Maria Ramos, a cineasta que documentou o golpe de 2016 por dentro, ganha retrospectiva na França
A cineasta Maria Augusta Ramos terá sua carreira revisitada, numa retrospectiva de cinema na França. Ela é diretora de O Processo, que mostrou o golpe contra Dilma.
No ano do golpe de 2016, no calor dos acontecimentos, Guta percorreu todos os corredores, salas de reuniões e enfrentamentos que desembocaram no impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Seu estilo, direto, sem interferências nas cenas, mas encadeado e arrebatador, marcou o momento político e lotou salas de cinema.
Além da mostra, Maria Augusta é a entrevistada da atual edição da Cahiers du Cinéma, uma das mais influentes publicações da crítica cinematográfica no mundo. O trabalho de Maria Augusta Ramos, a Guta, para os amigos, é fartamente conhecido no Brasil e no exterior. A cineasta, que mora parte do tempo na Holanda e parte no Rio, por conta da pandemia teve a mostra várias vezes adiada. Valeu a pena esperar. Agora a retrospectiva será exibida em tempos de “quase” normalidade nos países europeus, que gerenciaram com mais eficiência a onda de Covid-19.
A mostra é uma coprodução La Cinémathèque de Toulouse / Cinélatino, em parceria com o DOC-Cavernes, o festival Itinérances (Alès), o Instituto Jean Vigo (Perpignan), o Quai des docs (Sète).
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