segunda-feira, 10 de julho de 2017

Mais um jovem se mata por causa da transfobia

Homem trans que se suicidou em Juiz de Fora escreveu: "Como se não bastasse todo o sentimento em relação ao corpo, temos que aguentar a opressão e enfrentar diariamente os olhares esquisitos no banheiro, temos que aguentar nossos nomes desrespeitados e a falta de oportunidades no mercado de trabalho e uma junção disso tudo mata muito"
DADOS SÃO ALARMANTES
66,4% dos homens trans brasileiros pensaram em suicídio, 41,5% já tentaram pelo menos uma vez e 28,2% tiveram duas tentativas. A população em geral, tem o índice de 3% de uma tentativa de suicídio. Apesar desses dados alarmantes não há nenhuma campanha nacional ou políticas públicas que abordem com sensibilidade e eficácia o suicídio de pessoas trans ou LGB. Tampouco campanhas ou ações que visam efetivamente limar as opressões, violações e violências que levam essas pessoas ao suicídio. Ou seja, o Brasil tem a expectativa de vida de 35 anos de uma pessoa trans, continua sendo o país que mais mata essa população e não há nada que sugira que essa situação mude
O preconceito, o fundamentalismo e a invisibilidade continuam matando a população trans de diversas formas. O suicídio é mais uma delas.
Homem trans que se suicidou em Juiz de Fora
Após passar anos lutando contra a transfobia e a opressão, na quarta-feira (05) Nicholas Domingues cometeu suicídio. Nicholas era um jovem homem trans, estudante de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora e militante da União Juventude Comunista (UJC Brasil). Era natural de São José dos Campos, gostava de gatos e tinha um cabelo colorido na capa do Facebook.
O jovem trans brasileiro Nicholas apesar de passar anos lutando contra a transfobia, se sensibilizava com a opressão vivida por outras pessoas trans ou grupos marginalizados. Em um recente relato, publicado no dia 7 de junho em seu Faceboook, Nicholas falou sobre as várias opressões que pessoas sofrem no decorrer da vida. Ele apontou que 144 pessoas trans foram assassinadas em 2016, que 90% das travestis e transexuais se prostituem e que 66% dos homens trans já pensaram em cometer suicídio em algum momento da vida. “Claramente, existe um grande problema”.
NICHOLAS FALOU SOBRE A OPRESSÃO
“Atualmente, o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Essa frase, que quando escutada pela primeira vez assusta porque ‘Nossa, eu nunca ouvi falar sobre morte de pessoas trans’. Mas é claro que nunca ouviu, você nunca ouviu falar sobre pessoas trans. Afinal, quem não existe, não trabalha, não ama, não vive e não morre. E para muitos, pessoas trans não existem e se existem, não devem existir, porque é errado , simplesmente por ser, nada mais”, escreveu.
Nicholas também chegou a falar sobre suicídio, dizendo que pensamentos suicidas fazem parte do cotidiano da pessoa que não se identifica com o gênero imposto ao nascer.
"Porque como se não bastasse todo o sentimento em relação ao corpo, temos que aguentar a opressão e enfrentar diariamente os olhares esquisitos no banheiro, temos que aguentar nossos nomes desrespeitados e a falta de oportunidades no mercado de trabalho e uma junção disso tudo, meu querido, mata. E mata muito", lamentou.


Fonte. 
Homem trans que se suicidou em Juiz de Fora escreveu: "Como se não bastasse todo o sentimento em relação ao corpo, temos que aguentar a opressão e enfrentar diariamente os olhares esquisitos no banheiro, temos que aguentar nossos nomes desrespeitados e a falta de oportunidades no mercado de trabalho e uma junção disso tudo mata muito"
DADOS SÃO ALARMANTES
66,4% dos homens trans brasileiros pensaram em suicídio, 41,5% já tentaram pelo menos uma vez e 28,2% tiveram duas tentativas. A população em geral, tem o índice de 3% de uma tentativa de suicídio. Apesar desses dados alarmantes não há nenhuma campanha nacional ou políticas públicas que abordem com sensibilidade e eficácia o suicídio de pessoas trans ou LGB. Tampouco campanhas ou ações que visam efetivamente limar as opressões, violações e violências que levam essas pessoas ao suicídio. Ou seja, o Brasil tem a expectativa de vida de 35 anos de uma pessoa trans, continua sendo o país que mais mata essa população e não há nada que sugira que essa situação mude
O preconceito, o fundamentalismo e a invisibilidade continuam matando a população trans de diversas formas. O suicídio é mais uma delas.
Homem trans que se suicidou em Juiz de Fora
Após passar anos lutando contra a transfobia e a opressão, na quarta-feira (05) Nicholas Domingues cometeu suicídio. Nicholas era um jovem homem trans, estudante de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora e militante da União Juventude Comunista (UJC Brasil). Era natural de São José dos Campos, gostava de gatos e tinha um cabelo colorido na capa do Facebook.
O jovem trans brasileiro Nicholas apesar de passar anos lutando contra a transfobia, se sensibilizava com a opressão vivida por outras pessoas trans ou grupos marginalizados. Em um recente relato, publicado no dia 7 de junho em seu Faceboook, Nicholas falou sobre as várias opressões que pessoas sofrem no decorrer da vida. Ele apontou que 144 pessoas trans foram assassinadas em 2016, que 90% das travestis e transexuais se prostituem e que 66% dos homens trans já pensaram em cometer suicídio em algum momento da vida. “Claramente, existe um grande problema”.
NICHOLAS FALOU SOBRE A OPRESSÃO
“Atualmente, o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Essa frase, que quando escutada pela primeira vez assusta porque ‘Nossa, eu nunca ouvi falar sobre morte de pessoas trans’. Mas é claro que nunca ouviu, você nunca ouviu falar sobre pessoas trans. Afinal, quem não existe, não trabalha, não ama, não vive e não morre. E para muitos, pessoas trans não existem e se existem, não devem existir, porque é errado , simplesmente por ser, nada mais”, escreveu.
Nicholas também chegou a falar sobre suicídio, dizendo que pensamentos suicidas fazem parte do cotidiano da pessoa que não se identifica com o gênero imposto ao nascer.
"Porque como se não bastasse todo o sentimento em relação ao corpo, temos que aguentar a opressão e enfrentar diariamente os olhares esquisitos no banheiro, temos que aguentar nossos nomes desrespeitados e a falta de oportunidades no mercado de trabalho e uma junção disso tudo, meu querido, mata. E mata muito", lamentou.
Fonte Perfikl no facebook da professora  Faiza Khalida.
 https://www.facebook.com/faiza.khalida?hc_ref=OTHER&fref=nf


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