Sindicato denuncia a Globo no Ministério Público do Trabalho
A coluna descobriu, com exclusividade, que o órgão acionou o MPT após diversas denúncias de “panelinha” na contratação de atores
Como esta coluna já havia revelado, a Santo Expedito tinha como sócio Francisco Acciolly, que também era preparador de elenco da Globo. Acciolly chegou a ser contratado para outro cargo fixo na emissora e deixou de agenciar atores, segundo a atual proprietária da agência, Anna Luiza Paes de Almeida. No entanto, de acordo com o dossiê do Sindicato dos Artistas, a “panelinha” entre a empresa e o elenco de produções da Globo continua.
Ainda segundo o Sated-RJ, as contratações de atores do cash da empresa se destacam ainda mais quando se observa a parceria entre Francisco Acciolly e o diretor José Luiz Villamarim. Isso seria possível observar em produções como Justiça, Amores Roubados, Amor de Mãe e Pantanal, que contam com artistas agenciados pela Santa Expedito.
Atores como Jesuíta Barbosa, Julia Dalavia, Duda Batson e Sophie Charlotte são alguns dos agenciados pela empresa.
À coluna Fábia Oliveira, o presidente do Sindicato dos Artistas do Rio, Hugo Gross, afirmou que, diante da situação, a instituição decidiu acionar o MPT, através do advogado Rafael Peixoto.
“A resposta foi que não viram nada. Mas os atores que são perseguidos, que ligam aqui pro sindicato, são muitos. Isso tem que ser combativo. Nós ingressamos com uma denúncia no Ministério Público do Trabalho, pra ter uma transparência ao trabalhar”, explicou ele.
Hugo Gross ainda pontuou sobre o contato que fez recentemente com um assistente de direção.
“Eu fiz contato com um assistente de direção, o Igor Rodrigues, que havia convocado para dar um curso. Eu prontamente liguei para ele e perguntei se ele não achava isso desleal. Ele me respondeu que falou com o diretor acima dele e disseram que não tinha problemas. Todos os alunos dele fizeram participação em uma novela da Globo. É desumano. Estamos aqui pra combater isso, combater panela”, disparou ele.
E continuou: “Isso não é nada pessoal. A gente recebe as denúncias e, como instituição, precisamos tomar as medidas. Uma empresa do tamanho da Globo não pode ficar resumida a uma panelinha. Nós vamos continuar combatendo”.
Fonte. Jornal Metrópoles.
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