sábado, 1 de abril de 2023

"Ainda estou vivo", diz o Papa Francisco, após deixar o hospital



www.brasil247.com - O pulmão do Papa. Francisco vive sem parte de um lóbulo
O pulmão do Papa. Francisco vive sem parte de um lóbulo (Foto: Franco Origlia)



ROMA (Reuters) - O papa Francisco deixou o hospital e voltou ao Vaticano no sábado depois de receber tratamento para bronquite, minimizando sua doença ao dizer: "ainda estou vivo, vocês sabem".

O papa, de 86 anos, foi levado ao hospital Gemelli, em Roma, na quarta-feira após reclamar de dificuldades respiratórias, mas respondeu rapidamente a uma infusão de antibióticos, disse sua equipe médica.


Procurando mostrar que está totalmente recuperado, Francisco saiu do carro antes de deixar o hospital, usando uma bengala para se apoiar.

Ele cumprimentou as pessoas e conversou brevemente com os repórteres que esperavam, confirmando que comandará a missa de Domingo de Ramos na Praça de São Pedro, e que fará seu habitual discurso semanal aos fiéis.

A missa de domingo dá início a uma semana de eventos da Páscoa, e o Vaticano disse posteriormente que o pontífice participará dessas celebrações, junto com cardeais.

Antes de voltar para o carro, Francisco abraçou uma mãe em prantos porque sua filha havia morrido durante a noite no hospital, e depois rezou com os pais.

Ele também assinou o gesso de um menino com o braço quebrado e acenou da janela de seu carro enquanto se afastava.

Questionado por repórteres se sentiu medo durante sua internação no hospital, o papa disse: "Não, medo não"

"Em um hospital há muito heroísmo, muito carinho com os pacientes. Você conhece os doentes, somos caprichosos. O capricho vem com a doença. É preciso ter paciência", disse ele, elogiando o trabalho de toda a equipe do hospital Gemelli.

A denúncia do lawfare no Brasil

O papa Francisco afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi vítima de perseguição política e que a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu um processo de impeachment injusto. 

"O lawfare abre caminho nos meios de comunicação. Deve-se impedir que determinada pessoa chegue a um cargo. Então, o pessoal o desqualifica e metem a suspeita de um crime. Então, faz-se todo um sumário, um sumário enorme, onde não se encontra [a prova do delito], mas para condenar basta o tamanho desse sumário. 'Onde está o crime aqui?' 'Mas, sim, parece que sim...' Assim condenaram Lula", afirmou o sumo pontífice, em entrevista exibida pela rede argentina C5N. O Papa também citou outros casos de lawfare na América Latina, como Equador, Argentina e Bolívia.

Sobre a ex-presidente Dilma Rousseff, Francisco disse que ela teve o mandato cassado por um "ato administrativo menor" e é "uma mulher de mãos limpas, uma mulher excelente".

 O papa ainda citou o "fumus delicti", termo jurídico em latim para conceituar a comprovação de um crime por meio de indícios suficientes de autoria, e ainda disse que "às vezes, a fumaça do crime te leva ao fogo, outras vezes é uma fumaça que se perde porque não há fundamento". Ao jornalista dizer que "inocentes são condenados", o pontífice ressaltou que "no Brasil, isso aconteceu nos dois casos", referindo-se a Lula e a Dilma. Para ele, "os políticos têm a missão de desmascarar uma Justiça injusta".

Em dezembro passado, Francisco já havia dito em entrevista a um jornal espanhol que o processo que levou Lula à prisão começou por uma notícia falsa. "Um julgamento tem que ser o mais limpo possível, com tribunais que não têm outro interesse senão fazer justiça", disse na ocasião.

Fonte.ROMA (Reuters)

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