Quem lê sabe mais.Fica a dica.
Coluna semanal BY Eugenio Ibiapino
Morre Omolu
ator, bailarino e
coreógrafo Augusto José da Purificação, conhecido como Augusto Omolu, de 50
anos, foi encontrado morto na manhã de hoje, 2, no imóvel em que morava, uma
chácara na Praia de Buraquinho, em Lauro de Freitas (BA), região metropolitana
de Salvador. Segundo a polícia, Omolu foi assassinado com golpes de faca. O
autor do crime ainda não foi identificado.
O corpo da vítima foi encontrado por um funcionário do
imóvel por volta das 8 horas, com várias perfurações. Havia sinais de luta
dentro da casa. Segundo informações preliminares colhidas pelos agentes da 23ª
Delegacia, onde o caso é investigado, o coreógrafo foi visto, na noite de
sábado, em um bar do bairro de Portão, no mesmo município. Teria saído do
estabelecimento sozinho.
Omolu era um dos mais respeitados bailarinos e coreógrafos
da Bahia. Foi um dos fundadores da Escola de Dança da Fundação Cultural do
Estado da Bahia (Funceb), e autor da primeira coreografia do Balé Folclórico da
Bahia, Dança de Origem, em 1988. Ministrava aulas e palestras em todo o mundo e
era professor e assistente de direção do Balé do Teatro Castro Alves (TCA), em
Salvador.
O assassinato causou revolta na classe artística baiana. Foi
marcada uma manifestação para a manhã de amanhã, na frente da Escola de Dança
da Funceb, no Pelourinho. "É uma perda para a dança, para a cultura da
negritude, para a Bahia e o Brasil", relatou o presidente do Olodum, João
Jorge Rodrigues, em sua página no Twitter. A polícia trabalha com a hipótese de
latrocínio (roubo seguido de morte), mas não descarta outras motivações para o
crime.
Latrocinio ou homofobia?
Ignorância e falta de
educação são as marcas de uma geração de adolescentes.
Caso você não o conheça, vou apresentá-lo.
André Mehmari é
um dos maiores pianistas do Brasil atualmente, um
músico/arranjador/compositor/multiinstrumentista que tem como principal
qualidade, além de sua técnica primorosa, o trânsito fácil e livre que consegue
estabelecer entre os universos da música erudita e da música popular brasileira
e o
jazz. Ele chegou a vencer um
Prêmio Visa de MPB Instrumental
e vários concursos de composição erudita, já tocou ao lado de grandes cantoras
como Ná Ozzetti e Mônica Salmaso, e tem seis discos lançados, todos
excelentes.
Bem, feitas as apresentações, vamos ao motivo que me levou a escrever a
respeito dele hoje, mais precisamente, a uma terrível experiência pela qual ele
passou e que dá bem a medida dos tempos em que vivemos hoje. Peço permissão para
colocar abaixo o texto que ele escreveu em sua página no Facebook. Leia com
atenção, por favor...
“Há uns dias participei como convidado especial de um projeto musical
educacional, para jovens de escolas públicas, de 10 a 12 anos, aqui perto de
São Paulo. Levaram uma ótima banda, fizeram um roteiro bem bolado e caprichado
com atores de primeira, e na segunda parte, a pedido da produção, entrei no
palco, feliz da vida para falar de (Ernesto)
Nazareth e anunciar as
canções que se seguiriam.
Ao som de berros e injustificáveis vaias irracionais, ouvi toda sorte de
grosseria: ‘sai daí, filho da puta!’ ‘Vai tomar no ...!’, Vai se f....!’
Fiquei um tanto cabisbaixo, mas segui quase firme. Com muito orgulho,
falei um pouco desta música. Acompanhado por um supermúsico amigo - o
percussionista e compositor Caito Marcondes -, toquei desconcentrado e ainda
estupefato uma suíte de maxixes ‘nazarethianos’ abraçando uma ária de opera. É,
eu queria falar para eles desta coisa bonita da Musica, de não ter fronteiras,
a não ser na cabeça de medíocres e preconceituosos.
Mas a fronteira ali estava tão antes de qualquer pensamento, de qualquer
diálogo. Tudo tão aquém de qualquer desenvolvimento, que abaixei a cabeça e
levei mecanicamente a apresentação até o final, acreditando que se tocasse para
um único par de ouvidos férteis naquela plateia de 600 jovens pessoas já teria
valido meu esforço, minha confiança na vida.
Sei bem que educação é sempre desafio e que o Brasil encontra-se muito
longe de ter estrutura e pessoal adequado.
Meu apelo aqui fica para os pais, que acreditam que a educação de um
filho se dá na escola. Ela se dá principalmente em casa, neste nível
fundamental da formação do caráter de um ser humano. Não coloquem filhos no
mundo se não estão aptos e dispostos a dar uma formação cuidadosa e apaixonada
a estes novos seres.
E estou farto deste discurso politicamente ‘soft-new-age
-correto’
e praticamente inefetivo, de aceitar tudo e botar panos quentes em tudo que um
jovem faz e diz. Acredito que ele tem consciência de seus atos e cabe aos mais
experientes apontar problemas, olhar esta turma como nossos semelhantes que, em
poucos anos, estarão ocupando importantes cargos e funções.
Educação é invariavelmente feita com amor e dedicação e estas são
responsabilidades primordiais dos pais, depois da escola e da experiência. De
qualquer maneira agradeço a oportunidade de tocar para aqueles jovens, mesmo
tendo sofrido agressões que me ofenderam. Sei que aqueles que ouviram saberão
me agradecer no futuro. E estarei plenamente recompensado e tranquilo!”
Quem acompanha o que escrevo neste honrado espaço sabe bem o que penso a
respeito desta molecada nos dias atuais. Para quem não sabe, vou repetir numa
boa: salvo raríssimas exceções, toda uma geração de adolescentes brasileiros se
transformou em uma manada de asnos!
É isto mesmo o que você acabou de ler. Sem tintas douradas ou palavras
suaves. A realidade nua e crua é exatamente esta. Quem é pai ou mãe sabe
exatamente o que quero dizer. Nos dias atuais, professores se transformaram em
seres com nervos em frangalhos, com o espírito esgotado e abalado por terem que
lidar com pequenos bucéfalos, precocemente empurrados para a vala da ignorância
por causa do meio em que vivem, seja a família, os amigos e até mesmo a própria
escola.
Meninos e meninas são capazes de sugar o bom humor de quem quer que seja,
tão rapidamente quanto as palavras ásperas, os gritos e a violência verbal que
emanam de suas bocas sujas e cérebros já necrosados. Conversando com
professores, a opinião é unânime: sala de aula é hoje um lugar onde reina a
insanidade. Capacidade de cognição e momentos de sensibilidade por parte destes
adolescentes é visto como um autêntico milagre de natureza divina.
E quero deixar claro: isto não tem nada a ver com classe social e poder
aquisitivo! Há uma horda de adolescentes cretinos milionários, ricos, pobres e
miseráveis. A burrice e a falta de educação não fazem distinção.
O que aconteceu com o talentoso pianista André Mehmari em um teatro
municipal de Campinas, mais precisamente no bairro da Vila Industrial, é
sintomático da total falta de educação e bons modos de toda uma geração. Basta
dar uma olhada no meu perfil do Twitter para ver a quantidade de ofensas
pesadas – e que se multiplicam como moscas – toda vez que escrevo a respeito de
ídolos musicais desta garotada sem cérebro. Palavrões cabeludíssimos escritos
por meninas que sequer tiveram a sua primeira menstruação e meninos que nem
conhecem o significado do termo “punheta”. Dá vontade de fazer vasectomia no
dia seguinte...
Infelizmente, a escola não é mais capaz de propiciar aquela camada de
civilização que complementava a educação familiar. Basta ver a quantidade de
vídeos que inundam o You Tube com cenas de violência contra professores,
colegas de classe e funcionários para sacar que toda uma geração de jovens já
encara o seu semelhante como um rival, um adversário a ser derrotado de
qualquer maneira, nem que seja preciso ir armado para as aulas. O fato de
nenhum destes pequeninos monstros não reconhecer a autoridade no ambiente
escolar é o retrato inequívoco da falta de autoridade dentro de casa. Não
reconhecer isto é negar a existência de qualquer parâmetro de civilidade.
E há outro problema, tão sério quanto este: a superficialidade imediatista
que vê sendo imposta a todos nós diariamente pelos meios de comunicação. Em um
País que teoricamente prima pela “diversidade”, cada vez mais somos
esbofeteados por estratégias de
marketing desenfreadas, que tentam nos
obrigar a tomar a cerveja “X”, vestir a roupa “Y” e comprar o carro “Z” para
que ninguém se sinta... diferente! É o fim da picada!
Precisamos acabar com este papo de que “povo não gosta de cultura e arte”,
que vem nivelando a programação das emissoras de TV e rádio a níveis abaixo do
rasteiro. Temos que acabar com esta conversa de que “tudo é arte”, disseminada
por pseudointelectuais de padaria, que defendem a ideia de que as classes menos
favorecidas intelectualmente produzam a sua própria “cultura” e deixem de olhar
para o passado ou para outras vertentes de informação e conhecimento. Para
estes palhaços com pinta de sociólogos da PUC, tudo bem que isto resulte nos
“Naldos”, “Lek Leks” e “quadradinhos de oito” da vida, pois é “cultura de um
povo”. Cultura uma ova!
Ah, o nome do tal projeto do qual André participava chama-se
Ouvir Para
Crescer. Que ironia nauseante, não?
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Luan Santana e Faustão
O cantor Luan Santana foi um dos convidados especiais do
programa 'Domingão do Faustão' deste domingo (2). Depois de apresentar canções
de seu mais recente álbum, 'Quando Chega a Noite', o sertanejo decidiu fazer um
cover da música 'Someone Like You', da cantora inglesa Adele.
Apesar dos escorregões de Luan no inglês, não foi isso que mais chamou atenção.
Depois da apresentação do cantor no palco, Fausto Silva
agradeceu a presença dele no programa e fez um comentário que deixou muita
gente de boca aberta. 'Luan Santana! Cantando em homenagem a todas as
gordinhas do mundo', disse ele, dando o maior fora.
No Twitter, os usuários se revoltaram com o que Faustão global disse. "O
que era o Faustão falando da Adele, até parece que ele não se olha no espelho!
ADELE É VIDA", reclamou uma das internautas, indignada. Outra fã da
cantora postou: "É, Faustão! É só gordinha que ouve Adele. Tá certinho".
E aí? Acharam que o comentário de Faustão foi sem pé, nem cabeça?
Ainda sobre o Fautão;
Responsável por lançar grandes nomes da música brasileira e
de popularizar muitos cantores, o programa "Domingão do Faustão" pode
ter muito dinheiro envolvido nestes processos. Segundo o colunista Leo Dias, do
jornal "O Dia", alguns produtores da atração recebiam dinheiro de
artistas a fim de emplacar atrações musicais.
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Mas de acordo com a publicação, uma fonte, amigo de Faustão, que pediu para
se manter no anonimato, contou, em fevereiro de 2011, o esquema de propina ao
apresentador
Fausto Silva. Imediatamente, ele resolveu fazer
uma "limpa" em seu programa, demitindo todos os funcionários
envolvidos.
Leo Dias ainda informou que, na época, o grupo Exaltasamba teria pago R$ 220
mil para ter duas apresentações confirmadas na atração dominical. Os pagodeiros
estavam lançando o DVD "Ao Vivo na Ilha da Maria", e os empresários
concluíram que a exposição de 30 minutos no "Programa do Faustão"
faria alavancar as vendas do produto e lotaria a agenda de shows do grupo.
No mesmo período, o maestro Luiz Schiavon, fundador do grupo RPM e
responsável por sugerir algumas atrações, também saiu do "Domingão".
Ainda de acordo com o colunista, recentemente houve outra mudança, onde dois
diretores foram afastados. Mas, segundo fontes, a saída dos diretores não está
ligada ao esquema de suborno. A Rede Globo foi procurada pela publicação e
informou "desconhecer o assunto".
Ex chacretes podem processar a TV Globo, diz jornal
Foto:
Divulgação / TV Globo
A personagem Márcia, ex-chacrete vivida por Elizabeth Savalla, vem recebendo
elogios pela atuação, mas também está incomodando as verdadeiras ex-dançarinas
do programa de Chacrinha. É que, na trama, a personagem fala sem rodeios que se
prostituiu nos áureos tempos de chacrete, o que ofendeu as mulheres, que
chegaram a reclamar na emissora e com o diretor da novela, Wolf Maya, sobre o
caso. É o que revelou hoje Keila Jimenez em sua coluna "Outro Canal",
no jornal "Folha de S.Paulo".
Segundo a colunista, foi apurado que elas estão se reunindo e estudam processar
a TV Globo se as afirmações continuarem. As ex-dançarinas dizem que esse tipo
de citação na novela deprecia a imagem das dançarinas de programas de
auditório.
Porém, o autor da novela, Walcyr Carrasco, vê Márcia como uma personagem
isolada e não pretende pegar leve com o passado tumultuado da ex-chacrete, que
ainda vai dar o que falar na novela. O autor conta com apoio de Rita Cadillac,
famosa dançarina dos palcos do Velho Guerreiro, Chacrinha, para compôr o
personagem.
Michael Douglas diz
que seu câncer foi causado por sexo oral.
Michael Douglas fez uma declaração bombástica em entrevista
ao jornal 'The Guardian'. O ator, que foi diagnosticado com câncer na garganta
em agosto de 2010, disse que seu tumor foi causado por meio de sexo oral.
Sem rodeios, Michael respondeu: “Não. Porque, sem querer ser
muito específico, este tipo específico de câncer é causado pelo HPV, que na
verdade vem do sexo oral”. "Eu achei que o estresse causado pela prisão do
meu filho teria motivado o aparecimento do meu câncer. Mas, sim, esta é uma
doença sexualmente transmissível, que causa câncer e se você tem isso, sexo
oral é... também o melhor remédio para isso” disse o astro se referindo à
prisão de Cameron, condenado por posse de drogas.
Após
meses de desconforto e se consultando com vários especialistas, Michael foi
diagnosticado com a doença já bastante avançada, nível quatro. Ele se submeteu
à sessões de quimioterapia e se recusou a usar um tubo para se alimentar.
Perdeu 20 quilos devido a uma dieta líquida. Livre da doença há dois anos, o
ator faz exames
O HPV é um condiloma acuminado, conhecido também como
verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma doença
sexualmente transmissível (DST) causada pelo Papilomavírus humano (HPV).
Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar
câncer, principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo
HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do
câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo
do
útero
e deve ser feito rotineiramente por todas as mulheres.
O
HPV é uma DST que pode causar câncer principalmente no colo do útero e no ânus
Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem
sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões.
Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas
periodicamente.
Causas
A principal forma de transmissão do vírus do HPV é pela
via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar
sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito
maior. O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão
do HPV, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto.
Sintomas de HPV
A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de
tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na
região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns do HPV surgem na vagina,
vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões do HPV também podem aparecer
na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados
pelo vírus sem apresentar sintomas.
Saiba mais
Tratamento
de HPV
Na presença de qualquer sinal ou sintoma do HPV, é
recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação
do tratamento adequado para o HPV.
Saiba mais
- Saiba como prevenir e tratar o HPV
Prevenção
Vacina
Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV
mais presentes no câncer de colo do útero. Essa vacina, na verdade, previne
contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de
colo de útero só poderá ser observado após décadas. Uma dessas vacinas é
quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18,
presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em
90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos de
HPV 16 e 18.
Saiba mais
É fundamental deixar claro que a adoção da vacina contra
o HPV não substituirá a realização regular do exame de citologia, Papanicolau
(preventivo).
A vacina contra o HPV é mais uma estratégia possível para
o enfrentamento do problema e um momento importante para avaliar se há
existência de DST. Ainda há muitas perguntas sem respostas relativas à vacina
do HPV:
- A vacina do HPV só previne
contra as lesões précancerosas ou também contra o desenvolvimento do
câncer de colo de útero?
- Qual o tempo de proteção
conferido pela vacina do HPV?
- Levando-se em conta que a
maioria das infecções por HPV é facilmente debelada pelo sistema
imunológico, como a vacinação afeta a imunidade natural contra o HPV?
- Como a vacina afeta outros
tipos de HPV associados ao câncer de colo de útero e condilomas
(verrugas)?
A vacina do HPV funciona estimulando a produção de
anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai
depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a
presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um
longo período de tempo.
duração da imunidade conferida pela vacina do HPV ainda
não foi determinada, principalmente pelo pouco tempo em que é comercializada no
mundo, desde 2007. Até o momento, só se tem convicção de cinco anos de proteção.
Na verdade, embora se trate da mais importante novidade surgida na prevenção à
infecção pelo HPV, ainda é preciso delimitar qual é o seu alcance sobre a
incidência e a mortalidade do
câncer de colo do útero.
Vírus do HPV é mais resistente que o do HIV
Como sobrevive no ambiente, ele pode ser transmitido até por uma
toalha
Por Minha Vida - publicado em 09/07/2009
Ameaça silenciosa à saúde de homens e mulheres e
considerado uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), o Papiloma Vírus
Humano, mais conhecido como
HPV, atinge, em geral, a população jovem, de 14 a 29 anos, e
não tem cura.
Existem mais de 100 variações do vírus, os considerados de alto risco
(oncogênicos), que podem resultar no
câncer de colo de útero, e os de baixo risco, que provocam
outras manifestações, como o surgimento de verrugas acinzentadas (condiloma).
De acordo com o Ministério da Saúde, são registrados 137 mil novos casos da
doença a cada ano no país. "Estudos sugerem que após 12 meses da primeira
relação sexual, 30% das mulheres já apresentam determinados tipos de HPV",
comenta a ginecologista Sueli Raposo, do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica/
DASA.
Os números refletem uma das maiores preocupações em torno do HPV: a de que ele
pode ser transmitido com bastante facilidade e muita gente desconhece como o
contágio pode acontecer. O ginecologista José Maria Soares, um dos autores do
livro "Ginecologia" (Editora Manole), ajuda a esclarecer as dúvidas
em torno do assunto.
1. Usar preservativo já é o suficiente para evitar a transmissão do
HPV?
Não. A
camisinha é essencial para reduzir os riscos, mas não
elimina a chance de contaminação. Uma vez que o vírus pode ser transmitido
através do atrito da pele com uma área infectada, o preservativo vai proteger
apenas a região do pênis que é recoberta por ela. Se há contato com outras
áreas expostas contaminadas, como a região púbica e escrotal masculina ou com a
vulva feminina, as chances de transmissão existem.
2. É possível que a transmissão ocorra através do contato com toalhas,
roupas íntimas e até pelo vaso sanitário?
Sim. O HPV é mais resistente que o
HIV, porque sobrevive por mais tempo no ambiente. O risco de
contágio dessas maneiras é menor, mas existe. Logo, se uma pessoa tiver atrito
com uma peça infectada, a chance de contaminação não pode ser descartada.
3. E no caso de compartilhar a mesma lâmina ou fazer depilação com
objetos usados por mais de uma pessoa?
Também há a chance de transmissão. E quando envolve sangue, o risco aumenta
mais ainda.
4. A manifestação do HPV ocorre de maneira igual no corpo de homens e
mulheres?
Nas mulheres, podem aparecer na forma de feridas ou a aglomeração de verrugas
acizentadas (chamado de condiloma acuminado) por toda a área genital. Para
chegar a esse ponto, tudo vai depender da imunidade de cada uma. Pode levar uma
semana, meses, anos ou, às vezes, a ferida pode nunca ocorrer. Os homens, em
geral, não apresentam lesões visíveis no pênis, mas em alguns casos a
inflamação pode aparecer.
5. Quais são os outros sintomas que as mulheres podem apresentar?
A maioria das pacientes não tem sintomas, mas o mais comum são coceiras,
prurido e lesões. A úlcera vulvar, quando uma lesão abrasiva destrói a camada
de pele, é mais rara.
6. O HPV pode ocasionar outras doenças?
Sim, nas mulheres, alguns tipos do vírus podem ocasionar o câncer de colo
de útero. O HPV também pode estar associado a doenças venéreas, tais como
sífilis, gonorreia e clamídia.
7. Mas qual a melhor maneira de se prevenir contra o HPV?
Usar preservativo nas relações sexuais, ter um parceiro fixo, além de
cuidados higiênicos, como não compartilhar objetos pessoais ou sentar no vaso
sanitário de banheiros públicos são ações preventivas. Os homens devem passar
por exames laboratoriais periódicos. Já as mulheres devem fazer o exame
preventivo papanicolau ao menos uma vez por ano para detectar a presença do
vírus. E, quando um dos parceiros percebe qualquer alteração nas áreas
genitais, como lesões, vermelhidão ou verrugas, precisa procurar um médico
imediatamente. Outra forma de prevenção é a vacinação.
8. Existe uma vacina? Como ela funciona?
Sim. É mais uma medida preventiva. A vacina é comercializada no Brasil por dois
laboratórios e protege contra algumas variações do HPV. De acordo com estudos
clínicos, é indicada para uso em mulheres de 9 a 26 anos de idade. A eficácia
em outras faixas etárias e em homens ainda está sendo estudada. A aplicação é
feita em três doses, sendo a primeira na data escolhida e as demais com
intervalos de 45 dias. A vacina deve ser reforçada a cada ano.
Ministra critica atitude de Marcos
Feliciano.
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, comparou neste domingo o comando da
Comissão de Direitos Humanos e Minorias do Congresso Nacional à uma
"tragédia grega", em referência à presidência do deputado Marco
Feliciano (PSC-SP). "Atingimos o ápice do desrespeito aos direitos
humanos, com uma pessoa com um discurso homofóbico presidindo a comissão",
disse, durante entrevista coletiva de apresentação da 17ª edição da Parada do
Orgulho Gay de São Paulo.
Segundo ela, a realização da parada, que acontece neste
domingo na região da Avenida Paulista, serve como um contraponto a
manifestações e propostas encaminhadas por setores contrários à liberdade de
orientação sexual. "Precisamos ouvir coisas como um projeto de cura gay,
como se isso fosse doença", disse. Marta avaliou que as transformações da
sociedade precisarão partir de fora do Congresso e elogiou a atuação do Poder
Judiciário. "Pelo que se vê dali (Congresso), nada vai acontecer."
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) ressaltou que foram
criadas frentes parlamentares destinadas aos diretos de gays, lésbicas e
travestis. "Isso é um contraponto à Comissão de Direitos Humanos, para que
essa pauta não saia do Congresso", afirmou. Wyllys defendeu ainda a
aprovação do projeto em tramitação no Congresso que torna mais rígidas as penas
de lesão corporal e assassinato enquadrados em crimes de homofobia.
"Nos preocupa a composição da comissão de direitos
humanos que encaminha projetos como o da cura gay, entre outros
retrocessos", disse o presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT,
Fernando Quaresma. "Ao invés disso, deveriam se preocupar com problemas na
educação, saúde ou drogas", complementou.
Email
PELO MUNDO: Destaques
do Relatório de 2013 da Anistia Internacional
©Andrew Kelly
• A Anistia Internacional documentou restrições específicas
à liberdade de expressão em pelo menos 101 países, e tortura e maus-tratos, em
ao menos 112 países.
• Metade da população mundial continuou como cidadãos de
segunda classe no reconhecimento de seus direitos, uma vez que muitos países
deixaram de cuidar dos abusos relacionados ao gênero. Soldados e grupos armados
estupraram em Mali, no Chade, no Sudão e na República Democrática do Congo;
mulheres e meninas foram executadas pelo Taliban no Afeganistão e no Paquistão;
e mulheres e meninas grávidas por estupro, ou cuja gravidez ameaçava a saúde ou
sua vida, não puderam abortar com segurança em países como o Chile, El
Salvador, Nicarágua e República Dominicana.
• Em toda a África, os conflitos, a pobreza e os abusos por
parte das forças de segurança e grupos armados expuseram a fragilidade dos
mecanismos regionais e internacionais de direitos humanos - mesmo quando o
continente se preparava para comemorar o 50º aniversário da União Africana,
marcado por uma grande cúpula da UA na Etiópia esta semana (19-27 de maio de
2013).
• Nas Américas, os processos na Argentina, Brasil, Guatemala
e Uruguai marcaram importantes avanços no sentido de se fazer justiça por
violações passadas. O sistema interamericano de direitos humanos foi criticado
por vários governos.
• A liberdade de expressão foi alvo de críticas em toda a
região Ásia-Pacífico, com opressão do Estado no Camboja, Índia, Sri Lanka, e
nas Maldivas. Conflitos armados arruinaram a vida de dezenas de milhares de
pessoas no Afeganistão, Mianmar, Paquistão e Tailândia. Mianmar libertou
centenas de prisioneiros políticos, mas centenas de outros permaneceram
encarcerados.
• Na Europa e na Ásia Central, a responsabilização por
crimes cometidos na Europa no programa de rendições extraordinárias conduzido
pelos EUA foi ambígua; nos Balcãs, a probabilidade de se fazer justiça diminuiu
para algumas vítimas dos crimes de guerra de 1990; e as eleições na Geórgia
foram um raro exemplo de transição democrática do poder na ex-União Soviética,
enquanto regimes autoritários mantiveram a sua garra no poder.
• No Oriente Médio e Norte da África, países onde
governantes autocráticos foram depostos, houve maior liberdade de imprensa e
crescentes oportunidades para a sociedade civil, mas também alguns retrocessos,
com questões de liberdade de expressão, por razões religiosas ou morais. Em
toda a região, os direitos humanos e ativistas políticos continuaram a ser
reprimidos, incluindo encarceramento e tortura na prisão. Em novembro, houve
uma nova escalada no conflito Israel/Gaza.
• Globalmente, a pena de morte continuou a recuar, apesar
dos contratempos, como as primeiras execuções da Gâmbia em 30 anos; e a
primeira execução no Japão, de uma mulher, em 15 anos.---------------------------------------------------------------------------------
Conflito armado na Síria.
Pessoas em movimento:
“Para grande parte da população síria deslocada, o regresso para casa é
impossível”
O brutal conflito na Siria obrigou milhares de pessoas a buscar
abrigo em outras partes do país ou fora.
©Amnesty International
Mais de 1,5 milhão de pessoas fugiu da Síria para
refugiar-se no estrangeiro, fundamentalmente na Turquia, Jordânia, Líbano e
Iraque. E esta cifra se triplica se falarmos das pessoas deslocadas
internamente na Síria: algumas vivem apinhadas em casas de familiares e amigos,
e outras ficaram aprisionadas em campos para pessoas deslocadas, em condições
atrozes, perto da fronteira com a Turquia.
Donatella Rovera, investigadora da Anistia Internacional,
visitou em várias ocasiões campos para pessoas internamente deslocadas, a
última vez em março.
Por que as pessoas acabam nestes campos?
As pessoas que se refugiam em campos para deslocados fugiram
dos bombardeios indiscriminados lançados pelas forças governamentais, que
mataram e mutilaram dezenas de milhares de civis em povoados e cidades por toda
a Síria.
Algumas foram deslocadas várias vezes antes de chegar aos
campos próximos à fronteira. Cada vez que fugiam para uma região que
consideravam segura, esse lugar acabava sendo bombardeado também e tinham que
fugir outra vez.
Uma das mulheres com as qual falei tinha tentado refugiar-se
em cinco locais diferentes, que acabavam sendo atacados, antes de finalmente
chegar a um campo para pessoas deslocadas.
O que viu nos campos da Síria?
As condições são terríveis. Há pouca comida, os serviços de
higiene e saneamento são escassos ou inexistentes, e o alojamento é muito
precário.
Muitas das pessoas deslocadas que estavam no campo esperavam
cruzar a Turquia e encontrar um lugar nos campos de refugiados que há ali (onde
as condições são muito melhores), mas, lamentavelmente, a entrada na Turquia
está restringida desde agosto do ano passado, de modo que estão aprisionadas
nestes campos para deslocados que foram sendo criados de forma improvisada e
caótica perto da fronteira. A situação é desesperadora, porque muito pouca
ajuda chega aos campos da Síria.
As famílias fugiram praticamente sem nada, na maioria das
vezes apenas com a roupa do corpo. Haviam destruído sua casa, ficaram sem nada;
outras se foram pensando que estariam fora apenas uns dias. Em outros casos,
simplesmente não puderam ficar com nada porque tinham que levar seus filhos, e
iam a pé ou se deslocavam em veículos abarrotados de gente.
Na última vez que estive lá, em março, fazia frio e chovia
muito, e a terra argilosa se havia convertido em um lodaçal escorregadio. Não
havia tendas suficientes, e muitas tinham goteiras ou eram tão frágeis que o
vento as levava. As pessoas se queixavam de que não havia alimentos
suficientes. Eu mesma vi como distribuíam uma comida que consistia em uma
pequena ração de sopa de lentilhas aguada.
Quem são as pessoas mais afetadas?
A maioria das pessoas refugiadas e deslocadas são mulheres,
meninos e meninas, e pessoas idosas.
Isto ocorre porque os homens freqüentemente ficam para trás
para participar dos combates ou, segundo dizem, para cuidar de seus bens,
porque temem –com razão– que caso não os vigiem acabarão sendo saqueados.
O que as pessoas mais temem?
Não há dúvida de que o conflito é sua maior preocupação. As
pessoas temem por sua segurança e pela de seus entes queridos. A situação se
deteriorou rapidamente nos últimos meses, e todos os dias há um grande número
de mortos e feridos entre a população civil. Desde que as forças governamentais
começaram a lançar ataques aéreos diários em agosto passado, a cifra de civis
mortos e feridos aumentou drasticamente, e o mesmo ocorreu com o número de
deslocados.
Muitas das pessoas que entrevistei em povoados e cidades do
norte da Síria agora estão deslocadas; algumas ficaram na Síria, enquanto que
outras saíram dali e se converteram em refugiadas. Temem pelos familiares que
ficaram em outras áreas do país, onde o conflito é intenso.
Qual é a situação das pessoas refugiadas fora da Síria?
Mais de 1,5 milhão de sírios converteram-se em refugiados, a
maioria nos países vizinhos como Líbano, Jordânia, Turquia e Iraque. Alguns
estão em campos de refugiados, enquanto outros ficaram com amigos e familiares
ou em alojamentos alugados.
As condições nos campos de refugiados são diversas: na
Turquia são relativamente melhores, enquanto que na Jordânia são muito mais
difíceis. Os órgãos humanitários da ONU tem mostrado reiteradamente sua
preocupação com as dificuldades encontradas para arrecadar os fundos
necessários que lhes permitam atender o crescente número de refugiados sírios.
A maioria das pessoas refugiadas são mulheres, meninos e meninas, que podem
estar em uma situação especialmente vulnerável e frequentemente tem necessidades
especiais.
Mas o problema das pessoas refugiadas e deslocadas é um
sintoma. O problema fundamental é o modo pelo qual o conflito está se
desenrolando: o profundo desprezo mostrado para com as normas do direito
internacional humanitário acarreta muito sofrimento, destruição e morte.
Como você avalia o que o mundo tem feito em relação à
Síria?
No que diz respeito ao conflito em si, a comunidade
internacional fracassou estrondosamente na hora de adotar medidas concretas
para pressionar as partes relevantes. Se, no princípio, quando começou o
levante, tivesse sido exercida uma pressão combinada, ter-se-ia impedido que a
situação desembocasse no perigoso conflito armado que vemos hoje em dia.
Em relação à assistência oferecida aos refugiados, de novo
são os países vizinhos os que assumem a maior parte do encargo. Eles têm
respondido de diversos modos. Até agora, o conjunto da comunidade internacional
não compartilhou de modo efetivo a responsabilidade nem contribuiu para
satisfazer as necessidades de uma população de refugiados que aumenta com
grande rapidez.
E, em relação à assistência e ajuda humanitária oferecida
para as pessoas que se converteram em deslocados internos, a comunidade
internacional tampouco chegou a muitas das pessoas necessitadas, especialmente
as que se encontram em zonas controladas pelas forças de oposição.
Isto se deve a várias razões: a insegurança derivada do
conflito e da atuação de todas as partes implicadas e as restrições impostas
pelo governo sírio, que não permite que os órgãos da ONU possam deslocar-se
livremente pelo país nem chegar a regiões controladas pela oposição cruzando a
fronteira da Turquia. No entanto, segundo o Escritório de Coordenação de
Assuntos Humanitários da ONU, este seria o modo mais seguro e efetivo.
O que devem fazer os governos?
Para melhorar a prestação da assistência e ajuda humanitária
que com tanta urgência necessitam as pessoas internamente deslocadas na Síria,
a comunidade internacional deve ser mais contundente ao exercer pressão sobre
as autoridades sírias para que permitam que os órgãos da ONU e outras
organizações internacionais de ajuda humanitária possam chegar sem tantos
obstáculos a todas as pessoas necessitadas, e para isso devem, entre outras
coisas, permitir o acesso às áreas relevantes desde outros países e também
através da linha de fogo.
Ao mesmo tempo, a comunidade internacional deve pressionar
os líderes políticos e militares de todos os grupos armados de oposição na
Síria para que garantam que os grupos armados que agem no local não dificultem
as operações de ajuda humanitária das organizações dedicadas a este fim, nem
ameacem a segurança de seu pessoal.
Em relação às pessoas que conseguiram fugir da Síria para
países vizinhos, o mínimo que a comunidade internacional pode fazer é oferecer
proteção e assistência aos que saíram do país. É fundamental que a comunidade
internacional aja com decisão oferecendo apoio econômico e de outros tipos à
região, e reassentando as pessoas refugiadas mais vulneráveis em outros países
seguros.
O que o futuro reserva para a população síria?
Há um ano se considerava que a situação era muito difícil,
e, embora se especulasse que iria piorar, ninguém pensava que se deterioraria
até o ponto que está hoje. No momento, nada leva a crer que essa tendência
negativa vá mudar em um futuro próximo.
As forças governamentais estão bombardeando implacavelmente
as zonas controladas pela oposição; a população civil acaba sendo vítima destes
ataques e, por sua vez, sofre os abusos cometidos por grupos armados de
oposição e fica aprisionada no fogo cruzado entre ambos os grupos. As pessoas
que foram deslocadas não podem regressar, e a cada dia mais pessoas se veem
obrigadas a abandonar seus lares. Muitas perderam tudo. O custo humano e
material é impressionante.
Apesar dos intermináveis debates sobre iniciativas políticas
para resolver o conflito, os líderes mundiais tem sido incapazes de superar
suas diferenças. A população civil síria continua pagando o preço deste
fracasso.
Para que isto mude, em todas as iniciativas deve-se dar
prioridade à proteção da população civil e à prestação de contas pelos crimes
sob o direito internacional, com medidas como a remessa de informações sobre a
situação na Síria ao procurador do Tribunal Penal Internacional. A população
civil não pode ficar à mercê de um acordo difícil de alcançar, nem as diversas
partes podem utiliza-la como trunfo para marcar um ponto político.
* Este artigo faz parte de uma série especial sobre “Pessoas
em movimento” que destaca as violações de direitos humanos que sofrem as
pessoas imigrantes, refugiadas e solicitantes de asilo em todo o mundo. Estes
perfis são publicados em conexão com a apresentação do Relatório 2013 da
Anistia Internacional. Veja outros textos no site
www.amnesty.org