Placa de 'cidadão maceioense' entregue a Bolsonaro por apoiadores não foi aprovada pela Câmara Municipal

O momento da entrega da placa foi transmitido em uma live da TV Brasil em seu canal do YouTube. Nas imagens, aparecem bolsonaristas próximos ao presidente durante a reinauguração de uma obra concluída em dezembro, que já havia sido entregue à cidade pelo governador de Alagoas, Renan Filho (MDB).
Fãs de Bolsonaro postaram imagens do título inválido nas redes sociais, sob o argumento de que aquela seria uma homenagem da população de Maceió, ainda que não tenha recebido aprovação legal.

"Com a vinda de Bolsonaro a Maceió-Al, o povo pediu que a Câmara dos Vereadores homenageasse nosso presidente mas, a egrégia casa negou a homenagem sob a falsa alegação de que a solenidade traria riscos sanitários e agravamento da pandemia na cidade. Não importa. O poder é do povo: soberania popular é isso. Exercendo seu legítimo poder, a população da cidade de Maceió tem a honra de homenagear o presidente em exercício Jair Messias Bolsonaro com o Título de Cidadão Maceioense pelo trabalho e investimento no combate a pandemia da Covid-19 e pelos investimentos recordes no setor de turismo e infraestrutura realizados na cidade. Viva nosso presidente ! Viva o povo soberano ! Assinado, População de Maceió", afirma postagem da página Movimento Brasil no Facebook.
A visita presidencial, contudo, também recebeu críticas. A vereadora de Maceió Teca Nelma (PSDB), por exemplo, usou seu perfil no Twitter para destacar seu posicionamento.
"A vinda de Bolsonaro a Alagoas escancara a irresponsabilidade desse governo com pandemia da Covid-19. O cenário é de aglomeração sem uso de máscara nem distanciamento", afirmou a parlamentar. "Se nem o próprio presidente dá exemplo como podemos exigir da população que siga às normas de segurança? Além de irresponsável, é também uma falta de respeito com todas as vítimas do coronavírus. Em Alagoas, o uso de máscara passou a ser obrigatório em espaços públicos. Será que o presidente vai ser multado por desrespeitar essa lei?"
Fonte. Jornal Extra
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