de Jair Bolsonaro, o objetivo do decreto é possibilitar a realização de estudos e a avaliação de parcerias com a iniciativa privada para “a construção, a modernização e a operação de Unidades Básicas de Saúde dos estados, do Distrito Federal e dos municípios”.

Assista à declaração de Fernando Pigatto sobre o decreto que facilita a privatização de Unidades Básicas de Saúde:

Fonte. brasil247.com

Participantes de tour de cultura negra são constrangidos pela PM por mais de 3 horas no centro de SP










 A caminhada ocorre semanalmente para contar a história de lugares e personagens negros de São Paulo. No evento de sábado, o grupo de 12 participantes foi abordado pela PM no início do trajeto.

 


A caminhada ocorre semanalmente para contar a história de lugares e personagens negros de São Paulo. No evento de sábado, o grupo de 12 participantes foi abordado pela PM no início do trajeto, quando estavam na Praça da Liberdade.247 - 
Participantes da Caminhada São Paulo Negra, um tour organizado pela Black Bird Viagem, foram constrangidos pela Polícia Militar por cerca de 3 horas no centro de São Paulo, no sábado, 24, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo.

Quatro policiais militares "disseram que tinham recebido um ofício informando que ocorreria uma manifestação do movimento negro e iriam acompanhar. Um dos guias explicou que se tratava de um passeio turístico, comprovando com documentos, como CNPJ da empresa e anúncio do passeio, mas eles ignoraram, e dois policiais de moto começaram a nos seguir", conta o organizador da caminhada, Guilherme Soares Dias.

"Durante três horas, eles foram filmando, com uma distância relativamente perto e nós ficamos coagidos e constrangidos com a situação. Parecia que tinha alguma coisa de errado com a nossa atividade. Primeiro, a gente achou que fosse algo relacionado à pandemia, mas entendemos que não. No trajeto, encontramos uma candidata a vereadora com mais de 30 pessoas", diz Dias.

"Tentamos tratar o assunto com leveza, mas as pessoas se sentiram bastante incomodadas", continua. "Como empresa, nós temos o direito de saber quem mandou o ofício e porquê nos acompanharam por três horas."

"O  próprio governo do estado está incentivando a volta das atividades econômicas e o setor de turismo foi um dos mais afetados. Infelizmente, na nossa primeira atividade tivemos esse episódio. Para nós era importante a grana que estava entrando e retomar a narrativa, porque é um projeto empresarial", afirma Dias.

Via Brasil247.com


Promessa do governo Bolsonaro, 13º do Bolsa Família não deve ser pago esse ano


Segundo o Ministério da Economia, não há previsão para o pagamento da parcela

Cartão do Bolsa Família
Cartão do Bolsa Família (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - O 13º salário para os beneficiários do Bolsa Família pode não ser pago em 2020. O benefício foi instituído pelo governo de Jair Bolsonaro. Segundo o Ministério da Economia, não há previsão para o pagamento da parcela.

A medida provisória (MP) 898 sobre o benefício só assegurou o pagamento em 2019, como forma de fomentar a economia no período natalino diante da alta inflação. Bolsonaro, porém, assegurou que o 13º seria anual.

Uma comissão do Congresso aprovou mudanças nessa MP para tornar o pagamento permanente, mas as alterações aprovadas perderam a validade em março deste ano porque não foram votadas a tempo pelo Congresso.

Fonte. Brasil247.com

Nova Iguaçu realiza Dia D Vacinação contra a gripe

A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu (Semus) vai fazer, neste sábado (13), uma grande mobilização para participar do Dia D de Vaci...