Auschwitzel no Rio, Bolsonaro na ONU: é assim nossa política assassina


Jair Bolsonaro e Wilson Witzel



Por Ricardo Kotscho, para Balaio do Kotscho e Jornalistas pela Democracia.


Nem nova, nem velha política: o que temos no Brasil hoje é uma política assassina.

Mata crianças, mata florestas, mata na saúde, na educação, na (in)segurança pública, no transito, e eles querem mais.

Querem mais armas no campo e nas cidades, mais helicópteros com fuzis, mais moto-serras, mais queimadas, mais intolerância, mais violência.

Em contrapartida, oferecem menos bolsas de estudo, menos pesquisas, menos recursos em defesa da vida e dos direitos humanos.

Não importa o que Bolsonaro vá dizer na ONU porque o que ele fala não se escreve.

Ou vai mentir, como costuma fazer, e jurar que o governo dele é o campeão mundial da defesa do meio ambiente, ou repetirá que os “inimigos’ querem acabar com a nossa soberania.


Se não houver nenhuma reação à fala dele, já estará no lucro, mas devemos nos prevenir para um vexame planetário.

Poderia ser pior. Sim, já pensaram o governador do Rio, o nazi-cacareco Wilson Auschwitzel, na tribuna da ONU, justificando o assassinato da menina Ágatha e sua política de atire primeiro e pergunte depois?

Não tem balas perdidas nessa história. Trata-se de política de governo para disseminar o medo e o terror, implantando a paz dos cemitérios.


O único programa do presidente e do governador fluminense apresentado até agora é o completo desrespeito às leis e à vida para reinar na terra arrasada.

Ninguém segura esses dois alucinados que, apenas um ano atrás, não eram ninguém na vida pública brasileira.

Catapultados ao poder pelo voto insano, movido a rancor e ódio, já estão a exigir uma intervenção das forças de paz da ONU para evitar que continue o massacre de brasileiros nesta guerra não declarada.

Pior de tudo, esta política assassina está ameaçando matar até as nossas esperanças.

Acabou o inverno, amanhã começa a primavera, mas tenho dúvidas se estes desgovernos chegam ao próximo verão.

Asfixiado, imolado, inerte, o país a tudo assiste como se esta catástrofe institucional estivesse acontecendo bem longe daqui, esperando por um milagre.

Os atores políticos de diferentes latitudes, alheios à realidade, já se movem pensando em 2022, sem saber se o Brasil estará vivo até lá.

Quantas Ágathas ainda haverão de morrer para os brasileiros acordarem deste pesadelo?

Desejar um bom domingo, neste cenário, seria uma mórbida ironia.

Vida que segue.

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