Padres hostilizados por apoiadores de Bolsonaro no Ceará são inscritos em programa de proteção do estado
RIO — Os padres Lino Allegri e Oliveira Braga Rodrigues, hostilizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante uma missa no domingo retrasado, na Paróquia da Paz, na Aldeota, em Fortaliza Ceará, foram inscritos, nesta segunda-feira, no Programa estadual de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos (PPDDH-CE). A solicitação para a inscrição dos dois já foi encaminhada ao programa, coordenado pela Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS).
Por meio de uma rede social, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou que determinou à Secretaria de Segurança Pública o envio de policiais para "garantir a integridade de Padre Lino" e também a instauração de um inquérito para apurar "qualquer tipo de ameaça contra ele". "Não iremos aceitar que atitudes como essa, de ódio e intolerância, fiquem impunes", afirmou Santana em seu texto.
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Os religiosos foram recebidos no Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NUAVV) do Ministério Público e relataram à promotora Joseana França, coordenadora do NUAVV, as agressões que vêm sofrendo quando celebram missas na paróquia. Para o MP, a situação configura "várias condutas ilícitas por parte de algumas pessoas que frequentam a igreja".
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Além da inclusão no programa de proteção, Lino e Oliveira receberam também oferta de atendimento psicológico.
O padre Lino começou a sofrer ataques após fazer críticas ao presidente Bolsonaro em uma missa em 4 de julho, e lembrar as mais de 500 mil mortes por Covid-19 no Brasil. A partir daí, apoiadores do presidente passaram a fazer "vigílias" na igreja durante os fins de semana com xingamentos e ofensas ao religioso.
Fonte Jornal Extra.
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