SAUDAÇÕES A QUEM TEM CORAGEM
Os desafios que enfrentamos hoje no campo dos direitos humanos não são maiores nem piores: são diferentes. E para enfrentá-los, defensoras e defensores de direitos humanos colocam-se na linha de frente para falar, fazer-se ouvir, resistir, investigar, divulgar, tomar posição e para não se conformar.
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No mundo em que vivemos, de realidades em constantes mudanças e de graves ameaças aos direitos humanos, é cada vez mais urgente que defensoras e defensores de direitos humanos também tenham proteção.
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A este grupo de pessoas, a Anistia Internacional dedica sua nova campanha CORAGEM.
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QUAL É O PROBLEMA?
Ao redor do mundo há muitas pessoas assumindo enormes riscos para defender nossos direitos. São professores, estudantes, ativistas políticos, operários, jornalistas, advogadas e tantos outros. Podem ser você, seus amigos, amigas e familiares.
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Muitas destas pessoas estão sendo ameaçadas, perseguidas, torturadas, detidas e até mesmo mortas – apenas por se atreverem a fazer o que é certo. Sem a coragem dessas pessoas, o nosso mundo seria menos honesto, menos justo e mais desigual. Devemos estar ao lado dos defensores e defensoras de direitos humanos em todo o mundo e fazer tudo o que pudermos para garantir sua proteção e a continuidade de seu trabalho.
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Coragem (Brave) é a campanha global da Anistia Internacional que chama atenção para a grave situação desses defensores e defensoras de direitos humanos no mundo. Essa coragem para falar e fazer o que é certo está dentro de todos nós. Podemos protestar. Podemos escrever cartas. Podemos mobilizar mais pessoas. Podemos ser uma testemunha. Juntas e juntos, podemos mobilizar milhões de pessoas para combater a injustiça e construir um mundo onde o valor de defensores e defensoras de direitos humanos seja reconhecido – e não criminalizado.
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Veja o vídeo da campanha!
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CONTEXTO
Setenta anos após a assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos e 20 anos após a adoção da Declaração dos Defensores de Direitos Humanos, o desejo universal de justiça e respeito pelos direitos humanos enfrenta uma profunda incerteza por todo o mundo.
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Hoje em dia, o espaço em que ativistas operam e realizam o seu trabalho encontra-se cada vez mais ameaçado. Para que seja possível o mundo idealizado pelos autores da Declaração Universal e dos demais padrões legais internacionais, devemos, todos e todas, garantir que defensoras e defensores tenham a possibilidade de trabalhar num espaço seguro.
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Devido aos perigos que enfrentam atualmente, devemos exigir a garantia de proteção, segurança bem-estar e integridade às pessoas que abdicam do seu conforto em prol da defesa dos direitos de outros
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Defensoras e defensores de direitos humanos sofrem ataques pessoais como ameaças, violência física, assassinatos, desaparecimentos forçados, uso e propagação de legislação que criminaliza sua atividade, , disseminação de meios de vigilância e restrições ao seus movimentos, impedimento ou criminalização do direito a reunião e associação, entre outras situações inaceitáveis. É imperativo que o papel fundamental que estes defensores e defensoras têm na construção de uma sociedade mais justa seja reconhecido.
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Devemos de celebrar a vida e o trabalho dessas pessoas tão corajosas que não se calam perante as violações dos direitos de todos nós! Seja em defesa dos direitos das mulheres, ou pelos direitos LGBTI, pela liberdade de expressão e reunião, pelos direitos econômicos, sociais e culturais, ou pelo direito a uma vida digna: é preciso proteger quem protege os direitos humanos.
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AÇÃO
Pretendemos que a campanha CORAGEM crie uma mudança sustentável na esfera dos direitos humanos, em diversos lugares do mundo, ao trabalhar diretamente para e com defensores e defensoras em questão.
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A educação para os direitos humanos e a promoção destes valores ganha agora ainda mais importância: é o momento de que as sociedades estejam à altura dos valores que defendemos.
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Para tudo isto é indispensável encaremos as injustiças como algo pessoal e nos inspiremos a agir através de atos simples, mas extraordinários!
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A Anistia Internacional tem uma longa história de sucessos através de ações simples, mas que se multiplicam em escala mundial, como por exemplo o envio de cartas, a assinatura de petições, a participação em vigílias e manifestações, os momentos de compartilhamento, as atividades de educação para direitos humanos e a divulgação do que sabemos ser o certo a ser feito.
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Hoje, mais do que nunca, e face ao crescimento de discursos de ódio, é imperativo que estejamos conscientes da importância da nossa voz! É tempo de transformar a opinião silenciosa em gritos de incentivo e inspiração, para que mais pessoas em todo o mundo saibam que não estão sozinhas.
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O poder da CORAGEM está em nós, é preciso apenas usá-lo.
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A participação de todos e todas no movimento Anistia Internacional nos lembra que a união de nossas vozes é o melhor caminho para alcançar mudanças fundamentais no mundo.
- Defensores de direitos humanos são verdadeiros heróis e heroínas, dispostos a sacrificar o seu bem-estar pessoal pela defesa dos direitos humanos. É fundamental que seu trabalho seja reconhecido, que o possam fazer em segurança e que estejam em contato entre si.
- É fundamental que ativistas atualmente em risco estejam mais protegidos no futuro, sobretudo de ataques e perseguições cometidas apesar das legislações vigentes.
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QUEM SÃO ESSES DEFENSORES EM RISCO?
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O relatório da Anistia Internacional, Ataques letais mas evitáveis: Assassinatos e Desaparecimentos Forçados daqueles que Defendem os Direitos Humanos, publicado em 2017, destaca os riscos crescentes enfrentados pelos defensores dos direitos humanos – pessoas de todos os estratos sociais que trabalham para promover e defender os direitos humanos.
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Desde a adoção da Declaração sobre Defensores dos Direitos Humanos, em 1998, estima-se que 3.500 defensores de direitos humanos foram mortos em todo o mundo.
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Veja mais fatos e números sobre assassinatos de defensores de direitos humanos
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DA SOLIDARIEDADE À AÇÃO
A CORAGEM adquire várias formas e nem sempre precisamos nos colocar em perigo para vivermos de acordo com as nossas opiniões. Pode ganhar forma com uma assinatura, um tweet, uma carta, a presença numa vigília ou qualquer outra forma que permita a promoção e a defesa dos direitos humanos.
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Contra a retórica do medo, da culpa e do ódio, a indignação não é suficiente.
É preciso agir!
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Fonte. https://anistia.org.br/
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