Ex-jogador Vampeta, campeão mundial em 2002 — Foto: Reprodução/Instagram
Ídolo do Corinthians e ex-mulher devem cerca de R$ 300 mil em mensalidade da escola das filhas. Eles podem apenas questionar os valores de custas processuais, mas não cabem mais recursos.
A Justiça de São Paulo decidiu penhorar em 19 de abril parte dos bens, entre os quais medalhas e troféus, do ex-jogador Marcos André Batista Santos, o Vampeta, ídolo do Corinthians, por uma dívida de quase R$ 300 mil com a escola das filhas.
A Escola Castanheiras, que fica na cidade de Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, cobra mensalidades não pagas para que duas filhas do jogador estudassem no local na década de 2010. De acordo com a escola, a dívida somaria R$ 214,8 mil à época, o que, atualizado, totaliza cerca de R$ 300 mil.
A juíza Renata Bittencourt Couto da Costa determinou que o ex-jogador liste os bens passíveis de penhora até o dia 29 de abril. Caso não apresente a relação, Vampeta está sujeito a uma multa. Na mesma decisão, a juíza autorizou a penhora de medalhas, troféus e peças de roupas.
O pedido de penhora com a lista foi feito pela defesa da escola, que detalhou à Justiça os prêmios recebido pelo ex-jogador de 1998 a 2006.
Anteriormente, a ex-mulher e Vampeta foram condenados ao pagamento das mensalidades em aberto referentes ao ano letivo de 2013. Os dois podem apenas questionar os valores de custas processuais, mas não cabem mais recursos.
Intimado, o ex-atleta chegou a alegar à Justiça que não assinou o contrato com o colégio. Em 3 de agosto de 2022, a juíza deferiu o bloqueio dos valores que forem identificados em contas dos dois. A mãe das jovens também é cobrada na ação da instituição de ensino.
Roberta Soares, ex-esposa de Vampeta, afirmou, anteriormente, que a dívida da escola não foi quitada por conta de atrasos no pagamento das pensões. "A dívida da escola só existe por culpa dos atrasos das pensões. Os atrasos fizeram essa dívida se tornar uma bola de neve. Essa dívida é, sim, minha e dele", explicou ela, no ano passado, ao g1.
O g1 tentou contato com o ex-jogador e sua defesa, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
No ano passado, Vampeta pagou R$ 68.963,67 referentes a dois meses de pensão alimentícia atrasada para as filhas para ter o pedido de prisão retirado da Justiça com a desistência das jovens no processo. Elas são maiores de idade.
Segundo apurado pelo g1, em uma outra ação, que corre por Barueri, na Grande São Paulo, os valores das parcelas iam de R$ 8.463 a R$ 12.092,67 e ficaram em atraso desde 8 de setembro de 2018. Neste segundo caso, eram cobrados atualmente R$ 495 mil em dívidas alimentícias. Na época, deveriam ser pagos R$ 61.893,37.
Procurada pelo g1 anteriormente, a defesa de Vampeta encaminhou uma nota em que afirmou que o ex-jogador "nunca deixou de arcar com sua responsabilidade afetiva ou financeira perante seus filhos".
O desdobramento da ação de 2018, de quase R$ 500 mil em dívidas, ocorreu durante a pandemia, período em que prisões para devedores de pensões alimentícias foram suspensas pela Justiça. Como "conversão" da eventual prisão, a defesa das filhas pediu a penhora de um imóvel.
Em julho de 2022, o ex-atleta ofereceu para pagamento da dívida um apartamento com valor de cerca de R$ 650 mil. Contudo, nele estaria morando outra ex-mulher de Vampeta e, por isso, a proposta não foi aceita.
A defesa das jovens pediu, então, à Justiça, que fosse encaminhado um ofício a uma rádio em São Paulo, para a qual o ex-atleta presta serviço, para que fosse determinado o depósito do salário de Vampeta até o limite de R$ 495.646,99.
Conforme apurado, a "teimosinha" — ferramenta de bloqueio de dinheiro em conta bancária que foi liberada em abril de 2021 e permite a busca automática de valores nas contas do devedor — está sendo usada no caso.
Fonte.g1.com
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