sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Procura-se assassino de travesti

O Portal dos Procurados divulga nesta terça-feira, dia 17/11, cartaz com recompensa de R$ 1 mil, por informações que levem a prisão de Igor Cassiano Vitória de Oliveira, de 26 anos, principal suspeito de pelo homicídio do transexual Letícia Campos, também de 26 anos.
Moradora da comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, Letícia foi a um pagode no último domingo (8) e segundo testemunhas ela lá saiu com um rapaz para o sítio dele na Villa Valqueire. Para o principal suspeito Igor Cassiano, ela não havia revelado que era transexual e admitiu a uma amiga, via mensagem de celular, que estava preocupada por ter omitido a informação. “Amiga, estou no Valqueire no sítio de um coronel da Aeronáutica. Eu faço é bosta da minha vida. Pelo amor de Deus, se acontecer alguma coisa eu estou aqui. Ele nem sabe que eu sou travesti", disse ela na mensagem.
Desde que saiu do pagode na madrugada do dia 09, quando falou com uma amiga pela última vez, Letícia está desaparecida, e nunca mais foi vista. A família teme que o suspeito tenha tido uma reação homofóbica em relação a Letícia Campos.
Em desfavor do suspeito foi expedido mandado de prisão, pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Cartório do Plantão Judicial, mandado de prisão nº: 457158-18.2015.8.19.0001.0001, pedido de Prisão Temporária, com validade até 14/11/2035, pelo crime contido no artigo 121 – Homicídio Qualificado com ocultação de cadáver.
Inicialmente o caso foi registrado na 28ª DP (Campinho) e depois encaminhado para a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), onde está tramitando o inquérito policial.
Quem tiver alguma informação a respeito da localização e paradeiro de Igor Cassiano Vitória de Oliveira, denuncie, enviando uma mensagem de texto, vídeo ou fotos para o aplicativo de mensagens do WhatsApp do Portal dos Procurados (21) 96802-1650, ou entre em contato com a Central Disque-Denúncia pelo (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177, para quem estiver fora da capital.
O Anonimato é garantido. A Coordenação do Portal dos Procurados, alerta à população para não investigar por conta própria. As informações recebidas serão direcionadas para DDPA, que está encarregada do caso



“Sou negro, pobre e gay e tenho potência também”


Aos 20 anos, Liniker é dono da nova voz brasileira do soul

Cantor e compositor
 

  • Liniker Barros. / LILO CLARETO
    Uma voz poderosa, no tom grave e levemente rouco típico dos artistas de soul, anda circulando pelas redes sociais, cantando em bom português. Ela é negra, vai para cima e para baixo sem dificuldades e já entrou pelos ouvidos de milhões de internautas, convidando-os a swingar ao som de um EP, Cru, lançado menos de um mês atrás. O dono dela tem nome: Liniker – como Gary Lineker, o jogador de futebol britânico que brilhou numa Copa do Mundo poucos anos antes de seu xará brasileiro nascer, em 1995. Porém, mais que tudo, o dono da voz tem presença e sabe o que quer.
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    “Um dos meus maiores desejos como artista é: bote para fora quem você é, não tem problema”, diz o cantor e compositor de Araraquara – cujo batom roxo e cintilante faz contraste perfeito com a pele negra e cuja barba em forma de cadeado fazem suas grandes argolas prateadas luzirem ainda mais. Liniker, do alto de seus 20 anos, tem estilo bem definido, na música e na vida. Conta que quando usou um turbante pela primeira vez, há alguns anos, sentiu que vestia uma coroa.


    LILO CLARETO
    No circuito da música independente, pode-se dizer que ele já foi coroado, com uma turnê nacional confirmada e outra internacional em vista, ao lado de sua banda, Liniker e os Caramelos. Que não se estranhe que ele estoure também, muito em breve, nos palcos da indústria tradicional. Munido, por um lado, de energia, o filho de Ângela (“minha mãe, minha maior inspiração”) se diz pronto para decolar na carreira artística. De outro, revestido de coragem “em tempos tão opressores”, caminha por Araraquara, Santo André (onde há dois anos estuda teatro) e São Paulo sem medo de ser quem é.
    Pergunta. Você estourou, né? E muito rápido.
    Resposta. Estourei. Lançamos o EP no dia 15 de outubro, e em uma semana um dos vídeos que gravamos já tinha um milhão de visualizações. Foi surpreendente. Você sempre espera que a coisa vá bem, mas não que aconteça tão rápido assim. Está tudo muito incrível, do tipo “Meu Deus, olha onde a gente está chegando...”.
    P. Quando foi que você cantou pela primeira vez e viu que tinha talento para a música?
    R. Foi na sexta série. A professora pediu para a gente cantar no dia das mães, acho. Eu cantei, e todo mundo ficou boquiaberto. Sempre gostei de cantar. Mas como minha família é de músicos, ficava quieto, com vergonha. Todo mundo era profissa, então eu pensava: “Vou abrir minha boca aqui e cantar? Não”. Depois fui fazer teatro, e a peça era Os Saltimbancos, precisava cantar. Fiz o teste para ser o cachorro, passei e não parei mais. Comecei a investir a fundo no canto depois que entrei no teatro, com uns 15 anos.
    P. Seu negócio é mesmo a black music, pelo que mostra seu primeiro disco, ou você se identifica com outros gêneros musicais?
    R. Sim. Black music, num sentido amplo do termo, foi o que eu cresci ouvindo. Tenho uma influência muito forte do samba rock por causa da minha mãe, que dava aula de dança desse ritmo pelo interior de São Paulo. Eu sempre estava com ela, dançando na sala, aprendendo os passinhos. E com os meus tios, que são compositores de samba raiz. Um deles já está na carreira há 30 anos. Então, eu cresci com essas influências de música preta. Se eu não fosse músico, com essa família, não sei o que era para ser.
    P. Como é a cena musical em Araraquara?
    R. Tem muita coisa, desde as bandas sertanejas até as de samba. Também tem muita coisa de rock lá, inclusive um festival que se chama Grito Rock e outro, Araraquara Rock. E aí, tem o chamadoBaile do Carmo, com o qual minha família sempre foi muito envolvida. Tem 150 anos, se não me engano, e começou nos quilombos que havia perto de Araraquara. Os negros se reuniam nas fazendas, aproveitando uma data que os patrões deixavam eles usarem o quintal para festejar. Isso foi tomando visibilidade na cidade, a cada ano com novas atrações. São cinco dias: baile de gala, baile black, baile esportivo, jogo e almoço. Então toda a comunidade negra de Araraquara se encontra aí, em julho. É incrível, uma das maiores influências da minha vida.
    P. Curioso, porque ao menos quem não é de Araraquara relaciona a cidade com os fazendeiros, os imigrantes italianos, empresas grandes como a Cutrale... Não tanto com a comunidade negra.
    R. Verdade. Acho que o Baile do Carmo é o único meio hoje que vai contra o escanteio da cultura negra na cidade. O evento resiste, e a cada ano toma uma potência maior, ainda que falte um pouco de engajamento da própria comunidade negra, na minha opinião. Muitas pessoas em Araraquara nunca ouviram falar do baile na própria cidade.


    LILO CLARETO
    P. Li que sua mãe é uma grande inspiração para você. Por quê?
    R. Sim. Minha mãe é uma mulher incrível. Ela se chama Ângela. Criou meu irmão, que tem 13 anos, e a mim, sozinha, com muito esforço. Tenho pouca relação com o meu pai. Minha mãe, ao contrário, é um grande apoio: aquela pessoa pra frente, aquariana, que pede calma e diz que tudo vai dar certo. A todos os lugares aonde ia, ela fazia questão de me apresentar: “Este é o meu filho, Liniker, a gente está junto aqui”. Uma pessoa muito presente, pé no chão, que vai para a vida. “Vai, segue aí. Não fique na minha saia, por mais que eu vá sofrer”.
    P. Fale um pouco sobre o seu primeiro EP, Cru.
    R. Comecei a compor aos 16 anos. Eu escrevia cartas de amor também, que não tinha coragem de entregar para os caras de quem gostava. Até que entendi que tinha que botar isso para o mundo, de alguma forma. Ano passado, depois de um ano estudando em São Paulo, fui para Araraquara e conheci o Guilherme Garboso, o baterista da banda até pouco tempo atrás, e disse para ele que queria produzir minhas músicas, que tinha essas letras e precisa que a gente fosse pela vertente do soul e da black music. Queria que as pessoas sentissem como eu me sinto quando escuto esse tipo de música: uma coisa que pulsa, que não tem como conter. Começamos a trabalhar em fevereiro e ensaiamos até julho. Em outubro, lançamos o EP com três músicas: Louise do BrésilZero e Caeu. Todo o processo foi muito colaborativo, como minha experiência de estudo na Escola Livre de Teatro de Santo André. Convidamos pessoas que queriam trocar artisticamente e aí rolou de forma muito orgânica.
    P. Quais são suas referências musicais?
    R. Clube do Balanço, total. Cartola. Pela Etta James sou tarado. Pela Nina Simone também. Amo todos os classicões do samba... E Caetano, Gil, Gal. Gosto da nossa música, que tento juntar com a de fora. Escuto muita coisa atual também, como a Tulipa Ruiz e a Cássia Reis, que é uma rapper nova. E os meus tios, né? São meu poço de inspiração sempre. Se não fosse por eles…
    P. Seu trabalho musical parece vir acompanhado de uma preocupação estética.
    R. Sim. Queríamos que o EP fosse uma coisa íntima, então gravamos ao vivo. Para captar o momento, o cru mesmo. As músicas ficaram muito cênicas, assim como o arranjo e a interpretação. E aí estou de batom, de brincão… Eu me visto assim no meu dia a dia e sentia que precisava mostrar isso para o público, ser o mais transparente possível. Por que colocar uma calça jeans e uma camiseta e mostrar meu trabalho só com a voz? Meu corpo é um corpo político. Preciso mostrar para as pessoas o que estou passando. “Este é o Liniker, um cara pode usar um batom, turbante e cantar”. Isso não me distancia de nada. Sou um artista deste porte.

    Por que colocar uma calça jeans e uma camiseta e mostrar meu trabalho só com a voz?  Meu corpo é um corpo político"
    P. Usar roupas ditas femininas nunca causou problemas a você, por causa da reação de outras pessoas?
    R. Sempre quis usar as roupas da minha mãe, mas não fazia isso, sobretudo em Araraquara, uma cidade pequena, porque ia ser hostilizado. Ia para um brechó, queria um vestido, um brinco, mas não comprava… Comigo mesmo eu estava bem, o problema era a cidade. Meu processo desatou depois de sair de casa e me sentir mais liberto. Pensei: “Agora que estou construindo minha liberdade, se eu não puder ser quem eu sou e vestir o que quero, não vai adiantar de nada”. Comecei a usar batom e saia e a sair na rua com essas roupas. Aí fui para Araraquara pela primeira vez pensando “vou mostrar para eles quem sou”. Um tio meu me questionou, queria saber o que estava acontecendo e me deu uma roupa dele – “para você saber como homem se veste”. Agradeci, mas disse que não ia usar. E minha mãe me defendeu: “Deixa o Liniker, ele é um artista”. Ela falou que as pessoas iam falar, mas que a gente estava juntos. Se minha mãe, que tinha me criado, estava tranquila, tudo estava bem e “o resto que se foda”. Uma vez fui para casa e quando voltei, encontrei um rímel de presente que ela colocou na minha bolsa. Que fofa.
    P. Você disse que seu corpo é político. O que você gostaria de transmitir com ele?
    R. Neste momento de tanta opressão, me colocar assim, com essa força, é muito importante. As pessoas precisam saber que eu sou negro, pobre e gay e posso ter uma potência também. Sou um artista que se expressa assim. Então, se você está aí, se sente reprimido e tem vontade de colocar seus demônios para fora, mostrar quem você realmente é, coloque-se. Esse é um dos meus maiores desejos como artista desta geração.

    Se você está aí, se sente reprimido e também tem vontade de colocar seus demônios para fora, mostrar quem você realmente é, coloque-se"
    P. É preciso ser corajoso também.
    R. Nunca me bateram, graças a Deus. Mas fui muito agredido verbalmente. No metrô, você está tranquila e tem um cara com um celular, tentando disfarçar o fato de que está te fotografando. É muito escroto. Está invadindo o meu espaço. Não faz sentido. Um motoqueiro na rua uma vez falou: “Vou te comer, vem cá!”. Acho que é preciso ser corajoso. Não posso deixar que isso me reprima. Não sou essa pessoa.
    P. Você tem alguma mensagem para pessoas conservadoras como o deputado Eduardo Cunha, que é contra o aborto, a pílula e os gays?
    R. O corpo é meu. Eu que tenho liberdade sobre ele. Se tenho minha inteireza, por que você quer colocar seu bedelho em mim? Quem é você para ditar regras que eu tenho que seguir? Cada um é cada um, cada corpo é uma história.
    Via. http://brasil.elpais.com/
    Via

    70% dos voos previstos no Galeão atrasaram

    Pelo menos 70% dos voos previstos no Galeão sofreram atrasos

    Desde segunda-feira, uma das pistas de pousos e decolagens está interditada para obras


    O voo agendado para as 11h48m, com destino a Salvador, da Avianca, por exemplo, inicialmente teve o horário atrasado para as 13h40m e, agora, só deve decolar às 14h30m. Apenas das 11h às 12h, sete voos atrasaram. Um voo teve que ser desviado para Campinas para abastecer por causa da demora para pousar no Rio.
    A RIOGaleão diz que “a pista em operação tem capacidade para movimentação normal, mas intervenções operacionais de outros aeroportos podem causar esse aumento de intervalo entre as decolagens”. Segundo a concessionária, estão sendo tomadas providências para minimizar os impactos.
    Ao anunciar a interdição de uma das pistas, a RIOGaleão havia afirmado que a medida não causaria impacto operacional dos voos regulares, uma vez que o aeroporto tem capacidade de pista maior que a demanda existente. As intervenções devem durar até 30 dias a partir da data de início das obras. O objetivo, segundo a concessionária, é melhorar a infraestrutura para chegadas e partidas. As obras seriam necessárias devido ao degaste natural das pistas, consequência de fatores como as condições climáticas e o contato das aeronaves com o solo.
    “A intervenção faz parte do programa de recuperação do sistema de pistas para garantir ainda mais a integridade e segurança da operação, principalmente em um momento de aumento de voos em decorrência da chegada da alta temporada (até março de 2016)”, afirmou a RIOGaleão em nota, no início da


    Via  o Globo

    Boko Haram é o grupo extremista que mais mata no mundo

    Boko Haram é o grupo extremista que mais mata no mundo, diz estudo

    Com aumento em assassinatos, grupo soma com o EI mais da metade das mortes

    Bombeiros lutam contra o fogo após uma explosão reivindicada pelo Boko Haram na cidade de Jos, na Nigéria, no ano passado - STR / AFP
    LAGOS, Nigéria — Um novo estudo do Instituto Para a Economia e a Paz diz que o grupo insurgente islâmico nigeriano Boko Haram tornou-se o grupo extremista que mais mata no mundo, ultrapassando os números do Estado Islâmico, ao qual é afiliado desde março. De acordo com o Índice Global de Terrorismo, as mortes atribuídas ao Boko Haram cresceram em 37% em 2014, sendo 6.644, comparadas a 6.073 cometidas pelo Estado Islâmico.
    Os dois grupos são os responsáveis por 51% das mortes pelo terror mundial, de acordo com o estudo. O documento diz ainda que quase todos os ataques terroristas aconteceram em países onde a violência exercida pelo governo é generalizada.
    A Anistia Internacional culpou o Boko Haram também pelas mortes em estado de detenção de outros 8 mil civis.
    Nesta terça-feira, um ataque a bomba em um mercado na cidade de Yola, no Nordeste da Nigéria, matou ao menos 32 pessoas e feriu outras 80. O Boko Haram não reivindicou a autoria do atentado, mas é o principal suspeito por conta de sua atuação violenta na região. Ainda nesta semana, o coordenador humanitário da ONU para o Sahel, Toby Lanzer, denunciou a destruição de cerca de 1.100 escolas neste ano pelo grupo extremista, na região do Lago Chade, que compreende Camarões, Chade, Níger e Nigéria.
    A insurgência liderada pelo Boko Haram já fez pelo menos 17 mil mortos desde 2009. A violência forçou 2,6 milhões de pessoas, incluindo 2,2 milhões de nigerianos, a deixarem suas casas, segundo Lanzer. O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, prometeu acabar com a rebeldia terrorista até o final do ano.


    Via O Globo 

    Irmão do mentor dos ataques em Paris está preso no Marrocos

    Yassine Abaaoud foi detido no mês passado ao chegar na cidade natal do pai

    Abdelhamid Abaaoud, mentor dos atentados coordenados em Paris. Seu irmão mais novo, Yassine, está preso no Marrocos há cerca de um mês - Reuters
    RABAT - Autoridades marroquinas prenderam no mês passado Yassine Abaaoud, irmão mais novo de Abdelhamid Abaaoud, suposto mentor dos atentados coordenados em Paris que deixaram 129 mortos há uma semana, ao chegar na cidade natal do pai, Omar Abaaoud, em Agadir, informou uma fonte de segurança do Marrocos nesta sexta-feira.
    Yassine foi detido logo após o avião em que estava aterrissar em Agadir. Ele está sob custódia desde então, afirmou a fonte à Reuters sob condição de anonimato.
    — Ele está preso há cerca de mês agora — relatou.
    Yassine está detido sob suspeita de atividade terrorista, mas não é claro se Yassine tem ligações com a célula militante que Abaaoud chefiava na Europa. A fonte se recusou a fornecer mais detalhes sobre a prisão.
    A advogada de Omar, Nathalie Garrant, disse à imprensa belga que ele procura com urgência pelo filho Younis, de 15 anos, que esteve com Abdelhamid na Síria. O número de irmãos de Abdelhamid não foi confirmado e, portanto, não se sabe com certeza se Younis e Yassine são irmãos diferentes ou a mesma pessoa.
    A advogada afirmou que Younis foi para a Síria desde 2014. Ela diz que o pai quer entender porque Abdelhamid "levou Younes com ele, onde ele está e se está vivo ou morto", informou o "The Guardian".
    Abdelhamid Abaaoud, militante belga de 28 anos afiliado ao Estado Islâmico, foi morto durante uma operação da polícia francesa em Saint-Denis, ao norte de Paris, na quarta-feira, conforme a Procuradoria da França confirmou na quinta-feira. Nesta sexta-feira, o procurador-geral da França informou que um terceiro corpo, de uma mulher, foi encontrado no apartamento no qual a ação policial ocorreu. As autoridades informaram ainda que um passaporte encontrado confirmou que a mulher-bomba que se explodiu no episódio era Hasna Aitboulahcen, prima de Abaaoud, nascida em 12 de agosto de 1989.


    VIA.  Agencia Internacional de noticias

    INTERNET NO MORRO





    • Mulheres usam mais internet do que homens em favelas

      A pesquisa do Data Favela, de Renato Meirelles, mostrando que a turma das comunidades acessa mais a internet do que a do asfalto, guarda curiosidades: as mulheres lideram a conexão nas favelas (64% pessoas do sexo feminino contra 57% do masculino). Ainda segundo o estudo, 89% dos jovens das comunidades são conectados. Esse número cai para 31% quando se trata dos pais deles.

    Energia em greve

    LEILÕES DE ENERGIA A-1



    Ernesto Xavier
    Tem gente temendo que a greve de funcionários da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) atrapalhe os leilões de energia A-1, marcado para dia 11 de dezembro, e A-5, em 5 de fevereiro de 2016. É que cabe aos funcionários analisar os projetos que vão participar da concorrência.
    Segue...
    A turma pede reposição da inflação acumulada de maio de 2014 a maio de 2015, de 8,17%, e das perdas acumuladas nos últimos anos, de 2%, para os analistas. Para os trabalhadores de nivel médio, os assistente, o comando de greve cobra aumento de 40% do salário base dos analistas.

    Negros ganham até 37,3% a menos, aponta pesquisa


    A participação dos negros no mercado de trabalho aumentou entre 2013 e 2014, nas regiões metropolitanas de Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. Mas o rendimento médio dessa parcela da população, embora tenha melhorado, ainda é expressivamente inferior ao dos não negros. Esta é a faceta visível da tão dissimulada discriminação racial do Brasil.


      
    As informações fazem parte de pesquisa divulgada nesta terça (17) pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), para marcar a semana que culmina com o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro.

    Segundo o estudo, é o crescimento econômico verificado nos últimos anos que tem possibilitado à população negra, composta por pretos e pardos, uma melhora na inserção produtiva. “Em termos gerais, essa população se beneficia do processo de estruturação do mercado de trabalho brasileiro”, diz o relatório.

    No entanto, a pesquisa indica que os negros estão mais presentes em ocupações mais precárias, caracterizadas pela ausência de proteção social e com menores remunerações. Em 2014, pretos e pardos recebiam entre 37,3% (em Salvador) e 22,5% (em Fortaleza) a menos que os não negros, nas regiões investigadas.

    Mercado de trabalho
    Em 2014, a população negra representava mais de dois terços da População em Idade Ativa (PIA) e da População Economicamente Ativa (PEA), ou seja, era maioria em relação aos não negros, nas regiões de Fortaleza, Recife e Salvador. Nesta última, os negros apresentaram a participação mais elevada na PIA (92,3%) e na PEA (92,4%).



    A taxa de participação - a proporção da PEA em relação à PIA - dos negros é ligeiramente superior à dos não negros nas regiões de Fortaleza (57,6% e 57,0%, respectivamente, em 2014), Recife (55,8% e 55,2%), Salvador (58,8% e 57,8%) e São Paulo (63,1% e 62,0%). A exceção ocorre em Porto Alegre, onde a taxa de participação dos negros (53,9%) é relativamente menor que a dos não negros (54,4%) em 2014.

    A inserção produtiva das mulheres negras no mercado de trabalho foi superior à das não negras nas regiões de Porto Alegre, Salvador e São Paulo. Nas regiões metropolitanas de Salvador e São Paulo, a presença da mulher negra mostrou-se mais intensa que nas demais regiões, 51,9% e 56,5%, respectivamente. Na Região Metropolitana do Recife, as mulheres negras e não negras apresentaram as menores taxas de participação, refletindo uma situação mais desigual em relação aos homens. Entre 2013 e 2014, a participação das mulheres decresceu em quase todas as regiões, exceto em Fortaleza.



    De qualquer forma, 2014, as mulheres negras seguem com uma participação menos expressiva que os homens negros no mercado de trabalho, o que indica desigualdade de acesso e permanência no mercado de trabalho segundo sexo, independente de raça/cor. Entre os homens, as taxas de participação de negros e não negros são bastante semelhantes e continuam mais elevadas do que as verificadas para as mulheres.

    O estudo indica que a desigualdade no acesso ao mercado de trabalho e nas condições de trabalho que afeta os negros é ainda mais intensa quando se trata das mulheres negras. “A dinâmica do mercado de trabalho expressa os padrões vigentes nas relações raciais e de gênero na sociedade brasileira”, afirma a pesquisa.

    Desemprego

    Apesar da intensidade da presença dos negros no mercado de trabalho metropolitano, esse segmento populacional ainda convive com patamares de desemprego mais elevados. No último ano, a proporção de negros no contingente de desempregados na maioria das regiões foi superior a 80,0%, exceto nas regiões metropolitanas de Porto Alegre (19,1%) e São Paulo (42,6%).

    Contudo, em todas as regiões, independentemente do peso relativo da população negra, observa-se um padrão de inserção desse segmento na condição de desempregados, ou seja, a proporção de negros entre os desempregados é sempre superior à parcela de negros entre os ocupados e no conjunto da População Economicamente Ativa (PEA).

    Na Região Metropolitana de Porto Alegre, a proporção de negros na PEA foi de 13,3%, e, entre os desempregados, correspondeu a 19,1%. Já na Região Metropolitana de Salvador, a população negra representava 92,4% da População Economicamente Ativa e 94,2% entre os desempregados.

    Entre 2013 e 2014, as taxas de desemprego apresentaram reduções na maioria das regiões analisadas. A desagregação dos dados pelos grupos de cor/raça mostra que a redução do desemprego ocorreu para negros e não negros. Na maioria das regiões, a redução do desemprego total para os não negros foi percentualmente maior que para os negros. Entretanto, na região de Salvador, o desemprego declinou apenas para a população negra e, em São Paulo, aumentou para não negros, mas permaneceu estável para negros.



    Embora o desemprego ainda seja maior entre os negros, observa-se importante redução do diferencial das taxas de desemprego total entre os negros e não negros ao longo dos anos. Na análise por raça/cor e sexo, destaca-se a sobreposição da discriminação sobre as mulheres negras, que apresentam as mais elevadas taxas de desemprego em comparação aos demais grupos.

    O desemprego atingia mais as mulheres negras do que os homens negros e não negros, em 2014. Na Região Metropolitana de Salvador, a taxa de desemprego das mulheres negras (20,5%) equivalia aproximadamente a duas vezes a taxa dos homens não negros (10,6%). A menor distância observada foi na Região Metropolitana de Fortaleza (mulheres negras, 8,7%, e homens não negros, 6,7%).

    Ocupação
    Entre 2013 e 2014, a proporção de ocupados negros no mercado de trabalho cresceu nas regiões metropolitanas pesquisadas pelo Sistema PED, para mulheres e homens. Em Fortaleza, a proporção de ocupados negros aumentou 6,5 p.p. e, em Salvador, 0,9 p.p.. No último ano, 92,0% do total de ocupados eram negros em Salvador e 82,9%, em Fortaleza. A menor concentração de negros no conjunto dos ocupados foi observada na Região Metropolitana de Porto Alegre: 12,9% do total.

    Por setor, como os demais trabalhadores, os negros concentravam-se nos serviços, que, no entanto, absorviam, relativamente, mais os não negros. Na indústria de transformação, a proporção de negros ocupados era bastante próxima da de não negros. As exceções foram Fortaleza (negros, 18,4%, e não negros, 15,7%) e Porto Alegre (negros, 17,3% e não negros, 13,3%), áreas onde havia mais negros neste segmento.

    Já no setor da construção - em que predominam postos de trabalho com menores exigências de qualificação profissional, relações de trabalho mais precárias e menores rendimentos - absorvia um percentual de homens negros bem mais elevado do que de não negros.



    No emprego doméstico, os negros, em especial as mulheres, possuem participação relativa bastante elevada. Em São Paulo, 19,0% do total de ocupadas negras estavam inseridas nesse segmento em 2014.

    No setor público, onde o ingresso ocorre principalmente por meio de concurso público, é notável a menor presença de negros em relação aos não negros em todas as regiões investigadas. “A explicação para essa diferença possivelmente tem origem no fato de cerca da metade dos assalariados públicos possuírem nível de escolaridade superior”, diz o estudo.

    Do ponto de vista das garantias trabalhistas e previdenciárias, em 2014, os não negros encontravam-se em situação relativamente melhor do que os negros, na maioria das regiões metropolitanas: 62,9% de não negros e 61,7% de negros estavam inseridos em ocupações regulamentadas (soma de assalariados do setor privado com carteira assinada e do setor público) em São Paulo.

    Nas outras regiões, a situação era a seguinte: Salvador - não negros, 61,8%, negros, 61,0%; Recife - não negros, 61,5% e negros, 57,3%; Fortaleza - não negros, 54,9% e negros, 52,1%. Apenas em Porto Alegre, a proporção de não negros em ocupações regulamentadas, 64,7%, era menor que a de negros, 69,2%.

    “As formas de inserção dos trabalhadores negros ocupados ainda são marcadas pela precariedade quando se constata que, mesmo com o crescimento do emprego mais formalizado, a participação relativa dos negros é maior nas ocupações nas quais prevalece a ausência da proteção previdenciária e, em geral, os direitos trabalhistas são desrespeitados”, afirma o relatório.

    Rendimento
    De acordo com o estudo, o rendimento médio dos ocupados negros cresceu mais intensamente que o dos ocupados não negros entre 2011 e 2014 em todas as regiões analisadas, principalmente em função da elevação dos rendimentos pagos no setor da construção, segmento no qual a população negra está fortemente engajada.

    Ma, ainda assim, a dimensão da desigualdade dos rendimentos entre negros e não negros nos mercados de trabalho metropolitanos fica evidente quando se analisam rendimentos médios reais por hora trabalhada. Embora a elevação do rendimento dos negros tenha ocorrido de forma mais acelerada do que o dos não negros, permanece uma distância significativa, que explicita a discriminação racial.



    Em 2014, os negros ocupados nos mercados de trabalho metropolitanos observados pela PED ganhavam entre 62,7% (em Salvador) e 77,5% (em Fortaleza) do rendimento médio por hora dos não negros.

    Entre 2013 e 2014, houve uma melhora relativa dessa relação em Fortaleza, onde passou de 73,9% para 77,5%; em Porto Alegre, de 70,2% para 72,3%, e em Recife, de 68,8% para 72,8%. No entanto, a relação do rendimento hora entre negros e não negros aumenta em São Paulo, de 65,4% para 63,7%, e em Salvador, de 65,3% para 62,7%. A situação menos desigual foi registrada em Fortaleza, mas, ainda assim, chega a mais de 20% de diferença.

    Os dados também indicam que permanecem as práticas de subvaloração da força de trabalho da mulher negra, reafirmando a duplicidade de discriminação. Embora tenha havido evolução positiva neste indicador, para 2014, o rendimento médio por hora auferido por uma mulher negra em relação ao homem não negro correspondia a 61,7%, em Porto Alegre; 59,0% em Fortaleza; 58,1%, em Recife; 53,6%, em Salvador e; 51,6%, em São Paulo.

    Via Dieese

    Ataque á marcha das mulheres em Brasilia

    Com coragem e luta, Marcha das Mulheres Negras enfrenta o racismo

    Ramila Moura
    Marcha das Mulheres Negras leva música e cor para BrasíliaMarcha das Mulheres Negras leva música e cor para Brasília

    As mulheres negras encheram as ruas de Brasília-DF, nesta terça-feira (18), com cor, música e discursos contra a violência e o racismo. Até chegar em frente ao prédio do Congresso Nacional, a marcha, que saiu do Ginásio Nilson Nelson, percorreu o Eixo Monumental e a Esplanada dos Ministérios com faixas, cartazes e palavras de ordem “contra o racismo, contra a violência, pelo bem estar”. E receberam de parlamentares, ao longo da marcha, palavras de apoio.


    Com um disparo de arma de fogo e vários rojões, um manifestante do acampamento que pede o impeachment da presidenta Dilma e a volta do regime militar tentou provocar tumulto na Marcha das Mulheres Negras. A correria das mulheres, inclusive idosas, não foi o suficiente para dispersar a marcha.

    As palavras de apoio foram novamente ouvidas durante a sessão do Congresso Nacional, que acontecia no mesmo momento em que houve o tumulto provocando pelos manifestantes golpistas. Foi a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), quem pediu ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que presidia a sessão, que fosse feita uma revista no acampamento dos manifestantes golpistas. Na semana passada, a polícia prendeu um sargento reformado da polícia que participava do acampamento com uma pistola e várias armas brancas.

    Luciana Santos, presidenta do PCdoB e deputada federal por Pernambuco, presenciou estarrecida a “cena de horror” e relatou: “Eu estava vindo com a Marcha das Mulheres Negras em direção ao Congresso Nacional quando um manifestante pró-impeachment atirou para cima no meio da marcha. Foram 3 tiros! Uma manifestação de ódio e intolerância que nós não podemos aceitar. O PCdoB vai reagir à altura e solicitar à mesa diretora da Câmara e do Senado que não permita esse acampamento com pessoas armadas, perto do Congresso Nacional. Isso vai de encontro a qualquer tipo de manifestação plural e democrática”.



    Luciana contou ainda que depois do susto inicial “e vendo que todas estávamos bem, consegui registrar o momento da prisão. Um absurdo que o rancor e a intolerância tentem tomar o lugar da coragem, da força, da alegria e da combatividade que marcaram esta linda Marcha das Mulheres Negras 2015”, desabafou.


    Durante a Marcha das Mulheres Negras, em cima do carro de som, a líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali, declarou: “Nós não podemos permitir que as mulheres sejam assassinadas no aborto ilegal. Nós não podemos permitir que os homens entendam as mulheres negras como algo que possa ser descartado da vida com violência familiar”.

     



    Movimento de luta
     
    Com roupas e turbantes coloridos, com música e dança, cartazes e discursos, cerca de 25 mil mulheres negras percorreram as ruas anunciando que marchariam “até que todas as mulheres sejam livres”.

    A presidenta da Unegro no Distrito Federal, Santa Alves, considerou a marcha um grande sucesso pela força demonstrada pelas mulheres negras, reforçando o desejo das mulheres negras de combater o racismo que as oprime, para garantir a construção de uma sociedade de bem-estar. E acrescentou que as mulheres negras não vão permitir que o Congresso aprove matérias que aumente a opressão contra as mulheres.


    Um grupo de mulheres do Quilombo Quingoma, de Lauro de Freitas, na Bahia, aproveitaram a marcha para denunciar as ameaças à comunidade remanescente de quilombolas com a construção da Via Metropolitana Camaçari-Lauro de Freitas, que vai passar dentro da terra delas.

    Vídeo com as mulheres cantando.

    Agressão dos golpistas

    A marcha alegre que chegou em frente ao prédio do Congresso Nacional, parada tradicional das manifestações públicas, foi recebida com tiros por um sargento da polícia que foi preso em seguida. Ele alegou que se sentiu “ameaçado” pela presença das mulheres negras no espaço público.

    Após os tiros, seguido de rojões, houve correria e dispersão. As mulheres ocuparam o gramado onde estão acampados os golpistas, que as ameaçaram e expulsaram do local. A polícia legislativa, que fez um cerco na entrada do prédio do Congresso, a tudo assistiu sem nenhuma interferência.

    Do alto do carro de som, as organizadoras da marcha pediam as mulheres que não aceitassem provocação, saíssem do gramado e seguissem a marcha, que continuou pelo outro lado da Esplanada dos Ministérios, após a prisão do golpista.



     

    De Brasília
    Márcia Xavier 

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