Paradoxo: homem sofre preconceito em loja das Havaianas por estar usando Havaianas

Paradoxo: homem sofre preconceito em loja das Havaianas por estar usando Havaianas



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Doravante, o termo “Havaianas de pedreiro” poderá ser enquadrado em crime de racismo.
Oxímoro moral - Abundam exemplos de discriminação socioeconômica em ambientes comerciais. A maioria deles envolve estética, vestuário e aparente poder aquisitivo. No entanto, um episódio ocorrido hoje numa loja das Havaianas no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, suscita uma paradoxal intriga ética. Avelino Raider da Silva, frentista, casado, 32 anos, foi vítima de preconceito deliberado ao tentar comprar um par de sandálias na localidade supracitada. As principais alegações da funcionária que atendeu Avelino eram sua péssima aparência, o fato de estar observando os produtos há mais de duas horas (sem aludir compra alguma) e, paradoxalmente, usando deselegantes “havaianas de pedreiro”. Procurada por nossa equipe, a colaboradora da loja, visivelmente alterada, disparou que “quem vai de havaianas pé-duro a um shopping de luxo não tem grana: fica só embaçando as atendentes.” Ainda segundo ela, todo o incidente pode ser creditado ao Governo Lula.
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Duas classes básicas existem no capitalismo: a classe dominante, que controla o Estado, se apropria do excedente econômico e usa Havaianas do tipo exportação e a classe trabalhadora, cujo usufruto se resume às Havaianas operárias.
Avelino alega que  a vendedora se negou a lhe mostrar diversos modelos de sandálias, afirmando que não eram comercializadas “Havaianas Classe E”, uma vez que o produto ali oferecido era tipo exportação e “utilizado sobretudo por gringos e atores da Globo”.
“Ela me disse de maneira muito pedante e agressiva que não tinha ‘havaianas de pedreiro’ (essa que estou usando agora, azulzinha do corpo branco) e que nem ali eu deveria estar. Me senti muito ofendido e constrangido. Achei até bizarra a situação de ser discriminado numa loja das Havaianas por estar usando Havaianas! Esse mundo tá perdido! Sou trabalhador digno! Exijo respeito e retratação!”, exclamou Avelino.
A assessoria de imprensa das Havaianas se pronunciou afirmando que exigirá a demissão da funcionária, seu justo enquadramento em crime de racismo, que nunca se esqueceu do seu público original e que passará a vender os modelos retrô mesmo em shoppings de luxo.
Diario de Pernambuco

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