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domingo, 5 de abril de 2009

Silêncio

Florbela Espanca


Silêncio!... No fadário que é meu, neste penar, Noite alta, noite escura, noite morta, Sou o vento que geme e quer entrar, Sou o vento que vai bater-te à porta... Vivo longe de ti, mas que me importa? Se eu já não vivo em mim! Ando a vaguear Em roda à tua casa, a procurar Beber-te a voz, apaixonada, absorta! Estou junto de ti, e não me vês... Quantas vezes no livro que tu lês Meu olhar se pousou e se perdeu! Trago-te como um filho nos meus braços! E na tua casa... Escuta!... Uns leves passos... Silêncio, meu Amor!... Abre! Sou eu!...

a verdadeira coragem não pede licença. Ela entra, senta-se, espera — e muda tudo ao seu redor.

  No coração do sul segregado da década de 1950, dois irmãos — Carl e Ronald McNair — caminhavam juntos, lado a lado, como se fossem um só. ...