terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Escócia é o 17º país a aprovar casamento entre homossexuais


Por Belinda Goldsmith
LONDRES, 4 Fev (Reuters) - A Escócia aprovou por esmagadora maioria nesta terça-feira a autorização a casamentos entre pessoas do mesmo sexo, tornando-se assim o 17º país a dar luz verde à essa união, apesar da oposição de suas principais organizações religiosas.
O governo escocês, que em setembro realizará um referendo sobre a independência da Grã-Bretanha, afirmou que a aprovação da lei de casamento entre homossexuais é um passo importante para a igualdade de direitos e abre caminho para a realização de cerimônias neste ano.
A iniciativa teve a oposição da Igreja Católica Escocesa e a igreja presbiteriana da Escócia, mas a lei não vai compelir instituições religiosas a realizar cerimônias em suas instalações.
A aprovação, por 105 votos a 18 no Parlamento autônomo da Escócia, segue uma legislação semelhante endossada no ano passado pelo Parlamento da Grã-Bretanha que permite casamentos de homossexuais na Inglaterra e no País de Gales. Os primeiros casamentos serão realizados em 29 de março.
O secretário de Saúde da Escócia, Alex Neil, disse ser correto que "casais do mesmo sexo possam expressar livremente seu amor e compromisso mútuo por meio do casamento".
"O casamento é questão de amor, e isso sempre esteve no centro desta questão", declarou Neil em comunicado.
Defensores dos homossexuais disseram que a votação foi um marco para a igualdade de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros na Escócia e elogiaram os esforços do governo escocês para fazer avançar a aprovação. Atualmente, a lei escocesa permite que casais do mesmo sexo estabeleçam uma parceria civil.
"Este é um momento profundamente emotivo para muitas pessoas que cresceram em um país onde ser gay ainda era um delito criminal até 1980", disse o coordenador de políticas da entidade Equality Network, Tom French, em comunicado.
Segundo a lei, as cerimônias de casamento civil poderão ocorrer em qualquer local definido em comum acordo pelo casal e o registro civil.
Contrária ao movimento, a Igreja da Escócia disse que o casamento homossexual mudou fundamentalmente o casamento como sendo uma relação entre um homem e uma mulher.
A Aliança Evangélica da Escócia descreveu a decisão como "ficção legal" e um "golpe para a sociedade" num momento em que a Escócia está prestes a votar em setembro se deseja se separar do restante da Grã-Bretanha e se tornar um país independente.
A outra unidade do Reino Unido, a província da Irlanda do Norte, decidiu não aprovar legislação autorizando o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Escócia está entre um número crescente de países, bem como partes dos Estados Unidos e do México, que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A Holanda foi o primeiro em 2001, e no ano passado Inglaterra, País de Gales, Brasil, Uruguai, Nova Zelândia e França entraram para a lista.
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