quarta-feira, 1 de maio de 2019

Discussão na Câmara dos Vereadores acaba em briga e correria



Discussão entre manifestantes e seguranças da Câmara dos Vereadores acaba em pancadaria
Discussão entre manifestantes e seguranças da Câmara dos Vereadores acaba em pancadaria Foto: Reprodução
Matheus Maciel
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A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro foi cenário de uma confusão, na noite da última sexta-feira, quando membros do Movimento Brasil Livre compareceram ao local para acompanhar um evento em memória da Revolução Cubana realizado no auditório pelo vereador Leonel Brizola (PSOL). A equipe de segurança informou que o evento era fechado. Após discussão entre segurança e manifestantes, houve briga e correria. O caso foi registrado na 5ª Delegacia de Polícia (Centro).
Os manifestantes, entre eles o policial militar Gabriel Monteiro, filmaram toda a ação e indagavam quem passasse no entorno sobre o movimento cubano, com a justificativa de questionar a motivação do evento. Entre os questionados pelo grupo estava o vereador Tarcísio Motta (PSOL). O vereador chegou a pedir para marcar um debate em outro momento e encerrar a conversa, após ser interrompido sequencialmente. Tarcísio intercede em defesa dos manifestantes e pede calma aos seguranças.
— Me coloquei educadamente à disposição de marcar um debate a respeito dos questionamentos. Não agredi em momento algum o Gabriel, mas, sim, fui importunado por ele. O objetivo do rapaz não era o debate, mas provocar o tumulto. Ele esperava uma reação minha que não teve. Só que a provocação causou uma resposta inadequada dos seguranças — comenta o vereador.
Confira as imagens:
A discussão acabou em briga. Ao perguntar o motivo de a reunião ser fechada, Gabriel Monteiro foi intimidado por um segurança não identificado. O agente vai em direção aos manifestantes. Toda a ação corre diante do coronel Marcos Paes, responsável pela segurança na Câmara. Na sequência, o oficial da PM autoriza verbalmente a agressão ao manifestante, o que inicia a confusão. Entre os feridos, estavam duas mulheres.
— Estou com o pé machucado e inchado, não consigo nem mexer os dedos — relatou a mulher identificada como Edileuza.
Em outro vídeo, à frente da 5ª DP, Gabriel questionou a alegação dos seguranças de que ele poderia agredir algum vereador. Ao lado do PM, o vereador Major Elitusalem (PSC) se manifestou contrário às agressões e as classificou como "absurdas".
— Quando que eu ia bater em um vereador? Eu filmo tudo — rebateu Gabriel.
Em nota, o PSOL afirmou que "é espirito desta Casa abrigar eventos de diferentes matrizes políticas, e todos serão sempre passíveis de discordância, como se espera em uma democracia". O partido, no entanto, considerou oportunista e intimidatória a abordagem dos manifestantes.
"A manifestação livre de ideias, porém, não guarda qualquer relação com o oportunismo das práticas de intimidação e de falsas denúncias."
Em nota, a Polícia Militar informou que agentes do 5ºBPM (Praça da Harmonia) e do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos (BPGE) acompanham e monitoram a aglomeração de pessoas nas proximidades da Câmara Municipal do Rio. A briga, com empurrões, socos e chutes, no entanto, foi considerada "um princípio de tumulto envolvendo algumas pessoas na entrada do edifício" e que "foi necessário o uso de armamento não letal para conter a confusão".

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