Um mapa para entender as tensões que são pano de fundo da Assembleia Geral da ONU . Fala de Bolsonaro na ONU
A ameaçadora sombra de uma desaceleração econômica, a guerra comercial, o aquecimento global, o incerto conflito no Oriente Médio, a tensão na Venezuela, o Brexit... Diversas crises marcam a agenda da Assembleia Geral da ONU que começou nesta terça em Nova York. Aos assuntos mais evidentes se somam inesperados pontos de interesse, como uma reunião entre os líderes norte-americano e ucraniano, onde se buscarão chaves do enésimo escândalo interno de Donald Trump. Estes são alguns dos assuntos a não perder de vista em uma semana frenética:
Por Javier Lafuente, Pablo Guimón e Naiara Galarraga Gortázar
Beatriz Jucá
Presidente Jair Bolsonaro publica a íntegra de seu discurso no Twitter.
Beatriz Jucá
Trump faz críticas ao regime venezuelano e ao presidente do país, Nicolás Maduro, a quem chama de "marionete de Cuba". O presidente dos Estados Unidos também critica o socialismo e o comunismo, que, segundo ele, "bão têm a ver com justiça ou igualdade". "O socialismo não quer tirar os pobres de sua condição. Eles apenas querem poder para a classe que ocupa o poder. Os Estados Unidos nunca serão um país socialista", afirma na ONU.
Beatriz Jucá
Donald Trump também discursa sobre imigração e critica os defensores das fronteiras abertas. O presidente dos Estados Unidos agradece ao presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador por sua colaboração e adverte os migrantes de que, se chegarem ao país, não poderão entrar: "Enquanto eu for o presidente, aplicaremos nossas leis e protegeremos nossas fronteiras".
Donald Trump, fala de um novo acordo comercial extraordinário com o Reino Unido. Comenta ainda sobre as relações comerciais dos Estados Unidos com a China. Ele explica que as dificuldades para que ambos países cheguem a um entendimento é que a China tem um modelo econômico que depende de grandes barreiras de mercado, grandes subsídios estatais e manipulação da moeda. "Para lutar contra essas práticas injustas, eu impus sanções sobre muitos bens da China", diz Trump. E acrescenta: "Esperamos chegar a um acordo que traga benefício para os dois países. Não vou aceitar um acordo que não seja bom para os Estados Unidos".
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defende que "o futuro não pertence aos globalizadores, mas aos patriotas". "Graças a nossas políticas econômicas, nosso desemprego chegou ao nível mais baixo em 50 anos", discursa na ONU.
Agora, quem discursa é o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Bolsonaro fez um discurso corrosivo, falando em “velho ambientalismo”, socialismo, ditadura em Cuba e Venezuela. Antecedeu Donald Trump que deve discursar numa linha similar para atacar o mundo.
Bolsonaro faz menção a uma passagem da Bíblia. “A verdade vos libertará”. D z que “com humilidade”, a ONU poderá contar com um novo Brasil.
Bolsonaro também atacou o "politicamente correto" e o que chamou de "ideologia"que tenta "corromper a família": "A ideologia se instalou na Cultura, na educação e na mídia". Lembrou o atentado que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018 e o atribuiu à esquerda. Disse ter sobrevivido por um milagre.
Durante as últimas décadas nos deixamos seduzir por sistemas ideológicos”, diz Bolsonaro em seu discurso, menconiando domínio ideológico em empresas de mídia e universidade, e exalta valores de família. Fala em perversão de “nossas crianças” para bater na ideologia de gênero, embora não tenha feito nenhum comentário desde o final de semana para se solidarizar pela menina Ágatha, morta no Morro do Alemão.
O presidente também negou que a floresta amazônica esteja sendo devastada: "A Amazônia não está sendo devastada e nem sendo consumida pelo fogo, como diz a mídia. Não deixem de conhecer o Brasil. Ele é muito diferente do que é estampado pelos jornais
Sobre os povos indígenas, o presidente utilizou seu discurso para desqualificar a visibilidade internacional do cacique Raoni, indicado por indigenistas e entidades de direitos humanos como candidato ao prêmio Nobel da Paz, por sua luta em defesa da Amazônia e de seus povos. "Acabou o monopólio do senhor Raoni", afirmou.
Bolsonaro sugere que o cacique Raoni é usado por outros países para aumentar domínio na Amazônia. Cita ouro, nióbio e terras raras em reservas Yanomamis. “Reserva equivale a Portugal mas vivem somente 15.000 índios”
Sobre a Amazônia: "É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade e pulmão do mundo".
Logo no início da sua fala, Bolsonaro reafirmou que o Brasil esteve próximo de se tornar um país comunista e voltou a defender a ditadura militar. "Meu país esteve muito próximo do socialismo", afirmou. "O Brasil também sente os impactos da ditadura venezuelana".
Bom dia! O presidente Jair Bolsonaro será o primeiro chefe de Estado a discursar, neste que é o primeiro dia da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas
Antes de Bolsonaro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, falou por cerca de vinte minutos. Depois de Bolsonaro, fala Donald Trump.
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