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GREVE E MASSACRE DERAM ORIGEM AO FERIADO DE 1º DE MAIO


No dia 1º de maio de 1886, milhares de pessoas de Chicago, nos Estados Unidos, entraram em greve por melhores condições de trabalho. Entre as reivindicações, estava a redução da jornada diária de 13 para 8 horas de serviço. Os protestos se estenderam para outras cidades norte-americanas e resultaram na morte de manifestantes e policiais.

A Revolução Industrial que começara em 1760 ainda tinha muito impacto na vida dos cidadãos, principalmente em relação a seus direitos. O conflito iniciado em Chicago mais de 1 século depois acabou se espalhando para outros lugares do mundo, até que, em 1889, na cidade de Paris, uma organização chamada Internacional Socialista estipulou a data de 1º de maio como o dia para relembrarmos os trabalhadores que iniciaram a revolução nos Estados Unidos.

Jornal de 4 de maio de 1886 retrata a morte dos policiais nos protestos pelos direitos trabalhistas

No Brasil, existem relatos de que o Dia do Trabalhador é celebrado desde 1895, mas foi apenas em 26 de setembro de 1924 que o presidente Arthur Bernardes oficializou a data como feriado nacional. Outros 80 países, como Portugal, Rússia, Espanha, França e Japão, também estipulam esse como sendo um dia de folga para nos lembrarmos dos direitos de todos os trabalhadores.

Com a ascensão de Getulio Vargas ao poder, a data ganhou novos significados: em 1º de maio de 1940, por exemplo, ele estipulou o salário mínimo; já no ano seguinte, criou-se a Justiça do Trabalho, justamente nesse mesmo dia. A ideia era transformar as manifestações operárias em celebrações por direitos conquistados, tanto que muitos pedem que o feriado seja lembrado como Dia do Trabalhador, e não do Trabalho, já que é o cidadão proletário que deve ser exaltado.

Getulio Vargas (à direita) em foto de 12 de maio de 1940, poucos dias após a criação do salário.
Fonte. Megacurioso.com.br

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