superam desafios da pandemia e chegam até a universidade Jean Victor ganhou bolo para comemorar a conquista: ele quer comprar uma casa para a mãeJean Victor ganhou bolo para comemorar a conquista: ele quer comprar uma casa para a mãe Foto: Arquivo pessoal Pedro ZuazoTamanho do textoA A A Aprovada em primeiro lugar na faculdade de Design da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brenda Silva Fernandes, de 18 anos, será a primeira da família a ingressar no ensino superior. Criada apenas pela mãe — camareira que não chegou a completar a educação básica —, a menina se destacou entre os alunos da rede municipal e ganhou bolsa de estudos em um colégio particular, o que pavimentou sua estrada para o sucesso no vestibular. O caminho foi outro para Jean Victor Fernandes Coutinho, de 18 anos. Ao saber que o Colégio Pedro II fecharia por conta da pandemia, o morador de Manguinhos buscou reforço num pré-vestibular social e passou para Medicina na UFRJ. Leia mais: MEC divulga datas do Prouni, Fies, Sisu e isenção para o próximo Enem As histórias de superação de Brenda e Jean Victor ganham um brilho especial por causa do difícil momento enfrentado pelos estudantes em todo o Brasil, considerado pela Unesco o país que manteve as escolas fechadas por mais tempo por causa da Covid-19. — Eu vinha me preparando para o vestibular desde o 2º ano do ensino médio, mas no ano passado, que era o meu 3º ano, a pandemia veio e atrapalhou tudo. A escola parou — lembra Jean Victor. Leia mais: Com desafios únicos, MEC tem disponível para investir apenas 38% da verba de 2018 O jovem encontrou refúgio no Apis, o pré-vestibular social do curso AZ. A quarentena exigida pela pandemia tornou-se a trincheira para os estudos. E nem mesmo as operações policiais tiraram a concentração do rapaz. — Uma noite, o Bope ficou bem na porta da minha casa atirando contra bandidos que estavam do outro lado. Os tiros passavam na minha frente — conta. O desempenho de Jean Victor no Enem superou todas as suas expectativas: com 822 pontos na nota final e 960 na redação, ele ficou em primeiro lugar entre os cotistas. O resultado foi comemorado com um bolo comprado pela mãe. Brenda passou em 1º lugar em Design de Produtos da UFRJBrenda passou em 1º lugar em Design de Produtos da UFRJ Foto: Arquivo pessoal O objetivo de Jean Victor, agora, é retribuir: — Eu só espero achar um bom emprego e conseguir comprar uma casa para a minha mãe. O sonho de dar condições melhores para a mãe também foi o que moveu Brenda Fernandes. Esse foi um dos motivos que levou a jovem a sempre se dedicar ao máximo nos estudos. Seu desempenho chamou a atenção de uma coordenadora da Escola municipal Pio X, onde a jovem estudava. Foi por meio dela que Brenda conheceu o Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos (Ismart). Leia mais: Paulo Guedes afirma que Fies bancou universidade até para 'filho de porteiro que zerou o vestibular', diz jornal Aprovada no processo seletivo, Brenda ganhou bolsa de estudos para cursar o ensino médio no colégio pH, onde conseguiu desenvolver ainda mais suas habilidades. — Sempre gostei muito de estudar, mas no pH percebi que não seria fácil manter as notas, então comecei a estudar mais ainda — conta ela. O esforço se refletiu no resultado do Enem. Afeita às artes, Brenda decidiu estudar Design de Produtos. Acabou passando em 1º lugar para a UFRJ. — Eu já acreditava no meu potencial, por todo o apoio que tive, mas não imaginava que chegaria em primeiro lugar — conta ela.


Jean Victor ganhou bolo para comemorar a conquista: ele quer comprar uma casa para a mãe
Jean Victor ganhou bolo para comemorar a conquista: ele quer comprar uma casa para a mãe Foto: Arquivo pessoal
Pedro Zuazo
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Aprovada em primeiro lugar na faculdade de Design da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brenda Silva Fernandes, de 18 anos, será a primeira da família a ingressar no ensino superior. Criada apenas pela mãe — camareira que não chegou a completar a educação básica —, a menina se destacou entre os alunos da rede municipal e ganhou bolsa de estudos em um colégio particular, o que pavimentou sua estrada para o sucesso no vestibular. O caminho foi outro para Jean Victor Fernandes Coutinho, de 18 anos. Ao saber que o Colégio Pedro II fecharia por conta da pandemia, o morador de Manguinhos buscou reforço num pré-vestibular social e passou para Medicina na UFRJ.

Leia mais: MEC divulga datas do Prouni, Fies, Sisu e isenção para o próximo Enem

As histórias de superação de Brenda e Jean Victor ganham um brilho especial por causa do difícil momento enfrentado pelos estudantes em todo o Brasil, considerado pela Unesco o país que manteve as escolas fechadas por mais tempo por causa da Covid-19.

— Eu vinha me preparando para o vestibular desde o 2º ano do ensino médio, mas no ano passado, que era o meu 3º ano, a pandemia veio e atrapalhou tudo. A escola parou — lembra Jean Victor.

Leia mais: Com desafios únicos, MEC tem disponível para investir apenas 38% da verba de 2018

O jovem encontrou refúgio no Apis, o pré-vestibular social do curso AZ. A quarentena exigida pela pandemia tornou-se a trincheira para os estudos. E nem mesmo as operações policiais tiraram a concentração do rapaz.

— Uma noite, o Bope ficou bem na porta da minha casa atirando contra bandidos que estavam do outro lado. Os tiros passavam na minha frente — conta.

O desempenho de Jean Victor no Enem superou todas as suas expectativas: com 822 pontos na nota final e 960 na redação, ele ficou em primeiro lugar entre os cotistas. O resultado foi comemorado com um bolo comprado pela mãe.

Brenda passou em 1º lugar em Design de Produtos da UFRJ
Brenda passou em 1º lugar em Design de Produtos da UFRJ Foto: Arquivo pessoal

O objetivo de Jean Victor, agora, é retribuir:

— Eu só espero achar um bom emprego e conseguir comprar uma casa para a minha mãe.

O sonho de dar condições melhores para a mãe também foi o que moveu Brenda Fernandes. Esse foi um dos motivos que levou a jovem a sempre se dedicar ao máximo nos estudos. Seu desempenho chamou a atenção de uma coordenadora da Escola municipal Pio X, onde a jovem estudava. Foi por meio dela que Brenda conheceu o Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos (Ismart).

Leia mais: Paulo Guedes afirma que Fies bancou universidade até para 'filho de porteiro que zerou o vestibular', diz jornal

Aprovada no processo seletivo, Brenda ganhou bolsa de estudos para cursar o ensino médio no colégio pH, onde conseguiu desenvolver ainda mais suas habilidades.

— Sempre gostei muito de estudar, mas no pH percebi que não seria fácil manter as notas, então comecei a estudar mais ainda — conta ela.

O esforço se refletiu no resultado do Enem. Afeita às artes, Brenda decidiu estudar Design de Produtos. Acabou passando em 1º lugar para a UFRJ.

— Eu já acreditava no meu potencial, por todo o apoio que tive, mas não imaginava que chegaria em primeiro lugar — conta ela.

Projetos com inscrições abertas

Ismart

No caso do Ismart, as inscrições vão até o dia 17 de junho. Podem participar do processo seletivo estudantes que estejam cursando atualmente o 7º ou 9º ano do ensino fundamental. São mais de 1.200 oportunidades em todo o Brasil para os três projetos da instituição no ano letivo de 2022: Ismart Online, Alicerce e Bolsa Talento. As inscrições gratuitas podem ser realizadas por meio do site www.ismart.org.br.

Gota Social

Já o programa Gota Social, do pH, recebe inscrições até o dia 14 de maio. São 60 bolsas de estudo para estudantes de baixa renda. Para participar do processo, é necessário acessar o site www.ph.com.br, enviar a documentação solicitada e escrever uma redação, cujo tema se encontra no formulário disponível no site. O Gota Social é totalmente gratuito e contempla todas as despesas do aluno, incluindo o material didático oferecido, como apostilas e acesso à plataforma de ensino on-line Plurall. As aulas acontecerão a partir do dia 31 de maio, de segunda a sexta, das 18h15 às 21h30, e, eventualmente, aos fins de semana, em horários a serem anunciados.

Fonte.Jornal Extra


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