No último dia 16, a Polícia Civil de Goiás divulgou imagens da casa de Lázaro Barbosa de Souza, suspeito conhecido como 'seria killer do DF, foragido há 10 dias no Distrito Federal. Segundo as investigações, na casa foram encontrados itens de bruxaria, satanismo e prática de rituais que estariam associados aos crimes - assassinatos - supostamente cometidos por Lázaro.
O Yahoo Notícias procurou especialistas e historiadores para comentar a afirmação da polícia, bem como as imagens. A versão do delegado pode ser avaliada como intolerância religiosa, além da histeria causada pelo chamado 'pânico satânico', disseram fontes entrevistadas pela reportagem
De acordo com Babalaô Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, não há como identificar os elementos nas imagens (anexadas acima), por se tratarem de elementos desordenados na foto. O professor também afirmou que os crimes não devem ser vinculados a questões religiosas. "Nenhuma religião prega atos como esse. É um grande equívoco associar tal crimes às religiões de matrizes africanas. Tal equívoco é extremamente perigoso, pois pode desencadear uma série de ações de intolerância religiosa", defendeu.
Após a divulgação das imagens por veículos da imprensa, uma série de postagens nas redes sociais declararam se tratar de racismo e intolerância com religiões de matriz africana. Para o Yahoo, o jornalista e produtor Ivan Mizanzuk avaliou que a forma como a caçada de Lázaro está repercutindo na mídia pode se tratar de um caso de pânico satânico, fenômeno comum no imaginário da cobertura criminal.
Mas do que se trata o pânico satânico?
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Segundo Mizanzuk, trata-se um fenômeno de histeria coletiva. Existe a crença de o Mal, na forma de rituais e cultos satanistas, são associados a crimes considerados bárbaros. "A partir do momento que um policial começa a falar que suspeitam que ele seja um “bruxo satanista” eu me pergunto: qual a relevância disso para a resolução do crime? E onde estão as provas?", indaga o também produtor do podcast Projeto Humanos, que deu origem a recém-lançada série O Caso Evandro, na Globoplay.
Em 1992, o garoto Evandro Ramos Caetano foi sequestrado na cidade Guaratuba, litoral do Paraná. Alguns dias depois, o corpo apareceu completamente desfigurado e logo foi apontado como obra de bruxaria. Tanto o podcast quanto a série de TV abordaram a repercussão dos casos de desaparecimento de Evandro e outras crianças na época.
Ainda sobre o caso das imagens, Mizanzuk dispara: O que é “satanismo”? O que estão querendo dizer por este termo? Quantos cientistas da religião estão fazendo parte da investigação? É “satanismo” mesmo ou é apenas mais um caso de agentes de segurança demonstrando preconceito com religiões de matriz africana? E qual é a prova que temos de que esse fundo religioso é a motivação para os assassinatos que comete?". No Twitter, o jornalista também se manifestou.
Uma vez por semana alguém me marca numa matéria em q algum assassino é relacionado com "bruxaria" ou "satanismo".
Agentes de estado e jornalistas precisam aprender sobre Pânico Satânico e serem mais céticos. Precisamos entrar no século XXI em algum momento.
Mizanzuk alerta que é comum inocentes serem presos com base em investigações feitas 'sob o calor do Pânico Satânico', e cita casos como os do menino Evandro, o Caso de Ouro Preto, Memphis Three, entre outros exemplos conhecidos com o efeito de histeria entre a população e a cobertura midiática, além da presença de intolerância religiosa.
Entre suposições e troca de tiros, polícia procura Lázaro há 10 dias
Lázaro está foragido há dez dias e vem sendo procurado pelas polícias do DF e de Goiás. Na noite de quarta (16), surgiram boatos de que ele teria sido capturado e morto. As Polícias Civil e Militar do Distrito Federal e de Goiás negaram.
É uma afecção de transmissão exclusivamente sexual, provocada pelo Haemophilus ducreyi, mais freqüente nas regiões tropicais. Caracteriza-se por lesões múltiplas (podendo ser única) e habitualmente dolorosas. Denomina-se também de cancróide, cancro venéreo, cancro de Ducrey; conhecido popularmente por cavalo. O período de incubação é geralmente de 3 a 5 dias, podendo-se estender por até 2 semanas. O cancro mole é muito mais freqüente no sexo masculino. QUADRO CLÍNICO São lesões dolorosas, geralmente múltiplas devido à auto-inoculação. A borda é irregular, apresentando contornos eritemato-edematosos e fundo irregular recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido que, quando removido, revela tecido de granulação com sangramento fácil. No homem, as localizações mais freqüentes são no frênulo e sulco bálano-prepucial; na mulher, na fúrcula e face interna dos pequenos e grandes lábios. Em 30 a 50% dos pacientes, o bacilo atinge os linfonodos inguino-crur...
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