Isidora Ribas Carmona, de 32 anos, disse que reagiu e foi ferida.
Chilena estava na Praça Paris, na Glória, quando foi assaltada.
A Delegacia Especial de Apoio ao Turista (Deat) divulgou, na noite desta sexta-feira (22), o retrato falado do homem suspeito de esfaquear a chilena Isidora Ribas Carmona, de 32 anos, na Praça Paris, na Glória, Zona Sul do Rio, pela manhã.
Os relatos da vítima e de testemunhas indicam que o suspeito tem cerca de 1,75m, entre 24 e 30 anos, cabelos escuros curtos, não era magro e não tinha aparência de usuário de drogas. Os traços seriam mestiços e os lábios, grossos. No momento da abordagem, ele vestia short verde e camisa branca.
Segundo o delegado Alexandre Braga, a vítima ficou assustada com a repercussão do caso. Antes de conseguir falar com os pais, que estão no Chile, eles já haviam lido na imprensa do país sobre o crime.
Ainda de acordo com Braga, o corte que Isidora sofreu no pescoço foi superficial e a faca usada tinha pontas arredondadas, como facas de cozinha sem ponta.
Ela estava lendo no gramado com sua cachorra quando o homem se aproximou por trás. Quando ele puxou o tablet, ela teria tentado ir atrás dele, em uma reação impulsiva. Foi quando o homem disse: "se vier atrás, te esfaqueio". Nesse momento, o criminosos usou a faca, segundo o delegado.
Braga pediu que informações sobre o suspeito sejam dada pelo telefone 2332-2924 ou pelo Whatsapp da Deat: 96497-1615.
Chilena quer ficar no Rio
Mais cedo, à rádio CBN, a chilena disse que não vai desistir de morar no Rio. "Vou morar aqui mais dois anos."
Mais cedo, à rádio CBN, a chilena disse que não vai desistir de morar no Rio. "Vou morar aqui mais dois anos."
Bombeiros do quartel do Catete foram chamados para socorrê-la. De acordo com o comandante do 2º BPM (Botafogo), tenente coronel Márcio Oliveira Rocha, a vítima teve um tablet e um pen drive roubados e foi ferida no pescoço.
Ela foi atendida no Hospital Souza Aguiar, no Centro. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ela passou por atendimento médico e seu quadro era aparentemente estável. A chilena deixou o hospital por volta das 14h30 e seguiu para a delegacia para registrar a ocorrência.
De acordo com a Guarda Municipal, responsável pela segurança na Praça Paris, o local fica aberto ao público de 6h as 22h, mas o efetivo permanece 24h no local. Além de três guardas fixos que ficam na praça em rondas constantes, há patrulhamento do entorno com viaturas. "Flagrantes de pequenos delitos, quando vistos pelos agentes ou denunciados pela população, são encaminhados para as autoridades policiais, que são responsáveis pelo combate ostensivo a crimes", informou a Guarda Municipal por meio de nota.
Sobre o ataque na manhã, a Guarda Municipal informou que uma dupla de guardas que estava na praça foi acionada por uma testemunha e se dirigiu até o local da ocorrência para tentar capturar o acusado, mas ele havia fugido.
"A vítima estava ferida e os agentes priorizaram seu socorro. Eles acionaram o Corpo de Bombeiros e também reforço, e uma viatura da Guarda Municial percorreu a região em busca do acusado. Além disso, policiais também chegaram ao local para atuar na ocorrência. Os guardas haviam passado pelo local do episódio momentos antes e não foram registradas anormalidades", diz a nota.
Testemunha se diz horrorizada
A estudante de letras Camila Athayde, de 25 anos, estava passeando com seu cachorro na Praça Paris, na Glória, quando viu a mulher pedindo socorro. Ela contou ao G1 que achou que fosse uma briga de casal inicialmente, mas depois percebeu que a vítima estava ferida.
A estudante de letras Camila Athayde, de 25 anos, estava passeando com seu cachorro na Praça Paris, na Glória, quando viu a mulher pedindo socorro. Ela contou ao G1 que achou que fosse uma briga de casal inicialmente, mas depois percebeu que a vítima estava ferida.
"Ela estava parada com a bicicleta dela no chão e com o cachorro dela. Eu vi que tinha gente ali, mas para mim era briga de casal, sei lá. Ela não morreu por um milagre, estava uma brecha de dois dedos no pescoço. Uma coisa horrível, eu estou horrorizada", contou.
Ainda de acordo com a universitária, a ação durou poucos minutos e a vítima não teria reagido.
"Ela não reagiu, ela só falou que disse 'minha cachorra vai te atacar'. Aí ele falou 'não grita se não vou te matar'. Ele meteu a faca nela", disse.
Camila estava com três amigos e afirmou que o suspeito não parecia estar drogado e se mostrou tranquilo mesmo depois que as pessoas o identificaram. O local onde o episódio aconteceu ainda recebia um evento no momento da ação do criminoso.
Segundo a estudante, os episódios de assalto estão cada vez mais frequentes no bairro.
"Ali tem roubo frequente, a Glória está um caos. Ali é um ponto cego total porque a prefeitura olha para a Zona Sul de Botafogo em diante. Do Largo do Machado até o Centro é um inferno", disse.
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Cinco casos desde domingo
Com o ataque à chilena, desde o domingo (17) o Rio teve cinco casos de assaltos ou tentativas seguidos de esfaqueamento. No domingo, avietnamita Tran Vu Ha, de 39 anos, foi esfaqueada no Centro do Rio — três suspeitos foram presos. Na terça-feira (19), o médicoJaime Gold, de 56 anos, ferido na Lagoa e morreu - na quinta-feira (21) um menor de 16 anos suspeito do crime foi apreendido. Na quarta-feira (20), Lorena Tristão, de 31 anos, foi ferida com golpes de canivete nas pernas após assalto em São Conrado.
Com o ataque à chilena, desde o domingo (17) o Rio teve cinco casos de assaltos ou tentativas seguidos de esfaqueamento. No domingo, avietnamita Tran Vu Ha, de 39 anos, foi esfaqueada no Centro do Rio — três suspeitos foram presos. Na terça-feira (19), o médicoJaime Gold, de 56 anos, ferido na Lagoa e morreu - na quinta-feira (21) um menor de 16 anos suspeito do crime foi apreendido. Na quarta-feira (20), Lorena Tristão, de 31 anos, foi ferida com golpes de canivete nas pernas após assalto em São Conrado.
Na madrugada desta sexta, Rodrigo Feliciano Raimundo, de 28 anos, foi preso depois de ferir com um golpe de faca um entregador no Centro do Rio, que o acusa de assalto. Na delegacia, a polícia constatou que ele é um dos suspeitos de matar o cinegrafista da Band Gelson Domingos, em 2011.
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