segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Obama assina lei que torna a homofobia crime hediondo federal

Obama assina lei que torna a homofobia crime hediondo federal Desde que assumiu a presidência dos EUA, Barack Obama é criticado por ONGs e militantes GLBTs por sua falta de atitude em relação aos direitos GLBTs. No dia 28/10, Obama sinalizou dar os primeiros passos assinando uma lei que inclui a violência motivada pela sexualidade entre os crimes hediondos do país. A aprovação também é um marco por ser a primeira lei pró-GLBT aprovada no Congresso americano desde o movimento de Stonewall. De agora em diante, a Justiça Federal dos Estados Unidos poderá investigar crimes motivados contra a orientação sexual ou identidade de gênero da vítima, além da cor, religião, nacionalidade, sexo e deficiência. Denominada de The Matthew Shepard and James Byrd, Jr. Hate Crimes Prevention Act e conhecida popularmente por Matthew Shepard Act, a lei se torna uma disposição da FY 2010 National Defense Authorization Act – um projeto de Defesa para o ano de 2010 aprovado no começo do verão americano deste ano. Matthew Shepard Act honra a memória de Matthew Shepard, um estudante de Wyoming assassinado brutalmente como vítima de homofobia, e James Byrd, um afro-descendente americano acorrentado na traseira de uma pick-up e arrastado por aproximadamente 7km. Ambos os crimes aconteceram em 1998. A mãe de Matthew Shepard comemora a aprovação da lei e desabafa dizendo que demorou muito para que algo do gênero fosse aprovado, já que há 10 anos ela espera por isso.

Cazuza, exemplo para quem?

O cara dizia "todos os meus heróis morreram de overdose". E era aplaudido. É ... DEVIAM COLOCAR o texto abaixo NUM OUTDOOR LÁ NA PRAÇA CAZUZA, NO LEBLON... Psicóloga x Cazuza! Esta mensagem precisa ser retransmitida para todas as FAMÍLIAS! Uma psicóloga que escreveu, corajosamente algumas verdades. Uma psicóloga que assistiu ao filme escreveu o seguinte texto: 'Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora. . As pessoas estão cultivando ídolos errados.. Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível. Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado. No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta. São esses pais que devemos ter como exemplo? Cazuza só começou a gravar porque o pai era diretor de uma grande gravadora.. Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante. Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não. Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas, fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou. Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria? Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor. Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissessem NÃO quando necessário? Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor . Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar.. Não se preocupem em ser 'amigo' de seus filhos. Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi a pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre.'

Gay vivo não dorme com o inimigo.

Gay vivo não dorme com o inimigo: Como evitar a violência anti-gay 1. Evite levar desconhecidos ou garotos de programa para casa. Prefira fazer programas em hotéis, motéis ou saunas; 2. Investigue a vida da pessoa com quem pretende sair. Prefira pessoas conhecidas ou indicadas por amigos e só saia com alguém se tiver certeza que é de confiança; 3. Nunca beba líquidos oferecidos pelo parceiro desconhecido. A bebida (ou chiclete) pode conter soníferos, o perigoso "Boa Noite, Cinderela". Em um bar ou boate, preste atenção em seu copo e precisar ir ao banheiro ou se ausentar, leve o copo consigo, ou, invente uma desculpa e peça outra bebida; 4. Se levar alguém para casa, não o esconda do porteiro, ou de vizinhos. Eles podem ajudá-lo na hora do perigo. É sempre bom ter uma boa relação com esse pessoal. Na hora do babado, eles podem ser solidários; 5. Se for possível, demonstre para seu parceiro eventual que é gay assumido. Isso evita chantagem ou tentativa de extorsão; 6. Não se sinta inferior. Não se mostre indefeso, evite demonstrar passividade, medo, submissão. Não cultive o tipo machão, ou pelo menos não mostre que o valoriza tanto; se ele lhe ameaçar, grite, faça escândalo, ou em último caso, saia correndo e peça socorro aos vizinhos; 7. Evite fazer programa com mais de um michê. Antes da transa, acerte todos os detalhes: preço, duração, preferências eróticas (se ele aceita, por exemplo, ser passivo): isto evita brigas e discussões; 8. Não humilhe o parceiro. Não exiba jóias, riqueza ou símbolos de superioridade que despertem cobiça. O garoto de programa quase sempre é de classe inferior à sua; 9. Se o encontro for na sua casa, tranque a porta e esconda a chave. Não deixe armas, facas e objetos perigosos à vista; não se esqueça que você é dono da casa e deve dominar a situação; 10. Se for agredido, procure a polícia, peça exame de corpo delito e denuncie o caso aos grupos de ativistas homossexuais. Lembre-se que as Delegacias de Polícia são públicas. Se foi mal tratado pelo oficial, chame o Delegado Titular, se ele não estiver chame o plantonista. Se mesmo assim, for mal atendido, entre com uma ação contra a delegacia. Não tenha medo: é legal ser homossexual!

Bomba; Inss contra direito previdenciário de LGBT

Bomba: o INSS consegue decisão que acaba com o direito previdenciário dos homossexuais Talvez poucos se deram conta porque o efeito prático ainda não apareceu, porque a instrução normativa do INSS ainda está em vigor (agora sem a base que lhe motivou). E também, pelo que já foi dito por aqui, poucas pessoas conseguiam o benefício administrativamente , e essa decisão atinge especificamente essas pessoas. Parece que o INSS já não cumpria eficazmente a decisão, pois exigia que se comprovasse a dependência econômica, o que não era requisito para o benefício conforme a decisão judicial (e isso ficou claro na última instrução normativa, a 20, de 10/10/2007). Acho que ninguém tem ideia de quantas pessoas conseguiram o benefício administrativamente e estariam sim correndo sério risco de terem o benefício suspenso (tendo que entrar com ação judicial para mantê-lo). Quanto à concessão de novos benefícios, o melhor é procurar logo uma ação judicial, pois se o INSS já não queria cumprir sua própria instrução normativa antes, agora é que administrativamente ninguém deve conseguir (ainda que o INSS não revogue seu ato). O fundamento do indeferimento do pedido, então, é ainda mais genérico e preocupante: o STJ entende que o MP não pode entrar com ações previdenciárias coletivas. Tributárias também não... Isso engessa muito o apoio que o MP sempre nos deu nessas ações. Cada LGBT fica obrigado a ir individualmente ao Judiciário atrás dos seus direitos, isso é muito ruim. Para ações coletivas, ficamos só na dependência do Procurador Geral da República para propor ADPF ou Adin. Então teríamos que esperar outra Dra. Eu acho que a situação dos lgbt está muito ruim, muito precária com esta decisão. Por outro lado, o INSS está na mesma situação do cachorro que corre tanto atrás do carro e não sabe o que fazer quando o alcança! O INSS foi obrigado a baixar instrução normativa prevendo que haveria concessão administrativa do benefício. Quando fez isso, citou expressamente essa ação judicial, deixando claro que estava sendo obrigado por decisão judicial a fazer isso. Lutou por anos para derrubar a decisão. E conseguiu! O STJ determinou a extinção da ação, sem entrar no mérito: entendeu que o Ministério Público não poderia entrar com uma ação dessa natureza relativo a esse assunto (ação civil pública em matéria previdenciária) . Segundo a tramitação do processo no STJ (http://www.stj. jus.br/webstj/ processo/ Justica/detalhe. asp?numreg= 200200137495&pv=010000000000&tp=51), a decisão transitou em julgado. Mas há o encaminhamento ao STF... Sem conhecer as petições e todo o processo, intuo que a remessa ao STF deve ser decorrente do fato que o INSS, quando da decisão em segunda instância (no TRF-4ª Região), recorreu tanto ao STJ (por alegar que a decisão feria a lei) e ao STF (por alegar que feria a constituição). Agora o STJ envia ao STF para julgar aquele segundo recurso (se bem que eu imaginava que nem iria para lá, pois a decisão do STJ parece prejudicar aquele recurso, ainda mais que a decisão do STJ foi totalmente favorável ao INSS). Se for isso, possivelmente o STF nem vai conhecer desse recurso e também vai julgar prejudicado o recurso que o INSS e a União colcaram lá desde 2000, que era totalmente dependente do processo principal. Em suma, vejo como completamente perdida essa ação, cuja solução foi pela tangente, sem entrar no mérito (infelizmente algo muito comum no judiciário). As esperanças todas ficam no julgamento da união estável no STF, que poderá dar contornos que garantam também o benefício previdenciário. Vendo essa vitória do INSS, lembro da questão do custeio das operações de mudança de sexo. O TRF-4ª Região mandou a União pagar, eles recorreram ao STF (alegando que os cofres públicos não aguentariam. ..), a ministra Ellen Gracie suspendeu a eficácia da decisão, e dias depois a União, bondosamente, disse que incluiria o procedimento no SUS. No atual caso, pode ocorrer a mesma coisa: o INSS conseguiu o reconhecimento judicial de que não precisava conceder, mas talvez não revogue a instrução normativa e até fique concedendo, por ser "um governo pró-lgbt"... Mas o INSS, a qualquer momento, pode revogar os artigos da instrução normativa e pronto. E mais, atualmente qualquer procurador federal pode querer entrar na justiça para que o INSS revogue e pode até mesmo querer que quem recebeu o benefício devolva o que recebeu nos últimos 5 anos... E o TCU poderia ordenar que o INSS o faça, pois estaria concedendo benefícios irregulares. .. Enfim, estamos à mercê do pensamento dos mais diversos agentes públicos deste país! MaurícioJoao Marinholistagls@yahoogrupo s.com.br Bomba: o INSS consegue decisão que acaba com o direito previdenciário dos homossexuais > > Todas as atitudes vindouras são de competência exclusiva do INSS, portando a principio nenhuma atitude poderá ser empreendida por nenhum dos beneficiários de pensionamentos, salvo um melhor entendimento. > > Como já alertou o Mauricio em uma de suas postagens, há a possibilidade da revisão de todas as instruções normativas do INSS, que regulavam a matéria, pois TODAS elas forma concebidas em FUNÇÃO da sentença da ACP. > > Registre-se inclusive que a p/p sentença era a delimitante das normas das referidas instruções; o INSS foi realmente OBRIGADO a editar o texto de acordo com o decidido na sentença. > > Não foi uma "acomodação", sim uma DETERMINAÇÃO JUDICIAL que possibilitou o seu surgimento. > > Com relação aos efeitos anteriores, de pensionamentos já concedidos, teremos que esperar uma posição da Procuradoria do INSS. > > É hora das Entidades Nacionais e, as Estaduais, com protagonismo relevante, agirem.. Bomba: o INSS consegue decisão que acaba com o direito previdenciário dos homossexuais > Desculpe a pergunta que pode soar bem primária: os que já estão recebendo deixariam de receber a pensão por morte ou somente novos benefícios não serão concedidos? > > Sou pensionista do INSS desde 2003, quando fiquei viúvo. O que devo faz > > De qualquer maneira é uma PÉSSIMA noticia, pois realmente há muita resistência do INSS na hora da concessão de pensionamento post mortem. > > > > A sentença deste processo foi a que possibilitou, ou melhor dizendo, OBRIGOU o INSS elaborar uma Instrução Normativa que até hoje regula as regras de concessão do pensionamento para companheiros homoafetivos; caso prevaleça o entendimento processual de que o MPF não poderia manejar a referida ação neste tema, em sede de pleno do STJ, estas Instruções Normativa provavelmente perderão a sua eficácia, pois sempre houve muita resistência para o seu integral cumprimento. > > > > Meu companheiro, o Luiz Mário, tem várias ações contra o INSS, dada a recusa da Autarquia em conceder pensionamentos, pelos mais variados motivos. > > > > Um dos processos, em que ele atua como advogado, está na pauta do STF; o Recurso Extraordinário foi aceito, inclusive no item da Repercussão Geral. > > > > Tivemos o entendimento de que o INSS estava querendo se livrar desta responsabilidade, decorrente do reconhecimento judicial da União Estável Homo, para fazer cessar as concessões de pensionamento, no nível nacional > > > > Como o INSS vinha enfrentando com dificuldades esta Ação Civil Pública, onde consta como um dos peticionantes o Grupo Nuances em conjunto com o MPF, entendemos que o INSS estaria tentando atacar esta decisão no STF, em casos individuais e menos rumorosos, a fim de rever judicialmente a referida decisão, seria uma estratégia de rever a decisão da Ação Civil Pública por uma via transversal > > Quanto discutimos nas duas últimas reuniões da ABGLT o advocacy judiciário para a Entidade nacional pautei o tema, mas até o momento nenhuma ação mais efetiva foi empreendida; vamos ver se agora com a "casa caindo" alguém consiga entender a questão e possa definir algum tipo de atuação, de forma mais correta e efetiva. > > > > Com a "queda" da decisão desta Ação Civil Pública contra o INSS, estaremos TODOS e TODAS na dependência das decisões sobre o mesmo tema que tramitam em Sede de STF, em recursos extraordinários aceitos com base na sua Repercussão Geral, pois estas decisões terão efeitos para além das partes envolvidas. > > > > A decisão do ministro Og Fernandes é muito técnica, pois ataca a questão do ponto de vista da legitimidade processual do MPF em ingressar com ações de caráter previdenciário, NÃO ENTRA NO MÉRITO da ação; mesmo que haja algum Recurso do MPF (note-se que já estamos na fase de agravo regimental), ele terá que ser voltado para a questão da legitimidade processual do MPF para propor ações desta espécie no manejo deste tema especifico, ou seja, relativo a questões previdenciárias. > > > > Realmente não temos um monitoramento em sede de STF das ações que lá tramitam envolvendo a temática, só tenho conhecimento desta, é importante este monitoramento, pois será justamente nestas ações que a questão será decidida. > > > > Aumentou a responsabilidade. > > > > Abaixo o processo referido. > > Número: AC/200551015270216 > > Orgão de Origem: TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL > > Origem: RIO DE JANEIRO > > Volume: 1 Apensos:0 Folhas:192 Qtd.juntada linha: 0 > > > > SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL > > > > Ramo do Direito > > Assunto DIREITO PREVIDENCIÁRIO | Benefícios em Espécie | Pensão por Morte (Art. 74/9) > > DIREITO CIVIL | Família | União Estável ou Concubinato | União Homoafetiva > > > > Folhas 192 > > Data de Autuação 12/12/2008 > > > > PARTES > > Categoria Nome > > RECTE.(S) INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS > > ADV.(A/S) CARLOS EDUARDO LEAL DE CASTRO NUNES > > RECDO.(A/S) J R F R > > ADV.(A/S) LUIZ MÁRIO DA SILVA ALEXAN listagls@yahoogrupo s.com.brgaylawyers@yahoogru pos.com.br > > Subject: GAYLAWYERS Bomba: o INSS consegue decisão que acaba com o di > > Eu sempre bati na tecla de que a pensão por morte (e auxílio reclusão) ao companheiro homossexual era uma decisão que o INSS concedia porque era obrigado pela justiça federal (desde 2000), mas que tanto INSS quanto União, seja na gestão FHC, seja na do Lula, sempre combateram essa decisão. > > > > Pois hoje, 18/8/09, o INSS conseguiu uma decisão monocrática, do Ministro Og Fernandes do STJ, que simplesmente extingue a ação sem solução de mérito, alegando que o Ministério Público, conforme jurisprudência do STJ, não tem competência para ingressar com esse tipo de ação. Se essa decisão permanecer (o MP ainda pode recorrer...) , finalmente, depois de 9 anos, o INSS terá conseguido se livrar de conceder Fonte. Lista gls do Yahoo.

Uma escola On line para LGBT

Uma escola online de Nível Médio dedicada a pessoas GLBTs começará a funcionar em janeiro de 2010. Baseada nos EUA, ela é a primeira iniciativa nesse sentido, criada a partir de um projeto da Associação Internacional para Educação Online K-12 (K-12 significa ‘do jardim de infância à 12ª série’, o equivalente aos Níveis Fundamental e Médio no Brasil). David Glick, fundador da escola GLBTQ Online High School, trabalha como professor há 25 anos e é consultor de educação online desde 2003. Sua intenção é promover uma comunidade educacional segura e receptiva, que possa oferecer educação de qualidade para estudantes GLBTs. “Diversidade e educação multicultural são nossos maiores interesses”, afirma Glick. Segundo a Pesquisa Nacional do Ambiente Euma scolar, realizada em 2007 nos EUA e publicada pela Rede de Educação para Gays, Lésbicas e Heterossexuais, nove entre cada dez estudantes GLBTs sofrem algum tipo de pressão ou discriminação na escola. Mais da metade se sente insegura no ambiente escolar por causa das reações à sua sexualidade. Cerca de 32% admitiram faltar às aulas como forma de se proteger. Isso se reflete fortemente no rendimento: a média discente GLBT nos EUA tem notas cerca de meio grau abaixo das notas da população heterossexual. O conceito de escola online para GLBTs foi lançado em novembro de 2008 e o setor de inscrições já recebeu dezenas de solicitações. A escola é aberta a estudantes de quaisquer origens étnicas, sociais e culturais. O currículo incluirá, além das disciplinas comuns, estudos de gênero e sexualidade, história e política do movimento GLBT. Glick espera que sua iniciativa “ofereça um fórum seguro para debater assuntos que as escolas em geral evitam o quanto podem”. A primeira escola GLBT presencial dos EUA foi fundada em Nova York em 1985. Criada para acolher estudantes GLBTs que sofriam exclusão em outras escolas, a Harvey Milk High School provou ter um excelente rendimento acadêmico. Em 2002, ela recebeu fundos extras do Estado e acreditação total no Ensino Médio.

sábado, 31 de outubro de 2009

Noticias LGBTs Internacionais

Noticias da Ilga - Portugal Associação Internacional de gays e Lésbicas de Portugal. OUTUBRO - 2009 Igualdade para breve? Passadas as eleições legislativas e a maioria absoluta conquistada pela igualdade no acesso ao casamento, o reeleito chefe do governo veio sublinhar a prioridade a dar a este assunto. Também o BE e os Verdes (ler em baixo) afirmaram já publicamente a intenção de avançar rapidamente, tendo inclusive já entregue os seus Projectos-Lei, que aliás incluem a adopção. Será Portugal o próximo país a dar este passo na direcção da justiça, da igualdade e da valorização da cidadania? Governo dá prioridade ao casamento DN de 23 de Outubro "José Sócrates entregou o novo Executivo a Cavaco. Vieira da Silva ganha peso político na Economia, levando consigo a gestão dos fundos da UE. Mas o Governo é de diálogo, fazendo cair os seis ministros mais contestados. Agora, é tempo de preparar medidas: a primeira será o casamento 'gay' O Governo está feito e José Sócrates prepara os próximos passos. Num executivo que dará prioridade à economia e ao reforço do controlo dos milhões da UE, a prioridade passa a ser o programa de Governo e a agenda legislativa de curto-prazo. Uma das primeiras medidas, sabe o DN, será a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. A lei avançará no Parlamento assim que o Governo estiver completo e com o previsível apoio dos partidos à esquerda (Bloco e PCP). (...)" BE avança com casamento homossexual DN de 16 de Outubro "Os 230 deputados eleitos a 27 de Setembro tomaram ontem posse, numa sessão plenária que reelegeu Jaime Gama como presidente da Assembleia da República. No PS, Francisco Assis será o líder da bancada. Na oposição já há diplomas na forja: casamento 'gay', suspensão da avaliação dos professores e pensões são os primeiros temas para a agenda Está dado o pontapé de saída na XI legislatura e a oposição não perdeu tempo. Ontem, o PCP apresentou um pacote de nove diplomas que proporá no Parlamento, hoje o Bloco de Esquerda toma idêntica iniciativa. E com dois projectos que serão tudo menos pacíficos: o casamento homossexual e as uniões de facto, uma matéria já abordada na última legislatura, mas travada por Aníbal Cavaco Silva. O casamento gay consta do programa eleitoral do PS e ainda ontem, em entrevista à revista Visão, José Sócrates garantiu que os socialistas avançarão com esta lei no Parlamento. Mas no PS sustenta-se que esta não é uma medida para apresentar a breve termo, e há quem defenda que não deve avançar nesta primeira sessão legislativa. O Bloco vem assim pressionar a agenda socialista, o que é também válido para um novo diploma sobre as uniões de facto - outro tema que o PS não deve pegar desde já. (...)" Verdes levam casamento entre pessoas do mesmo sexo ao Parlamento site RTP O Partido ecologista Os Verdes apresentou no Parlamento um projecto para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Para os Verdes trata-se de um assunto que os deputados devem discutir rapidamente. ler o Projecto Lei

Léo Mendes rebate posição do Governador do Paraná

Excelentíssimo Governador Requião - PMDB Paraná Considerando o alto grau de Homofobia de vossas declarações nos Meios de Comunicação de Massa contra as cidadãs e cidadãos Gays e Travestis e homens bissexuais que pagam os impostos que sustentam o vosso salário e a maquina de vossa administração, venho por meio deste solicitar que Vossa Excelencia A - Convoque uma coletiva de imprensa para pedir desculpas a comunidade de Gays, bissexuais e Travestis de vosso Estado B - Abra espaço na TV educativa, concessão publica de todos os brasileiros e brasileiras, para que as organizões LGBT de Vossa Estado possam educar a população contra o Ódio, contra o preconceito e a discriminação, criando uma política de paz. Atenciosamente Leo Mendes Secretario de Comunicação da Associação Brasileira de Gays, Lesbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Assunto: PT PR - repudia declaração sobre câncer e parada gay Lemos repudia declaração sobre câncer e parada gay Os deputados estadual professor Lemos (PT), subiu à tribuna nesta quarta-feira, 28, para repudiar o comentário do governador Requião, que na escola de governo, associou o câncer de mama masculino à parada gay. “Foi uma frase infeliz que chegou ao Brasil pela TV. Educativa. Isso contraria o próprio trabalho que a secretário especial de assuntos estratégicos Nizan Pereira e a secretaria estadual de Educação fazem em prol das minorias, e ao combate à homofobia”. De acordo com Lemos, frases como a do governador não contribuem em nada para o combate à homofobia e pior, estimulam os crimes de ódio. Lemos ratificou o pedido da APPAD- Associação Paranaense da Parada da Diversidade, em 2009 que realiza a Parada da Diversidade LGBT em Curitiba e afiliada da Associação Brasileira de Gays, lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), que solicitam ao governador Requião direito de resposta na Escola de Governo da próxima semana. A intenção dos ativistas é apresentar a importância da Parada da Diversidade LGBT e mostrar a atual situação da discriminação contra lésbicas,gays , bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) no Paraná. Para o líder da bancada do PT, deputado Péricles de Mello, a reação das associações LGBT é legítima. "A frase do Requião foi uma piada de mau gosto. É necessário que a outra parte que não gostou da piada reaja,para evoluirmos numa sociedade mais justa e humana",afirmou. ... 29/10/2009 - 21h38 Após polêmica, Requião insinua que deputado do PR que o criticou é gay Publicidade DIMITRI DO VALLE da Agência Folha, em Curitiba O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), voltou a causar polêmica ao fazer nesta quinta-feira insinuações sobre a opção sexual de um deputado. José Lemos, deputado estadual pelo PT, havia criticado a declaração do governador sobre "passeatas gays" na última terça-feira. Na ocasião, Requião falou, em reunião, que a incidência de câncer de mama em homens "deve ser conseqüência dessas passeatas gay". Nesta quinta-feira, o governador disse que queria pedir desculpas a Lemos. "Eu nunca imaginei que eu fosse mexer com suas opções sexuais", falou. Requião, que justificou a primeira declaração dizendo que estava fazendo um alerta sobre os riscos do "abuso de hormônios femininos", recomendou ainda que Lemos faça um "exame de mama". "Recomendo a ele: não use implante feminino que pode ser perigoso. E não faça implante de silicone." O deputado, em discurso da tribuna da Assembléia anteontem, afirmou que as declarações de Requião não ajudavam a combater a homofobia. O petista cobrou ainda punição para os autores dos assassinatos de 19 homossexuais este ano no Paraná. Lemos 46, é Casado e tem três filhos. O petista rebateu dizendo que governador "parece sempre querer se colocar acima dos seres humanos" e que é errado "fazer chacota" com o caso. Disse ainda que Requião "aproveita a polêmica para aparecer na mídia" e que ele "desta vez extrapolou e baixou o nível". Ativistas do movimento em defesa de homossexuais pediram direito de resposta ao governador no próximo encontro do secretariado, previsto para terça-feira. Requião negou, dizendo que "não vai transformar a reunião num debate tolo pautado pela Globo". Foi na reunião passada, durante anúncio sobre programas oficiais de combate ao câncer, que o governador fez a dLéo Mendes rebate posição do Governador do Paraná eclaração em que via relação entre a doença e passeatas. Anteontem, disse que havia falado em "tom lúdico" e que adversários tentaram "extorquir vantagens políticas e eleitorais" com o episódio. Léo Mendes Secretário de Comunicação da ABGLT Bacharel em Direito pela UCG Especialista em Direitos Humanos LGBT Membro dos GTs de Criação do Programa Brasil sem Homofobia, da Conferencia Nacional LGBT e do Plano Nacional de Enfrentamento da AIDS junto aos Gays e Travestis. Membro do Movimento Nacional de Direitos Humanos - MNDDH - Goiás site: www.lgbtt.blogspot.com MSN: liorcino@hotmail.com fone: (62) 84052405

O essencial vale a vida valer apena

O ESSENCIAL FAZ A VIDA VALER APENA Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados e se discute o sexo dos anjos. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de sub-secretário de uma ong. Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'As pessoas não debatem conteúdos e sim, apenas os rótulos'. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... sem muitas jabuticabas, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade. Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O essencial faz a vida valer a pena. E, para mim, basta o essencial!” Autor desconhecido

Marcelo Garcia fala sobre parada lgbt

1- No próximo domingo dia 01 de novembro terá a tradicional Parada Gay em > > Copacabana. Será a 14ª Parada do Orgulho Gay no Rio de Janeiro. > > > > 2- Eu estive na Primeira. O ano era 1995. Não éramos mais do que 2.000 > > pessoas na praia. Saímos da Rua Prado Junior em direção ao Posto 6. Eu fui > > ao lado da Ana carregando camisetas do grupo Pela VIDDA. > > > > 3- Foi um ato de coragem pois naquela época pouca gente tinha coragem de ir > > a uma Parada Gay. Hoje mais de 1 milhão vão para as ruas. > > > > 4- Mas vão para que? Eu tenho insistido, e isso tem provocado alguma > > irritação dos militantes profissionais do movimento gay, que a Parada virou > > na realidade um carnaval fora de época. Uma micareta. > > > > 5- Sou absolutamente crítico ao troglodita do Prefeito Zito que proibiu a > > Parada/Micareta em Caxias. Foi uma ação conservadora e preconceituosa. > > > > 6- Mas o que os gays vão dizer aos cariocas no dia 01? Será um festa ou será > > um momento em que a comunidade gay pode de fato exigir um Rio sem violência. > > Um Rio em que as minorias que moram em favelas possam estar livres do > > tráfico. Um Rio em que a vida tenha real sentido. > > > > 7- Um Rio em que os policiais sejam respeitados e não tenham o pior salário > > do Brasil. Um Rio em que se assuma que quem consome Drogas estimula que o > > Tráfico de Drogas fique cada vez mais forte. > > > > 8- Não é hora de uma Parada do Orgulho Gay sair nas ruas para pensar e lutar > > apenas por questões da comunidade gay. É hora dos gays irem às Ruas exigerem > > um Rio melhor para todos. > > > > 9- Eu não vou na Parada. Não vou participar de uma Micareta. Até porque não > > gosto de micaretas. Acho no entanto que é preciso um mergulho sólido dos > > militantes profissionais do movimento gay em busca do real papel do > > movimento gay no Rio e no mundo. > > > > 10- É hora da militancia lembrar que este ano o Levante de Stonewall faz 40 > > anos (ver www.stonewallbrasil .com ) e > > aprofundar o debate sobre uma nova agenda para a militância. Está na hora da > > refundação do movimento gay. > > > > 11- Se a Parada no domingo não tratar de segurança e nem lembrar dos 40 anos > > se Stonewall é porque de fato as lideranças assalariadas dos movimentos > > estão levando toda uma história de luta para o esquecimento. > > > > 12- A luta pela igualdade e pelo orgulho gay não pode e não deve estar > > desassociada da luta por uma Brasil melhor, por um Rio melhor e mais seguro. > > > > > > 13- Estou sem esperanças com a agenda dos grupos gays, mas não custa lembrar > > que é preciso reconstruir agendas de lutas que estejam associadas ao Brasil > > e ao Rio de Janeiro e não apenas transformem e reafirmem que a Parada virou > > uma Micareta. > > > > 14- Eu sigo na luta, mas não preciso sair em Trio Elétrico para isso. > > > > 15- Mas defendo que a Parada ocorra e seja um sucesso. Torço pela nova agenda.

Governador do Paraná ataca gays

Governador do Paraná ataca gays e ABGLT responde. Governador diz que parada gay dar câncer de mama nos homens Em seguida ao pedido de audiência (abaixo) com o governador do Paraná, Roberto Requião, recebemos o e-mail abaixo e a assessoria da Casa Civil já entrou em contato também por telefone. Ficamos no aguardo da confirmação da audiência. --------- Mensagem Original -------- De: "Roberto Requiao" Para: "Toni Reis" Assunto: Re: Audiência pede-se - Data: 28/10/09 09:24 Sr. Tony Reis Informamos que recebemos a sua solicitação de audiência e ela foi encaminhada à assessoria de gabinete que cuida da agenda de compromissos do sr. Governador Roberto Requião. Atenciosamente Assessoria do Governador Em 27/10/2009 às 23:45 horas, "Toni Reis" escreveu: Ofício PR 520/2009 (TR/dh) Curitiba, 27 de outubro de 2009 Ao: Exmo. Sr. Roberto Requião Governador do Estado do Paraná Assunto: Audiência pede-se Prezado Governador A ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – é uma entidade de abrangência nacional, fundada em 1995, que congrega 220 organizações congêneres e tem como objetivo a defesa e promoção da cidadania desses segmentos da população. A ABGLT também é atuante internacionalmente e tem status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas. Gostaríamos de dizer que senhor tem sido considerado um grande aliado dos direitos humanos de todas as comunidades, inclusive da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). O senhor foi um dos primeiros governadores a convocar a 1ª Conferência Estadual LGBT, através do nosso querido amigo e companheiro de luta, Dr. Nizan Pereira, Secretaria de Estado para Assuntos Estratégicos. A Secretaria de Estado da Educação e o Conselho Estadual de Educação têm sido referência no âmbito nacional pelo reconhecimento do nome social das pessoas trans e com a criação da Coordenação de Diversidade Sexual e Gênero. A Secretaria de Estado da Saúde tem sido uma grande parceira do movimento LGBT paranaense na luta contra a Aids e a favor da cidadania. A Secretaria de Estado da Segurança Pública tem feito um trabalho exemplar na captura das quadrilhas neonazistas no estado do Paraná. No ano 2009, até o momento, 19 gays e travestis foram barbaramente assassinados no estado do Paraná e nos últimos 15 anos foram 160. Pesquisa da UNESCO afirma que 40% dos adolescentes masculinos não gostariam de estudar com um gay na mesma sala de aula, e 60% dos professores não sabem nem lidar com a situação. As piadas com relação à nossa comunidade infelizmente reforçam o preconceito, a discriminação e a violência que sofremos. Sabemos que Vossa Excelência gosta muito de humor e realmente o humor ajuda os discursos a serem entendidos melhor pela população. Infelizmente, seu comentário na “escolinha’ do governo do dia de hoje (http://g1.globo. com/Noticias/ Politica/ 0,,MUL1356762- 5601,00.html), colocando que o câncer de mama em homens deve ser uma consequência das passeatas gays (sic) não foi de bom tom. Felizmente, a plateia não deu gargalhadas e o Secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, foi feliz nas suas colocações a respeito. Salientamos que a Organização Mundial da Saúde deixou de considerar a homossexualidade como doença em 17 de maio de 1990. Nós da ABGLT também reconhecemos os avanços no estado do Paraná, mas queremos reafirmar nosso compromisso na defesa dos direitos humanos da comunidade LGBT e dizer que na última parada LGBT tivemos 120 mil pessoas participando, e que ela tem o objetivo de visibilizar a situação de discriminação, preconceito e violência que sofremos, e reivindicar políticas públicas para a nossa comunidade. Como disse o presidente Lula na abertura da 1ª Conferência Nacional LGBT “ninguém pergunta a orientação sexual de vocês quando vão pagar os impostos, por que as pessoas insistem em discriminá-los?” Posto isto, venho em nome das nossas 220 organizações afiliadas, incluindo 10 organizações paranaenses, pedir uma audiência com Vossa Excelência para discutirmos o andamento da implementação das propostas aprovadas pela 1ª Conferência Estadual LGBT em 2008. Afinal, consideramos o senhor um aliado. Estamos juntos contra todas as doenças, inclusive o câncer de próstata. Estamos à disposição pelos telefones 41 9602 8906 / 41 3222 3999. Na expectativa de sermos atendidos, agradecemos desde já a disponibilidade de diálogo. Cordialmente Toni Reis Presidente

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Vida nada cor de rosa

VIDA NADA CÔR DE ROSA! On 27/10/2009 at 12:25 Andressa Ramos wrote: Repassando msg Andressa Prezad@s Tomo a liberdade de enviar este link a inúmeros grupos, instituições, entidades, pessoas que apresentam alguma afinidade com a materia. Desde a luta antimanicomial, ao movimento LGBT nacional e internacional, os Programas municipais e estadual de DST/HIV. Pesquisadores, técnicos, acadêmicos e ou militantes, qual será a postura diante DISSO? Muito obrigada Luciene Jimenez PS: Solicito a quem tenha contato que retransmitam a Bea Espejo y Natália, del Colectivo de Transexuales de Cataluña y también a Norma Mejía. http://www1. folha.uol. com.br/fsp/ cotidian/ ff2510200913. htm Vida nada cor-de-rosa Investigador da polícia, transexual, acusado de assalto é preso e algemado em maca de hospital em Campinas LAURA CAPRIGLIONE MARLENE BERGAMO ENVIADAS ESPECIAIS A CAMPINAS (SP) Sensacional: policial civil vestido de mulher é preso pela PM depois de roubar um celular. O apresentador da tevê escracha. Propõe aos telespectadores: "Geeente, repara no detalhe da lingerie vermelha do rapaz!" Um blog de policiais civis segue no mesmo tom: "Grande exemplo de veado campineiro". Na sexta-feira, o Condepe, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Secretaria da Justiça, apresentou a denúncia: "Gravíssimas violações dos direitos humanos envolvem a prisão do policial civil Renato Pereira de Azevedo". Aos fatos: Azevedo, 30, é investigador de polícia de Campinas. Transexual, prefere ser chamada de Renata. Foi presa no dia 15 sob a acusação de roubo -artigo 157, que pressupõe "grave ameaça" à vítima. Ela não portava arma alguma -alicate de cutícula que fosse. Quando lhe abriram a bolsa, tudo o que encontraram foram "coisas de mulher" -maquiagem, maquiagem e mais maquiagem-, além de um celular Samsung SGH-C276 (preço: R$ 139), que não era seu. Renata estava surtada. Xingou tudo e todos. Na Corregedoria da Polícia em Campinas, para onde foi levada, distribuiu cusparadas. Ao delegado titular, perguntou: "Você é o Serra?", "Você é o Lula?", "Você é uma maricona?" Mesmo algemada, arremessou na autoridade a sandália que calçava. Cantou em italiano para o pai, que então já acompanhava a prisão do filho. Tirou a roupa. Às 20h, a psiquiatra do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) Gabriela di Mattia diagnosticou "transtorno afetivo bipolar -episódio maníaco", e aplicou o sossega-leão: Haldol (antipsicótico) e prometazina (hipnótico). Renata nem assinou o boletim de ocorrência. Apagou. Acordou amarrada pelo peito e braços a uma maca no PS do Hospital das Clínicas de Campinas. E havia algemas (uma argola no braço e outra na cama). Um PM armado fazia a escolta da jovem magricela. Entre as 22h57 do dia 15 e as 9h do dia 20, quando foi levada para um leito na Psiquiatria do Hospital das Clínicas, a investigadora Renata ficou exatas 100 horas e 43 minutos deitada de costas, amarrada e algemada. Na terça-feira (20), o advogado do Condepe e especialista em direitos de minorias, Francisco Lucio França, foi vê-la. Assim que se apresentou, Renata pediu: "Preciso de um banho, doutor. Estou imunda." Maria Cecília Lopes Oliveira Pereira de Azevedo, 55, viu o filho. "Todo urinado", lembra (para a mãe, ainda é "Renato"). O psiquiatra Paulo César Sampaio, perito criminal da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e membro do Condepe, encontrou a policial na internação na última quarta-feira (21) ainda presa à cama. Depois de analisar relatórios médicos e entrevistar a mãe, o psiquiatra concluiu: "Está claro que a paciente não pode ser responsabilizada por seus atos durante um surto psicótico; portanto, não poderia responder por roubo e estar algemada", disse. "É de uma injustificável crueldade física e psicológica algemá-la na ala psiquiátrica. " Renata mora com a família em uma casa de classe média. Cresceu cercada pelos cuidados da mãe, da avó e de uma babá. Tem dois irmãos, um deles engenheiro mecatrônico. Estudou em colégios tradicionais de Campinas, como o Sagrado Coração de Jesus e o Atheneu. É quintanista de Direito na PUC. Prestou concurso para investigador de polícia. Passou. O primeiro silicone, Renata nunca esquece. Foi aplicado aos 18 anos -nos quadris. Foi também aos 18 a primeira tentativa de suicídio, e a primeira internação. Ainda tinha aparência masculina quando entrou para a polícia, aos 21 anos. Aos 24, passou a viver 100% como mulher -roupas, cabelo, maquiagem, unhas. Com 25, "colocou peito". Em 2005, em documento oficial, um delegado assim retratou a transformação do/da investigador/ a: "Renato mudou seu comportamento. Em curto espaço de tempo estava totalmente trajado de mulher, com pinturas e esmaltes correspondentes à vaidade feminina, às vezes muito ousados. (...) Por essa mudança radical, o policial Renato foi colocado à disposição, para que fosse encaminhado a outras funções e não à atividade policial." Nos oito anos de polícia, entre licenças médicas, foram cinco transferências de departamento. A mãe percebeu, no dia 13, que Renata não estava bem: "Ele estava agitadíssimo. Era mau sinal." Renata dizia que era filha de Silvio Santos, ouvia vozes demoníacas em músicas de Ivete Sangalo, tinha a fórmula secreta da loteria. Na quinta à noite (14), apareceu em um bar no centro de Campinas. Brigou, xingou, chutou, gritou, cantou, chorou. No dia seguinte, hora do almoço, reapareceu. Mesmos trajes (peruca ruiva, camiseta laranja, calça e sandálias altas). Nem dormira. Estava pior. Exigiu o celular de uma funcionária do bar e espatifou-o no chão. Saiu desvairada. Topou com um rapaz dentro de um carro VW Parati. Mostrou a carteira de policial e, aos gritos, tomou-lhe o celular. À Folha, o rapaz disse que ficou confuso: "Primeiro eu vi um travesti, depois a carteira de polícia. Meu celular foi levado. O cara não fugiu. Saiu andando e sentou em uma mureta. Eu não sabia o que pensar." Renata foi presa. "Fiquei com pena. Estava na cara de que a moça ou moço, sei lá, não tinha a menor consciência do que estava acontecendo" , disse uma testemunha. --~--~------ ---~--~-- --~------ ------~-- -----~--~ ----~ Você recebeu esta mensagem porque está inscrito no Grupo "Fórum Paulista LGBT" em Grupos do Google. 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Mais 'gays' e mulheres acima dos 50 anos com VIH/sida

Mais 'gays' e mulheres acima dos 50 anos com VIH/sida FONTE: http://dn.sapo. pt/inicio/ portugal/ interior. aspx?content_ id=1402168# A Comissão Europeia quer apostar na prevenção e no acesso a testes rápidos e tratamentos em grupos vulneráveis nos próximos anos. Em Portugal, "grupos como o das mulheres acima dos 50 anos, a que se juntam os homossexuais, não devem ser esquecidos", refere a epidemiologista Teresa Paixão, que refere registar-se um aumento de casos em 2009. Estes é um dos grupos que a médica considera dever ser alvo de campanhas específicas, porque "estão mais vulneráveis. A infecção entre os homens dessa idade não regista nenhum aumento significativo", refere. Este facto deve-se a "hábitos sobretudo culturais, porque não se interessam pelo assunto e talvez leiam menos", explica. Uma tendência que os dados de 2009 do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, ainda em compilação, estão a apontar. Cresce também o número de infectados entre os homossexuais, "sobretudo entre os homens mais jovens", afirma a investigadora. Portugal é, aliás, um dos países referidos pelo organismo europeu, precisamente por um grande número de casos novos se registar neste grupo, tal como na Espanha, Alemanha ou França. De acordo com informação da UE, acesso rápido a testes e a tratamentos é essencial e deve ser alvo de investimento entre 2009 e 2013, até porque 30% dos infectados da UE e 70% dos de países vizinhos não sabem que têm o vírus. Os objectivos foram ontem apresentados pela Comissão Europeia. Na UE e países vizinhos viviam 2,2 milhões de pessoas com HIV/sida em 2007, mais 700 mil do que em 2001. 730 mil casos foram registados só na UE. Segundo os dados europeus, a infecção entre toxicodependentes que partilham seringas também é relevante, sobretudo nos países de Leste europeu. Já em Portugal, apesar de ter aumentado de 2007 para 2008, parece estar a cair em 2009. A comissária europeia da Saúde, Androulla Vassiliou, refere que a batalha contra a infecção deve continuar. Para o período de 2009 a 2013, estabeleceram- se três prioridades: reduzir o número se casos novos, aumentar o acesso à prevenção, tratamentos e melhorar a qualidade de vida das pessoas com a doença. Entre outros objectivos, defende-se o acesso a informação, sobretudo por jovens. Os emigrantes de países com alta prevalência da doença também devem ser informados sobre as formas de transmissão do vírus, testes e tratamentos disponíveis. As políticas devem ir contra a discriminação. O DN tentou contactar sem sucesso fonte da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida

MST recebe visita de Eryka Faysom, a primeira transexual de Alagoas

MST recebe visita de Eryka Faysom, a primeira transexual de Alagoas FONTE: http://www.alemtemp oreal.com. br/?pag=cidade&cod=9990 O MST recebeu nesta sexta-feira (23) a visita de Eryka Faysom Fernandes, 35, a primeira transexual de Alagoas. Eryka Faysom é fuzileira naval da Marinha do Brasil, onde ingressou em 1989. Nas próximas eleições, ela irá se candidatar ao cargo de deputada estadual pelo Partido Verde (PV). Eryka é carioca, mas mora em Maceió há mais de 15 anos. Eryka Faysom visitou os 1.500 trabalhadores rurais do Movimento dos Sem-Terra que estavam acampados na Praça Sinimbu desde a última terça-feira (20) após uma marcha que durou 22 dias e foi desde Delmiro Gouveia até Maceió. O objetivo principal da marcha foi cobrar das autoridades mais agilidade no andamento dos processos referentes a vistoria e desapropriação de terras estratégicas para os trabalhadores rurais, além do crédito agrário e melhores condições de habitação. “Estive passando nesses últimos anos por um momento de insatisfação para com as coisas que eu via na mídia referentes à Alagoas. Por isso, eu vou me candidatar à deputada estadual porque quero acabar com as injustiças como o preconceito e a homofobia, que vejo acontecer em Alagoas. E vou trabalhar muito para mostrar, principalmente, que uma transexual também é capaz de realizar um bom trabalho em prol dos mais carentes como esse trabalhadores e trabalhadoras rurais que há anos lutam pela reforma agrária”, disse Eryka Faysom. Eryka Faysom Fernandes se tornou o centro das atenções no acampamento do MST e os agricultores, para agradecer o carinho, a recepcionaram de forma hospitaleira. Segundo Eryka, o carinho do povo é o principal combustí vel que dá forças para ela trabalhar a favor de um Estado mais humano e progressista. -- Marco Antonio www.marcoantonyo. blogspot. com MSN: marcoantonyo@ gmail.com cel.: 11 - 6779.0403

Calendário espanhol retrata santos como transexuais

Calendário espanhol retrata santos como transexuais Polêmica iniciativa do movimento gay da Espanha retrata santas como drags e desafia a Igreja do país Tamanho do texto? A A A A Divulgação No chamado Calendário Laico, cada mês está representado por uma livre interpretação de cenas famosas De Madri para a BBC Brasil - Associações espanholas de defesa dos direitos dos homossexuais lançaram um calendário com imagens baseadas em conhecidas obras de arte sacra, especialmente aparições da Virgem Maria, mas interpretadas por transexuais. Espanhóis lançam asilo de luxo para idosos gays Bebê espanhol é registrado com duas mães biológicas No chamado Calendário Laico, cada mês está representado por uma livre interpretação de cenas famosas do imaginário católico, como a de Nossa Senhora de Fátima diante dos três pastores. Mas redecorada com a estética gay. As imagens mostram santas em versões drag queen, usando mantos, coroas, colares, braceletes, tendo preservativos coloridos como aplique e até vibradores no alto das coroas. Depois do sucesso de uma experiência-piloto - com 500 cópias esgotadas na parada do orgulho gay, em junho -, o calendário laico começa a circular em Madri nesta semana com tiragem de 10 mil exemplares. Para o Coletivo de Gays, Lésbicas, Transexuais e Bissexuais de Madri (Cogam), autores do polêmico calendário, a publicação tem como objetivo reivindicar que, em um país laico, os feriados santos sejam substituídos por eventos sociais. O grupo sugere, por exemplo, que 25 de dezembro seja declarado oficialmente o dia da democracia em lugar do Natal. "E porque não?", questionou o presidente do Cogam, Miguel Ángel González, em entrevista à BBC Brasil. "Talvez muita gente prefira comemorar coisas com as que se sente mais identificada, como o dia do meio ambiente ou dia da diversidade." 'Provocação' O calendário deve ser interpretado como provocação ao clero, em um país onde a Igreja, influente, difunde doutrinas contrárias ao homossexualismo e ao uso de preservativos. "Pode ser que alguém se chateie. Esperamos que nenhum fiel se sinta ofendido, porque não era a intenção, nem vemos nada de vulgar nas fotos", afirma o ativista. "Mas também não é uma provocação a onipresença da igreja e a negação da homossexualidade por parte do clero, fazendo uso dos seus ícones? A arte está para isso: para romper os esquemas." Alguns fiéis já se sentem ofendidos. O grupo católico Religião e Liberdade, fervente, disse à BBC Brasil que o calendário é uma "ofensa clara e inconstitucional". Citando o Código Penal, o vice-presidente da associação, Raúl Mayoral, alega que a publicação vulnera o artigo que prevê penas de oito a doze meses de prisão para quem ofenda os sentimentos dos membros de uma confissão religiosa. Para os representantes da Plataforma Hazte oír (Faz-te ouvir), uma das organizadoras dos protestos nas ruas de Madri contra o aborto e contra o casamento entre gays, o calendário laico ataca os ícones e valores católicos, mas não surpreende. "Estamos fartos de ver estes tipos de agressões. Essa inquisição rosa é constante porque os homossexuais espanhóis aproveitam qualquer oportunidade para soltar qualquer barbaridade em nome da liberdade de expressão", disse à BBC Brasil Nicolás Susena, coordenador da plataforma. "Depois de ver cartazes na parada do orgulho gay com fotos do Papa Bento XVI e a frase 'cuidado com o pastor alemão' o que vamos esperar desta gente? É revoltante e me dá vergonha de ser espanhol numa sociedade deste nível." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. Tags: transexual, gay, bi, lesbica, calendario, homossexual, homossexualismo, sexualidade O que são TAGS?

Governo Cubano ataca movimento Negro

Está acontecendo uma verdadeira OFENSIVA em nível nacional CONTRA O MOVIMENTO NEGRO CUBANO. A prisão do Dr. Darsi Ferrer é um passo grave dado PELA DUPLA RAÚL-FIDEL. Solicitamos assinar o abaixo-assinado, no link, para que possamos encaminhar ao governo de Cuba e aos órgãos de Direitos Humanos - http://www.petitiononline.com/drferrer/petition.html Em contato do dia 24 de outubro de 2009 – da Sra. Yusnaimy Soca, esposa de Darsi Ferrer, ficamos sabendo que o Dr. Darsi Ferrer está na prisão de Valle Grande, em La Lisa, na periferia de Havana (Cuba), destinada não a presos políticos, mas a presos comuns. Esta prisão, dividida em quarteirões, chamados “destacamentos” mantém homens amontoados em espaços comuns. O destacamento em que está Dr. Darsi Ferrer, de número 12, é onde estão os prisioneiros com tuberculose e infectados por HIV/Sida. Para nós, fica evidente a intenção de infectar o Dr. Darsi Ferrer, preso no mesmo espaço com de 120 a 200 pessoas. PARA MAIS: clique aqui A prisão do Dr Darsi Ferrer O Dr, Darsi Ferrer é um dos três principais dirigentes políticos negros de Cuba. O movimento negro cubano consta, atualmente, de mais de 35 organizações em toda a ilha, representando diversas tendências políticas. O Dr. Darsi Ferrer, o Professor Manuel Cuesta Morua e o Senhor Juan Antonio Madrazo Luna são os três grandes intelectuais cubanos negros que representam a línea política social-democrata. Cada um dirige um movimento especifico. É necessário que negros e negras brasileiros/as os ajudem, bem como negros e negras de todo o mundo. Essas lideranças estão na luta de frente contra um estado monstruosamente poderoso e que tem aliados internacionais poderosos também. O movimento negro cubano, surgido com muita dificuldade, nos últimos 25 anos, já alcançou toda a ilha de Cuba. Ele deve ser ajudado por aqueles que lutam pelos mesmos ideais e contra a mesma opressão racial, na America Latina e em todo o mundo. É chegado o momento de manifestarmos com uma atitude mais concreta. Conclamamos os intelectuais negros, as lideranças de organizações anti-racistas, militantes do Movimento Negro Brasileiro a assinar um manifesto que possa dar respaldo a esses companheiros que estão sendo seriamente perseguidos pela ditadura cubana. O Grupo de Trabalho de Cuba da Sociedade Internacional de Direitos Humanos (ISHR - sigla em inglês) denuncia a situação do Dr. Darsi Ferrer Declaración del GTC de la ISHR 20 de octubre de 2009 Clique aqui mesmo para ler Para constatar a realidade da denúncia que trazemos, você pode: Ler – clicando AQUI MESMO - a entrevista de Pablo Milanés que – já em dezembro de 2008 – colocava sérias críticas ao racismo em Cuba. Agora, é toda a clase intelectual negra que está se posiciona abertamente contra esse estado de coisas. Não há como retornar! Precisamos da liberdade de nossos irmãos e nossas irmãs negros/as cubanos/as. "Sou um cidadão negro. Os Estados Unidos teve uma lei de direitos civis conquistada nos anos 1960. E menos de 40 anos depois, já têm negro presidente. É tanto tempo ou mais para o que temos conseguido em Cuba, onde os negros ainda não têm nem poder real, nem verdadeiras oportunidades “ – Pablo Milanés Carta do intelectual e ativista negro Carlos MOORE em chamamento de solidariedade ao Dr. Darsi Ferrer e ao povo negro de Cuba - 20 de octubre de 2009 Queridos hermanos y hermanas: Yo se que muchos de ustedes nunca oyeron hablar del activista anti-racista Afro-Cubano, Dr Darsi Ferrer. Sin embargo, se trata de una de las figuras mas importantes en la lucha por los derechos civiles del pueblo cubano y el mas valiente luchador contra la exclusión social. El Dr Ferrer fue detenido, hace algunas semanas, y encarcelado bajo absurdos e mentirosos cargos de "robo de material" del estado. Hace semanas que está en prisión. El Dr Ferrer dirige varios programas independientes de ayuda a la población cubana discriminada, marginada y pobre (éstos son, en su inmensa mayoría, de origen africano). Por esa razón, las autoridades cubanas lo consideran como un elemento altamente subversivo, pues según el gobierno, en Cuba no hay ni pobreza, ni racismo ni marginación poblacional. Aquí les envío, por lo tanto, un documental producido por el Dr Ferrer que muestra las condiciones de esas personas (los moradores de albergues), a los que el presta ayuda desde hace años. Vean el trabajo del Dr Ferrer en el documental que conseguirán en el ENLACE DE CUBA ENCUENTRO AQUI Aclaro que es la primera vez, en toda mi vida de militante antirracista, que elevo la voz para reclamar apoyo a un disidente cubano; lo hago porque la magnitud de la injusticia que ha cometido el gobierno cubano ya llegó a límites que nadie puede tolerar sin convertirse en cómplice de la opresión de aquellos que no tienen voz en Cuba. Apelo al sentido de justicia de cada uno de ustedes para que ayuden a movilizar la opinión pública mundial sobre este caso de detención política de un ciudadano cubano negro, honrado, valiente y dedicado a la causa de los mas humildes en Cuba. Pido ayuda para liberar al dirigente negro, Dr Darsi Ferrer. Agradezco su ayuda con el corazón. Carlos MOORE Carta do intelectual e ativista negro Carlos MOORE em chamamento de solidariedade ao Dr. Darsi Ferrer e ao povo negro de Cuba - 20 de outubro de 2009 Queridos irmãos e irmãs: Sei que muitos não ouviram falar do ativista anti-racista Afro-Cubano, Dr. Darsi Ferrer. Trata-se de uma das figuras mais importantes na luta pelos direitos civis do povo cubano e o mais valente lutador contra a exclusão social. O Dr. Ferrer foi detido há algumas semana e encarcerado sob alegações absurdas e mentirosas de "roubo de material" do estado. Há semanas está na prisão! O Dr. Ferrer dirige vários programas independentes de ajuda à população cubana discriminada, marginalizada e pobre (estes são, em sua imensa maioria, de origem africana). Por essa razão, as autoridades cubanas o consideram como um elemento altamente subversivo, pois, segundo o governo, em Cuba não há nem pobreza, nem racismo, nem população marginalizada. Aqui lhes envio documentário produzido pelo Dr. Ferrer que mostra as condições dessas pessoas (os moradores de albergues), aos quais ele presta ajuda há muitos anos. Veja o trabalho do Dr. Ferrer CLICANDO AQUI MESMO. Quero deixar evidente que é a primeira vez, em toda minha vida de militante anti-racista que elevo a voz para pedir apoio para um dissidente cubano. Faço isso porque o tamanho da injustiça que o governo cubano cometeu já chegou a limites que não podemos mais tolerar sem que nos convertamos em cúmplices da opressão que recai sobre aqueles que não têm voz, em Cuba. Apelo ao sentido de justiça de cada um que me lê para que ajude a mobilizar a opinião pública mundial sobre este caso de detenção política de um cidadão cubano negro, honrado, valente e dedicado à causa dos mais humildes em Cuba. Peço ajuda para libertar o dirigente negro Dr. Darsi Ferrer. Agradeço sua ajuda do fundo de meu coração. Carlos MOORE Essas populações vivem em albergues porque não têm casas. Ou estão nas favelas escondidas que Cuba afirma que foram abolidas com a revolução! São milhares de cubanos que não têm acesso a cuidados médicos, num país que afirma o contrário, e que também não têm acesso ao saneamento básico. Parece incrível, pois a propaganda sempre diz o contrario e a maioria das pessoas acredita que a degradação da população negra só acontece no Haiti e no Brasil. Pedido urgente às organizações negras do Brasil! Favor circular urgentemente, como uma ação solidária, esta carta enviada de Cuba pela esposa do dirigente negro cubano, Dr. Darsi Ferrer, recentemente encarcerado pelo regime. Nestas últimas semanas, o movimento negro em Cuba está sendo golpeado com força pelo regime bicéfalo de Fidel-Raul Castro. Data: 2009/10/19 Carta aberta de Yusnaimy Jorge Soca, esposa do Dr Darsi Ferrer "Pido solidaridad con la causa que promueve el Dr. Darsi Ferrer" Soy una joven cubana, madre de un niño de 8 años de edad que todos los días llora en mi pecho por la ausencia de su padre, el Dr. Darsi Ferrer, mi esposo. Él es un cubano afro descendiente que hoy está injustamente en la cárcel, sobreviviendo en condiciones infrahumanas bajo trato cruel y degradante, por dedicar sus esfuerzos a luchar por los derechos civiles de nuestros compatriotas. El Dr. Darsi Ferrer es un profesional y no un delincuente como lo tilda el régimen, es graduado de medicina, sensible al dolor ajeno y su único delito es que, de modo pacífico e inspirado en el ejemplo de grandes hombres como Martin Luther King y Mahatma Gandhi, práctica la desobediencia civil para despertar la conciencia del pueblo cubano, y reclamar el reconocimiento y la protección de las libertades y los derechos fundamentales de las personas. El régimen racista que martiriza a nuestra nación desde hace 50 años no le perdona, entre otras labores filantrópicas, que sea negro y lideré una campaña anti apartheid, para que termine la inmoral e ilegal discriminación que sufrimos los cubanos en nuestro propio país, por la mera condición de ser nacionales. En pleno siglo XXI los extranjeros y la casta en el poder disfrutan de todos los privilegios, mientras al resto de los cubanos se nos prohíben hasta cuestiones elementales como: Visitar determinados centros turísticos; atendernos la salud en clínicas exclusivas que son las dotadas de los recursos adecuados; entrar y salir del país; movernos libremente por el territorio nacional; tener un negocio privado que permita el sustento de la familia; escoger el tipo de educación que se prefiere para nuestros hijos; disponer de lo que supuestamente son nuestras propiedades; tener acceso a la Internet; expresarnos libremente; asociarnos de modo independiente según los intereses particulares. Se llega al colmo de que el Estado paga a los trabajadores salarios miserables en moneda nacional y vende la mayoría de los productos en divisas, a precios totalmente desproporcionados, además de muchas otras manifestaciones de marginación y racismo. El castigo del gobierno contra Darsi es para tratar de silenciar su voz e impedir sus acciones mediante el uso de la fuerza y las arbitrariedades. En estos años ha sido víctima de hostigamiento, amenazas, golpizas a manos de turbas dirigidas por el aparato represivo de la seguridad del estado, secuestros y arrestos arbitrarios, expulsión de su empleo como médico y ahora cárcel desde el 21 de julio de 2009. También por nuestra labor yo he sufrido golpizas, arrestos arbitrarios y los actos de repudio, donde decenas de individuos agresivos nos aterrorizan en la casa sin importarles siquiera el trauma que le causan a nuestro hijo con esa crueldad, niño al que en una ocasión llegaron a atentar contra su vida, cuando sólo contaba con 5 años de edad. No busco que se abogue por la liberación de mi esposo, nosotros asumimos todo el sacrificio que nos imponga esta lucha porque nuestro pueblo llegue a disfrutar de libertad, justicia y democracia. Lo que pido a todas las organizaciones de derechos civiles es que se solidaricen con la digna causa que promueve el Dr. Darsi Ferrer, que le extiendan su mano a los cubanos y que con su apoyo solidario fortalezcan nuestras esperanzas. ____________________________________________________ Policía política reprime encuentro de intelectuales en Cuba. Por Roberto de Jesús Guerra Pérez LA HABANA. (CIHPRESS)- El pasado viernes oficiales del Departamento de la Seguridad del Estado, se presentaron en la sede del Comité por la Integración Racial (CIR), sito en la calle 23 y C, en el Vedado Habanero, y arrestaron a Juan Antonio Madrazo Luna, coordinador de esta organización, informaron activistas de derechos humanos. "Juan Antonio, fue arrestado en las primeras horas de la mañana del 9 de octubre para imposibilitar el encuentro entre escritores, ya que él, es el dueño del local", dijo Omayda Padrón Azcuy, una bibliotecaria independiente en la capital, y aseguró que varios intelectuales fueron visitados por agentes de la policía política, con el objetivo de convencerlos que no participaran en la sita que debía realizarse en la tarde del viernes. Según informaron activistas políticos, estaban invitados los periodistas Víctor Manuel Domínguez, José Antonio Fornaris, Luís Cino, Laritza Diversent, Odelyn Alfonso, Rogelio Fallo Hurtado y otros, todos miembros del club de escritores, los cuales recibieron amenazas de oficiales de la Seguridad que se presentaron en las respectivas viviendas. El CIR realiza cada mes tertulias literarias. A las 2:30pm del 9, habían convocado para dar a conocer el libro Cuentos desde la Habana, de la autoría de Juan González Febles. El Comité, agrupa a ciudadanos dentro y fuera de Cuba, de todas las razas y colores, interesados en la cuestión racial, desde los más diversos puntos de vista: la discriminación, las cuestiones de identidad, la inserción plena del negro y mestizos en la sociedad y el debate cultural, histórico y sociológico, explica un texto enviado a esta agencia. "Las autoridades castristas alegan que en la isla no hay racismo sin embargo han impedido la reunión de varios escritores que en su mayoría son de la clase negra", reveló Padrón. El régimen continúa reprimiendo a quienes disienten del sistema, incluso después de haber firmado en febrero los pactos internacionales de derechos humanos, civiles y políticos. El tratado de PREVENCIÓN DE DISCRIMINACIONES Y PROTECCIÓN A LAS MINORÍAS, según fuentes oficiales fue uno de los firmados. Aunque los gobernantes aseguran que en la isla no hay racismo y que existe igualdad de derechos, violan con estos hechos el tratado en su capítulo III. Sobre Medidas de prevención, educación y protección destinadas a erradicar el racismo, la discriminación racial, la xenofobia y las formas conexas de intolerancia en los ámbitos nacional, regional e internacional. El articulo 58. Insta a los Estados a adoptar y aplicar, en los ámbitos nacional e internacional, medidas y políticas eficaces, además de la legislación nacional vigente de lucha contra la discriminación y los instrumentos y mecanismos internacionales pertinentes, que alienten a todos los ciudadanos e instituciones a oponerse al racismo, la discriminación racial, la xenofobia y las formas conexas de intolerancia, y a reconocer, respetar y maximizar los beneficios de la diversidad dentro de todas las naciones... promoviendo valores y principios como la justicia, la igualdad y la no discriminación, la democracia, la lealtad y la amistad, la tolerancia y el respeto..., en particular mediante programas de información pública...la comprensión de los beneficios de la diversidad cultural, incluidos.

Vamos sair da toca e defender o Tenente ícaro ceita

Parabéns pela parada da Bahia, mas vamos sair da toca e defender o Tenente Ícaro Ceita Parabenizo O GGB e todas as instituições que realizaram a Parada LGBT da Bahia. Não quero entrar nos méritos do número, porque cada organização das paradas brasileiras tira o número de suas cabeças. Se as pessoas conseguem dizer que, nas ruas estreitas do centro de Madureira compareceram quase um milhão, se a organização do evento chama um deputado acusa de pertencer a milícias e grupos de extermínio como padrinho,podemos esperar qualquer coisa da organização deste tipo de manifestação! Porém, não acredito mais nessas estatísticas, a não ser que eu possa presenciar os tais números, mas fora disso, não dá mais para se confiar porque as pessoas chegam a mentir descaradamente para sobre a quantidade e nem mesmo a policia consegue dar uma numeração exata dos participantes das paradas. Quero parabenizar a organização pelo sucesso da parada da Bahia, embora, tenha sido vergonhosa a posição do governo Estadual (PT) no tocante a perseguição sofrida pelo Tenente ícaro Ceita. O governo baiano foi eleito pela maioria do povo com a promessa de se comportar diferente dos coronéis que atuavam há séculos naquele Estado. Agora age pior do quando o assunto é cidadania homossexual. Não sei por quanto tempo a “militância” baiana e o Governo estadual vão tentar esconder a situação do Tenente Ícaro, uma pessoa que o movimento LGBT deve ter orgulho de te-lo em suas fileiras, mas age ao contrário, silenciando e não denunciando a perseguição da PM da Bahia ao Tenente militante. Não sei o que nós do movimento LGBT organizado estamos esperando acontecer com o Tenente Ícaro, pára tomarmos uma posição mais enérgica. O tenente Icaro Ceita é um grande patrimônio político não somente do movimento LGBT mas da sociedade brasileira, porque em um pais aonde cresce a todo momento a quantidade de policiais homofóbicos, ter um tenente íntegro, assumido e militante, é uma benção que não podemos desperdiçar nem desmerecer. SILENCIO = Morte! Eugenio Ibiapino

Livro sobre Exu causa guerra santa em escola municipal

Livro sobre Exu causa guerra santa em escola municipal FONTE: http://odia. terra.com. br/portal/ rio/html/ 2009/10/livro_ sobre_exu_ causa_guerra_ santa_em_ escola_municipal _42866.html Professora umbandista diz que foi proibida de dar aulas em unidade de Macaé, dirigida por diretora evangélica POR RICARDO ALBUQUERQUE, RIO DE JANEIRO Rio - As aulas de Literatura Brasileira sobre o livro ‘Lendas de Exu’, de Adilson Martins, se transformaram em batalha religiosa, travada dentro de uma escola pública. A professora Maria Cristina Marques, 48 anos, conta que foi proibida de dar aulas após usar a obra, recomendada pelo Ministério da Educação (MEC). Ela entrou com notícia-crime no Ministério Público, por se sentir vítima de intolerância religiosa. Maria é umbandista e a diretora da escola, evangélica. A polêmica arde na Escola Municipal Pedro Adami, em Macaé, a 192 km do Rio, onde Maria Cristina dá aulas de Literatura Brasileira e Redação. A Secretaria de Educação de lá abriu sindicância e, como não houve acordo entre as partes, encaminhou o caso à Procuradoria- Geral de Macaé, que tem até sexta-feira para emitir parecer. Em nota, a secretaria informou que “a professora envolvida está em seu ambiente de trabalho, lecionando junto aos alunos de sua instituição”. A professora confirmou ontem que voltou a lecionar. “Voltei, mas fui proibida até por mães de alunos, que são evangélicas, de dar aula sobre a África. Algumas disseram que estava usando a religião para fazer magia negra e comercializar os órgãos das crianças. Me acusaram de fazer apologia do diabo!”, contou Maria Cristina. Sacerdotisa de Umbanda, a professora se disse vítima de perseguição: “Há sete anos trabalho na escola e nunca passei por tanta humilhação. Até um provérbio bíblico foi colocado na sala de professores, me acusando de mentirosa”. Negro, pós-graduado em ensino da História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, o diretor-adjunto Sebastião Carlos Menezes aguardará a conclusão da procuradoria para opinar. “Só posso lhe adiantar que a verdade vai prevalecer”, comentou. Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, Sebastião contou que a diretora Mery Lice da Silva Oliveira é evangélica da Igreja Batista. ATÉ CINCO ANOS DE PRISÃO “Se houver preconceito de religião, acredito que deva ser aplicado todo o rigor da lei”, afirmou o coordenador de Direitos Humanos do Ministério Público (MP), Marcos Kac. O crime de intolerância religiosa prevê reclusão de até 5 anos. Em caso de injúria, a pena varia de 3 meses a 2 anos de prisão. O MP poderá entrar com ação pública penal se comprovar a intolerância religiosa. “Caso contrário envia à delegacia para inquérito”, explicou Kac. Alunos do 7º ano leram a obra: referências ao folclore Em 180 páginas, o livro ‘Lendas de Exu’, da Editora Pallas, traz informações sobre uma das principais divindades da cultura afro-brasileira. O autor da obra, Adilson Martins, remete ao folclórico Saci Pererê para explicar as traquinagens e armações de Exu. Na introdução, Martins diz que ele é “um herói como tantos outros que você conhece”. Em Macaé, 35 alunos do 7º ano do Ensino Fundamental leram o livro. Nas religiões afro-brasileiras, Exu é o mensageiro entre o céu e a terra, com liberdade para circular nas duas esferas. Por isso, algumas pessoas acabam o relacionando a Lúcifer. O presidente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, Ivanir dos Santos, garantiu que outros autores de livros, como Jorge Amado e Machado de Assis, sofrem discriminação nas escolas: “As ideias neopentecostais vêm crescendo muito, desrespeitando a lei”. Ivanir explicou que o avanço da discriminação religiosa provocou o agendamento de um encontro, dia 12 de novembro, com a CNBB: “Objetivo é formar uma mesa histórica sobre os cultos afro e estabelecer uma agenda comum”. VIVA VOZ Até mães de alunos me proibiram de falar sobre a África “Acusam-me de dar aula de religião. Não é verdade. No livro ‘Lendas de Exu’, de Adilson Martins, há histórias interessantes, são ótimas para trabalhar com os alunos. Li os contos, como se fosse uma contadora de histórias, dramatizando cada uma delas. Praticamos Gramática, e os alunos ilustraram as histórias de acordo com a imaginação deles. Não dá para entender por que fui tão humilhada. Até mães de alunos, evangélicas, me proibiram de falar sobre a África”. MARIA CRISTINA MARQUES, professora, 48 anos -- Marco Antonio www.marcoantonyo. blogspot. com

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Saiba mais sobre HPV

O que é HPV? É a sigla em inglês para papiloma vírus humano. Os HPV são vírus da família Papilomaviridae (Fig. 1), capazes de provocar lesões de pele ou mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente. Qual a relação entre os HPV e o câncer do colo do útero? Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados em de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos. Quais são eles? Os vírus de alto risco, com maior probabilidade de provocar lesões persistentes e estar associados a lesões pré-cancerosas são os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros. Já os HPV de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais (ou condilomas genitais) e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade, apesar de serem encontrados em pequena proporção em tumores malignos. Fig. 1 Os HPV são facilmente contraídos? Estudos no mundo comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV (Figura 2) em algum momento de suas vidas. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens. Qualquer pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos (que poderão ser detectados no organismo), mas nem sempre estes são suficientemente competentes para eliminar os vírus. Fig. 2 - Células infectadas pelo vírus HPV Como os papilomavírus são transmitidos? A transmissão é por contato direto com a pele infectada. Os HPV genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Também existem estudos que demonstram a presença rara dos vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. Já as infecções subclínicas são encontradas no colo do útero. O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo é bastante raro. Fig. 3 Como são essas infecções? As infecções clínicas mais comuns na região genital são as verrugas genitais ou condilomas acuminados, popularmente conhecidas como "crista de galo" (Fig. 3). Já as lesões subclínicas não apresentam nenhum sintoma, podendo progredir para o câncer do colo do útero caso não sejam tratadas precocemente. Como as pessoas podem se prevenir dos HPV? O uso de preservativo (camisinha) diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual (apesar de não evitá-la totalmente). Por isso, sua utilização é recomendada em qualquer tipo de relação sexual, mesmo naquela entre casais estáveis. Como os papilomavírus podem ser diagnosticados? As verrugas genitais encontradas no ânus, no pênis, na vulva ou em qualquer área da pele podem ser diagnosticadas pelos exames urológico (pênis), ginecológico (vulva) e dermatológico (pele). Já o diagnóstico subclínico das lesões precursoras do câncer do colo do útero, produzidas pelos papilomavírus, é feito através do exame citopatológico (exame preventivo de Papanicolaou). O diagnóstico é confirmado através de exames laboratoriais de diagnóstico molecular, como o teste de captura híbrida e o PCR. Onde é possível fazer os exames preventivos do câncer do colo do útero? Postos de coleta de exames preventivos ginecológicos do Sistema Único de Saúde (SUS) estão disponíveis em todos os estados do país e os exames são gratuitos. Procure a Secretaria de Saúde de seu município para obter informações. Quais os riscos da infecção por HPV em mulheres grávidas? A ocorrência de HPV durante a gravidez não implica obrigatoriamente numa má formação do feto nem impede o parto vaginal (parto normal). A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser determinada pelo médico após análise individual de cada caso. É necessário que o parceiro sexual também faça os exames preventivos? O fato de ter mantido relação sexual com uma mulher infectada pelo papilomavírus não significa que obrigatoriamente ocorrerá transmissão da infecção. De qualquer forma, é recomendado procurar um urologista que será capaz - por meio de peniscopia (visualização do pênis através de lente de aumento) ou do teste de biologia molecular (exame de material colhido do pênis para pesquisar a presença do DNA do HPV), identificar a presença ou não de infecção por papilomavírus. Fig. 4 - Região genital após o tratamento com o laser Qual o tratamento para erradicar a infecção pelo papilomavírus? A maioria das infecções é assintomática ou inaparente e de caráter transitório. As formas de apresentação são clínicas (lesões exofíticas ou verrugas) e subclínicas (sem lesão aparente). Diversos tipos de tratamento podem ser oferecidos (tópico, com laser, cirúrgico). Só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada (Fig. 4). Qual é o risco de uma mulher infectada pelo HPV desenvolver câncer do colo do útero? Embora estudos epidemiológicos mostrem que a infecção pelo papilomavírus é muito comum (de acordo com os últimos inquéritos de prevalência realizados em alguns grupos da população brasileira, estima-se que cerca de 25% das mulheres estejam infectadas pelo vírus), somente uma pequena fração (entre 3% a 10%) das mulheres infectadas com um tipo de HPV com alto risco de câncer desenvolverá câncer do colo do útero. Há algum fator que aumente o risco de a mulher desenvolver câncer do colo do útero? Há fatores que aumentam o potencial de desenvolvimento do câncer de colo do útero em mulheres infectadas pelo papilomavírus: número elevado de gestações, uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional), tabagismo, pacientes tratadas com imunosupressores (transplantadas), infecção pelo HIV e outras doenças sexualmente transmitidas (como herpes e clamídia). As Vacinas contra o HPV O que é a vacina contra o HPV? É a vacina criada com o objetivo de prevenir a infecção por HPV e, dessa forma, reduzir o número de pacientes que venham a desenvolver câncer de colo de útero. Apesar das grandes expectativas e resultados promissores nos estudos clínicos, ainda não há evidência suficiente da eficácia da vacina contra o câncer de colo do útero. Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos mais presentes no câncer de colo do útero (HPV-16 e HPV-18). Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Há duas vacinas comercializadas no Brasil. Uma delas é quadrivalente, ou seja, previne contra os tipos 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero e contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos 16 e 18. Qual o impacto desta nova tecnologia para a política de atenção oncológica e para o SUS? É fundamental deixar claro que a adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame Papanicolaou (preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema. Ainda há muitas perguntas relativas à vacina sem respostas: - Ela só previne contra as lesões pré-cancerosas ou também contra o desenvolvimento do câncer de colo de útero? - Qual o tempo de proteção conferido pela vacina? - Levando-se em conta que a maioria das infecções por HPV é facilmente debeladas pelo sistema imunológico, como a vacinação afeta a imunidade natural contra o HPV? - Como a vacina afeta outros tipos de HPV associados ao câncer de colo de útero? - Se os tipos 16 e 18 forem efetivamente suprimidos, outros tipos podem emergir como potencialmente associados ao câncer de colo do útero? Todas essas perguntas precisam ser respondidas antes de a vacinação ser recomendada como política de atenção oncológica. Um comitê de Acompanhamento da Vacina, formado por representantes de diversas instituições ligadas à Saúde e liderado pelo INCA, avalia, periodicamente, se é oportuno recomendar a vacinação em larga escala no país. Até o momento, o comitê decidiu pela não incorporação da vacina contra o HPV no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Como a vacina funciona? Estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo. Existe risco de infecção pela vacina? Não. No desenvolvimento da vacina conseguiu-se identificar a parte principal do DNA do HPV. Depois, usando-se um fungo (Sacaromices cerevisiae), obteve-se apenas a “capa” do vírus, que mostrou induzir fortemente a produção de anticorpos quando administrada em humanos. Qual o tempo de proteção após a vacinação? A duração da imunidade conferida pela vacina ainda não foi determinada, visto que só começou a ser comercializada no mundo há cerca de dois anos. Até o momento, só se tem convicção de cinco anos de proteção. Na verdade, embora se trate da mais importante novidade surgida na prevenção à infecção pelo HPV, ainda é preciso delimitar qual seu alcance sobre a incidência e a mortalidade do câncer de colo do útero. A forma como as informações sobre o uso e a eficácia da vacina têm chegado à população brasileira é adequada? Não. É preciso que fabricantes, imprensa, profissionais e autoridades de saúde estejam conscientes de sua responsabilidade. É imprescindível esclarecer sob que condições a vacina pode se tornar um mecanismo eficaz de prevenção para não gerar uma expectativa irreal de solução do problema e desmobilizar a sociedade e seus agentes com relação às políticas de promoção e prevenção que vêm sendo realizadas. Deve-se informar que, segundo as pesquisas, as principais beneficiadas serão as meninas antes da fase sexualmente ativa, que as mulheres deverão manter a rotina de realização do exame Papanicolaou e que, mesmo comprovada a eficácia da vacina e sua aplicação ocorra em larga escala, uma redução significativa dos indicadores da doença pode demorar algumas décadas. Em caso de dúvida, envie sua pergunta para o contato@inca.gov.br

Quem não gosta de samba , bom sujeito não é

O produtor, compositor e escritor relembra histórias e nomes que fizeram a MPB Fotos: Adriana Vichi O poeta, compositor, produtor e escritor Hermínio Bello de Carvalho, nascido na cidade do Rio de Janeiro, em 1935, é um – trocadilhos à parte – belo exemplo do que acontece quando as letras encontram as notas, leia-se quando a música se une à literatura. O resultado? Muitas histórias para contar e nomes para citar dentro do universo da música popular brasileira. Porém, Carvalho faz questão de ressaltar: “Nunca fui pesquisador, apenas um escarafunchador que fica o tempo todo ciscando num terreiro de memórias”. Autor de livros como Araca, Arquiduquesa Do Encantado – Um Perfil De Aracy Almeida (Folha Seca, 2004) e responsável pela revelação de nomes como Clementina de Jesus ao mundo do samba, Hermínio frequentou o mítico bar Zicartola – de Cartola e Dona Zica – ao lado de compositores e sambistas como Paulinho da Viola, Elton Medeiros e Maurício Tapajós. Também dirigiu o musical Rosa de Ouro, na década de 1960, e produziu grande parte dos discos de Elizeth Cardoso, promoveu a volta aos LPs de Pixinguinha, com Som Pixinguinha, de 1971. Quer mais? Pois Hermínio Bello de Carvalho conta outras ótimas histórias nesta entrevista exclusiva concedida à Revista E por e-mail. A seguir, a íntegra do papo virtual. Você pertence a uma geração que presenciou a afirmação do samba dentro da sociedade brasileira. Ainda existe preconceito contra a figura do sambista no Brasil? Vamos, primeiro, definir se esse preconceito é contra a figura do sambista ou, especificamente, contra o sambista negro – porque aí o leque de discussão se torna mais amplo e abrange outros preconceitos que não os meramente sociais. Você fala de uma geração, e eu pertenço à mesma do Sérgio Cabral, por exemplo, que se debruçou em reflexões sobre esse tema – e os levou para seus livros. Não é o meu caso. Nunca fui pesquisador, apenas um escarafunchador que fica o tempo todo ciscando num terreiro de memórias. Mas quando revelei Clementina de Jesus ao público, enfrentei uma enorme carga de preconceitos. Havia quem se referisse a ela como “aquela velha com voz de taquara rachada”. Lembro, também, do Ismael Silva – com quem convivi muitíssimo –, ele sempre lembrando do Chico Alves, que o apresentava ?como “um negro de alma branca”. E Ismael odiava isso. E essa pergunta me leva aos estúdios da Rádio Mec, 1956/58, por aí – eu perguntando à minha entrevistada, Dona Nair de Teffé, como foi aquele episódio no Palácio das Águias, ela desafiando os preconceitos (olha aí!) da época, tocando um Corta-Jaca ao violão – ela filha do Barão de Teffé, então casada com o Presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca. Primeira-dama do país, portanto. Já existiam os preconceitos que até hoje vicejam sob o manto de uma enorme hipocrisia. Os estrangeiros identificam o Brasil com o samba e a mulata. De que forma essa identificação gera uma distorção na produção musical, do tipo música e dança para turista? Com samba, mulata e... futebol, certo? Eu me lembro que, garoto, e com ajuda de meu padrinho, que fazia a contabilidade do Walter Pinto, eu assistia àquelas superproduções com Oscarito, Grande Otelo, Mara Rúbia, Virginia Lane, Violeta Ferraz, no Teatro Recreio. Quase sempre havia uma “cena carioca”, com uma visão carnavalesca dos morros, dos sambistas, das mulatas. E era teatro de revista, não era um show para turistas – como esses que depois viraram moda. Olhe, em 1974 dirigi um espetáculo, Festa Brazil, que saiu pela Europa e depois Estados Unidos e Canadá. Tinha samba-de-roda, maculelê, candomblé – e uma preocupação muito grande em não carnavalizar o conceito, que nem era novo! Isso a Mercedes Batista já havia feito lá pela década de 1940 ou 1950, não sei bem. Quem produz um show para turista pouco está se importando em mostrar autenticidade. E tudo isso gera distorções que até seriam engraçadas se não fossem tão predatórias. A cada carnaval, algum nome emblemático do samba desiste dos desfiles das escolas sob argumento de que a festa perdeu seu caráter lúdico. Pelo andar da alegoria, você diria que o carnaval perderá cada vez mais importância cultural? Já ouvi isso de Cartola, do Ismael, do Candeia, do Paulinho da Viola, do Martinho da Vila. Essa queixa está registrada em livros, nos jornais – e o Sérgio Cabral, novamente ele, acho que já esgotou o assunto. Agora mesmo o governo está oferecendo cinco milhões para que uma Escola festeje o cinquentenário de Brasília. Hoje, alguns enredos são vendidos a peso de ouro. O desfile carnavalesco é um espetáculo para a televisão, embora ainda preserve nichos que representam um pouco a tradição – como as alas das baianas. Particularmente, como mangueirense que sou, partilho da mesmíssima opinião de Cartola. Escola de samba, hoje, é outra coisa. Às vezes, de uma beleza estonteante, mas de importância cultural discutível. E ela será cada vez mais rica e imponente, incorporando novas tecnologias – e ocultando, no mais das vezes, seus principais protagonistas. “Lembro da luta do Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta), que me convidou para produzir um disco de Aracy de Almeida cantando apenas sambas do Cartola. (...) Pois bem, mesmo com todo o prestígio do Sérgio não conseguimos realizar aquele trabalho” Durante décadas, as escolas aglutinaram os grandes compositores de samba. Essa concentração continua a ocorrer? Acho que sim, mas a gente sabe que, igual ao futebol, também algumas escolas de samba praticam uma cartolagem sem-vergonha, e eu tive uma experiência com o Paulão 7 Cordas e o Kiko Horta, músico do Boitatá. A antropóloga Lélia Coelho Frota, que dirigia, desde 1988, o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, me convidou para produzir o primeiro disco do projeto Pela Memória do Samba. Isso há uns... dez anos? Por aí. Recebemos uma pesquisa de campo muito bem-feita, orientada por ela, e me lembrei de algumas fitas que costumava gravar lá em casa, ou na casa de Cartola ou de Carlos Cachaça ou da Neuma. Uma dessas fitas de rolo havia sido registrada com meu querido e saudoso amigo, o jornalista Arley Pereira, um apaixonado pela Mangueira. Estava lá, guardadinha com ele em São Paulo. Ouvir novamente aquelas fitas me deu a chave para o disco encomendado por Lélia – independentemente das gravações contemporâneas que faríamos, tentando resgatar sambas de terreiro (e outros sambas). A tal fita continha registros preciosos de Cartola, Carlos Cachaça, Padeirinho, Nelson Cavaquinho, Menininha (memória viva da Mangueira, casada com Carlos Cachaça e irmã de Zica). Enfim, aquele disco (Mangueira, Sambas de Terreiro e Outros Sambas) responde amplamente a pergunta. Ali estavam aglutinados alguns dos maiores compositores ? da escola, que por sua vez eram porta-vozes de outros antigos compositores, alguns já desaparecidos, que ressurgiam, naquelas fitas, por meio de seus sambas. Graças àquele disco, muitas rodas de samba formadas por jovens (como o Samba do Ouvidor) incorporaram aquele repertório. Você foi parceiro e amigo de Cartola, cuja obra ganha cada vez mais importância. Por que isso tem ocorrido? Esse reconhecimento se deu, evidentemente, a partir do momento em que suas obras começaram a ter registros fonográficos sequenciados, na década de 1970. Lembro da luta do Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta), que me convidou para produzir um disco de Aracy de Almeida cantando apenas sambas do Cartola. Veja só, até a capa já tínhamos encomendado ao Di Cavalcanti. Fui lá na casa dele pegar o trabalho. Pois bem, mesmo com todo o prestígio do Sérgio não conseguimos realizar aquele ?trabalho. Só em 1968 eu conseguiria gravar um LP com Cartola, Carlos Cachaça, Nelson Cavaquinho e Odete Amaral, o Fala Mangueira. É um disco lindo, mas inferior àquele que, dois anos depois, o Paulinho da Viola produziria para a Velha Guarda da Portela. Depois, é preciso que se reconheça, o Pelão [João Carlos Botzeli, produtor musical considerado uma lenda na história do samba e da MPB] conseguiu aquilo que nem Sérgio Porto conseguira: gravar um disco só com Cartola. Quanto à obra do compositor ganhar mais importância nos últimos tempos, deve-se exatamente à sua genialidade. Ninguém consegue viver na obscuridade o tempo todo, embora eu sempre evoque a mitologia para equipará-lo a Fênix, que, depois de incendiada, renascia das próprias cinzas. Ele apareceu na década de 1920/1930, nas vozes de Carmem Miranda e Chico Alves. Depois desapareceu, e voltou à cena quando abriu o Zicartola. Em seguida, novo mergulho na obscuridade, nas cinzas. Até que gravasse seu primeiro disco individual. Fênix, Fênix. Atribuo esse reconhecimento, pelo menos no Rio de Janeiro, às rodas de samba que começaram num pequeno barzinho, o Semente, e depois se alastraram por toda a Lapa e em São Paulo. Os jovens entendem Cartola. Cartola ombrearia com Noel Rosa, como afirmam alguns críticos? Definitivamente não gosto dessas comparações. Já quiseram fazer isso com Chico Buarque. Lembro que quando produzi o Chico Buarque de Mangueira (1998) mostrei para ele o Sala de Recepção [de Cartola] – que, aliás, ele gravou maravilhosamente – e ele ficou pelos cantos cantando o samba e exclamando: “Que maravilha, que maravilha!”. Cartola é Cartola, Noel é Noel, Chico Buarque é Chico Buarque. E todos eles geniais, cada um no seu tempo. É uma influência aqui e outra ali, quem não as recebe? Existe algum outro nome de sambista que deveria receber o mesmo tratamento hoje dispensado ao Cartola? Seu Zé Ramos, que está naquele disco. Mas já faleceu. Seu único registro ficou sendo aquele do Arquivo Geral. Também Padeirinho mereceria um tratamento à altura de seu talento. Mas, de minha parte, nada posso fazer. Estou gradualmente me retirando de algumas atividades que exerci na vida, tanto como produtor de discos e televisão, como também de espetáculos musicais. Mas a atividade cultural é vício e doença, e entreguei um projeto chamado Quem é Você, que mereceria ir para os teatros e às escolas públicas, para ensinar quem é essa gente que construiu a nossa identidade musical. Porque acredito que o fato cultural tem que merecer registro e, em seguida, circulação. E os jovens, ao contrário do que apregoam por aí, têm, sim, interesse em conhecer essas figuras. Comprovei isso ao ministrar oficinas na Escola Portátil de Música [um programa de educação musical voltado para a capacitação e profissionalização de músicos por meio do choro]. Você trabalhou com alguns dos nomes mais importantes da música brasileira. Qual deles não mereceu ainda reconhecimento à altura? Existem momentos sazonais que fazem, por exemplo, com que a obra de Radamés Gnattali seja revisitada. Mas acho que existe um compositor que ainda não teve o devido reconhecimento, o Valzinho. Ele, Garoto, Custódio Mesquita e Johnny Alf foram instalados num panteão imaginário, onde deveriam estar cobertos de ouro e de glórias. E a realidade não é essa, sabemos. É conhecida também sua atuação junto às cantoras – Elizeth Cardoso, Clementina de Jesus, Aracy Cortes, entre outras. Onde estão nossas maiores qualidades, nas cantoras ou nos cantores? Bem, eu prefiro as vozes femininas – e acrescento: Aracy de Almeida e Isaurinha Garcia à lista. Acho as cantoras mais viscerais. Gosto muito de Bethânia, de Dalva, adoro a Áurea Martins, a Simone, a Zélia Duncan. E muitas vozes estão surgindo por aí – a Ângela Evans me foi apresentada pelo querido Luis Carlos da Vila. É o seguinte: gosto de cantoras que também sejam estilistas, como é o caso de Alaíde Costa, da Cristina Buarque. Você ouve e sabe quem está cantando. Essas, realmente, são vozes que mexem comigo. Billie Holiday, Dalva de Oliveira, Piaf, Maria Callas, Pastora Pavon. Nos últimos anos, quais nomes surgiram e que seriam capazes de carregar a alta qualidade deixada por sambistas como Cartola, Nelson Cavaquinho? Só posso falar daquilo que me cerca. Estou trazendo para o meu trabalho ?talentos ainda desconhecidos como Vidal Assis, Lucas Porto, Luizinho Barcelos, Marcelo Caldi e Fernando Temporão. Não gosto de comparar uma geração com outra que viveu num outro ?contexto social. Mas há que abrir espaço para novos talentos que vivem nas periferias e que muitas vezes nem tiveram oportunidade de subir num palco ou gravar um samba. Não sei se seriam novos Cartolas ou Nelsons, mas certamente terão sofrido alguma influência daqueles sambistas. Anteriormente, os sambas-enredos eram feitos por nomes como Paulinho da Viola, Cartola, Martinho da Vila. Existe essa qualidade na produção atual das escolas? Pode ser que surja um novo nome, e que desconstrua esse modelo de samba-enredo que está aí, feito às vezes a oito mãos. E uma dessas mãos, que pena!, às vezes vem suja de sangue. Tráfico não combina com nada, muito menos com escola de samba – embora tenha havido sambistas marginais, que tinham a centelha do gênio. Não quero generalizar, mas atualmente não quero falar sobre escolas de samba. Fiz um projeto, um centro de memória, para a minha Mangueira. Hoje existe uma edificação sem qualquer conceito a respeito de registro, documentação, memória. Minha Mangueira ficou sepultada no Buraco Quente, na Birosca da Efigenia do Balbino. Mas reverencio aqueles que ainda lutam pela escola e suas tradições. A cultura é dinâmica, não fica olhando para o próprio rabo. Sou a favor da modernidade, e imagine se não seria! Mas prefiro não continuar falando sobre isso. Sua geração também auxiliou a firmar o chorinho como um dos ritmos expressivos da MPB. Há uma renovação nesta área? Acho que minha geração, e aí falo também do Sérgio Cabral, trouxe para o centro das discussões figuras iguais a Jacob do Bandolim, Pixinguinha e Radamés. O espetáculo Sarau, que o Sérgio dirigiu (acho que em 1974), reuniu Paulinho da Viola e o Época de Ouro, e é uma referência do ressurgimento de um gênero que estava ocultado pelos meios de comunicação. Jacob faleceu em 1969, Pixinguinha três ou quatro anos depois. Todo mundo dizia: “O choro acabou”. A Camerata Carioca nasceu do encontro de Radamés com um grupo de jovens chorões, em 1979, e foi o embrião de outros grupos modernos que surgiram para mostrar a vitalidade do gênero. Aqui em São Paulo o Helton Altman inaugurou a Rua do Choro, depois fez aquela série monumental que juntou Jim Hall e o Época de Ouro, coisas inesquecíveis! Gostaria que visitassem a Escola Portátil de Música, que é um celeiro de novos talentos. E ela foi gestada por uma geração posterior à minha e de Sérgio, sinal de que as boas sementes sempre frutificam... “Acho que minha geração, e aí falo também do Sérgio Cabral, trouxe para o centro das discussões figuras iguais a Jacob do Bandolim, Pixinguinha e Radamés” A falência da indústria fonográfica fez com que os artistas voltassem a fazer cada vez mais shows ao vivo. Isso é bom para a música brasileira de qualidade ou ela fica a reboque da indústria cultural? Desde que me conheço ouço falar dessa suposta falência da indústria fonográfica. Claro que com a internet, com os downloads, houve uma mexida bem acentuada em todo o universo da música. Existem suportes fantásticos que, fatalmente, serão absorvidos por essa indústria. Vejo a TV Cultura se associando à Biscoito Fino – e recebi há pouco um DVD do Herivelto Martins, que é resíduo daquela maravilhosa série produzida pelo Fernando Faro, o Baixinho. Eu mesmo tenho recebido, no meu site, algumas captações feitas por colecionadores que abordam o YouTube e congêneres. Acho que vai existir um momento em que as coleções particulares de imagens vão sair do seu esconderijo para esse painel de exibição. Porque memória nada tem de saudosista. Memória é coisa viva, dinâmica, ferramenta da informação. Ela nos ajuda a conhecer outros tempos, para que possamos construir o nosso. E a boa música brasileira (e o número de ótimos artistas colocados à margem do processo) prova isso. Continuará existindo e até sendo registrada de outras formas. Aposto na tecnologia. Ela é capaz, até, de recuperar o Rio Tietê, torná-lo novamente navegável – e as famílias iam nele mergulhar, pescar, conviver socialmente. A música é feito um rio. Por vezes ela se polui. O rap e o funk são febres nas periferias das grandes cidades – principalmente no Rio. É algo que a longo prazo pode comprometer o samba, já que são nestas regiões onde mais surgem sambistas? Realmente, não acredito. E acho que esse processo de contaminação que a indústria cultural sofre, e dela se alimenta, serve para reforçar parâmetros, criar paradigmas – porque, no cotejamento desses gêneros, restará sempre alguma coisa boa. É uma questão de tempo. Existe um rock brasileiro hoje em dia, não se pode negar isso. E a música do Erasmo e do Roberto, nunca tive pudor de colocá-la no repertório de Elizeth – assim como a Nana incorporou uma música da Rita Lee, por minha indicação, em seu repertório (aqui entre nós: pedi à Rita Lee uma música para a Elizeth, mas não encontrei qualquer receptividade...). Mas é evidente que não vejo a Alaíde Costa mergulhar nesse outro universo. O rap trouxe uma discussão nova sobre a poesia falada dentro da música. Mas não dá para prever onde isso vai parar, não é? Como produtor, você criou o projeto Seis e Meia. Pelo que você observa, existe ?uma outra geração que não teve seu valor artístico reconhecido? É possível hoje revelar uma quantidade de talentos como ocorreu quando do lançamento do projeto, na década de 1980? Claro que é possível. Mas vamos reparar uma injustiça quando você me coloca como criador do Seis e Meia. O projeto é do Albino Pinheiro, um de meus amigos cuja ausência sempre lembramos, Jaguar e Ziraldo, quando nos juntamos. Apenas o formatei artisticamente, e depois ele se desdobrou no Pixinguinha. Vamos reparar quantos artistas ele revelou, que hoje são nomes consagrados e saíram do anonimato graças a um programa ?cultural que investia em novos talentos, que se apresentavam ao lado de nomes já consagrados. Você é poeta, compositor, produtor e escritor. Qual é a área que mais o fascina hoje? Estou num momento de distanciamento da discussão cultural, porque realmente entendo que a indústria da cultura vive uma crise que não tem contornos definidos. Hoje quero ser apenas um operário da palavra, que atua no ramo da música e da poesia. Meu discurso político-cultural não ecoa nesse panorama que está aí. Por isso pedi meu desligamento do Conselho de Cultura. Estou preocupado em recarregar minhas baterias, e assestar meu binóculo e focá-lo sem o ranço do ressentimento. Agora, por exemplo, vejo que está no prelo o Áporo Itabirano, minha correspondência com Carlos Drummond de Andrade. Que não se espere, de minha parte, nada que entre na área específica da literatura. Cada vez que entro no computador, vejo que tenho material para, pelo menos, uns quatro livros. Inclusive sobre política cultural. Que, já declarei, é vício e doença.

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