Justiça nega pedido de habeas corpus para envolvidos em crime de homofobia

Taísa Silva ficou com muitos ferimentos pelo corpo Foto: Divulgação / Acervo Pessoal

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Os desembargadores da 1ª Câmara Criminal, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, negaram, nesta quinta-feira, o pedido de habeas corpus para Rodrigo Luiz Silva Soares e Cleiton da Silva Gomes, dois dos três acusados pelo espancamento da transexual Taísa Silva, de 21 anos, por homofobia, em Santa Cruz, na Zona Oeste. Na próxima segunda-feira, será realizada mais uma audiência de instrução e julgamento dos acusados na 4ª Vara Criminal.

Rodrigo e Cleiton, juntamente com Jorge Batista Inácio Júnior, que também está preso, utilizaram um pedaço de madeira e uma faca para agredir Taísa e a irmã, que tentava defendê-la. Somente pararam quando a vítima desmaiou. A agressão foi filmada e divulgada na imprensa.

Agressão de três homens em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio

Em entrevista ao jornal EXTRA, a empregada doméstica Luciana Silva, de 20 anos, deu detalhes do ataque sofrido por ela e a irmã transexual, em Santa Cruz, em setembro de 2016. Elas estavam em uma van, voltando para casa após uma festa, quando um jovem fez xingamentos homofóbicos para ofender Taísa. Dois amigos do rapaz se envolveram na confusão, que terminou com as irmãs sendo agredidas, em uma rua região. O vídeo do ataque, que foi compartilhado em redes sociais, causou revolta.

O julgamento do habeas corpus de Rodrigo foi nesta quinta-feira, dia 27, e o de Cleiton, no último dia 18. A defesa dos acusados alegou que a prisão preventiva é desnecessária, já que ambos têm bons antecedentes, endereço fixo e trabalho.

Os magistrados entenderam que a prisão preventiva foi devidamente fundamentada. Além disso, a eventual primariedade e bons antecedentes não impedem o decreto da prisão.

Via Jornal Extra