quarta-feira, 12 de abril de 2023

Condomínio pede a expulsão de ex-jogadora de vôlei que agrediu entregadores em São Conrado


Sandra Mathias agrediu entregadores em São Conrado, bairro onde mora

Sandra Mathias agrediu entregadores em São Conrado, bairro onde mora Reprodução

Administração notificou a proprietária do apartamento onde mora Sandra Mathias Correia de Sá, filmada no último domingo agredindo dois trabalhadores no bairro.

O advogado Homero Pacheco Fernandes, que representa o Edifício Estrada da Gávea, localizado em São Conrado, onde mora a professora e ex-atleta de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá, confirmou que o condomínio notificou a proprietária do apartamento em que mora a ex-jogadora para que ela deixe o imóvel. O pedido, segundo o representante, foi feito nesta quarta-feira. Fernandes também esteve na 15ª DP (Gávea) nesta manhã, onde Sandra era aguardada para prestar depoimento. Ela, no entanto, não compareceu e sua defesa apresentou um atestado para justificar a ausência.

Pacheco Fernandes relatou que Sandra nunca foi multada, mas confirmou que “tem relatos” de atritos com outros moradores. Ele frisou que não foram agressões, mas, sim, “bate-bocas”.

— O condomínio notificou a administradora do apartamento por providências, no sentido de retirá-la do edifício — afirmou o advogado.

Ele esteve na 15ª DP no fim da manhã desta quarta-feira, para entregar imagens das câmeras do condomínio. Segundo ele, os vídeos que entregará à polícia não mostram agressões, mas flagraram o que seria o “início da briga”, quando Sandra teria reclamado que o entregador Max Angelo Alves do Santos teria passado próximo a ela. Em uma semana ele esteve na delegacia duas vezes para denunciá-la pelas agressões sofridas verbal e fisicamente, a mais recente no último domingo.


Na unidade policial, inicialmente, na última quarta-feira, Max registrou ocorrência como injúria. No documento, ao qual o EXTRA teve acesso, o entregador narrou ter sido xingado de várias formas, como "vagabundo, marginal", além de ter ouvido um "vou mandar te prender, seu favelado".

Já no domingo de Páscoa, Max retornou à unidade policial e declarou que, após ter tentado "acalmar os ânimos" de Sandra — que teria agredido verbalmente uma outra entregadora —, levou "chicotadas": a professora teria tirado "a correia que estava presa ao cão e começou a agredir" o entregador.

À polícia, Max afirmou estar com "dores nas costas" e que desejava representar criminalmente mais uma vez contra Sandra, dessa vez "em face das lesões corporais". O entregador foi encaminhado à realização de um exame de corpo de delito.

Professora de vôlei deu quatro chibatadas em entregador, em São Conrado
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Professora de vôlei deu quatro chibatadas em entregador, em São Conrado

Max mora na Rocinha com a atual esposa, Jaqueline dos Santos Lopes, autônoma de 39 anos. Pai de três filhos, que moram com a ex-companheira no município de Queimados, na Baixada Fluminense, ele nem sabe como contará para os filhos sobre tudo que aconteceu. Max é o homem no vídeo publicado nas redes sociais em que Sandra aparece agredindo como uma coleira de cachorro.

— Complicado uma criança assistir um vídeo desses, é bem pesado. Acredito que a mãe deles não tenha deixado eles verem, mas que fique de exemplo: com certeza eles levam para vida deles, aprendem a não abaixar a cabeça para ninguém — desabafa Max, que diz que foi ameaçado pela professora, que disse ser parente de agentes da polícia.

O entregador exerce a função há um ano e meio, após perder o emprego de porteiro, no próprio bairro de São Conrado. Na última terça-feira, conta ter sido a primeira vez em que foi alvo de ataques durante o expediente.

— Quando voltei (de uma entrega) às 22h30, na terça-feira, ela tava parada com o cachorro, passei perto dela. Quando fui guardar as coisas na bag, ela veio na minha direção e começou: “você tem que me respeitar. Você tirou um fino de mim”, sendo que eu nem tinha encostado nela. Aí começaram as agressões verbais. Me chamou de marginal, preto, favelado, me mandou tomar em tudo quanto é lugar. Falei: “a senhora acha que tem que ficar sapateando em cima dos outros por causa disso” — relata Max, que, depois da discussão, disse que teve o local de trabalho invadido pela professora e, no dia seguinte, registrou uma ocorrência na 15ª DP. No domingo, o episódio se repetiu:

— Uma menina (Viviane) perguntou porque ela tem tanto ódio da gente, e aí começou a discussão delas. Foi quando ela começou a falar diversas palavras ofensivas, ameaçou a menina, avançou, agarrou a menina, puxou pelas pernas, mordeu. Ela ainda ficou correndo aqui, falou que ia matar a menina. Quando voltou, já voltou me agredindo. Soltou o cachorro e me agrediu. Te juro, nem acreditei, para mim ela ia pegar o cachorro e ir embora. Nunca me passou pela cabeça que ia me agredir com a coleira e me dar chicotada nas costas.

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