quarta-feira, 13 de maio de 2015

1 em cada 5 empresas não contrataria homossexuais, diz estudo


Empresas estão preocupadas com a sexualidade de seus empregados.
11% não contratariam gays para cargos executivos.

Do G1, em São Paulo
Pesquisa feita pela Elancers, empresa de sistemas de recrutamento e seleção, com 10 mil empresas, mostra que 1 em cada 5 não contrataria homossexuais para determinados cargos. Entre as empresas consultadas, cerca de 1.500 responderam a pesquisa online, envolvendo 2.075 recrutadores. Os profissionais ouvidos são essencialmente mulheres - 75% do total, e 44% têm idade entre 26 e 35 anos.

“Quando 11% dizem que não contratariam homossexuais para determinados cargos, eles se referem essencialmente a cargos executivos que, via de regra, representam a empresa em público. Somados aos 7% que dizem que não contratariam homossexuais de modo algum, temos um cenário onde quase um quinto das empresas não contrataria homossexuais no Brasil”, diz Cezar Tegon, presidente da Elancers.

De acordo com ele, a pesquisa contrasta com outras realizadas nos Estados Unidos, por exemplo, onde os homossexuais têm 40% menos chance de serem chamados para uma entrevista.

"Embora a legislação brasileira proíba as empresas de dizerem que determinada vaga é para homem ou mulher, o que poderia caracterizar uma discriminação de gênero, o fato é que algumas empresas estão sim preocupadas com a sexualidade de seus empregados”, alerta Tegon.

Segundo uma profissional de empresa de recrutamento e seleção, embora seja fácil condenar uma empresa que se recusa a contratar homossexuais, a verdade é que essas empresas operam no Brasil, onde a própria sociedade tem restrições a profissionais declaradamente homossexuais em determinados ambientes.

“Quando falamos de escolas, por exemplo, as restrições a homossexuais são evidentemente maiores, por várias razões, mas principalmente o receio em relação à reação dos pais dos alunos. As empresas também rejeitam profissionais declaradamente homossexuais para posições de nível hierárquico superior, como diretores, vice-presidentes ou presidentes, pois acreditam que esses cargos via de regra representam a organização em eventos públicos e a associação de imagem poderia ser negativa para a companhia”, explica.

Por outro lado, explica Tegon, há universos de trabalho onde o homossexual declarado não só é aceito como até cultuado. “No segmento da moda ou design de interiores, o homossexual declarado é muito bem aceito e parece mesmo existir o consenso de que eles são melhores profissionais do que homens ou mulheres. No entanto, parece evidente, também, que as mulheres homossexuais declaradas sofrem uma discriminação maior”, diz
Fonte. G1 .com
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