sexta-feira, 31 de maio de 2019

Regina Duarte lidera o setor pecuarista contra os povos indígenas


Regina Duarte lidera o setor pecuarista contra os povos indígenas

Desde que se casou com o pecuarista e empresário Eduardo Lippincott, a atriz global Regina Duarte vem liderando o setor pecuarista contra os povos indígenas, participa de comícios contra as demarcações e contra os povos indígenas em todo Brasil. No MS ela é a “Garota Propaganda” em campanhas contra indígenas.
A atriz global e pecuarista Regina Duarte, em discurso na abertura da 45ª Expoagro em 2009, em Dourados (MS), disse que está solidária com os produtores e lideranças rurais quanto à questão de demarcação de terras indígenas e quilombolas no estado. A informação é do blog União Campo, Cidade e Floresta de 2012, com dados atualizados.
Guarani e Kaiowá estão sendo continuamente atacados pelos ruralistas, que tem sua porta voz a atriz global, que vende gado e usa sua imagem para combater os indígenas.
“Confesso que em Dourados voltei a sentir medo”, afirmou a atriz, neste domingo (18), com referência à previsão de criação de novas reservas na região de Dourados. “O direito à propriedade é inalienável”, explicou ela, de forma curta, grossa e maravilhosamente elucidativa o que faz do BRASIL um brasil. Em verdade, ela deve estar sentindo medo desde a campanha presidencial de 2002…
(O deputado Ronaldo Caiado, principal defensor desses princípios, deveria cobrar royalties de Regina Duarte… Inalienáveis deveriam ser o direito à vida e à dignidade, mas terra vale mais que isso por aqui.)
“Podem contar comigo, da mesma forma que estive presentes nos momentos mais importantes da política brasileira.” Ela e o marido são criadores da raça Brahman em Barretos (SP).
Regina Duarte é proprietária da Fazenda Minha Santa, em Barretos, a 450 quilômetros da cidade de São Paulo há cerca de 12 anos, segundo reportagem da Revista Isto É, com dados atualizados.
Nos municípios da região sul e especialmente do Cone Sul do Estado, em Mato Grosso do Sul, na faixa de fronteira entre Brasil e Paraguai, populações indígenas reivindicam o direito pela terra atualmente ocupada por fazendeiros.
Confrontos tem acontecido com um saldo de índios mortos e feridos. Uma das terras em disputa, denominada Arroio-Korá está localizada no município de Paranhos.
O Relatório de Identificação da Terra Indígena, realizado pelo antropólogo Levi Marques Pereira e publicado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), atesta, em fontes documentais e bibliográficas, a presença dos guarani na região desde o século XVIII.
Em 1767, com a instalação do Forte de Iguatemi, os índios começaram a ter contato com os “brancos”, que aos poucos passaram a habitar a região com o objetivo de mantê-la sob a guarda da corte portuguesa. A partir de 1940, fazendeiros ocuparam a área e passaram a pressionar os indígenas para que deixassem suas terras tradicionais.
Os primeiros proprietários adquiriram as terras junto ao Governo do, então, Estado de Mato Grosso e, aos poucos, expulsaram os índios, prática comum naquela época. Contudo, os indígenas de Arroio-Korá permaneceram no solo de seus ancestrais, trabalhando como peões em fazendas.
Relatório de Identificação e Delimitação da Terra Indígena foi publicado em 2004 e a demarcação homologada pela Presidência da República em 2009 (Decreto nº12.367). Porém, logo após a homologação, mandado de segurança impetrado por proprietários rurais suspendeu os efeitos do decreto presidencial.
Atualmente, os índios guarani-kaiowá e guarani-ñhandeva de Arroio-Korá vivem em situação precária e improvisada em barracos de lona na beira de estradas e em reservas indígenas do Cone Sul de Mato Grosso do Sul. Estima-se que 100 famílias sejam originárias da região.
Na quarta-feira 2, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, alcançou um acordo com as lideranças indígenas que garante a posse das terras aos índios e prevê a indenização dos fazendeiros locais, apesar da resistência de muitos em deixar suas fazendas. No entanto, não há prazo para o acordo se tornar realidade e nem para as tropas da Força Nacional de Segurança saírem do local.
Semião Vilhalva pertencia à etnia Guarani-Kaiowá, grupo que ganhou a atenção da opinião pública em 2012. Naquele ano, indígenas de outra comunidade Guarani-Kaiowá emitiram uma declaração de “morte coletiva” de 170 homens, mulheres e crianças após receberem uma ordem de despejo decretada pela Justiça de Naviraí (MS).
A liminar foi rapidamente suspensa pela Justiça Federal e a comoção pública em favor desta população tradicional brasileira se dispersou. No entanto, outros problemas dos Guarani-Kaiowá – que viviam no Mato Grosso do Sul até serem expulsos de suas terras nos anos 1940 e 50 – seguem há anos sem resposta.
No município de Antônio João, os Guarani-Kaiowá tiveram a homologação de suas terras em 2005, mas ainda não têm o direito de usufruir de sua área tradicional. Com um processo de disputa da terra parado na Justiça Federal desde 2005, centenas de índios estiveram confinados em menos de 150 hectares, dos 9.317 que foram homologados. O restante da área foi dividida em nove fazendas, em posse de latinfundiários do estado.
As consequências deste confinamento têm reflexos na saúde. Relatórios da Fundação Nacional de Saúde Indígena (Funasa) do início dos anos 2000 revelam um alto grau de desnutrição entre crianças e adultos da comunidade. Em 2003, por exemplo, a Funasa encontrou um quadro de desnutrição grave em 27,5% das crianças entre zero e cinco anos.
Além da fome, a indefinição sobre a posse da terra manteve os índios vulneráveis a conflitos. Em dezembro de 2005, o índio Dorvalino Rocha foi assassinado com um tiro à queima-roupa, em seu acampamento. Segundo informações do Conselho Missionário Indígena (Cimi), o tiro teria sido dado por seguranças contratados por fazendeiros da região.
No ano seguinte, duas crianças Guarani-Kaiowá – Celiandra Peralta, de um ano e um mês, e Osvaldo Barbosa, de 15 dias – morreram por causas relacionadas às péssimas condições de vida do acampamento às margens da rodovia MS-384. Em 2007, Hilário Fernandes, liderança religiosa da aldeia “Campestre”, foi atropelado às margens da rodovia.
Desde então, diversas reuniões com autoridades do governo federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) foram feitas. Nenhuma teve resultado.
Diante da omissão e letargia do governo federal e do Judiciário, os índios ocuparam as fazendas em agosto deste ano. No contra-ataque dos fazendeiros, Semião foi morto a tiros, motos foram incendiadas e o clima de tensão tomou conta da cidade. “Muitas pessoas da comunidade foram espancadas durante o confronto e duas pessoas foram parar no hospital por causa dos ferimentos e dos tiros de balas de borracha”, relata a professora indígena Inaiê.
Após a reunião com o Ministério da Justiça, ficou estabelecida a criação de uma comissão para iniciar os processos de indenização e a permanência das tropas da Força Nacional até que o clima no município se tranquilize.
Segundo o Cimi, o confronto em Antônio João é mais um exemplo da saga Guarani-Kaiowá pelo reconhecimento de suas terras, cujos processos estão engavetados no Ministério da Justiça ou na Justiça Federal. Para a entidade, a falta de agilidade e de pró-atividade do governo federal contribui para os agravamentos dos conflitos.

Actress Regina Duarte leads cattle rancher against indigenous peoples


This actress needs to be boycotted worldwide






Since she married cattle rancher and entrepreneur Eduardo Lippincott, global actress Regina Duarte has been leading the livestock sector against indigenous peoples, participating in rallies against demarcations and against indigenous peoples throughout Brazil. In MS she is the "Propaganda Girl" in campaigns against indigenous people.

Global actress and cattle ranch Regina Duarte, speaking at the opening of the 45th Expoagro in 2009 in Dourados (MS), said she is in solidarity with producers and rural leaders on the issue of demarcation of indigenous lands and quilombolas in the state. The information is from the blog União Campo, Cidade e Floresta de 2012, with updated data.



Guarani and Kaiowá are being continually attacked by the ruralists, who have their voice over the global actress, who sells cattle and uses her image to fight the Indians.

"I confess that in Dourados I was afraid again," said the actress on Sunday (18), referring to the forecast of creating new reserves in the region of Dourados. "The right to property is inalienable," she explained, in a short, thick and wonderfully elucidative way, which makes BRAZIL a Brazilian. In fact, she must have been feeling scared since the 2002 presidential campaign ...

(Deputy Ronaldo Caiado, the main defender of these principles, should collect royalties from Regina Duarte ... Inalienables should be the right to life and dignity, but land is worth more than that here.)

"They can count on me, just as I was present at the most important moments of Brazilian politics." She and her husband are Brahman breeders in Barretos (SP).

Regina Duarte is the owner of Fazenda Minha Santa, in Barretos, 450 kilometers from the city of São Paulo, about 12 years ago, according to the Isto É magazine, with up-to-date data.

In the municipalities of the southern region and especially in the Southern Cone of the State, in Mato Grosso do Sul, on the border between Brazil and Paraguay, indigenous peoples claim the right for land currently occupied by farmers.

Clashes have happened with a balance of dead and injured Indians. One of the disputed lands, denominated Arroio-Korá is located in the municipality of Paranhos.

The Indigenous Land Identification Report, made by the anthropologist Levi Marques Pereira and published by the National Foundation of the Indian (Funai), testifies in documentary and bibliographical sources the presence of the Guarani in the region since the 18th century.

In 1767, with the installation of the Iguatemi Fort, the Indians began to have contact with the "whites", who gradually began to inhabit the region with the aim of keeping it under the custody of the Portuguese court. Beginning in 1940, ranchers occupied the area and began to pressure the Indians to leave their traditional lands.

The first owners acquired the lands next to the Government of, then, State of Mato Grosso and, little by little, expelled the Indians, common practice at that time. However, the natives of Arroio-Korá remained in the soil of their ancestors, working like pawns in farms.

Report of Identification and Delimitation of the Indigenous Land was published in 2004 and the demarcation approved by the Presidency of the Republic in 2009 (Decree nº 12.367). However, soon after the homologation, an order of security filed by rural owners suspended the effects of the presidential decree.

Currently, the Guarani-Kaiowá and Guarani-ñhandeva Indians of Arroio-Korá live in precarious and improvised situations in canvas shacks along roadsides and in indigenous reserves of the Southern Cone of Mato Grosso do Sul. It is estimated that 100 families are native Of region.

On Wednesday, Minister of Justice Jose Eduardo Cardozo reached an agreement with indigenous leaders that guarantees the land ownership to the Indians and provides compensation for local farmers, despite the resistance of many to leave their farms. However, there is no deadline for the agreement to become reality and for the National Security Force troops to leave.

Semião Vilhalva belonged to the Guarani-Kaiowá ethnicity, a group that gained public attention in 2012. That year, indigenous people from another Guarani-Kaiowá community issued a declaration of "collective death" of 170 men, women and children after receiving a eviction decreed by the Justice of Naviraí (MS).

The injunction was quickly suspended by the Federal Court and the public commotion in favor of this traditional Brazilian population dispersed. However, other problems of the Guarani-Kaiowá - who lived in Mato Grosso do Sul until they were expelled from their lands in the 1940s and 1950s - have remained unanswered for years.

In the municipality of Antônio João, the Guarani-Kaiowá had the homologation of their lands in 2005, but still do not have the right to enjoy their traditional area. With a land dispute proceeding in federal court since 2005, hundreds of Indians were confined to less than 150 hectares, out of the 9,317 that were approved. The remainder of the area was divided into nine farms,


source https://www.portaldenoticias.net/


Governo Bolsonazi corta verba da educação THE PEOPLE WILL ENGAGE IN THE STREETS

A imagem pode conter: 1 pessoa, texto


O governo corta  verba da educação, porque não corta da mordomia dos políticos e do ministros?
Governo hipócrita.
O POVO VAI LHE DERRUBAR NAS RUAS.

Estupro na UTI: técnico em enfermagem filmado estuprando uma paciente


Correiobraziliense-
A vítima morreu no último domingo (26) e antes do óbito relatou para uma funcionária do hospital que teria sido abusada sexualmente pelo técnico de enfermagem.

A família de uma jovem de 21 anos, vítima de abuso sexual enquanto estava internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Goiânia Leste, em Goiás, só ficou sabendo do crime após o sepultamento da jovem, informou ao Correio a Organização Goiana de Terapia Intensiva (OGTI), responsável pela UTI do hospital.

A jovem deu entrada no hospital em 17 de maio devido a uma crise convulsiva. No mesmo dia, de acordo com a delegada titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia, Paula Meotti, o técnico em enfermagem Ildson Custódio Bastos, 41 anos, passou as mãos nas partes íntimas da vítima, que, no momento, estava com as mãos amarradas.

Baseada em imagens de câmera de monitoramento , a delegada diz que o abuso durou cerca de uma hora. As cenas também mostram que a paciente tentou resistir, mas não tinha chance por estar contida.

O técnico em enfermagem responderá por estupro de vulnerável, de acordo com a Polícia Civil de Goiás. Ele se entregou à polícia na quarta-feira (29/5) e está detido de forma cautelar. Já havia um mandado de prisão contra ele.

Brazilian minister claims Elsa from Frozen turns children gay

Elsa in the Frozen 2 trailer (YouTube)
Elsa in the Frozen 2 trailer (YouTube)

A Brazilian minister is being mocked online after she said that Elsa from Frozen turns children gay.
The country’s Human Rights Minister Damares Alves said in a video that has since gone viral: “You know why she only ends up alone in an ice castle, because she is a lesbian!” According to RT.com.
In the video, which was recorded at a Defence of the Family lecture in Divinópolis, the minister laments that she once waited for her “prince,” but that Disney is now teaching young girls to wait for their princess charming instead.

The minister suggested that Elsa will awaken Sleeping Beauty with a kiss in the Frozen sequel

In one particularly bizarre section of her speech, the minister suggested that Elsa will wake Sleeping Beauty from her slumber by giving her a kiss. Many fans of the modern animated classic have latched onto the idea in online comments.
One Twitter user shared an animated drawing of Elsa kissing Aurora from Sleeping Beauty along with a photo of the minister with a shocked expression and said: “Damares Alves watching Frozen 2.”
Another tweeted Disney directly and suggested they make Aurora Elsa’s girlfriend, and thanked Alves for making the suggestion.
Brazilian minister claims Elsa from Frozen turns children gay
Elsa in the Frozen 2 trailer (YouTube)
Somebody else reprimanded the minister for giving a “spoiler” for Frozen 2 by saying that Elsa was a lesbian and would end up with Aurora.

“You know why she only ends up alone in an ice castle, because she is a lesbian!”

– Damares Alves
Others did not see the funny side. One Twitter user said: “Yes, ladies and gentlemen, this is Brazil’s minister of human rights and family, Damares Alves, who says that Frozen’s Queen Elsa lives alone in an ice castle because she’s a lesbian and she comes back to wake up sleeping beauty with a “gay kiss.” You can’t make this stuff up.”
Another said that the minister’s speech was “homophobia” and said it was “spreading prejudice against people who already face all kinds of stigma and prejudice.”

Many Frozen fans are convinced that Elsa is a lesbian

When Disney released the first trailer for Frozen 2 in February, many LGBT+ fans were convinced that the character would finally have her big coming out moment.
LGBT+ Frozen enthusiasts have long held the opinion that Elsa is a lesbian, and the new trailer did nothing to convince them otherwise.
Many Frozen fans have tweeted that Elsa’s clothing choices in the trailer prove her queer sexuality.
One said: “I want to make elsa’s lesbian pantsuit overcoat outfit,” while another commented: “Elsa’s outfit in Frozen 2 screams LESBIAN and that’s on that. Thanks for coming to my ted talk.”
A different user wrote: “elsa’s new outfit… a lesbian icon, truly.”


Current Affairs Brazil’s top court votes to criminalise homophobia and transphobia

 Current Affairs

The 2014 Gay Pride Parade in Sao Paulo, Brazil. (NELSON ALMEIDA/AFP/Getty Images)


The Supreme Court of Brazil has voted to make homophobia and transphobia a crime, amid increasing discrimination against the Brazilian LGBT+ community.
Six of the Supreme Court’s 11 judges have now voted to make it a crime to discriminate against people based on their gender identity or sexuality.

The remaining five judges are yet to vote, but the result will remain unchanged – the new law will come into effect once all judges have voted and will make homophobia and transphobia crimes equivalent to racism.
“This is a day I never thought would come, especially with the president we have now,” Afonso Nogueira, a 36-year-old electrical engineer who plans to marry his boyfriend later this year, told the Los Angeles Times.
“The threats we live with on a daily basis might finally be taken seriously. Now, someone will have to do something about them. This shows that our lives matter,” Nogueira said.


Imprensa internacional repercute a criminalização da homofobia no Brasil

HOMOFOBIA


A decisão da maioria do STF de criminalizar a homofobia (o julgamento ainda será concluído em 13 de junho) foi notícia, claro, na mídia internacional. "Financial Times", BBC e "NY Times" publicaram trechos do voto de Luiz Fux: "Racismo é um delito cometido contra um ser de carne e osso, seja ele integrante da comunidade LGBT, judeu ou afrodescendente. Tudo isso é racismo".
 O ministro do STF, Luiz Fux


Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert vão voltar ao Brasil: 'Batalhar por um país melhor'

DEBATE POLÍTICO


Há 15 anos juntos, Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert estampam a capa da próxima edição da “GQ Brasil”, que chega às bancas na segunda. Os cliques foram feitos em Nova York, antes de o casal descobrir a segunda gravidez — já são pais de gêmeos. No retorno ao Brasil, eles prometem entrar no debate político: “Vamos batalhar para termos um país melhor para todos”. Sejam muito bem-vindos!
Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima


Judith Butler: “Matar é o ápice da desigualdade social”

Filósofa norte-americana, alvo de protestos no Brasil no ano passado por sua teoria sobre gênero, prepara uma nova obra sobre a ética da não violência


Judith Butler
A filósofa norte-americana Judith Butler em Guadalajara (México). FIL
Judith Butler (Cleveland, 1956) não é só uma das filósofas mais influentes nos estudos de gênero, mas também, talvez a contragosto, uma ativista. É profundamente acadêmica em seu discurso, mas não precisa de megafones para espalhar sua mensagem, porque mede cada palavra e assim consegue incendiar os corações. “Aceitamos que todos aqueles que são privados da vida através da violência sofrem uma injustiça radical”, explica, falando a respeito de sua nova teoria sobre a não violência, ainda em desenvolvimento. “Será possível que algumas vidas sejam consideradas merecedoras de luto, e outras não?”, continua. Sua reflexão ganha especial relevância num país como o México, onde casos como o de Ayotzinapa, as dezenas de milhares de desaparecimentos forçados e as valas comuns clandestinas revelam-se como terríveis comprovações da sua análise, onde nem as vítimas nem seus próximos ainda podem estar em paz. “Matar é o ápice da desigualdade social”, sentencia com frieza em Guadalajara (México), onde proferiu uma conferência que foi parte da Feira Internacional do Livro.
Butler foi recebida nesta terça-feira como uma estrela do rock no anfiteatro da Universidade de Guadalajara, decorado em 1936 pelo muralista mexicano José Clemente Orozco. A feminista norte-americana irrompe, miúda, entre aplausos e vivas. Há forte expectativa por parte do público, composto em sua maioria por mulheres jovens. Os mais desafortunados ainda fazem fila, em vão. “Muito obrigado”, inicia, falando espanhol com forte sotaque norte-americano. Ela agora prepara um livro sobre a não violência, a ser lançado no ano que vem, depois de escrever uma das obras fundadoras da teoria queerProblemas de Gênero(Civilização Brasileira, 2003), onde defende que nem o gênero nem o sexo nem as orientações sexuais são naturais, e sim uma construção social —uma tese que rendeu protestos em São Paulo no final do ano passado, quando um punhado de manifestantes ultraconservadores contra o que chamam de "ideologia de gênero" exigiu o cancelamento de uma palestra dela no Sesc Pompeia, que acabou acontecendo.A conferência desta terça-feira é uma antecipação dessa teoria. “A não violência deve ser uma posição ativa e apaixonadamente perseguida”, afirma a doutora pela Universidade de Yale, hoje professora em Berkeley. Sua análise parte da ideia de que as sociedades estão divididas em dois grupos de pessoas: aqueles cujas vidas têm que ser protegidas, e aquelas que são dispensáveis, o que depende de sua raça, gênero e posição econômica. “As mulheres são assassinadas não pelo que fazem, mas sim pelo que são [...], pelo fato de serem femininas, e isto inclui as mulheres trans”, diz. “Assim como as mulheres são consideradas propriedade do homem, sua vida e sua morte são mantidas pelo homem.”
Orgulhosa do movimento Nenhuma a Menos, que conseguiu se expandir pela América Latina, a professora ressalta a importância de ter podido transformar a categoria das mulheres em um coletivo. “Nos EUA só acumulamos histórias individuais, porque estamos entregues ao individualismo”, critica. Inserida na filosofia pós-estruturalista, insiste na importância da utilização da linguagem, que estrutura nosso mundo: “’Nenhuma a menos’ quer dizer que continuarão vivas e que nenhuma a mais será perdida”.
Butler, de origem judaica, acredita que todo o mal tem início com um muro erguido como defesa entre identidades, e por isso critica com dureza a visão do “regime de Trump” de que a caravana dos imigrantes só levará morte ao seu “pacífico” país, como aponta com ironia. Esse medo é para ela uma fantasmagoria, uma mera ilusão. “Devemos estar atentos àqueles que veem ameaças fantasmagóricas em identidades diferentes, que detêm ou indiretamente permitem que o migrante seja morto”, adverte a pensadora. “Novas formas de fascismo estão aparecendo no Brasil e nos Estados Unidos, mas também na Hungria. E ameaçam obter um maior poder na Alemanha. Todas elas reanimam o conceito de nação, em nome da pureza étnica e de uma perniciosa rejeição a reconhecer a igualdade dos seres humanos.” O aviso está dado.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Mulher de Didi Mocó agride pessoas de sandálias em aeroportos.

A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e texto

NO RIO, MULTIDÃO TOMA AVENIDA RIO BRANCO EM DEFESA DA EDUCAÇÃO

Nova Iguaçu realiza Dia D Vacinação contra a gripe

A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu (Semus) vai fazer, neste sábado (13), uma grande mobilização para participar do Dia D de Vaci...