sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Horror em Uganda:16 homens gays são presos e submetidos a exames anais. Rio Gay Life




A polícia de Uganda prendeu 16 homens que moram em um abrigo ligado a uma ONG no país localizado no leste da África. Foram os próprios moradores da casa que chamaram os agentes de segurança pública porque uma multidão se aglomerou na porta com ameaças de invasão e agressão. No entanto, ao chegarem ao local, os agentes detiveram e prenderam os ativistas.
As prisões ocorreram na última segunda-feira. Depois de detidos, os homens, na faixa de 22 a 35 anos de idade, foram submetidos a exames anais com o objetivo de, segundo a polícia, atestar a prática de sexo gay.
“Com base no relatório do exame médico, foi estabelecido que os suspeitos estavam envolvidos em atos sexuais puníveis de acordo com o código criminal”, disse um porta-voz da polícia, Patrick Onyango.
O abrigo é ligado à instituição Let’s Walk Uganda. A polícia apreendeu preservativos, lubrificantes e medicamentos antirretrovirais. Os ativistas explicaram que todo o material recolhido era destinado a ações de cidadania voltadas à população LGBTI local.

Ativistas LGBTI desafiaram o governo e realizaram a Parada do Orgulho LGBTI+. Fotos: Reprodução/Facebook

Uganda é um dos países no mundo com maior perseguição a gays, lésbicas, travestis, transexuais e bissexuais. Ser LGBTI+ em Uganda pode resultar em prisão perpétua. Segundo a lei local, quem tem “conhecimento carnal contra a ordem da natureza” ou qualquer pessoa que pratique o sexo anal deve ser condenado à prisão perpétua.
O ministro de Ética e Integridade do Uganda, Simon Lokodo apresentou, no início deste ano, a proposta de alteração no código penal com a determinação de pena de morte. Sob forte pressão internacional, o presidente Yoweri Museveni afirmou que não há previsão de apresentar ao parlamento proposta de aplicação da pena máxima.
No último dia 4, um ativista LGBTI foi espancado até a morte. Em agosto, uma mulher cis lésbica foi espancada com uma barra de ferro dentro de um hospital pelo médico que a atendeu. Ela sofreu graves lesões no crânio, braços e pernas.
O ódio a LGBTIs em Uganda é um terrível legado do cristianismo no país. Igrejas pentecostais e neopentecostais de maioria norte-americana disseminaram o ódio em uma população que vive abaixo da linha de pobreza.
“Apelamos às autoridades ugandenses para que parem de praticar exames anais, o que equivale a tortura; libertar aqueles sob custódia do estado; e para garantir que a legislação especificada não se torne realidade”, disse a diretora executiva da OutRight International, Jessica Stern.

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