Postada em: 03/06/10 às 15:12:51
Escrita por: Heloíse Steffens
Durante manifestação por melhorias em segurança pública, não só vereadores, mas sociedade civil organizada que também se fez presente sofreu com as atitudes dos seguranças da Casa Militar. O que se viu foi empurra-empurra, roubo de faixas, ameaças e intimidações para impedir os vereadores e cidadãos de se manifestarem com faixas e cartazes
Vereadores foram agredidos durante a abertura da Bahia Farm Show nesta última terça-feira, 01, em Luís Eduardo Magalhães quando reivindicavam por melhorias na área de segurança pública. Eles aproveitaram à vinda do governador do Estado, Jaques Wagner para demonstrar a indignação com a convocação oficial de 25 agentes de polícia e quatro escrivães concursados para o município de Correntina, enquanto Luís Eduardo, com considerável número de ocorrências, alto índice de criminalidade e crescente aumento habitacional, permanece no descaso com ínfimas ações do governo estadual.
Ao tomar conhecimento do fato de quê o município não receberia nenhum policial, vereadores e sociedade civil organizada se prepararam com faixas e apitos para também se fazerem presentes à inauguração. O objetivo era cobrar diretamente do chefe do estado uma posição quanto ao assunto, muito embora estes já soubessem do anúncio que seria feito pelo governador, muito oportunamente, durante a abertura sobre a vinda de mais profissionais militares e civis [assunto que também é relatado nesta edição].
O tema ganhou merecimento na fala dos vereadores não só nesta última semana, mas durante todo o ano com a denúncia de problemas locais, com a cobrança de medidas das autoridades competentes e nas reivindicações de melhorias. “Durante toda a semana que passou, estive no ar como radialista (....), onde abordei o problema da segurança pública, (...) conclamando a população luiseduardense a receber o governador na abertura da Bahia Farm Show e assim reivindicar juntos mais segurança para o nosso município”, relembra o presidente da Câmara, o advogado Eder Fior (PR).
Não fosse isso, ele relata ainda a investigação que, segundo ele, sofreu e que teria sido realizada por militares a serviço do governador que estiveram em instituições policiais da cidade dois dias antes do início da feira, atribuindo-lhe a função de “agitador”. Na manhã de terça-feira, várias foram as tentativas dos seguranças em retirar das mãos não só do presidente, mas também dos demais manifestantes presentes, as faixas e cartazes que continham dizeres com referência ao problema da segurança pública.
“Lamentavelmente, tudo isso culminou com uma agressão a minha pessoa, e ao povo de Luís Eduardo Magalhães na pessoa do presidente da Câmara Municipal, quando da posse de um cartaz reivindicando pacificamente, fui atacado fisicamente por um militar da segurança do governador que me empurrou e tirou de minhas mãos um cartaz”, reclama. O que é motivo de indignação e mesmo de deixar impressionado, conforme diz o presidente do legislativo municipal, é de que o governador vem de um partido de trabalhadores que sempre usou de mobilizações, greves e reivindicações e hoje se apresenta com “truculência para impedir uma mobilização pacífica e justa que busca apenas mais segurança para o cidadão luiseduardense”.
Mais agressão
Quem também foi agredido durante a manifestação foi o vereador Valmor Mariussi (PMDB) que teve uma faixa arrancada das mãos de sua assessora parlamentar por um assessor direto do governador. De acordo com ele, esta pessoa saiu recusando-se a fazer a devolução e correndo em disparada e sua atitude não foi diferente dos demais que empurraram pessoas, roubaram faixas, ameaçaram e intimidaram, provocando uma verdadeira “bandalheira, uma atitude ditatorial, uma volta aos tempos da linha dura”. A faixa, diferente do que disse a segurança, não tinha nada de ofensivo, continha apenas os seguintes dizeres: “Chega de insegurança, Governador, socorro!”.
Segundo Mariussi, a reivindicação foi ordeira e moderada em nome do povo de Luís Eduardo, onde estava exercendo o direito que lhe foi outorgado e onde, infelizmente, a falta de democracia imperou. “Em seus discursos eles têm coragem de falar em democracia, obediência à lei e que são pessoas de bons costumes, (...) mas agem com truculência, desrespeito a todos, passando por cima da lei em nome da reeleição. Sou um representante do povo, advogado, sei de meus direitos e não deixo por menos. Imagine o que fazem com as pessoas de bem deste Estado”, acrescenta.
Medidas adotadas
Após o episódio, indignados com o tratamento dado a comunidade presente que se manifestava em prol da segurança e, em especial, pelas agressões sofridas, os vereadores Eder Fior e Valmor Mariussi adotaram algumas medidas. Primeiro procurou-se dar uma divulgação para toda a imprensa regional e estadual, fazer queixa à delegacia embora esta ainda não tenha sido protocolada e, posteriormente, a abertura de um processo contra o governador e sua assessoria em segurança, o que deve acontecer muito em breve.
Nota do Governo do Estado sobre as agressões
Em nota divulgada ainda no final da tarde desta última quarta-feira, 02, o Governo do Estado através da sua assessoria de imprensa divulgou uma nota onde classifica a agressão recebida por manifestantes em Luís Eduardo Magalhães nesta terça-feira, 01, durante a Bahia Farm Show como uma “mentira absoluta”. Segundo a nota, a agressão é mentirosa visto que o governador não esteve envolvido em nenhum protesto endereçado a ele ou a sua gestão durante uma visita ao município, impossibilitando assim, qualquer ação de violência por parte da Casa Militar uma vez que, em momento nenhum a segurança do chefe do estado foi vista como ameaçada. Em esclarecimento, a nota reconhece que tenha havido uma manifestação, mas sustenta que esta foi protagonizada por professores municipais contra o prefeito Humberto Santa Cruz, naquilo que classifica como um “episódio de alcance local”. Ainda segundo a nota, mesmo com as sucessivas vaias ao gestor municipal, a segurança não acionou qualquer dispositivo de segurança para enxotar o protesto, ocorrido em frente ao local onde os políticos proferiam os seus discursos. Bem verdade, o manifesto por segurança pública ocorreu sim, de maneira mais tímida se comparado com o movimento protagonizado pelos professores, mas aconteceu embora o governo do Estado sustente que não. Fonte: Jornal Classe A
Councillors claim they are beaten in Bahia during Farm ShowCouncilman Valmor Mariussi also angry after his band stolen: "I am a people's representative, lawyer, I know my rights and I am not any less. Imagine what they do with the good people of this State "(Photo: Gilson Sena / Class A)(Photo: Gilson Sena / Class A)Posted on: 03/06/10 at 15:12:51
Written by: Heloisa Steffens
Mayor, Eder Fior after being attacked by government security of the state of the photo: "The governor comes from a workers' party that has always used for demonstrations, strikes and demands, and today performs with ferocity to prevent a peaceful and just society mobilization only seeks more security for citizens luiseduardense "(Photo: Gilson Sena / Class A)During a demonstration by improvements in public safety, not just council, but civil society which has also suffered this with the attitudes of the guards of the Military. What we saw was pushing and shoving, theft of tracks, threats and intimidation to prevent council members and citizens to express themselves with banners and posters
Councillors were assaulted during the opening of Bahia Farm Show this last Tuesday, 2001, in Luis Eduardo Magalhaes when demanded by improvements in public safety. They enjoyed coming to the State Governor Jaques Wagner, to demonstrate anger at the official convocation of 25 police officers and four clerks for the county of gazetted Correntina, while Luis Eduardo, with a considerable number of occurrences, high crime rate and growingincrease housing remains in contempt for tiny shares of the state government.
Taking cognizance of the fact that the City would receive no police, councilors and civil society organizations prepared themselves with banners and whistles also being present at the inauguration.The goal was to collect directly from the head of state a position on the issue, even though they already knew the announcement would be made by the governor, most appropriately, during the opening of the coming of more professional military and civilian [subject which is also reported in this edition].
The topic has gained merit in speaking of this council would only last week, but over the years with the complaint of local problems, with the collection of measures by the competent authorities and requests for improvements. "Throughout the past week we've been in the air as radio (....), where I discussed the problem of public safety, urging the population (...) luiseduardense to receive the Governor at the opening of Bahia Farm Show and thus claimtogether more security for our city, "recalled the mayor, the lawyer Eder Fior (PR).
Were it not for this, he reports on the investigation, which he suffered and would have been held by the military service of the governor who had been in police institutions in the city two days before the exhibition begins by assigning the function of "troublemaker" . On the morning of Tuesday, there were several attempts by security guards to remove the hands not only the president but also the other demonstrators present, banners and posters that contain words with reference to the problem of public safety.
"Unfortunately, all this culminated in an assault on my person, and people of Luis Eduardo Magalhaes in the person of the Mayor, when the possession of a poster claiming peacefully, I was physically attacked by a military security of the governor who pushed me and pulled my hands on a poster, "he complains. What is causing indignation and even leave impressed, as he says the president of the municipal legislature, the governor is coming from a party of workers who always used for demonstrations, strikes and demands, and today presents itself to "prevent cruelty to apeaceful and just call seeking only more security for the citizen luiseduardense.
More aggression
Who was also beaten during the demonstration was Councilman Valmor Mariussi (PMDB) that had a track ripped from the hands of his assistant for a parliamentary aide to the governor. According to him, this person left refusing to return and make a running shot, and his attitude was no different from the others that have pushed people, stole tracks, threatened and intimidated, creating a real "evildoings, a dictatorial attitude, one back the times of hard-line ".The band, different than said security had nothing offensive, contained only the following words: "No more uncertainty, Governor, help!".
According Mariussi the claim has been orderly and moderate on behalf of the people of Luis Eduardo, which was exercising the right that has been granted and where, unfortunately, lack of democracy prevailed. "In their speeches they have the courage to talk about democracy, obedience to law and who are people of good morals, (...) but act with cruelty, disrespect at all, going over the law on behalf of the reelection. I am a people's representative, lawyer, I know my rights and I am not any less. Imagine what they do with the good people of this state, "he adds.
Measures taken
After the episode, indignant at the treatment given to this community which spoke in favor of safety and, in particular, by the abuses, the aldermen and Eder Fior Valmor Mariussi adopted some measures. First we tried to make a disclosure to the entire regional press and state, to complain to the police station although this has not yet been filed, and subsequently the opening of a lawsuit against the governor and his staff in security, which should happen soon.
Note from the State Government on the attacks
In a statement issued in the late afternoon of last Wednesday, in 2002, the State Government through its press office issued a statement which classifies the incoming attack by demonstrators in Luis Eduardo Magalhaes Tuesday, 01, during the Bahia Farm Show as an "absolute lie". It said the attack is false because the governor was not involved in any protest addressed to him or his management during a visit to the municipality, thereby precluding any action of violence on the part of the Military since, at any timethe safety of the head of state was seen as threatened. In explanation, the note recognizes that there has been an outbreak, but contends that this was led by professors from the municipal mayor Humberto Santa Cruz, in what ranks as an "episode are local." Also according to the note, even with successive booing the city manager, security has not triggered any safety device to chase the protest occurred in front of the place where politicians have uttered their speeches. Well actually, the manifesto was for public safety but, more timid as compared with the movement played by teachers, but it happened while the state government claims that do not.Source: Journal Class
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