Essa é para voce que gosta de usar grife
Marcas de grife têm vergonha de seus clientes mais pobres, diz Data Popular
Os rolezinhos (encontros
de jovens da periferia em locais frequentados pela classe média
alta) causaram barulho não somente nos shoppings, mas no mercado das
marcas de luxo. Algumas delas consultaram o Instituto Data Popular,
especializado em dados de mercado desse segmento, para pedir orientações
de como desvencilhar sua imagem dos frequentadores das reuniões.
"Boa parte das marcas tem vergonha de seus clientes mais pobres. São marcas que historicamente foram posicionadas para a elite e o consumidor que compra exclusividade pode não estar muito feliz com essa democratização do consumo", disse Renato Meirelles, diretor do Data Popular.
Meirelles não informa quais marcas procuraram o instituto. Mas diz que os rolezinhos aumentaram a procura.
"Algumas empresas me procuraram dizendo 'minha marca está virando letra de música, febre na periferia e não quero estar associado a esse pessoal'", disse.
Segundo Meirelles, antes de qualquer mudança, ele orienta a empresa a entender o motivo desse público procurar por sua marca.
Além das empresas preocupadas com a associação, outras que viram o aumento da renda da classe C como uma grande oportunidade de negócio também consultaram o Data Popular para saber como atingir esse público.
"Depois da consultoria, duas marcas ainda insistiram em se descolar da classe C, enquanto outras quatro quiseram entrar", afirma Meirelles.
Em 2013, na capital paulista, o consumo da periferia alcançou um valor duas vezes maior do que o consumo da região central: R$ 188,7 bilhões frente a R$ 87,53 bilhões.
"A renda dos 25% mais pobres cresceu 44,9% nos últimos dez anos. A dos 25% mais ricos cresceu 12,8% no Brasil. Ou seja, a renda dos mais pobres cresce numa velocidade maior do que a dos mais ricos. Efetivamente esse cara está ganhando mais do que no passado, e isso vai para o consumo", afirma Meirelles.
Fonte. UOL .COM"Boa parte das marcas tem vergonha de seus clientes mais pobres. São marcas que historicamente foram posicionadas para a elite e o consumidor que compra exclusividade pode não estar muito feliz com essa democratização do consumo", disse Renato Meirelles, diretor do Data Popular.
"Algumas empresas me procuraram dizendo 'minha marca está virando letra de música, febre na periferia e não quero estar associado a esse pessoal'", disse.
Segundo Meirelles, antes de qualquer mudança, ele orienta a empresa a entender o motivo desse público procurar por sua marca.
Além das empresas preocupadas com a associação, outras que viram o aumento da renda da classe C como uma grande oportunidade de negócio também consultaram o Data Popular para saber como atingir esse público.
"Depois da consultoria, duas marcas ainda insistiram em se descolar da classe C, enquanto outras quatro quiseram entrar", afirma Meirelles.
Jovens da classe C têm renda maior do que classes A, B e D juntas
Segundo levantamento do Data Popular, divulgado em janeiro, a renda total dos jovens pertencentes a esse segmento social é de R$ 129,2 bilhões, maior do que a soma das classes A, B e D juntas, de R$ 99,9 bilhões.Em 2013, na capital paulista, o consumo da periferia alcançou um valor duas vezes maior do que o consumo da região central: R$ 188,7 bilhões frente a R$ 87,53 bilhões.
"A renda dos 25% mais pobres cresceu 44,9% nos últimos dez anos. A dos 25% mais ricos cresceu 12,8% no Brasil. Ou seja, a renda dos mais pobres cresce numa velocidade maior do que a dos mais ricos. Efetivamente esse cara está ganhando mais do que no passado, e isso vai para o consumo", afirma Meirelles.
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Jovens
da periferia, participantes de rolezinhos, usam grifes famosas e caras,
como os estudantes Deivid Santana (à esq.), 18, e Vinicius Andrade, 17.
Alguns clientes de classe média alta, consumidores dessas marcas,
reclamam e outros dizem não se importar. Clique nas fotos acima para ver
mais informações. Camila Neumam/UOL
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Em
rolezinhos (passeios de jovens da periferia a shoppings), os
participantes usam grifes caras, e consultores discutem o efeito sobre
as marcas; o tênis Mizuno Wave Prophecy de R$ 999,90 (foto) é um dos
preferidos deles Divulgação
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MC
Rodolfinho, famoso pelo hit "Como É Bom Ser Vida Loka" cita diversas
marcas na música: "tamo de grife, de área vip. Envolvido na situação.
Novo Mizuno, boné da Quick. E as Ice Thug tampando a visão" e depois
continua com "relógio Rolex, Double X. Ed Hardy a firma é forte Chego no
shopping. Ei, gerente. Quero sair daqui todo de Oakley" Reprodução/Youtube
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