Proposta do governo Bolsonaro para militares aumenta desigualdade salarial
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A proposta do governo Bolsonaro de reformulação das carreiras das Forças Armadas, que está prestes a ser aprovada na Câmara, criou uma disputa entre a base dos militares e os oficiais de alto coturno.
Isso porque o texto vai aumentar o fosso entre as remunerações da caserna.
Um general de brigada, por exemplo, terá, até 2023, um aumento salarial de 55,7% — e passará de R$ 19.734,20 para R$ 30.725,40.
Já um terceiro-sargento terá um aumento muito menor, de 4,6% — e a remuração vai de R$ 4.896 para R$ 5.125,50.
E o adicional...
As diferenças nas gratificações também estão deixando a base dos quartéis em polvorosa.
O adicional de habilitação para generais e coronéis, por exemplo, vai passar de 30% para 71% do soldo.
Já o adicional para soldados, cabos e sargentos continuará em 12%, sem aumento.
O impacto da mudanças será de R$ 86 bilhões em 10 anos.
Romaria
Grupos de praças e baixos oficiais andam em caravana desesperada pela Câmara — até porque o projeto não precisa sequer passar pelo plenário para ser aprovado. Ou seja, pouca gente está atenta ao que está acontecendo.
A previsão é que ele seja votado na semana que vem na Comissão Especial e siga diretamente para o Senado.
Transparência
Marcelo Freixo (PSOL), um dos abordados pela turma, está recolhendo assinaturas de deputados para pedir que o projeto seja analisado e votado no plenário, de forma transparente. São necessários 51 autógrafos dos nobres.
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