Elizangela rebate críticas de que ‘A força do querer’ estaria glamorizando o crime

Juliana Paes diz que é preciso ‘esperar conclusão da história’ antes de qualquer julgamento



 





RIO - Juliana Paes confessa que precisou controlar a ansiedade até que a trama de Bibi decolasse em “A força do querer”. A história da personagem, inspirada na vida da empresária Fabiana Escobar — que entrou para o crime após se casar com um traficante, e acabou conhecida como a “Baronesa do Pó” — tornou-se o grande destaque da novela de Gloria Perez, um sucesso de audiência e repercussão na faixa das 21h da Globo.
— No começo, via todas as tramas da novela se desenvolvendo, e fomos comendo pelas beiradas. Mas sabia que a história da Bibi precisava de um tempo para ser contada — explica a atriz, dizendo que toda a repercussão superou suas expectativas. — Fazia muito tempo que eu não era chamada pelo nome da personagem. Agora sou Bibi. Eu mesma fiquei em segundo plano.
Cegamente apaixonada por Rubinho (Emilio Dantas), Bibi financiou a fuga do marido do presídio, mas ele acabou preso novamente — a cena foi ao ar na semana passada. Nos próximos capítulos, a estudante de Direito que já incendiou um restaurante para destruir provas contra o marido, entrará de vez para o mundo da contravenção. Ela vai transportar fuzis que serão vendidos por Rubinho para o traficante Sabiá (Jonathan Azevedo).
— Bibi abriu mão das crenças morais e éticas por esse homem. As pessoas se incomodam com a relação de paixão desse casal grudento. É um amor cego. Para mim, é uma compulsão, quase um estado patológico — diz ela.
Tremedeira em cena
Na novela, que chega ao centésimo capítulo no dia 27, Bibi tem um filho de 8 anos, Dedé (João Bravo). A personagem está sempre em conflito com a mãe, Aurora (Elizangela), que questiona as escolhas e vive aflita com as atitudes da filha.
— Aurora tenta fazer a Bibi acordar daquela situação. É o comportamento da mãezona, que faz pela filha o que não faria nem por ela mesma — descreve Elizangela. — É desesperador ver um filho numa situação dessas e não poder fazer nada.
Tanto a veterana quanto Juliana têm encarado cenas de grande emoção e intensidade.

— Existe uma técnica para segurar a lágrima no olho, por exemplo. Mas na cena da prisão do Rubinho eu levei um tempo para me controlar, o meu corpo tremia inteiro — diz Elizangela.
Juliana conta que ela e Elizangela se entrosaram de cara, já nas primeiras gravações da novela.
— A gente chegou no set com a mesma proposta. As personagens são cúmplices e companheiras. Elizangela não tem frescura, e temos o mesmo jeito expansivo — afirma a intérprete de Bibi.
Em defesa da personagem
A atriz é enfática ao defender a abordagem de sua personagem em “A força do querer”. No último domingo, Juliana concedeu entrevista no “Fantástico” ao lado de Fabiana Escobar, a mulher que inspirou Bibi. Nas redes sociais, surgiram críticas à novela, que estaria glamorizando a violência e a contravenção.
— Quem diz que a novela está glamorizando o bandido está fazendo uma análise superficial e não está acompanhando a trama. Para fazer uma análise justa de uma história é preciso esperar sua conclusão. Estamos dando ao público uma chance de entender melhor esse universo — defende Juliana.
De acordo com a atriz, a autora vem mostrando como as escolhas erradas de Bibi afetam a personagem e seus familiares, por exemplo:
— Ela ainda vai sofrer muito. E a ficção precisa ter liberdade para tocar em determinados temas.
Elizangela completa o raciocínio e diz que a novela “faz um alerta” ao abordar o drama de Bibi:
— É uma história pesada e inspirada na realidade. Está ali como denúncia. Acho importante que seja mostrada. É uma realidade que se vê nos jornais. Esses dias mesmo recebi por WhatsApp o vídeo de um bonde de motos com meninas nas garupas.

 

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