Maria Ramos, a cineasta que documentou o golpe de 2016 por dentro, ganha retrospectiva na França

A cineasta Maria Augusta Ramos terá sua carreira revisitada, numa retrospectiva de cinema na França. Ela é diretora de O Processo, que mostrou o golpe contra Dilma.


Cineasta Maria Augusta Ramos
Cineasta Maria Augusta Ramos (Foto: REUTERS/Hannibal Hanschke)

Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia - A cineasta Maria Augusta Ramos (@MariaAugustaRa6) terá sua carreira revisitada, numa  retrospectiva na Cinemateca de Toulouse, na França. A mostra acontece de 9 a 18 de junho, e conta com uma master class e 6 filmes da realizadora, incluindo "O Processo", "Justiça” e "Não toque em meu companheiro", com 12 exibições de sua obra.

No ano do golpe de 2016, no calor dos acontecimentos, Guta percorreu todos os corredores, salas de reuniões e enfrentamentos que desembocaram no impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Seu estilo, direto, sem interferências nas cenas, mas encadeado e arrebatador, marcou o momento político e lotou salas de cinema.

Além da mostra, Maria Augusta é a entrevistada da atual edição da Cahiers du Cinéma, uma das mais influentes publicações da crítica cinematográfica no mundo. O trabalho de Maria Augusta Ramos, a Guta, para os amigos, é fartamente conhecido no Brasil e no exterior. A cineasta, que mora parte do tempo na Holanda e parte no Rio, por conta da pandemia teve a mostra várias vezes adiada. Valeu a pena esperar. Agora a retrospectiva será exibida em tempos de “quase” normalidade nos países europeus, que gerenciaram com mais eficiência a onda de Covid-19.

A mostra é uma  coprodução La Cinémathèque de Toulouse / Cinélatino, em parceria com o DOC-Cavernes, o festival Itinérances (Alès), o Instituto Jean Vigo (Perpignan), o Quai des docs (Sète).



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