terça-feira, 25 de junho de 2019

Em Paris, artistas estreiam peça de teatro para denunciar prisão política de Lula


REPERCUSSÃO INTERNACIONAL

Em Paris, artistas estreiam peça de teatro para denunciar prisão política de Lula

A partir de cartas destinadas ao ex-presidente, espetáculo Abril-Abril/Cartas a Lula, revela ótica da população sobre momento político e social do país
  13:03
    
REPRODUÇÃO
Comitê Lula Livre faz ainda passagens por outros dois países da Europa em defesa da liberdade de Lula




São Paulo – Para marcar a campanha pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em todo o mundo, será encenado na noite desta terça-feira (25) o espetáculo Abril-Abril/ Cartas a Lula no Teatro Monfort, em Paris, onde cerca de 40 artistas farão a leitura das cartas enviadas a Lula, por pessoas de diversas origens, desde sua prisão, em 7 de abril de 2018. Até maio deste ano, o Instituto Lula já contabilizava um total de 15 mil correspondências destinadas ao ex-presidente. Desse total, ao menos 70 delas foram selecionadas para retratar internacionalmente o atual momento político e social brasileiro, como explica o diretor de teatro Thomas Quillardet sobre a iniciativa feita em parceria com a historiadora Maud Chirio, e que contará com a participação de Chico Buarque, Renata Sorrah, Camila Pitanga, Antonio Pitanga, Jean Wyllys, Marcia Tiburi, entre outros artistas brasileiros e franceses.
“Minha preocupação era também dar informações ao público francês, então também escolhi as cartas com esse foco de explicar o que está acontecendo no Brasil”, afirma Quillardet em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual. Com destaque para o papel das mulheres e mães brasileiras, o diretor de teatro da peça observa que a maioria das cartas, além de mostrarem a ligação da população com Lula, revelam o impacto das políticas mais à esquerda na vida dos brasileiros, que agora temem a sua descontinuidade.
“Muitas cartas foram escritas por pessoas pobres, que não tinham muitos direitos e contam como a vida delas foram transformadas com o Partido dos Trabalhadores. Há críticas, mas há também gratidão, é a palavra que vem do povo brasileiro ao Lula”, descreve Quillardet.

Caravana

Com uma repercussão negativa no cenário internacional, em que diversas autoridades se manifestam sobre o que consideram como a “prisão política” do ex-presidente, o diretor da peça acrescenta que a recente divulgação das conversas do ex-juiz e atual ministro Sergio Moro, indicando o descumprimento do princípio de isonomia do judiciário, fez aumentar o clima de estranhamento. “Sinto que as pessoas notam que há uma coisa errada. Não entendem bem o porquê do que está acontecendo, o que está em jogo, mas sentem que há algo errado na democracia brasileira”, avalia.
Para denunciar esse processo, o Comitê Lula Livre fará ainda uma caravana pela liberdade do ex-presidente na Europa, em que visitarão a sede da Unesco e o Conselho da Europa, na França, além de percorrer o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), o Conselho Mundial de Igrejas, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, na Suíça, e o Parlamento Europeu, em Bruxelas.

Ouça a entrevista da Rádio Brasil Atual

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