terça-feira, 17 de abril de 2012
Indios protestam na Câmara contra proposta sobre demarcação de terras PEC
Índios
protestam na Câmara contra
proposta sobre demarcação de terras
PEC aprovada passa do Executivo para
o Legislativo o poder de delimitar reservas
Do
R7, em Brasília
Manifestantes tentaram
invadir a sala em que a comissão votava o texto, mas foram barrados por
seguranças
Um grupo de
manifestantes indígenas movimenta os corredores da Câmara dos Deputados nesta
quarta-feira (21). Eles protestam contra uma PEC (proposta de emenda à
Constituição) que transfere do Executivo para o Legislativo a competência de
demarcar as terras indígenas brasileiras.
O parecer do relator Osmar Serraglio (PMDB-PR), favorável à mudança, foi aprovado pela manhã na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa, irritando os índios.
Os manifestantes tentaram invadir a sala em que a comissão votava o texto, mas foram barrados por seguranças. Do lado de fora, entoavam cânticos e gritavam, na tentativa de impedir a votação. Mesmo com a pressão, a proposta recebeu 38 votos favoráveis e apenas dois contrários, dos deputados Luiz Couto (PT-PB) e Anthony Garotinho (PR-RJ).
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Após a aprovação na CCJ, os indígenas se espalharam pela casa em protesto. Na terça (20), alguns deles tentaram invadir o gabinete do líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que estava em uma reunião com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
Proposta
Parlamentares governistas afirmaram, após a votação, que a PEC é inconstitucional e será derrubada na comissão especial que tratará do mérito da proposta, que tem como principal incentivadora a bancada ruralista da Câmara.
Em seu relatório, Serraglio alega que a transferência de poderes não fere a Constituição.
- A demarcação das terras indígenas tem dois distintos momentos. Primeiro, fixa-se a delimitação, que pode levar em conta acidentes geográficos ou linhas geométricas. O segundo momento corresponde à localização, concreta, da linha divisória. Esta ultima ação é, necessariamente, atuação do Poder Executivo. Já a definição do âmbito territorial da reserva, tanto pode ser por lei como por ato administrativo, segundo preconize a Constituição.
Após ter seu mérito
analisado na comissão especial, a PEC ainda precisa passar pelo plenário da
Câmara e do Senado antes de chegar à sanção presidencial. Se entrar em vigor, a
atribuição de determinar a marcação de territórios para indígenas, quilombolas
e unidades de conservação passa a ser de deputados federais e estaduais e
senadores.
Na semana passada,
entidades e grupos políticos, como o Conselho Indigenista Missionário, a
Comissão de Direitos Humanos da Câmara e a Frente Parlamentar Ambientalista, divulgaram
um manifesto contrário à proposta. No texto, eles afirmam que, se a PEC for
aprovada, a criação de novas áreas de proteção será dificultada, porque os
casos podem demorar muitos anos para serem analisadas no Congresso.
“Esta PEC
representa um imenso retrocesso na luta dos povos indígenas e dos quilombolas
pelo reconhecimento aos seus direitos históricos à terra e à cidadania. A
mudança proposta elimina a possibilidade de presença mais incisiva, objetiva e
eficiente do Executivo. E é exatamente isso que querem seus defensores, porque
assim a União ficará impedida de atuar imediatamente na solução dos graves e
histórico
MST planeja invasão de fazenda do ''apóstolo'' Santiago em Mato Grosso
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) ainda não anunciou a programação do “Abril Vermelho” no Estado, o movimento criado para chamar a atenção das autoridades para a “violência no campo” por meio de novas invasões de terras, ocupação de prédios públicos e outros atos.
Instituído com a finalidade de lembrar o “Massacre de Carajás”, como
ficou conhecido o confronto entre sem-terra e a Polícia Militar que resultou
em 19 mortos, o MST estaria prevendo para Mato Grosso um dos mais importantes
atos deste ano. As mortes aconteceram em Eldorado dos Carajás, no Pará, no
dia 17 de Abril de 1996, durante protesto na BR-155.
Entretanto, informações extra-oficiais asseguram que o alvo do ato que
supostamente chamaria a atenção do país deve ser a fazenda do líder da Igreja
Mundial do Poder de Deus, o pastor Valdemiro Santiago de Oliveira, no
município de Santo Antônio de Leverger, a 28 quilômetros de Cuiabá.
A ideia seria ocupar as terras supostamente adquiridas com o dinheiro
da igreja, doado por fiéis. O “apóstolo”, como se autodenomina Valdemiro
Santiago, escolheu Mato Grosso para fazer seus maiores investimentos.
Foi aqui que ele comprou duas fazendas, conforme denúncia feita no
programa “Domingo Espetacular”, da rede Record. Ambas estão localizadas em
Santo Antônio de Leverger, juntas somam 26 hectares de terras e estão
avaliadas em quase R$ 30 milhões.
Enquanto órgãos como Ministério Público Federal e Receita Federal
prometem investigar a origem do dinheiro e um suposto enriquecimento ilícito
do pastor Valdemiro e sua mulher, a também pastora da mesma igreja Franciléia
Oliveira, o MST volta suas atenções às terras milionárias.
Em Cuiabá, um dos coordenadores do MST, Dogival Francisco, conhecido
como “Paulista”, diz que desconhece tal investida. No final da tarde de
ontem, “Paulista” informou que a entidade está finalizando a programação do
“Abril Vermelho” para que possa torná-la pública em breve.
Dizendo-se surpreso com o plano de ocupação das fazendas de Valdemiro Santiago,
“Paulista” admitiu que poderia ser uma ação simpática aos olhos da sociedade,
mas não vista da mesma maneira pelo Poder Judiciário. O integrante da
coordenação estadual do MST não quis adiantar nenhuma das atividades
previstas para os próximos dias.
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segunda-feira, 16 de abril de 2012
Pastores e homofobia:
Pastores e homofobia:
r/artigos/3612417
Sou daqueles cristãos que dificilmente perde tempo com o lixo evangélico na televisão brasileira. Pode ser que o fato de ter conhecimentos mais especializados sobre História não me transforme em figura crédula diante da potencialização vocal, teatralização e instrumentalização do nome de Deus que expressões como David Miranda, Edir Macedo e Siladas Malafalha praticam para confundir.
Neste sábado (14.04.2012) parei alguns minutos para ver a vociferação de Siladas na Rede Bandeirantes quando ele reprisava sessão do Senado Federal com os discursos irmanados de Magno Malta, por quem fui aos poucos perdendo respeito e referência, pois sua fala em favor dos mercadores da fé é um atentado a consciência e a cidadania do povo brasileiro e do Senador Lindenberg Farias, que conheci no PCdoB nos tempos de estudante. Lindenberg aprendeu as artimanhas do voto e do aconchavo, sabe negociar a alma com o diabo e em termos de fé, o ex-ateu é bastante ingênuo.
Siladas Malafalha se faz vítima de perseguição dos homossexuais, que segundo ele, querem lhe tirar a liberdade de empreender uma cruzada de preconceito e desinformação moral contra eles. Ele se considera homem da paz, mas se esforça por negar que primeiro, foi quem abriu fogo contra os que nada lhe devem, não consomem um centavo do dinheiro que Malafalha recebe, sentado, sem trabalhar, dos fiéis que se, Bíbla conhecessem, o deixariam falando no deserto.
Siladas esquece que uma das características das seitas é tocar o mesmo tom, a única nota, promover guerra santa contra um único assunto. O discurso marketeiro, político, que vinga facilmente dada a fragilidade educacional do nosso país, do Malaf, é a homoafetividade. Quando reclama dos direitos constitucionais de falar o que bem entende da vida particular dos outros, fico pensando se algum neonazista arrendar duas horas em emissoras de rádio e televisão e anunciar o racismo como meio de protegar a humanidade. Quem de nós, Magno, citaria o Artigo 5 da Constituição Federal para defendê-lo?
Quando vejo manifestações como a de Malafalha me lembro de Mateus 23 e da teoria da sombra de Jung. Siladas não faz pregações expositivas da Bíblia porque se obrigaria a situar algumas passagens no contexto cultural de época. Por isso, se aproveita do espírito supersiticioso, do temor de uma sociedade que não lê, menos as Escrituras e fundamenta nela seus medievais preconceitos. Malafalha é uma regressão à Idade Média, um entrave a libertação intelectual do nosso povo e um tropeço no entendimento da Bíblia.
Um fenômeno corre sob o tapete puritano resistindo mudanças históricas, a homoafetividade nas comunidades religiosas. É significativo o sofrimento e os transtornos emocionais que machucam a alma das vítimas dessa pressão tradicional e moral, levando algumas à desespero. Jovens se obrigam precocemente, a fugir do ambiente familiar e da vivência nessas congregações procurando espaço, convívio e privacidade para “ser o que são de fato” sem o juízo moral e o escândalo de quem não vive a intensidade dessas paixões e as condenam. Outro elemento ponderável na discussão dessa realidade é que, a condição da homoafetividade independe dos padrões morais que as igrejas estabelecem ou que famílias de viés conservador imponham como regra. Existe e resiste em cada culto, acampamento, união de mocidade e grupos. Quanto mais farisaísmo, mais secreta e próspera se torna a luta e a comemoração. Resta aos contrários contraditórios a crença de que aquilo que os olhos não enxergam o coração não sente. A homossexualidade reside nos líderes religiosos, pública ou como sombra de caráter. O mais voraz e veemente pregador homofóbico disfarça um ser que lida, doentia e dificultuosamente com sua sexualidade. Jesus Cristo disse algo próxima disso em Mateus 23. Quais seriam as dificuldades de famíliase, de grupos cristãos aceitarem a homoafetividade? Primeiro, a total ausência de crescimento intelectual que os deixa enfermos da inteligência. A maioria não lê, não se instrue, não faz cursos, não abre o pensamento para campos diversos do conhecimento humano, como Psicologia Analítica, História Cultural e Antopologia. Contamos com cristãos que acreditam que a Bíblia caiu do céu, encadernada, com zíper e traduzida em português. Dos púlpitos e das editoras, são cercados pelo dogmatismo medieval e das leituras descontextualizadas das passagens bíblicas, repetidas numa transposição histórica criminosa. A homoafetividade é humana tanto quanto outras. Segundo, a formação nos seminários e nas faculdades é severamente dogmática, farisaíca e denominacional, metodologicamente com viseiras. A Bíblia é ajeitada ao gosto denominacional. A Teologia deve mostrar ao estudioso as múltiplas formas de ver os temas, a diversidade de interpretações, não somente o contexto atual mas ao longo da história daquele grupo ou do sistema cristão. É a máxima dos teólogos de que a Bíblia seja interpretada em seu sentido literal, contextual, cultural e histórico. Do Gênesis ao Apocalipse fica claro como, doutrinas e conceitos foram sendo modificados e cada passo, superando escritos e escritores anteriores. Se o curioso comparar Eclesiástes com os escritos de Paulo de Tarso observará evolução quanto superação de idéias. Os clérigos não colocam estas verdades diante do povo. Na Bíblia existem princípios eternos e dados culturais superados. Na prática, abominamos a conduta recomendada pela Bíblia, apropriada ao contexto histórico em que foi escrita, entre as quais destacamos, superioridade do homem sobre a mulher, legitimidade da escravidão, poligâmia recomendada por Deus como direito do homem, o genocídio, assassinato institucional em caso de violação de padrões morais, prática sexual com finalidade procriativa apenas, permissão do concumbinato, ojeriza à homossexualidade. A Bíblia tem visão judaica e ignora, por completo, a contribuição de outros povos da época. Assim, abramos mentes e corações, o que está em nosso meio, se vier à tona, será mais digno que a nossa hipocrisia.
http://nelsonwernecksodre.blogspot.com/
http://isebianohistorico.blogspot.com
http://historianova.brasil.zip.net/
http://cafehistoria.ning.com/profile/AcirdaCruzCamargo
http://www.recantodasletras.com.br/autores/acir
MSN: acirpr@hotmail.com
Sou daqueles cristãos que dificilmente perde tempo com o lixo evangélico na televisão brasileira. Pode ser que o fato de ter conhecimentos mais especializados sobre História não me transforme em figura crédula diante da potencialização vocal, teatralização e instrumentalização do nome de Deus que expressões como David Miranda, Edir Macedo e Siladas Malafalha praticam para confundir.
Neste sábado (14.04.2012) parei alguns minutos para ver a vociferação de Siladas na Rede Bandeirantes quando ele reprisava sessão do Senado Federal com os discursos irmanados de Magno Malta, por quem fui aos poucos perdendo respeito e referência, pois sua fala em favor dos mercadores da fé é um atentado a consciência e a cidadania do povo brasileiro e do Senador Lindenberg Farias, que conheci no PCdoB nos tempos de estudante. Lindenberg aprendeu as artimanhas do voto e do aconchavo, sabe negociar a alma com o diabo e em termos de fé, o ex-ateu é bastante ingênuo.
Siladas Malafalha se faz vítima de perseguição dos homossexuais, que segundo ele, querem lhe tirar a liberdade de empreender uma cruzada de preconceito e desinformação moral contra eles. Ele se considera homem da paz, mas se esforça por negar que primeiro, foi quem abriu fogo contra os que nada lhe devem, não consomem um centavo do dinheiro que Malafalha recebe, sentado, sem trabalhar, dos fiéis que se, Bíbla conhecessem, o deixariam falando no deserto.
Siladas esquece que uma das características das seitas é tocar o mesmo tom, a única nota, promover guerra santa contra um único assunto. O discurso marketeiro, político, que vinga facilmente dada a fragilidade educacional do nosso país, do Malaf, é a homoafetividade. Quando reclama dos direitos constitucionais de falar o que bem entende da vida particular dos outros, fico pensando se algum neonazista arrendar duas horas em emissoras de rádio e televisão e anunciar o racismo como meio de protegar a humanidade. Quem de nós, Magno, citaria o Artigo 5 da Constituição Federal para defendê-lo?
Quando vejo manifestações como a de Malafalha me lembro de Mateus 23 e da teoria da sombra de Jung. Siladas não faz pregações expositivas da Bíblia porque se obrigaria a situar algumas passagens no contexto cultural de época. Por isso, se aproveita do espírito supersiticioso, do temor de uma sociedade que não lê, menos as Escrituras e fundamenta nela seus medievais preconceitos. Malafalha é uma regressão à Idade Média, um entrave a libertação intelectual do nosso povo e um tropeço no entendimento da Bíblia.
Um fenômeno corre sob o tapete puritano resistindo mudanças históricas, a homoafetividade nas comunidades religiosas. É significativo o sofrimento e os transtornos emocionais que machucam a alma das vítimas dessa pressão tradicional e moral, levando algumas à desespero. Jovens se obrigam precocemente, a fugir do ambiente familiar e da vivência nessas congregações procurando espaço, convívio e privacidade para “ser o que são de fato” sem o juízo moral e o escândalo de quem não vive a intensidade dessas paixões e as condenam. Outro elemento ponderável na discussão dessa realidade é que, a condição da homoafetividade independe dos padrões morais que as igrejas estabelecem ou que famílias de viés conservador imponham como regra. Existe e resiste em cada culto, acampamento, união de mocidade e grupos. Quanto mais farisaísmo, mais secreta e próspera se torna a luta e a comemoração. Resta aos contrários contraditórios a crença de que aquilo que os olhos não enxergam o coração não sente. A homossexualidade reside nos líderes religiosos, pública ou como sombra de caráter. O mais voraz e veemente pregador homofóbico disfarça um ser que lida, doentia e dificultuosamente com sua sexualidade. Jesus Cristo disse algo próxima disso em Mateus 23. Quais seriam as dificuldades de famíliase, de grupos cristãos aceitarem a homoafetividade? Primeiro, a total ausência de crescimento intelectual que os deixa enfermos da inteligência. A maioria não lê, não se instrue, não faz cursos, não abre o pensamento para campos diversos do conhecimento humano, como Psicologia Analítica, História Cultural e Antopologia. Contamos com cristãos que acreditam que a Bíblia caiu do céu, encadernada, com zíper e traduzida em português. Dos púlpitos e das editoras, são cercados pelo dogmatismo medieval e das leituras descontextualizadas das passagens bíblicas, repetidas numa transposição histórica criminosa. A homoafetividade é humana tanto quanto outras. Segundo, a formação nos seminários e nas faculdades é severamente dogmática, farisaíca e denominacional, metodologicamente com viseiras. A Bíblia é ajeitada ao gosto denominacional. A Teologia deve mostrar ao estudioso as múltiplas formas de ver os temas, a diversidade de interpretações, não somente o contexto atual mas ao longo da história daquele grupo ou do sistema cristão. É a máxima dos teólogos de que a Bíblia seja interpretada em seu sentido literal, contextual, cultural e histórico. Do Gênesis ao Apocalipse fica claro como, doutrinas e conceitos foram sendo modificados e cada passo, superando escritos e escritores anteriores. Se o curioso comparar Eclesiástes com os escritos de Paulo de Tarso observará evolução quanto superação de idéias. Os clérigos não colocam estas verdades diante do povo. Na Bíblia existem princípios eternos e dados culturais superados. Na prática, abominamos a conduta recomendada pela Bíblia, apropriada ao contexto histórico em que foi escrita, entre as quais destacamos, superioridade do homem sobre a mulher, legitimidade da escravidão, poligâmia recomendada por Deus como direito do homem, o genocídio, assassinato institucional em caso de violação de padrões morais, prática sexual com finalidade procriativa apenas, permissão do concumbinato, ojeriza à homossexualidade. A Bíblia tem visão judaica e ignora, por completo, a contribuição de outros povos da época. Assim, abramos mentes e corações, o que está em nosso meio, se vier à tona, será mais digno que a nossa hipocrisia.
http://nelsonwernecksodre.blogspot.com/
http://isebianohistorico.blogspot.com
http://historianova.brasil.zip.net/
http://cafehistoria.ning.com/profile/AcirdaCruzCamargo
http://www.recantodasletras.com.br/autores/acir
MSN: acirpr@hotmail.com
Cerca de dois LGBTs são mortos na Paraíba por mês
Dados foram divulgados nesta
terça-feira (18) pelo grupo MEL da capital
Paraíba ocupa o segundo lugar no ranking nacional com 19 crimes do tipo.
Paraíba ocupa o segundo lugar no ranking nacional com 19 crimes do tipo.
Arimatéia, assassinado no domingo em
Sousa (PB) (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
Sousa (PB) (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
Cerca de duas/dois lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais
são assassinadas/dos por mês na Paraíba. É o que mostra o levantamento
divulgado nesta terça-feira (18) pelo ONG Movimento do Espírito Lilás (MEL). Em
dez meses, 18 pessoas foram mortas no estado. O presidente do MEL, Renan
Palmeira, informou que o número pode ser muito maior porque os dados são
referentes a apenas oito dos 223 municípios da Paraíba.
O caso mais recente aconteceu no último domingo (16) no município de Patos, no Sertão da Paraíba. Uma travesti, conhecida por Arimatéia, de 27 anos, foi morta a tiros por trás da estação ferroviária da cidade. Até às 21h desta terça-feira os suspeitos do crime não haviam sido capturados.
De acordo com o levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB), organização que contabiliza e estuda os crimes homofóbicos em todo o Brasil, a Paraíba está em segundo lugar no ranking nacional de crimes cometidos com motivação homofóbica. O estado de Pernambuco ocupa o primeiro lugar com 19 crimes. A Bahia e São Paulo dividem a terceira posição, cada um com 17 homicídios.
“O caso mais grave é o da Paraíba. Qual é a população desse estado? É muito inferior ao estado de Pernambuco. Em números relativos os crime cometidos na Paraíba ultrapassam os registrados em Pernambuco”, disse Mott. De acordo com os dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população da Paraíba conta com 3.753.633 habitantes. Já Pernambuco tem 8.541.250, pouco mais do dobro da população da Paraíba.
Levantamento na Paraíba
O presidente do MEL, Renan Palmeira, explicou que no período de dois meses, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Paraíba (OAB-PB) e do MEL visitaram oito municípios paraibanos para juntos realizarem um levantamento dos crimes contra LGBTs. Foram visitadas as delegacias de Santa Rita, Sousa, Patos, Bananeiras, Campina Grande, Queimadas, Cabedelo e João Pessoa.
“Não existe um levantamento oficial. Nós viajamos com recursos próprios para realizar a primeira parte do levantamento”, disse Renan Palmeira. O Gay1 divulgou em agosto uma tabela com 12 crimes. Entre eles estava caso do heterossexual Marx Nunes, de 25 anos, que morreu quando tentava defender um homossexual que estava sendo agredido na Praia do Jacaré, na Grande João Pessoa.
Com o novo levantamento, o grupo constatou mais dois crimes registrados antes de agosto em João Pessoa. A travesti conhecida por Geruza foi morta em 1º de fevereiro. Já em março uma lésbica foi encontrada morta na casa de duas amigas. Em agosto, a travesti Alexandra Lourenço Gonçalves foi assassinada a tiros no Bairro São José, na capital.
Em Bananeiras, no Brejo da Paraíba, o gay Djair Pereira Cime, de 53 anos, morreu após ser espancado dentro da própria casa. O rosto da vítima ficou desfigurado. O crime aconteceu em 12 de junho. Em Santa Rita, na Grande João Pessoa, o gay Eliézer Gama dos Santos, de 35 anos, foi morto a tiros e, de acordo com o relatório da polícia, teve a cabeça esmagada por uma pedra. O crime aconteceu em 17 de setembro. Os suspeitos dos crimes seguem foragidos.
O delegado Marcelo Falcone, que trabalhou cerca de dois anos na Delegacia Especializada em Crimes Homofóbicos em João Pessoa, explicou que os crimes contra LGBTs são mais bárbaros. "Os assassinos querem punir as pessoas pela orientação sexual. É possível observar requinte de crueldade”, disse o delegado.
A previsão de Renan Palmeira é que ainda este ano os representantes do MEL e da OAB-PB visitem os municípios do Alto Sertão paraibano. Renan acredita que a Paraíba vai fechar o ano com mais de 20 assassinatos por homofobia. “Infelizmente a realidade é que este ano o número de mortes por homofobia é muito maior que os outros anos. Este é um ano vermelho”, lamentou. Em 2010, o GGB contabilizou 260 homicídios no país, sendo 11 deles na Paraíba.
Agressão
Além dos homicídios, a comissão também coletou dados referentes às agressões físicas sofridas por LGBTs, mas Renan informou que teve dificuldades para obter os dados. "As delegacias, principalmente as do interior do estado, não estão preparadas para ouvir as queixas de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Eles acabam, muitas vezes, sendo ridicularizados e para não passar por nenhum constrangimento deixam de prestar queixa", disse.
Na Paraíba existe uma Delegacia Especializada em Combate a Homofobia e um Centro de Referência LGBT. Eles funcionam em João Pessoa e por isso o MEL reivindica a implantação de mais unidades em outras cidades do estado. “Nós também queremos abrigos. Isto porque muitos homossexuais são expulsos de casa e acabam se prostituindo”, disse.
Conscientização
O presidente do MEL acredita que a solução para o fim da homofóbia é através da conscientização da população por meio de políticas públicas. "O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) está querendo apresentar a situação da Paraíba na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal e que sejam dadas as devidas explicações para os números", segundo Renan devem ser convidados o presidente da Comissão Homoafetiva da OAB, José Neto, a secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Iraê Lucena, e o secretário de Segurança e da Defesa Social, Cláudio Lima.
No dia 6 de novembro será realizada a 10ª Parada Pela Diversidade Sexual em João Pessoa. “Nós estamos preparando uma panfletagem para esclarecer à população porque é preciso combater a homofobia todos os dias”, finalizou Renan Palmeira.
O caso mais recente aconteceu no último domingo (16) no município de Patos, no Sertão da Paraíba. Uma travesti, conhecida por Arimatéia, de 27 anos, foi morta a tiros por trás da estação ferroviária da cidade. Até às 21h desta terça-feira os suspeitos do crime não haviam sido capturados.
De acordo com o levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB), organização que contabiliza e estuda os crimes homofóbicos em todo o Brasil, a Paraíba está em segundo lugar no ranking nacional de crimes cometidos com motivação homofóbica. O estado de Pernambuco ocupa o primeiro lugar com 19 crimes. A Bahia e São Paulo dividem a terceira posição, cada um com 17 homicídios.
“O caso mais grave é o da Paraíba. Qual é a população desse estado? É muito inferior ao estado de Pernambuco. Em números relativos os crime cometidos na Paraíba ultrapassam os registrados em Pernambuco”, disse Mott. De acordo com os dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população da Paraíba conta com 3.753.633 habitantes. Já Pernambuco tem 8.541.250, pouco mais do dobro da população da Paraíba.
Levantamento na Paraíba
O presidente do MEL, Renan Palmeira, explicou que no período de dois meses, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Paraíba (OAB-PB) e do MEL visitaram oito municípios paraibanos para juntos realizarem um levantamento dos crimes contra LGBTs. Foram visitadas as delegacias de Santa Rita, Sousa, Patos, Bananeiras, Campina Grande, Queimadas, Cabedelo e João Pessoa.
“Não existe um levantamento oficial. Nós viajamos com recursos próprios para realizar a primeira parte do levantamento”, disse Renan Palmeira. O Gay1 divulgou em agosto uma tabela com 12 crimes. Entre eles estava caso do heterossexual Marx Nunes, de 25 anos, que morreu quando tentava defender um homossexual que estava sendo agredido na Praia do Jacaré, na Grande João Pessoa.
Com o novo levantamento, o grupo constatou mais dois crimes registrados antes de agosto em João Pessoa. A travesti conhecida por Geruza foi morta em 1º de fevereiro. Já em março uma lésbica foi encontrada morta na casa de duas amigas. Em agosto, a travesti Alexandra Lourenço Gonçalves foi assassinada a tiros no Bairro São José, na capital.
Em Bananeiras, no Brejo da Paraíba, o gay Djair Pereira Cime, de 53 anos, morreu após ser espancado dentro da própria casa. O rosto da vítima ficou desfigurado. O crime aconteceu em 12 de junho. Em Santa Rita, na Grande João Pessoa, o gay Eliézer Gama dos Santos, de 35 anos, foi morto a tiros e, de acordo com o relatório da polícia, teve a cabeça esmagada por uma pedra. O crime aconteceu em 17 de setembro. Os suspeitos dos crimes seguem foragidos.
O delegado Marcelo Falcone, que trabalhou cerca de dois anos na Delegacia Especializada em Crimes Homofóbicos em João Pessoa, explicou que os crimes contra LGBTs são mais bárbaros. "Os assassinos querem punir as pessoas pela orientação sexual. É possível observar requinte de crueldade”, disse o delegado.
A previsão de Renan Palmeira é que ainda este ano os representantes do MEL e da OAB-PB visitem os municípios do Alto Sertão paraibano. Renan acredita que a Paraíba vai fechar o ano com mais de 20 assassinatos por homofobia. “Infelizmente a realidade é que este ano o número de mortes por homofobia é muito maior que os outros anos. Este é um ano vermelho”, lamentou. Em 2010, o GGB contabilizou 260 homicídios no país, sendo 11 deles na Paraíba.
Agressão
Além dos homicídios, a comissão também coletou dados referentes às agressões físicas sofridas por LGBTs, mas Renan informou que teve dificuldades para obter os dados. "As delegacias, principalmente as do interior do estado, não estão preparadas para ouvir as queixas de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Eles acabam, muitas vezes, sendo ridicularizados e para não passar por nenhum constrangimento deixam de prestar queixa", disse.
Na Paraíba existe uma Delegacia Especializada em Combate a Homofobia e um Centro de Referência LGBT. Eles funcionam em João Pessoa e por isso o MEL reivindica a implantação de mais unidades em outras cidades do estado. “Nós também queremos abrigos. Isto porque muitos homossexuais são expulsos de casa e acabam se prostituindo”, disse.
Conscientização
O presidente do MEL acredita que a solução para o fim da homofóbia é através da conscientização da população por meio de políticas públicas. "O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) está querendo apresentar a situação da Paraíba na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal e que sejam dadas as devidas explicações para os números", segundo Renan devem ser convidados o presidente da Comissão Homoafetiva da OAB, José Neto, a secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Iraê Lucena, e o secretário de Segurança e da Defesa Social, Cláudio Lima.
No dia 6 de novembro será realizada a 10ª Parada Pela Diversidade Sexual em João Pessoa. “Nós estamos preparando uma panfletagem para esclarecer à população porque é preciso combater a homofobia todos os dias”, finalizou Renan Palmeira.
Fonte, G 1 Brasil
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O corpo foi encaminhado para o IML de Caruaru.
Fonte. XPG
O corpo foi encaminhado para o IML de Caruaru.
Fonte. XPG
sexta-feira, 13 de abril de 2012
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Casal gay é achado morto com olhos perfurados e os dedos cortados em Alagoas
GGAL emite nota onde cobra elucidação dos crimes. Márcio Santos e seu companheiro Eduardo foram encontrados com sinais de tortura.
Da Agência Estado
Da Agência Estado
Márcio Lira Santos era vendedor de lanches
(Foto: Facebook/Reprodução)
Um casal gay foi encontrado morto em um canavial na cidade de Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió. Márcio Lira Silva e Eduardo, cujo sobrenome não foi divulgado, estavam desaparecidos desde 28 de março, quando foram vistos pela última fez no bairro Vergel, na periferia da capital. Os dois corpos estavam com os olhos perfurados e os dedos das mãos cortados.(Foto: Facebook/Reprodução)
O delegado de Rio Largo, Antonio Edson Souza Oliveira, disse que somente depois do laudo do Instituto Médico-Legal (IML) saberá se as perfurações foram criminosas ou se algum animal violou os corpos das vítimas, que estavam em avançado estado de decomposição.
Oliveira disse acreditar que o crime esteja relacionado a homofobia e admite que a investigação será bastante difícil. Os rapazes possivelmente foram interceptados por alguém em Maceió e os seus corpos abandonados no canavial em Rio Largo. "Foi uma desova", disse o delegado, usando o jargão policial que indica que as mortes aconteceram em um local e os corpos foram colocados em outro.
Márcio Lira, que era pai de santo, e Eduardo tinham um relacionamento antigo. Os dois fariam uma viagem de férias, segundo informações de amigos e familiares à polícia. De acordo com o delegado Oliveira, parentes fizeram uma queixa na polícia de desaparecimento e somente nesta quarta-feira, depois de muitas buscas em hospitais de Alagoas, é que foram ao IML, ao serem informados de que dois corpos haviam sido encontrados no canavial. "Os corpos foram recolhidos como indigentes, sem identificação. As famílias reconheceram os dois no IML", explicou o delegado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
GGAL cobra posicionamento
Nesta quarta-feira (11) o Grupo Gay de Alagoas (GGAL) emitiu nota à imprensa onde cobra, novamente, um posicionamento do Estado para o combate à violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Só em 2012, este é o oitavo caso de homicídio contra LGBTs registrados em Alagoas.
A entidade cobra ainda a elucidação dos casos para que as vidas perdidas por crimes de intolerância não sejam esquecidos, já que a omissão é um dos fatores de crescimento da morte de LGBTs. Das 21 mortes registradas em 2011, apenas cinco tiveram seus inquéritos concluídos e os responsáveis tiveram suas prisões decretadas pela Justiça.
'Será a Copa da mentira, onde tudo será maquiado'
Romário polemiza: 'Será a Copa
da mentira, onde tudo será maquiado'
Ele foi um dos maiores atacantes do futebol mundial e está fazendo
barulho contra a Copa do Mundo de 2014. Não que Romário ache que o Brasil não
mereça receber o Mundial, mas critica como tudo vem sendo feito e as pessoas
envolvidas. Na edição de abril da revista 'Rolling Stone', o Baixinho da camisa
11 bate forte no evento da Fifa no Brasil e aproveita para alfinetar seu
ex-companheiro de ataque Ronaldo.
Sobre a Copa do Mundo, Romário foi direto sobre o assunto: 'O Brasil não vai fazer a maior Copa de todos os tempos. E não adianta ficar pirando! Vamos passar vergonha. Será a Copa da mentira, onde tudo será maquiado', afirmou.
O ex-camisa 11 da seleção brasileira aproveitou para cutucar Ronaldo, que é um dos membros do Comitê Organizador Local (COL). O Baixinho ironizou o fato de o Fenômeno querer se presidente da CBF. 'Ronaldo diz que quer ser presidente da CBF, mas só depois que passar a confusão da Copa. Assim é fácil'.
Sobre a vida pessoal e política, Romário contou que já estudou design de moda, visando ser 'estilista de moda masculina e feminina'. Agora deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro, o ex-jogador se divide entre o plenário e a praia. Perguntado se frequenta balada em Brasília, ele confidencia que já teve muitas fraquezas na capital do Brasil.
Sobre a Copa do Mundo, Romário foi direto sobre o assunto: 'O Brasil não vai fazer a maior Copa de todos os tempos. E não adianta ficar pirando! Vamos passar vergonha. Será a Copa da mentira, onde tudo será maquiado', afirmou.
O ex-camisa 11 da seleção brasileira aproveitou para cutucar Ronaldo, que é um dos membros do Comitê Organizador Local (COL). O Baixinho ironizou o fato de o Fenômeno querer se presidente da CBF. 'Ronaldo diz que quer ser presidente da CBF, mas só depois que passar a confusão da Copa. Assim é fácil'.
Sobre a vida pessoal e política, Romário contou que já estudou design de moda, visando ser 'estilista de moda masculina e feminina'. Agora deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro, o ex-jogador se divide entre o plenário e a praia. Perguntado se frequenta balada em Brasília, ele confidencia que já teve muitas fraquezas na capital do Brasil.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Marco Nanini diz que se assumiu por causa da violência contra LGBTs
Marco Nanini - muito fôlego para A Grande Família (Foto: Divulgação/TV Globo)
Marco Nanini acaba de estrear a 12ª temporada do seriado A Grande Família e mostra que o programa continua com fôlego para muitos anos no ar. “Não penso em me aposentar tão cedo do Lineu, meu papel continua me estimulando bastante. Demos uma mexida porque estávamos caindo na rotina: entraram três personagens novos e no episódio que vai ao ar dia 12, por exemplo, finalmente Lineu e a Nenê (Marieta Severo) realizam o sonho de ir para Buenos Aires. Foi ótimo, pela primeira vez, gravar fora do Projac”, diz o ator.
Seis meses depois da entrevista em que revelou ser gay, Nanini não demonstra arrependimento. “Foi no momento certo. Não sou militante, mas me senti pressionado por mim mesmo a fazer alguma coisa diante da crescente onda de violência contra os gays. Foi, digamos, um ato político”, afirma. “Não considero que saí do armário porque nunca entrei nele e, além disso, só falei uma coisa que todo mundo já sabia”.
Fonte;entretenimento.gay1.com.b
domingo, 8 de abril de 2012
Discurso de ódio não é liberdade de expressão!
O Tribunal Europeu
dos Direitos Humanos emitiu sentença unânime no caso de Vejdeland e outros v. Suécia e declarou que a condenação criminal, de acordo com o Direito sueco, dos
indivíduos que distribuíram panfletos ofensivos a homossexuais, como grupo, não
constitui uma violação da Convenção Europeia dos Direitos Humanos e que as suas
atividades não estão protegidas pela liberdade de expressão garantida pelo
Artigo 10º da Convenção.
A ILGA-Europe apoia esta sentença importante que pela primeira vez lida
com o discurso de ódio contra homossexuais. Neste caso, os panfletos ofensivos
distribuídos [numa escola secundária por membros da Juventude Nacional, organização sueca neofascista]
referiam a homossexualidade como “um desvio sexual” com um “efeito moral
destrutivo na sociedade”. Os panfletos também incluiam alegações que a
homossexualidade seria responsável pelo desenvolvimento do VIH e SIDA e que o
“lobby homossexual” tentava justificar a pedofilia.
O Tribunal confirmou que estas frases constituíam alegações sérias e
prejudiciais, mesmo não existindo incitamento direto a crimes de ódio. O
Tribunal reforçou que a discriminação com base na orientação sexual é tão séria
quanto a discriminação com base na “raça, origem e cor”.
Martin K.I. Christensen, Co-Presidente da Comissão Executiva da ILGA
Europa afirmou:
“Esta sentença é verdadeiramente importante e histórica. Durante
décadas, pessoas lésbicas, gays, bi, trans e intersexuais têm estado submetidas
a uma avalanche de retórica ofensiva, sem fundamento, discriminatória e
difamatória. Durante demasiado tempo, as pessoas que as produziam afirmavam o
seu direito à liberdade de expressão e opinião.
Hoje [ontem], o Tribunal reconheceu claramente que tais afirmações são
ofensivas para toda a comunidade e declararam que os indivíduos e origanizações
que expressem, publiquem e disseminem tais afirmações não se podem justificar
com o direito de expressão garantido pela Convenção."
Cantor Jamaicano homofóbico
Concerto de Sizzla
realizado sob protestos
Sizzla também foi alvo de vários protestos pela Europa
Segundo a Inspeção Geral das Atividades Culturais (IGAC), que analisou
durante várias horas a possibilidade de poder cancelar a autorização, a exemplo
do que aconteceu noutros países europeus, não existe mecanismos legais que
permitam àquele organismo impedir a atuação do cantor jamaicano conhecido pelas
suas letras, que apelam à morte de homossexuais.
"Compreendendo a situação muito desconfortável em causa e após
analisar o programa, onde não estava o conteúdo das canções, o que fizemos foi
tentar saber se havia alguma entidade pública que impedisse a discriminação
sexual. Percebemos que para a discriminação de género existe uma entidade, mas
para a discriminação sexual não há nenhuma", adiantou, ao JN, a
sub-inspetora geral do IGAC, Paula Hipólito, explicando que a partir daí a
tentativa de perceber como impedir tal concerto não se tornou fácil.
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