sábado, 15 de setembro de 2012

Beijo gay no horário eleitoral


Beijo gay no horário eleitoral


A cena do beijo gay, em horário eleitoral, que causou confusão em Joinville
Leonel Camasão, candidato do PSOL – Partido Socialismo e Liberdade – à prefeitura de Joinville, Santa Catarina, causou polêmica ao inserir, no seu programa eleitoral de televisão uma manifestação de afeto entre duas pessoas do mesmo sexo.
A imagem do beijo gay exibida no programa causou desconforto à ala conservadora da cidade. O porta-voz foi o editor do “Jornal da Cidade”, João Francisco da Silva, que atacou duramente a iniciativa em sua coluna no jornal: “Nojento aquele beijo gay exibido no programa eleitoral do Leonel Camasão, do PSOL. Tão asqueroso quanto alguém defecar em público ou assoar o nariz à mesa. Gostaria de saber qual a necessidade de exibir suas preferências sexuais em público? Para mim isso é tara, psicopatia. No mínimo falta de decoro. E a “figura” quer ser prefeito e se diz jornalista”, escreveu o editor.

Leonel Camasão, candidato do PSOL, tirou o beijo gay do armário em seu programa eleitoral de televisão
Já o candidato, Leonel Camasão, 26anos, declarou ao Vírgula que “a ideia do beijo era marcar posição contra o preconceito e sair em defesa dos direitos da comunidade LGBT, além de promover o debate sobre o assunto”.
Ele enviou cópias da edição de número 50 do “Jornal da Cidade” para a Promotoria de Direitos Humanos e Cidadania, do Ministério Público de Santa Catarina, solicitando direito de resposta as ofensas recebidas e também às direcionadas à população LGBT.
Em nota, o partido afirma que “O candidato Leonel Camasão lamenta a postura do Jornal da Cidade e do colunista João Francisco, ao publicarem grave ofensa na edição de 31 de agosto. De maneira leviana, João Francisco ataca não só a campanha e a figura de Leonel, mas também, a toda população LGBT de nossa cidade. O ataque gratuito é uma grave ofensa aos direitos humanos e ao Código de Ética dos Jornalistas. Repudiamos tal atitude. Ao contrário do insinuado, Leonel se formou em jornalismo em 2008, na segunda melhor escola de jornalismo do Sul do Brasil à época. Tomaremos todas as medidas legais para coibir essa nefasta e preconceituosa prática deste jornal”.

João Francisco da Silva, editor do “Jornal da Cidade” e as ofensas escritas em sua coluna
João Francisco da Silva também deu entrevista ao Vírgula, onde declarou: “Não sou homofóbico, dois dos meus colunistas, que são meus amigos, são gays assumidos. Acho que os gays têm o direito de beijar como qualquer casal hétero, mas não quero que façam isso na minha sala. Um cara que é candidato, que deveria estar discutindo questões de importância para Joinville e para os cidadãos, fere meus valores, meus princípios, meu senso estético com esse tipo de propaganda. Isso foi usado como uma forma de agressão. Quem faz isso não está propondo que se discuta a questão do homossexualismo (sic), nem o direito das minorias. Isso apenas me agride, agride a sociedade e até as pessoas que não têm nada contras os gays, mas que não querem um sujeito ‘cagando’ de porta aberta, nem assoando um nariz na toalha da mesa ou mesmo um casal hétero fazendo sexo no meio da sala quando bem entender. A própria Rede Globo está a três anos discutindo se exibe ou não um beijo gay na novela e até agora nada, pois sentem que a maioria da sociedade brasileira é contra”, arrematou.
Várias entidades de direitos LGBT do estado catarinense iniciaram uma campanha on-line de repúdio ao Jornal da Cidade, criando uma petição para colher assinaturas contra a postura discriminatória expressa na coluna de seu editor. A petição pode ser assinada no link: http://www.peticoesonline.com/peticao/nota-de-repudio-ao-jornal-da-cidade-joinville/718
O programa eleitoral de Camasão, com o controverso beijo gay, pode ser visto no link:http://www.youtube.com/watch?v=xEQRKeRzfkM&feature=youtu.be&noredirect=1
Já o texto de João Francisco da Silva, que não se considera uma pessoa conservadora, pode ser lido abaixo:
“Leonel Camasão, estreiante, deverá fazer menos votos que a maioria dos vereadores. Infantil e sem propostas factíveis reedita o estilo da gênese petista: raivoso, apelativo, resvalando para o escatológico. Uma pena. Um jovem, que esperava-se culto, era lógico esperar mais.
(…)
Nojento aquele beijo gay exibido no programa eleitoral do Leonel Camasão, do PSOL. Tão asqueroso quanto alguém defecar em público ou assoar o nariz à mesa. Gostaria de saber qual a necessidade de exibir suas preferências sexuais em público? Para mim isso é tara, psicopatia. No mínimo falta de decoro. E a “figura” quer ser prefeito e se diz jornalista.”

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