Marcelo Garcia fala sobre parada lgbt
1- No próximo domingo dia 01 de novembro terá a tradicional Parada Gay em
> > Copacabana. Será a 14ª Parada do Orgulho Gay no Rio de Janeiro.
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> > 2- Eu estive na Primeira. O ano era 1995. Não éramos mais do que 2.000
> > pessoas na praia. Saímos da Rua Prado Junior em direção ao Posto 6. Eu fui
> > ao lado da Ana carregando camisetas do grupo Pela VIDDA.
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> > 3- Foi um ato de coragem pois naquela época pouca gente tinha coragem de ir
> > a uma Parada Gay. Hoje mais de 1 milhão vão para as ruas.
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> > 4- Mas vão para que? Eu tenho insistido, e isso tem provocado alguma
> > irritação dos militantes profissionais do movimento gay, que a Parada virou
> > na realidade um carnaval fora de época. Uma micareta.
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> > 5- Sou absolutamente crítico ao troglodita do Prefeito Zito que proibiu a
> > Parada/Micareta em Caxias. Foi uma ação conservadora e preconceituosa.
> >
> > 6- Mas o que os gays vão dizer aos cariocas no dia 01? Será um festa ou será
> > um momento em que a comunidade gay pode de fato exigir um Rio sem violência.
> > Um Rio em que as minorias que moram em favelas possam estar livres do
> > tráfico. Um Rio em que a vida tenha real sentido.
> >
> > 7- Um Rio em que os policiais sejam respeitados e não tenham o pior salário
> > do Brasil. Um Rio em que se assuma que quem consome Drogas estimula que o
> > Tráfico de Drogas fique cada vez mais forte.
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> > 8- Não é hora de uma Parada do Orgulho Gay sair nas ruas para pensar e lutar
> > apenas por questões da comunidade gay. É hora dos gays irem às Ruas exigerem
> > um Rio melhor para todos.
> >
> > 9- Eu não vou na Parada. Não vou participar de uma Micareta. Até porque não
> > gosto de micaretas. Acho no entanto que é preciso um mergulho sólido dos
> > militantes profissionais do movimento gay em busca do real papel do
> > movimento gay no Rio e no mundo.
> >
> > 10- É hora da militancia lembrar que este ano o Levante de Stonewall faz 40
> > anos (ver www.stonewallbrasil .com ) e
> > aprofundar o debate sobre uma nova agenda para a militância. Está na hora da
> > refundação do movimento gay.
> >
> > 11- Se a Parada no domingo não tratar de segurança e nem lembrar dos 40 anos
> > se Stonewall é porque de fato as lideranças assalariadas dos movimentos
> > estão levando toda uma história de luta para o esquecimento.
> >
> > 12- A luta pela igualdade e pelo orgulho gay não pode e não deve estar
> > desassociada da luta por uma Brasil melhor, por um Rio melhor e mais seguro.
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> >
> > 13- Estou sem esperanças com a agenda dos grupos gays, mas não custa lembrar
> > que é preciso reconstruir agendas de lutas que estejam associadas ao Brasil
> > e ao Rio de Janeiro e não apenas transformem e reafirmem que a Parada virou
> > uma Micareta.
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> > 14- Eu sigo na luta, mas não preciso sair em Trio Elétrico para isso.
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> > 15- Mas defendo que a Parada ocorra e seja um sucesso. Torço pela nova
agenda.
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