A Polícia Militar de Caldas Novas, em Goiás, encerrou uma festa no último sábado, dia 27, que teve um show de Bruno, da dupla com Marrone. O organizador do evento disse que era apenas uma festa de família, mas reuniu cerca de 40 pessoas, indo contra a um decreto municipal que proíbie aglomeraçoes na cidade. As informações são da TV Anhanguera.
"Bruno foi contratado para um evento, descrito como comemoração de cunho familiar. Permaneceu no espaço por pouco mais de uma hora. Quando chegou soube que todos haviam feito teste para COVID-19. Acompanhado de três músicos, fez sua apresentação e deixou o local", disse a assessoria de imprensa do cantor, em nota.
Ainda assim, não faltaram críticas ao sertanejo por participar de um evento como esse, indo contra as recomendações de prevenção contra a pandemia do coronavírus.
"Mesmo sem querer errar a gente erra, espero aprender cada dia mais com isso", disse o cantor ao G1.
A Secretaria de Meio Ambiente de Caldas Novas informou ainda que foi ao local e que fez um auto de infração contra o dono do evento por desobediência aos decretos municipais. A multa pode chegar a mais de R$ 30 mil.
A Mercedes, atual campeã da Fórmula 1, apresentou carros pretos para a temporada 2020 nesta segunda-feira, como parte de uma promessa pública de impulsionar a diversidade dentro da equipe e no mundo do automobilismo.
A Mercedes tradicionalmente corre na cor prata na Fórmula 1, mas mudará para preto e exibirá "End Racism" no halo de ambos os carros.
A equipe disse que o movimento Black Lives Matter "lançou uma luz sobre o quanto precisamos de novas medidas e ações na luta contra o racismo e todas as formas de discriminação".
A nova pintura fará sua estreia quando o campeão mundial Lewis Hamilton e seu companheiro de equipe Valtteri Bottas participarem do Grande Prêmio da Áustria, abertura da temporada, no próximo domingo.
"O racismo e a discriminação não têm lugar em nossa sociedade, esporte ou equipe: esta é uma crença central na Mercedes", disse o chefe de equipe, Toto Wolff, em comunicado.
"Mas ter crenças e mentalidade certas não são suficientes se permanecermos em silêncio. Desejamos usar nossa voz e nossa plataforma global para defender o respeito e a igualdade.”
A Mercedes afirmou que apenas 3% de sua força de trabalho é identificada como pertencente a grupos étnicos minoritários, enquanto 12% são mulheres.
A equipe planeja lançar um programa de diversidade e inclusão antes do final da temporada, buscando melhorar esses números e incentivar e entrada de mais pessoas de origens sub-representadas na Fórmula 1.
RIO — Como parte da Semana do Orgulho LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais), nesta segunda-feira, o Hospital Universitário Pedro Ernesto deu início à campanha de doação de sangue com doadores LGBTI — a primeira da história. Promovida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSODH), a ação chega logo depois que foram derrubadas as medidas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proibiam este público de realizar doações.
O primeiro dia registrou excelentes números; no planejamento original, seriam atendidas 20 pessoas, sob agendamento, em respeito às medidas de segurança. Mas a procura superou as expectativas: até às 15h, 38 pessoas já haviam doado. Então, para evitar aglomerações, a organização teve que reorganizar o esquema.
Integrante do Rio Sem Homofobia e superintendente de Políticas LGBTI, Ernane Alexandre, foi uma dos nomes que, nos últimos anos, esteve à frente do debate político para inclusão deste grupo. E hoje, além de ter ido ao hospital para abrir a campanha, também foi doar.
— Tenho 15 anos dentro do movimento social, para mim, como superintendente, e para nós, no geral, essa decisão do STF e quebra de portaria da Anvisa foi uma mudança de paradigma. Hoje, poder doar é mais um direito que é garantido ao público LGBT. E já são tantos direitos não compreendidos ou não facilitados para essa população — conta Alexandre
— Que a gente possa aproveitar isso e fazer valer nosso direito de doar. Principalmente neste período de pandemia do Covid-19, em que estão muito baixos os estoques de sangue. Eu mesmo doei e fique feliz demais com os 150ml — comemora ele.
No último 22 de maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) alegou inconstitucionalidade nas restrições que impediam a doação de sangue de “homens que tiveram relações sexuais com outros homens” no período de um ano e, então, as removeu. Em termos práticos, o benefício não atendeu apenas a homens gays, mas, também, mulheres trans, pessoas bissexuais e travestis.
E, nessa segunda-feira, a advogada Maria Eduarda Aguiar, de 39 anos, que também é presidente do Grupo Pela Vidda, foi a primeira mulher trans a doar.
— Eu vejo como uma vitória fundamental. Temos um déficit nos bancos de sangue e é uma demanda constante. A quantidade de material que se perdia pelo preconceito por orientação sexual ou identidade de gênero era um absurdo. Não importava se você tivesse um parceiro fixo há dez anos ou mais, ou se tivesse filho. Na verdade, o que se leva em consideração hoje é a prática e conduta sexual da pessoa. Isso é um critério mais isonômico, que é para todos. Os bancos de sangues fazem testes periódicos mais de uma vez. Não era plausível a restrição pela pessoa ser homossexual ou travesti — diz Maria Eduarda.
Em todos os hemocentros do Brasil, depois que o sangue é coletado, ele passa por avaliações rigorosas para garantir, de fato, a ausência de qualquer patologia e conferir se é próprio para uso médico.
— Quando se vai doar, se faz a tipagem sanguínea e, depois da doação, o sangue vai ser analisado para o resultado de sorologia, para ver se está livre de doenças como hepatite B, hepatite C, HIV, HPV. Depois que o resultado é negativo, o sangue é liberado para transfusão — explica Jennifer Ribeiro, chefe do Serviço de Hemoterapia do Pedro Ernesto, que ainda diz que, assim como todos os hemocentros, o banco sanguíneo do Pedro Ernesto também registrou queda durante estes meses de pandemia.
Além do hospital universitário, outras duas unidades recebem a campanha: a Santa Casa de Barra Mansa, apenas no dia 29, e o Hospital São João Batista de Volta Redonda, de 30 de junho a 3 de julho. Nos três pontos é necessário marcar agendamento.
Locais para doação na campanha:
Rio de Janeiro
Data: 29 de junho a 3 de julho
Horário: 8h às 15h
Local: Banco de Sangue Herbert de Souza - Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE)
Endereço: Boulevard Vinte e Oito de Setembro 109 - Vila Isabel - Rio de Janeiro
Agendamento: (21) 2868 8134.
Barra Mansa
Data: 29 de junho
Horário: 7h às 11h
Local: Banco de Sangue da Santa Casa de Barra Mansa
Endereço: Rua Pinto Ribeiro 205 (anexo à Santa Casa)
Agendamento: (24) 3323-1918
Volta Redonda
Data: 30 de junho a 3 de julho
Horário: 7h às 13h
Local: Hospital São João Batista
Endereço: Rua Nossa Senhora das Graças 235 - Colina
Agendamento: (24) 3339-4242
Para doar, é necessário que o doador leve documento original com foto, esteja bem de saúde, tenha entre 16 e 69 anos. Menores de 18 anos devem levar autorização e documento do responsável. Além disso, o doador deve ter peso mínimo de 50kg, não estar em jejum, evitar alimentos gordurosos três horas antes, ter dormido pelo menos seis horas. O intervalo mínimo entre uma doação e outra é de dois a três meses.
Não podem doar sangue as pessoas que fazem uso de drogas ilícitas injetáveis, que tenham quadro de hepatite após os 11 anos de idade, malária e evidência clínica ou laboratorial de doenças transmissíveis pelo sangue, como HIV, hepatite B e C e Doença de Chagas.
Outros impedimentos temporários são febre, gripe ou resfriado, gravidez atual ou parto recente (90 dias para parto normal e 180 dias para cesárea), amamentação (até 1 ano após o parto). Uso de alguns medicamentos, tatuagem ou piercing (mínimo um ano), vacinação (de acordo com o tipo de vacina), transfusão de sangue (mínimo um ano), extração dentária (sete dias), anemia e cirurgia.
Erguido na década de 1930, com direito a pedra fundamental lançada pelo presidente Getúlio Vargas, e de portas fechadas desde 2009, o Hospital de Iguassú será reaberto. A unidade, situada no Centro de Nova Iguaçu, passará por uma reforma e ampliação com adequação e modernização. A obra foi iniciada nesta segunda-feira (29) e deve ser concluída em oito meses.
“A reabertura do Hospital de Iguassú é um sonho antigo da população e um desejo nosso desde o primeiro dia de gestão. Apesar disso, primeiro foi necessário resolver problemas jurídicos que impediam este passo. Depois foi preciso fazer um projeto, que não é simples, para adequar a estrutura, que já tem 85 anos, de maneira que ela obedeça às exigências existentes para o funcionamento de um hospital”, explica o prefeito de Nova Iguaçu, Rogerio Lisboa.
Para que o hospital possa ser reaberto, a Prefeitura de Nova Iguaçu terá que atender às normas estabelecidas pela resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 (dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde), e também NBR 9050, de 30 de junho de 2004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (estabelece critérios e parâmetros técnicos aplicáveis a projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade).
Arquitetos da Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEMIF), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), desenvolveram o projeto de reforma e ampliação da unidade. Para isto, foram necessários dois meses de muito estudo sobre o edifício octogenário e visitas em outros hospitais que serviram como referência. Segundo o secretário municipal de Saúde, Manoel Barreto, um dos principais desafios foi aproveitar os espaços existentes.
“Tivemos que criar todo um fluxo de direcionamento para a adequação do hospital, pois a RDC 50 é bem exigente quanto a isso. Este foi nosso ponto de partida para poder definir como será cada ambiente. A partir dele, traçamos como seriam divididos os setores, estudamos o funcionamento do hospital de acordo com o que a norma estabelece desde o momento que o paciente dá entrada na unidade até a sala de cirurgia”, revela Manoel. “A obra no Hospital de Iguassú irá desde a recuperação da parte elétrica e hidráulica até mesmo ao alargamento de portas, substituição de piso e criação de novas rampas de acessibilidade”.
Imbróglio judicial
Crédito – Coleção Marcus Monteiro: O Hospital de Iguassú ao lado do edifício do Fórum e Cadeia, que depois de demolido daria lugar a Igreja de Nossa Senhora de Fátima e São Jorge
O Hospital de Iguassú foi construído pela Prefeitura em uma praça pública (Praça João Pessoa) e inaugurado em 31 de março de 1935 pelo então prefeito Sebastião Arruda Negreiros. Desde então, passou a ser administrada pela Associação de Caridade Hospital Iguaçu para que fizesse funcionar ali um hospital filantrópico para atender à toda a população da cidade. Mais de 80 anos após sua abertura, a atual gestão municipal precisou resolver um imbróglio judicial a respeito da propriedade do imóvel, situado na Rua Getúlio Vargas nº 222, Centro.
A Associação de Caridade reivindicava a posse do terreno, mas a Prefeitura assegurou seu direito sobre o imóvel, uma vez que a posse da gestão não implicou na transferência da propriedade. Somente após a disputa judicial vencida pela Prefeitura foi possível abrir processo de licitação, homologado na semana passada, e iniciar a obra.
O ativista Douglas Belchior, cofundador da Uneafro, diz que em meio à "radicalização da barbárie" no Brasil, o movimento negro precisa ser ouvido de fato. “Tem propostas, tem projetos, orientações e saídas para este poço em que estamos enfiados”, diz ele.
Gabriel Valery, RBA - Em um momento em que se faz evidente a necessidade de serviços públicos universais, em que a democracia encontra-se sob frequente ameaça, em que a saúde da população brasileira sofre com a má gestão e o desemprego explode, a questão do combate ao racismo é protagonista. Isso porque permeia as demais mazelas das estruturas sociais. “Vivemos em um momento de radicalização da barbárie”, define o ativista Douglas Belchior.
Douglas é cofundador da Uneafro, uma das 150 entidades que compõem a Coalizão Negra por Direitos, que formulou uma série de propostas para enfrentamento a problemas históricos e urgentes, além do manifesto “Enquanto houver racismo, não haverá democracia”. Douglas explica: “O racismo é um elemento fundamental a ser considerado na leitura do que é o Brasil e o mundo. Isso, para pensarmos possíveis soluções e imaginarmos um futuro com a superação deste momento”.
O movimento negro sempre cobrou, denunciou e formulou propostas para as sucessivas crises da história do país. Entretanto, ele precisa ser ouvido de fato, argumenta o ativista. “É preciso valorizar a elaboração, a construção política, o acúmulo histórico do movimento negro. Se há uma novidade possível no Brasil, isso partirá da organização e do acúmulo das pessoas negras organizadas politicamente. Tem propostas, tem projetos, orientações e saídas para este poço em que estamos enfiados.”
Pandemia e racismo
O mundo passa pela pior crise sanitária dos últimos 100 anos. A pandemia de covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, fez parar diversos setores da dinâmica social. Ao mesmo tempo, a luta antirrascista ganha outra dimensão. O assassinato do norte-americano George Floyd, em um ato covarde de um policial branco, foi estopim para o levante das vozes de negros e negras por boa parte do mundo.
“No momento em que o planeta inteiro estava parado por conta de uma das mais graves pandemias, o único fenômeno capaz de atravessar isso em âmbito mundial foi o conflito racial. Explodiu a partir das manifestações nos Estados Unidos, mas ecoou em outros cantos do mundo porque o problema é sistêmico”, explicou Douglas.
Para o ativista, isso revela a urgência de o mundo precisar lidar com o racismo, tão enraizado na história da humanidade. “Existe a necessidade de um debate sério sobre isso. Da consideração do racismo como um sistema necessário ao poder dos opressores e que deve ser combativo efetivamente. É preciso fortalecer, para além da denúncia, as iniciativas de soluções a partir das propostas do movimento negro organizado”, disse.
Cobrança e coerência
Juntamente com a pandemia do novo coronavírus e o levante das vozes negras em todo o mundo, o Brasil encontra-se em uma situação perigosamente incomum. O governo Bolsonaro ignora a pandemia, enquanto promove desmonte de direitos e instituições, que refletem cruelmente sobre a população negra. “Temos um governo abertamente racista, genocida e fascista. Temos um Congresso com maioria alinhada à extrema direita. Temos um clima social que corrobora muito com a intimidação e a violência racial”, afirmou Douglas.
Por outro lado, o debate sobre o racismo – e a urgência do antirracismo – alcança potência inédita. E precisa ser levado a sério. É o que cobra Douglas. “É preciso cobrar coerência da sociedade em um momento em que há comoção e um quase hegemônico sentimento de incômodo quanto às mazelas do racismo. Setores que nunca reconheceram o racismo hoje discutem o problema. Setores abastados, classe média, grande imprensa pautando esse tema. Que se cobre coerência dos setores. É preciso que os setores pratiquem o antirracismo.”
Raiz profunda
Douglas avança sobre a questão sobre a natureza sistêmica e institucional do racismo. “O racismo é pano de fundo e elemento fundamental de promoção dos principais conflitos, desigualdades e violências. Não há nenhuma grande desigualdade ou violência sistêmica que não tenha o racismo como pressuposto o racismo, como elemento que estrutura a opressão.”
É o racismo estrutural que faz com que essa população, majoritária no Brasil, esteja à margem em questões sociais básicas. “O racismo estrutura relações e organiza o poder nesse país. De maneira em que todos os grandes problemas têm um recorte racial fundamental. Veja, em relação ao trabalho, negros e negras sempre foram os trabalhadores informais ou precarizados. Sempre fomos minoria com direitos garantidos”, afirma Douglas.
“Mesmo no mercado formal são os que mais demoram para ser contratados, os primeiros a serem demitidos, os que mais demoram para se recolocar no mercado. Recebem menores salários. São a maioria dos que sofrem pela ausência do serviço público. A (precariedade da) saúde pública afeta mais a população negra, ao não ser organizada, universalizada, como sempre reivindicamos”, completa.
A pandemia surge como elemento que comprova o argumento de Douglas. “Embora seja um vírus letal e perigosa a todos humanos, no Brasil ela adoece muito mais negros do que brancos. O que explica isso? Por que ele mata mais pessoas negras? Isso explica um pouco a estrutura que organiza a sociedade.”
Dito isso, é importante ver as propostas e soluções apresentadas pela população negra. Douglas exemplifica: “Em meio à pandemia, vemos as próprias comunidades fazendo vaquinhas e mutirões para levar alimento para as pessoas em meio à pandemia. Esse momento de pandemia revela e explicita o que o movimento negro sempre denunciou e nunca foi ouvido”.
Cientistas chineses divulgaram a descoberta da identificação de um subtipo de vírus da gripe em porcos. O novo patógeno apresenta potencial para gerar uma nova pandemia. O vírus descoberto é variedade predominante do vírus influenza em fazendas de suínos na China
Cientistas chineses divulgaram a descoberta da identificação de um subtipo de vírus da gripe em porcos. O novo patógeno apresenta potencial para gerar uma nova pandemia. O vírus descoberto é variedade predominante do vírus influenza em fazendas de suínos na China.
247 - Pesquisadores chineses anunciaram a descoberta de mais um vírus com potencial pandêmico: o vírus suíno da gripe. O vírus é uma variedade do influenza suíno e foi encontrado numa pesquisa que fez testes em 338 trabalhadores da indústria de carne na China.
Os cientistas frisam que a contenção deste novo vírus requer medidas "urgentes”.
A reportagem do jornal O Globo destaca que “o grupo, liderado por Honglei Sun, da Universidade Agricultural da China, publicou uma descrição do vírus na revista científica "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Classificado num estudo com a sigla "G4 EA" (genótipo 4 da variedade Eurásia/aviária), o vírus é um derivado do H1N1, grupo de vírus do qual um outro subtipo causou a pandemia de gripe de 2009, que matou cerca de 250 mil pessoas no mundo.”
A matéria ainda informa que “um dos aspectos preocupantes do novo vírus, de nome provisório "G4 EA H1N1", afirmam os cientistas, é que ele já parece ter alta capacidade de infectar humanos, algo que surgiu de várias evidências. Primeiro, o vírus tem estrutura biomolecular parecida com a variedade que causou a pandemia de 2009. Segundo, ele infectou bem células humanas cultivadas em laboratório. Terceiro, ele infectou bem furões, mamíferos que tem padrão de vulnerabilidade similar ao humano. E, por último, exames de anticorpos feitos em trabalhadores da indústria da carne suína mostraram que vários deles já haviam sido infectados pelo vírus."
O general Santos Cruz deixou patente sua percepção sobre o governo Bolsonaro: “cercado de bandidinhos vagabundos”. Cruz, que já vinha manifestando desgosto com o governo Bolsonaro desde sua saída da secretaria de governo deu a declaração ao jornal Valor
247 - A visão do general Santos Cruz sobre o governo Bolsonaro ganhou destaque no jornal Valor deste último final de semana: Cruz disse que Bolsonaro está cercado de bandidinhos vagabundos.
“O problema do presidente é que é cercado de bandidinhos vagabundos...” a declaração não é do Lula, nem de nenhum dirigente de esquerda. É do general Santos Cruz, em entrevista ao suplemento cultural deste final de semana do Valor.
A Lei Aldir Blanc, que destina R$ 3 bilhões para o setor cultural, um dos principais afetados pela pandemia do coronavírus, foi sancionada. A medida garantirá renda emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais, espaços artísticos e cooperativas culturais
Sociedade e Congresso pressionaram e Lei Aldir Blanc é sancionada: classe artística nacional terá R$ 3 bilhões
A Lei Aldir Blanc, que destina R$ 3 bilhões para o setor cultural, um dos principais afetados pela pandemia do coronavírus, foi sancionada. A medida garantirá renda emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais, espaços artísticos e cooperativas culturais.
247 - O Brasil perdeu o compositor Aldir Blanc para a covid, mas seu nome volta para intitular a lei que pode garantir a sobrevivência de toda a classe artística brasileira. A Lei Aldir Blanc chega com R$ 3 bilhões e com a promessa de distribuir auxílio emergencial para informais.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que “a medida, que deve ser publicada em edição extra do Diário Oficial da União, determina o repasse do montante a estados e municípios e é destinada a pequenas e microempresas, trabalhadores informais e organizações culturais. O presidente vetou apenas um ponto da iniciativa, que estipulava prazo máximo de 15 dias para que os recursos começassem a ser distribuídos. O argumento foi de que era inviável cumprir o tempo determinado.”
A matéria ainda sublinha que “pela medida, os trabalhadores informais, espaços artísticos e cooperativas culturais receberão uma renda emergencial de R$ 600, paga em três parcelas mensais. A lei sancionada prevê ainda que os espaços culturais terão de organizar atividades gratuitas para compensar os recursos recebidos.”
"A iniciativa privada só investe nos lugares com maior potencial de lucro e de retorno financeiro. Este modelo mira prioritariamente a rentabilidade e não tem nenhum compromisso com a universalização deste serviço essencial. Os mais pobres, mais uma vez, serão prejudicados", afirmou o senador.
47 - O senador Jaques Wagner (PT-BA) lamentou o resultado da votação que aprovou, por 65 votos a 13, o novo marco legal do saneamento que abre caminho para o domínio de empresas privadas no setor.
O senador afirmou que a história mostrará aos parlamentares que votaram a favor do projeto que "foram iludidos".
"Sem investimento público, não haverá água e saneamento para os mais pobres, como nós provamos nos governos do @ptbrasil na Bahia e no Brasil", frisou.
E acrescenta: "A iniciativa privada só investe nos lugares com maior potencial de lucro e de retorno financeiro. Este modelo mira prioritariamente a rentabilidade e não tem nenhum compromisso com a universalização deste serviço essencial. Os mais pobres, mais uma vez, serão prejudicados".
Confira o vídeo sobre a votação do Senado na TV 247
A Prefeitura de Nova Iguaçu, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), firmou parceria com o aplicativo Dados do Bem, que combina inteligência epidemiológica e análise de dados para acompanhar a disseminação do novo coronavírus. Por meio de uma seleção feita pela inteligência artificial do aplicativo, as pessoas que se cadastrarem no Dados do Bem serão submetidas a testes rápidos para Covid-19. Os resultados vão auxiliar tanto a população quanto o município na tomada de decisões para o enfrentamento da pandemia.
A ação começa na próxima sexta-feira (26). Para fazer a testagem, é necessário fazer o download gratuito do Dados do Bem, que está disponível tanto para Android quanto para iOS. O aplicativo seleciona pessoas com suspeita de Covid-19. Não se trata de um diagnóstico, mas de uma avaliação de sinais clínicos e epidemiológicos. A ferramenta é uma iniciativa sem fins lucrativos, desenvolvida pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e a Zoox Smart Data.
Como vai funcionar:
– Baixe o aplicativo no Apple Store ou Google Play; – Faça um cadastro simples, com login e senha, e responda um questionário eletrônico, com dados pessoais, histórico de saúde e perguntas sobre sintomas associados à Covid-19; – Se as respostas apontarem para a possibilidade do usuário estar infectado, o aplicativo gera um QR Code, informando data, hora e local da testagem. Se a pessoa receber indicação para o exame, ela entra em uma fila virtual; – No dia agendado, é preciso apresentar o QR Code para fazer o teste rápido para Covid-19; – O resultado é comunicado em minutos pelo celular; – Em caso de confirmação por Covid-19: a pessoa vai receber orientações pelo aplicativo. Também será solicitado que ele informe até cinco pessoas com quem tenha tido maior contato para que sejam convidadas, por SMS, a realizar a autoavaliação e o teste com prioridade; – Se o diagnóstico for negativo, é pedido para a pessoa continue seguindo as orientações com relação ao isolamento social; – Se os sintomas da Covid-19 persistirem, também poderá ser aconselhado a testar novamente (considerando-se o período de sete a 10 dias entre a contaminação pelo vírus e o início da produção de anticorpos).
O Dados do Bem não realiza testagem em massa. O aplicativo integra os dados de risco identificado pela autoavaliação e os resultados de testes sorológicos rápidos aplicados em amostras desta população para realizar análises. Assim, é possível entender o comportamento da disseminação do vírus da área avaliada, fornecendo informações para o combate à epidemia pelo poder público. Vale ressaltar que todos que preenchem o questionário de autoavaliação já estão colaborando com a iniciativa, mesmo aqueles que não são chamados para fazer os testes.
A redução drástica das populações de pássaros, aranhas e pequenos roedores que comem insetos, com o uso desenfreado de agrotóxicos, pragas como a nuvem de gafanhotos que se aproxima do Brasil ficam cada vez mais frequentes
Brasil de Fato - Não bastasse a seca e a pandemia, os agricultores da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul agora estão preocupados com a aproximação de uma nuvem de gafanhotos que está atacando plantações no Norte da Argentina. A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e o Ministério da Agricultura estão monitorando o avanço dos insetos.
Nesta quarta-feira (24), os gafanhotos estavam na região de Santa Fé, a 250 quilômetros da fronteira com o Rio Grande do Sul. O alerta às autoridades brasileiras foi feito pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa).
“É uma distância relativamente próxima. Se essa nuvem persistir e as condições meteorológicas forem favoráveis ao ingresso da praga no estado, pode afetar algumas culturas e pastagens inclusive", conta o fiscal agropecuário Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr.
Relatos da mídia argentina dão conta de que a nuvem de gafanhotos teria vindo do Paraguai e das províncias de Formosa e Chaco, onde há produção de mandioca, milho e cana-de-açúcar. Seu deslocamento é influenciado pela direção dos ventos e a ocorrência de altas temperaturas.
Flávio Varone, meteorologista da Seapdr, analisou as condições climáticas do período atual para avaliar os riscos destes insetos chegarem ao Rio Grande do Sul.
"A aproximação de uma frente fria oriunda do Sul vai intensificar os ventos de Norte e Noroeste, potencializando o deslocamento do massivo para a Fronteira Oeste, Missões e Médio e Alto Vale do Rio Uruguai. Contudo, a tendência de queda nas temperaturas e previsão de chuva para todo o estado nesta quinta-feira (24) tende a amenizar o risco com a dispersão da praga", detalha.
Monoculturas e desequilíbrio
O diretor da Associação Brasileira de Agroecologia Leonardo Melgarejo explica que o fenômeno é uma expressão do desequilíbrio ecológico que favorece esta grande população de insetos, associada ao sumiço dos chamados "controles naturais", com a extinção ou a redução drástica das populações de pássaros, aranhas, e pequenos roedores, como a mulita e as preás.
O habitat desses animais está dando lugar aos projetos cada vez mais extensivos do agronegócio. “Todos comem gafanhotos e isto tudo está desaparecendo com o avanço da soja e das outras monoculturas extensivas. O uso de venenos que ataca algumas culturas também mata os predadores desses insetos”, argumenta.
Parte do mesmo processo de degradação ambiental, a mudança climática também propicia a superpopulação de gafanhotos na medida em que gera uma sequência de verões e outonos secos, e invernos cada menos frios. Assim, ficam prejudicados os chamados "períodos de controle", acrescenta o engenheiro agrônomo.
“Neste período em que nós estamos chegando, seria o que eles estariam se reproduzindo e sendo controlados pelo frio. Mas, ao mesmo tempo, como o verão e o outono foram secos, eles estão se transferindo para lugares onde tenham possibilidade de se desenvolver e nós estamos no caminho”, assinala Melgarejo.
O ambientalista recordou que uma situação como esta já aconteceu nos anos 1930 na Bolívia, na Argentina e no Uruguai. Na Argentina, em 1932,150 milhões de hectares foram invadidos por migrações em massa desses insetos.
“Estes insetos têm uma característica muito interessante. O seu comportamento é individual, mas quando as condições ficam favoráveis para uma grande multiplicação eles alteram o comportamento e os seus hormônios modificam o tamanho e a força das asas para que a população migre para um outro lugar onde se encontre comida para a possibilidade de manutenção daquela grande massa de indivíduos. E eles podem ter até dois ou três ciclos por ano. Migram em massa e nessas migrações podem fazer até voos de 150 quilômetros por dia."
Outra preocupação ambiental apontada por Melgarejo é que, se a nuvem de gafanhotos chegar ao Brasil, o combate será feito com uso intenso de inseticidas que poderão acabar com as abelhas e outros animais. “O controle vem sendo feito com veneno, muito veneno. Os venenos que foram utilizados na última crise foram o Fipronil, a Sipermetrina, o Tiametoxam, estes todos são venenos que nós temos associados a mortandade das abelhas. Então a situação é alarmante”, alertou.
“Temos que torcer que os técnicos da Argentina consigam controlar, reter esta nuvem de gafanhotos lá, porque se chegar aqui no Brasil possivelmente nós vamos usar a mesma estratégia, pulverização e venenos que acabam com as abelhas. Os companheiros argentinos estão fazendo um bom trabalho no controle da organização social para enfrentar a pandemia de covid-19 e esperamos que façam também um bom trabalho de controle biológico nesta praga de gafanhotos.”