segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Bispa Luterana causa escândalo


Bispa Luterana causa escândalo

Eva, a bispa lésbica, causa escândalo na Suécia Eva, naturalmente. A primeira mulher. Bispa, lésbica, com um filho que brinca na sacristia, enquanto ela reza a missa. Eva Brunne cruza as pernas debaixo da túnica branca e fica séria. "As polêmicas eram previsíveis. Existem pastores que seguem os desenvolvimentos democráticos e que querem que a Igreja faça parte deles. Outros, ao invés, se opõem a eles". Levanta os ombros e joga uma das mãos para trás, como dizendo: homens atrasados, é preciso perdoá-los. Ela tem 55 anos, uma companheira mais jovem, Gunilla Linden, que há três anos deu a luz ao filho delas. Tudo normal, ou quase. Não fosse pelo fato de que essa sacerdotisa foi recém eleita "bispa" de Estocolmo. E também na progressista Suécia – onde o clero feminino existe há meio século – criou-se um escândalo que a Igreja luterana não consegue mais superar. Eva Brunne obteve 412 votos contra os 365 do principal concorrente, o reverendo Hans Ulfvebrand. Mas os seus adversários apresentaram seis recursos para invalidar a votação. A reportagem é de Anais Ginori, publicada no jornal La Repubblica, 01-07- 2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto. Oficialmente, a guerra para o bispado de Estocolmo é combatida em torno a argumentos jurídicos e recontagens de votos. O verdadeiro objetivo, porém, é ela, o símbolo que representa. Recém eleita, concedeu entrevista à revista gay mais conhecida do país, QX, e ao homólogo francês Tetu. "Gunilla é pastora como eu, e acho que isso facilita a nossa relação", confessou. O casal foi registrado no cartório e "abençoado" pela Igreja. No outono [europeu] o Sínodo luterano será chamado a se pronunciar sobre a celebração de casamentos para gays e lésbicas. "Martinho Lutero nos ensinou que qualquer pessoa pode assumir uma posição de mérito na fé e na Bíblia", argumenta ela, respondendo aos que defendem que não há registros de casamentos entre pessoas do mesmo sexo nos textos antigos. O sacerdócio feminino foi autorizado na Suécia no fim dos anos 50. Em 1971, Margit Sahlin foi a primeira mulher a se tornar pároca. Desde então, houve muitos bispados "rosa", incluindo o de Estocolmo, entregue há 10 anos a Caroline Krook, agora prestes a se aposentar. Mas a eleição de Eva Brunne, com o seu "lesbo-pride", teve um efeito devastador, revelando uma ambiguidade que atravessa toda a Igreja. Entre os noviços, o número de mulheres já superou os de homens (588 contra 331 na última década), porém, ainda há muitas discriminações. O observatório para a igualdade de oportunidades do governo descobriu que as pastoras ganham cerca de 400 euros menos do que os seus colegas homens e que existe um "teto de vidro" na alta hierarquia: dentre 14 bispos, 12 são homens. "Desde que o parlamento sueco mudou a lei sobre o casamento e depois sobre os filhos dos casais homossexuais, há um 'gay baby-boom'. A Igreja não pode se permitir negar os sacramentos a essas famílias", defende Lars Gardfeldt, pastor de Goteborg, que há anos se ocupa da homofobia e da religião, convive com um outro pastor e é pai de dois gêmeos. Porém, enquanto isso, chegaram mensagens agressivas na página eletrônica da diocese de Estocolmo. "A nova bispa é muito pia, sábia e atenta aos mais fracos", escreve Kelvin, da região de Flemingsberg, ex-paróquia di Eva Brunne. "É uma pastora que sabe cuidar do seu rebanho. Infelizmente, isso não conta para quem enche a boca de raiva indignada. Rezemos por Eva e pela diocese de Estocolmo que fez uma escolha justa e corajosa". -----------------------------------------------------------------------------------






Lutheran Bishop offendEve, the bishop lesbian causes scandal in Sweden Eva, of course.The first woman. Elder, lesbian, with a son who plays in the sacristy, as she says Mass. Eva Brunne crosses his legs beneath the white robe and gets serious. "The controversies were predictable. There are pastors who follow the developments of democracy and who want the church to do their part. Others, however, oppose them." It raises the shoulders and throws a hand back, as saying late men, we must forgive them. She has 55 years, a younger companion, Gunilla Linden, who three years ago gave birth to son them. All normal, or almost. Were it not for the fact that this priestess was recently elected "bishop" in Stockholm. And also in progressive Sweden - where female clergy existed for half a century - created a scandal that the Lutheran Church can no longer overcome. Eva Brunne obtained 412 votes against the 365's main competitor, the Rev. Hans Ulfvebrand. But their opponents had six appeals to invalidate the vote. The report is Anais Ginori, published in the newspaper La Repubblica, 01-07 - 2009. The translation is vexed. Officially, the war for the diocese of Stockholm is fought around the legal arguments and recounts of votes. The real aim, however, it is the symbol that represents.Newly elected, gave an interview to the gay magazine's best-known country, QX, and French counterpart Tetu. "Gunilla is pastor like me, and I think it makes our relationship," he said. The couple was registered at the registry and "blessed" by the Church. In the fall [European] Lutheran Synod will be asked to rule on the celebration of marriages for gays and lesbians. "Martin Luther taught us that anyone can assume a position of merit in the faith and the Bible," she says, responding to those who argue that there are no records of marriages between same sex in ancient texts.The ordination of women was approved in Sweden in the late '50s.In 1971, Margit Sahlin became the first woman to become a priest.Since then there have been many bishoprics "rose", including Stockholm, delivered 10 years ago Caroline Krook, now nearing retirement. But the election of Brunne Eva, with her "lesbo-pride" had a devastating effect, revealing an ambiguity that permeates the whole Church. Among novices, the number of women have surpassed men (588 against 331 in the last decade), but there is still much discrimination. The Centre for equal opportunities from the government discovered that pastors earn about 400 euros less than their male colleagues and that there is a "glass ceiling" in the upper hierarchy: among 14 bishops, 12 are men. "Since the Swedish parliament changed the law on marriage and then the children of homosexual couples is a 'gay baby boom. The Church can not afford to deny the sacraments to those families," argues Lars Gardfeldt, pastor of Goteborg, which for years deals with homophobia and religion, living with another pastor and the father of twins. But meanwhile, arrived aggressive messages on the website of the Diocese of Stockholm. "The new bishop is very pious, wise and attentive to the weakest," writes Kelvin, the region of Flemingsberg, former parish di Eva Brunne. "It's a pastor who can take care of his flock. Unfortunately, this does not account for who fills the mouth with rage indignantly. We pray for Eva and the diocese of Stockholm who made a courageous and fair choice."Congratulations Bishop and his wife Eva Brunner.We are so proud and give us more willing to keep fighting against oppression
Eugenio Ibiapino




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Nova Iguaçu realiza Dia D Vacinação contra a gripe

A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu (Semus) vai fazer, neste sábado (13), uma grande mobilização para participar do Dia D de Vaci...