Senado devolve mandato de Aécio Neves: placar 44×26
Senador precisava de 41 votos dos 81 parlamentares para ter derrubadas as medidas restritivas impostas pelo STF
Por 44 votos não e 26 sim, os senadores revogaram nesta terça-feira (17/10) as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal a Aécio Neves (PSDB-MG) em 26 de setembro. Por volta das 19h30, os parlamentares começaram a registrar seus votos sobre o afastamento do tucano. O processo durou cinco minutos.
O resultado significa que Aécio Neves terá devolvido o passaporte, não precisará mais se recolher em casa no período noturno e poderá voltar a despachar no Senado Federal.
Veja placar final:
O tucano precisava de 41 votos dos 81
parlamentares para derrubar a decisão do STF que limitou suas atividades –
Eunício Oliveira (PMDB-CE), tinha a prerrogativa de não se manifestar por
ocupar a Presidência do Senado Federal. Assim, o quórum foi de
71 senadores e houve o registro de 70 votos.
Ao comentar o resultado da votação, o presidente da
Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou que a decisão do plenário “é
soberana”. Ele acrescentou que procurou seguir as determinações regimentais,
com as questões de tempo e número de oradores favoráveis e contrários.
O voto aberto mostra uma decisão do
Plenário às claras. Cabe a mim respeitar"
Eunício Oliveira, presidente do
Senado Federal
Eunício lembrou que, mais cedo, o ministro
Alexandre de Moraes, do STF, já havia determinado a votação aberta, o que,
segundo ele, evitou a apresentação de questões de ordem e um
consequente atraso no processo. Para o presidente do Senado, o
resultado não foi corporativo. O peemedebista afirmou que “apenas dirige
os trabalhos”, sequer vota “nem faz encaminhamento de matéria”.
Argumentos
A sessão desta terça (17) começou às 17h05 e 10 oradores defenderam seus pontos de vista. Falaram contra as medidas cautelares impostas ao mineiro pelo STF os senadores Jader Barbalho (PMDB-PA), Telmário Mota (PTB-RR), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Roberto Rocha (PSDB-MA) e Romero Jucá (PMDB-RR). Já Alvaro Dias (PODE-PR), Ana Amélia (PP-RS), Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Reguffe (Sem partido-DF) foram favoráveis.
A sessão desta terça (17) começou às 17h05 e 10 oradores defenderam seus pontos de vista. Falaram contra as medidas cautelares impostas ao mineiro pelo STF os senadores Jader Barbalho (PMDB-PA), Telmário Mota (PTB-RR), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Roberto Rocha (PSDB-MA) e Romero Jucá (PMDB-RR). Já Alvaro Dias (PODE-PR), Ana Amélia (PP-RS), Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Reguffe (Sem partido-DF) foram favoráveis.
Via de regra, os que defendiam o retorno de Aécio
Neves ao Parlamento citaram a Constituição Federal e o princípio da separação
entre os poderes, afirmando que a Casa tinha autonomia para decidir sobre o
caso. “Se não aceitarmos a suspensão, não estaremos passando a mão na cabeça de
ninguém, e sim dizendo que o mandato é inviolável. Lá no STF ele será julgado”,
disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá.
O peemedebista estava de atestado médico para
tratar de uma grave crise de diverticulite, mas fez questão de participar da
votação sobre o destino de Aécio. Além dele, os senadores Ronaldo Caiado
(DEM-GO) e Paulo Bauer (PSDB-SC), igualmente de licença médica,
também participaram da sessão.
Já os contrários à restituição do mandato do
político afirmavam nada ter contra ele, mas que era preciso cumprir
determinações judiciais, independentemente de quem for o alvo das
sentenças. “Meu voto é no sentido de que o Senado não pode e não deve rever uma
decisão da Justiça brasileira, qualquer que seja ela. Se alguém deve rever uma
decisão judicial, esse alguém é a Justiça”, pontuou Reguffe (sem partido-DF).
Essa fase terminou às 18h55 e os partidos deram
início à orientação de voto. Os líderes do PMDB, PSDB, PP, PR, PRB, PTC e PROS
pediram a seus integrantes que fossem contra às medidas cautelares
decididas pelo Supremo. PT, PSB, Podemos, PDT, PSC e Rede, por sua vez,
indicaram que seus afiliados fossem à favor da manutenção das restrições
impostas a Aécio. DEM e PSD liberaram as bancadas. Não ficou registrado no
painel de votação as orientações do PCdoB, PPS e PTB.
Fonte.https://www.metropoles.com
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