sábado, 18 de maio de 2019

MORRE TIA MARIA DO JONGO, AOS 98 ANOS


Tia Maria do Jongo (da Serrinha)
Morreu, na manhã deste sábado, Tia Maria do Jongo, uma das maiores responsáveis por manter viva a tradição do ritmo africano no Brasil. Ainda cedo, Tia Maria foi à Casa do Jongo, na Serrinha, em Madureira, assistir a aula de jongo para adultos. Lá, ela pediu para tocar um instrumento, mas sentiu-se mal, desmaiou e foi levada a um Posto de Saúde em Irajá, onde não resistiu. A causa da morte ainda não foi revelada. Ela era a última fundadora do Império Serrano ainda viva. Viúva, ela deixa um filho, Ivo Mendes.
Na última terça-feira, dia 14, Tia Maria recebeu o Prêmio Sim à Igualdade Racial 2019, do Instituto Identidades do Brasil, na categoria Arte em Movimento, em cerimônia no Copacabana Palace.
Tia Maria do Jongo, à frente
Tia Maria do Jongo, à frente Foto: Divulgação
Maria de Lourdes Mendes, a Tia Maria do Jongo era uma das figuras mais famosas do Morro da Serrinha, em Madureira. Ela foi uma das principais responsáveis por manter vivos e transmitir às novas gerações os ensinamentos do ritmo trazido à cidade no século XIX por escravos bantos e que teve influência na criação do samba.
Filha e neta de escravos, que vieram de Minas Gerais para a favela da Zona Norte carioca, ela cresceu em meio às festas que o pai dava. Quando criança, não podia participar das rodas, já que, por tradição, o jongo deve ser dançado apenas por idosos. Ao ver que, por causa dessa restrição, a batucada corria o risco de desaparecer, uma vizinha, Vovó Maria Joana (1902-1986), incumbiu o filho, Mestre Darcy do Jongo (1932-2001), de mantê-la viva. Ele chamou outras jongueiras e surgiu, então, o Jongo da Serrinha.
Via Jornal Extra

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