terça-feira, 22 de agosto de 2023

Terezinha & Lindalva | Show de Emboladas

Improvisos da Poetisa Ivone Santos e seu irmão

Lutador de origem indígena, Ronaldo Tikuna desponta no MMA e sonha em inspirar

Ronaldo Tikuna é um talento do MMA brasileiro


Originário do município de Maraã, no estado do Amazonas, sua jornada é um exemplo de perseverança 

om 27 anos de idade, Ronaldo Tikuna emergiu como um notável lutador indígena de MMA. Originário do município de Maraã, no estado do Amazonas, sua jornada é um exemplo de perseverança e autodescoberta. Antes de ingressar nas artes marciais mistas, Ronaldo teve uma breve carreira como atleta de Futebol, mas foi em Manaus que encontrou sua verdadeira paixão.

"Eu caçava, pescava, fazia a roça, ajudava a família. Então, certo dia, fui apresentado a uma academia, onde tudo começou na Manoel Fight. Ele acreditou em mim e sempre me incentivava. Eu ia para lá apenas duas vezes por semana só, mas sempre dava o meu máximo e chamei atenção", compartilhou Ronaldo.

Depois de algumas semanas, a oportunidade de uma luta de MMA amadora surgiu. "Fiquei feliz, mas nervoso. Depois, percebi que isso representava quem eu sou. Hoje, a luta tem um significado profundo para mim", disse o lutador da equipe Império, que reconheceu a importância do mestre Sinho em sua jornada.

"O mestre Sinho é como um pai para mim, alguém com uma sensibilidade única. Sempre estende a mão, algo que eu nunca havia visto antes na luta e valorizo imensamente", expressou.

Segundo Ronaldo Tikuna, seu objetivo é aprender e compartilhar o conhecimento com os jovens de sua comunidade, para que possam se inspirar e crescer. Além disso, trilhar um caminho de sucesso no MMA.

Sobre seu apelido "Predador", ele esclareceu: "Sou indígena, um atleta que veio para fazer a diferença em Manaus e no Brasil. O apelido 'Predador' se deve ao fato de ser um caçador, pescador e por isso predador. Eu nunca deixo nada para trás (caça), trago tudo comigo, assim como a onça preta, por exemplo".

Sua jornada o levou a vitórias em eventos locais, incluindo o campeonato em Iamaturá e o título do Imperador, um grande evento no Alto Solimões. Posteriormente, seu mestre o incentivou a migrar para Manaus e competir em nível profissional. Ronaldo Tikuna se sagrou campeão do Star Combat, mas também enfrentou outros desafios, mostrando resiliência.

"Quero lutar nos melhores eventos (de MMA) daqui, depois do Brasil e, finalmente, do mundo. Gostaria de começar pelo Mr. Cage, conquistar o título lá e, assim, abrir mais portas para mim", declarou Ronaldo, que soma cinco vitórias e duas derrotas no cartel.

Nessa jornada, o lutador valoriza as parcerias com a Amazon Import, equipe Império e seus mentores, mestre Sinho e mestre Frank. A trajetória de Ronaldo Tikuna, vale citar, é uma inspiração não apenas para os amantes do MMA, mas também para aqueles que buscam superar desafios, honrar suas raízes e realizar seus sonhos.

Fonte.Jornal Extra


MC Marcinho tem piora e sai da fila de transplante de coração

  Familiares e amigos pediram doação de sangue

MC Marcinho

MC Marcinho (Foto: Reprodução (Rede Social)
247 - O cantor MC Marcinho teve uma piora de saúde nas últimas 24 horas. A situação traz ainda um outro drama, que é a retirada do nome do artista da fila de transplantes de órgãos. É que pelas regras do Sistema Nacional de Transplantes, o receptor tem que ter condições mínimas para suportar uma cirurgia e receber o órgão. O artista foi vítima de uma infecção generalizada. Nesta terça-feira (22), familiares e amigos pediram doação de sangue nas redes sociais.

De acordo com a assessora do cantor, Vanessa Bicalho, "muitas complicações estão surgindo agora e, nesse momento, ele não tem condições de fazer a cirurgia". "Ele estava na fila do transplante, mas com o quadro de infecção se agravando, não pode fazer a cirurgia", disse. O relato foi publicado no portal G1.

O irmão do cantor, Mauro Garcia, também se manifestou nas redes sociais pedindo doação de sangue e falando sobre o cantor. "Amigos, estou precisando muito da ajuda de vcs mais uma vez. A situação do meu irmão piorou e só um milagre de Deus pra que gente não perca ele . Desde já, obrigada por todas orações. Me ajudem! Nosso Deus é o Deus do impossível", escreveu.

Fonte.brasil247.com



Nova Iguaçu inicia campanha de multivacinação na próxima quarta-feira (23)



Começa na próxima quarta-feira (23) a Campanha Nacional de Multivacinação no estado do Rio de Janeiro. Na cidade de Nova Iguaçu mais de 58 postos de saúde estarão disponíveis para vacinação e atualização da caderneta de crianças e adolescentes. As unidades vão funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h. A campanha se encerra no dia 15 de setembro, porém, está previsto para o primeiro sábado do mês (2) o Dia D da mobilização.


A iniciativa faz parte do Movimento Nacional pela Vacinação que tem como objetivo reforçar a importância de manter a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes em dia, além de ampliar a cobertura vacinal do público-alvo, garantindo proteção contra diversas doenças. Os imunizantes disponíveis serão os mesmos oferecidos diariamente pelas unidades de saúde de Nova Iguaçu, conforme a faixa etária, seguindo orientações do Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde.


“Essa é uma oportunidade para garantir mais proteção às nossas crianças e adolescentes através da aplicação dos imunizantes e atualização da caderneta de vacinação. A vacina protege e salva vidas”, ressalta o secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu, Luiz Carlos Nobre Cavalcanti.


A lista com as vacinas que serão aplicadas, o público-alvo e os endereços das salas de vacinação em Nova Iguaçu pode ser acessada através do site: Clique aqui.

https://www.novaiguacu.rj.gov.br/2023/08/21/nova-iguacu-inicia-campanha-de-multivacinacao-na-proxima-quarta-feira-23-3/


7 de Setembro: movimentos sociais vão exigir prisão de Bolsonaro nas manifestações


Grito dos Excluídos se une a outros movimentos socais pedindo a prisão de Bolsonaro pelos crimes de genocídio, tentativa de fraude eleitoral, corrupção e incitação ao golpe

247 - No âmbito das manifestações anuais do Grito dos Excluídos, evento tradicional que ocorre no dia 7 de Setembro, diversos movimentos sociais estão unindo suas vozes para exigir a prisão de Jair Bolsonaro (PL) neste ano. A exigência de prisão do ex-presidente foi incorporada pela Central de Movimentos Populares (CMP) e está ganhando adesão de outros grupos sociais em todo o país.

Com o tema oficial "Vida em primeiro lugar" e o lema "Você tem fome e sede de quê?", a 29ª edição do Grito dos Excluídos assume uma conotação política marcante. A temática alimentar também é destacada este ano na Campanha da Fraternidade, ambas iniciativas de cunho político associadas à Igreja Católica e que reúnem diferentes organizações.

Em comunicado divulgado pela CMP, é alegado que um dos principais propósitos das manifestações deste ano é ampliar a pressão pela prisão de Jair Bolsonaro. As justificativas englobam o genocídio contra a população brasileira, fraude eleitoral, incitamento a golpes e envolvimentos em corrupção. O recente escândalo envolvendo joias também é citado como evidência de corrupção durante o governo Bolsonaro.

Segundo a organização do Grito dos Excluídos, os articuladores têm liberdade para abordar questões além da temática central, permitindo a inclusão de temas locais pertinentes em cada cidade.

Brasil247.com

"Coisa estranha": amigo conta como Meyer Nigri ajudou a enviar médico para atender Bolsonaro em Juiz de Fora

 

Bolsonaro em Juiz de Fora, Meyer Nigri e Victor Metta
Bolsonaro em Juiz de Fora, Meyer Nigri e Victor Metta (Foto: Reprodução | RAYSA CAMPOS LEITE/Reuters)

O advogado Victor Metta levou o oncologista Antônio de Macedo em seu avião e foi enigmático ao falar do episódio em uma live: "Coisa estranha que aconteceu"

O empresário Meyer Nigri, que está sendo investigado pela PF por participar da milícia digital de Jair Bolsonaro, teve um papel importante no evento de Juiz de Fora que mudou a história do Brasil, em 6 de setembro de 2018. 

Foi ele quem enviou o oncologista e gastrocirurgião Antônio Macedo para a cidade, logo depois de Jair Bolsonaro dar entrada na Santa Casa de Misericórdia local, onde foi submetido a uma cirurgia. 

Bastidores da história foram revelados por seu amigo Victor Sarfatis Metta, ambos muito ativos na comunidade judaica de São Paulo. 

O relato foi feito em uma live no canal de Abraham Weintraub, em fevereiro do ano passado, quando este, que tinha sido ministro da Educação e diretor do Banco Mundial, rompia com Bolsonaro.

Metta, advogado tributarista, lembrou que conheceu Bolsonaro na casa de Meyer Nigri, em 2016, num encontro em que o então pré-candidato a presidente foi apresentado a empresários.

"Em 2016, eu conheço o presidente Bolsonaro, na casa de um empresário, na casa do Meyer Nigri, agradeço bastante a ele inclusive. Foi uma apresentação, estava um bando de empresários, um dos quais trabalha no governo hoje, todos torceram o nariz, todos, menos o Meyer. Todos torceram o nariz para o Bolsonaro. Eu olhei lá e falei: pô, esse cara vai ser eleito, eu não tinha dúvida nenhuma de que seria o próximo presidente do Brasil", recordou, em abril de 2022.

Victor acabaria entrando na campanha e, mais tarde, se tornaria tesoureiro do PSL em São Paulo, o partido de Bolsonaro na época. Em outra live, em 21 de fevereiro do ano passado, ele contou como soube do evento de Juiz de Fora três anos e meio antes.

"Não sei se você lembra, mas na hora que aconteceu a facada a gente estava num chat, num áudio, com o Arthur (irmão de Abraham), falando de plano de governo", diz, dirigindo-se a Abraham Weintraub. 

"Aí eu me lembro que puxei o celular na hora, vi a facada, deu aquela sensação horrorosa, porque era uma coisa que a gente estava imaginando, a gente até ficou meio baqueado na hora. Eu lembro daquela imagem dele sendo levado para o carro. Aí acabou a reunião, não tinha mais condição, cada um foi para um canto. Aí, de repente, vem aquela ideia: pô, vamos para Juiz de Fora. Mas por quê? Porque a campanha era tudo uma bagunça, um caos, era aquele voluntarismo: ah, vamos lá, e a gente resolve. Não importa, vim aqui resolver", declarou.

A caminho do aeroporto em Jundiaí, onde ficava o avião do seu escritório de advocacia, ele diz ter recebido uma ligação de Meyer.

"Me liga o Meyer Nigri e me fala: 'e aí, para onde você está indo?' E eu falo: estou indo para Juiz de Fora. E ele falou: 'quer levar um médico?' E eu falei: mas claro, pra já. Como é que vou levar ele para Jundiaí, para o aeroporto? Meu avião ficava em Jundiaí na época. Ele falou: 'escolhe o médico, que eu mando ele de helicóptero'. Eu falei: putz, deixa eu ver, deixa eu ver, quantos médicos gastro eu conheço? Ele tomou uma facada na barriga, acho que é gastro. Aí eu pensei o nome de um, pensei o nome de outro e pensei o nome de um terceiro, e pensei: ah, vou chamar o que já me operou. Aí eu falei: liga para o Macedo.  Aí ele falou: 'pra já'. Aí ele foi lá, pousou o Macedo de helicóptero e foi lá, foi de noite mesmo. Foi até interessante pousar lá porque eu… a instrumentação do aeroporto (de Juiz de Fora) não estava funcionando lá naquele dia."

Macedo era um dos médicos mais concorridos do Einstein e deixou tudo para atender ao empresário Meyer Nigri. Alguém pode duvidar do relato, mas o fato é que Macedo chegou a Juiz de Fora naquela noite, efetivamente, no avião de Victor Metta. 

E a presença deles lá teria surpreendido e desagradado algumas pessoas do entorno de Bolsonaro, como contou Victor Metta, que fez questão de dizer na live que não revelaria tudo o que viveu e testemunhou em Juiz de Fora.

"Eu lembro que isso desagradou muita gente naquele dia, teve muita gente que ficou muito nervosa por a gente trazer alguém diferente. Deu uma confusão, teve a parte suja do processo, depois eu fui proibido de entrar no Einstein, me colocaram lá como militante de esquerda, teve um bando de…, a campanha foi assim, do começo ao fim", comentou.

E prosseguiu:

"Estava tudo muito estranho naquele momento, parece que já tinha acontecido, imediatamente já tinha uma equipe, estava todo mundo querendo que alguma coisa acontecesse. Quando eu fui levar o médico, muita gente se opôs. Muita gente ficou brava: como assim, o que você está fazendo? Você está se intrometendo. A impressão que deu é que eu atrapalhei alguma coisa lá. Teve mais coisa estranha que aconteceu, mas fiquemos com essa, por enquanto", disse, e complementou com um sorriso enigmático.

Weintraub não perguntou mais nada, e Victor Metta não voltou a tocar no assunto.

Nigri se tornaria influente no governo Bolsonaro, a ponto de participar da indicação de Augusto Aras para a Procuradoria da República e de Nelson Teich para o Ministério da Saúde, como informou a revista Veja.

Na reportagem, de maio de 2020, Meyer é apresentado como eminência parda do governo, a começar pelo título:  "Meyer Nigri, dono da construtora Tecnisa: o empresário que dá as cartas."

Segundo a revista, Meyer Nigri tinha "passe livre em vários ministérios" e atuava "junto ao governo pela legalização de cassinos e jogos de azar". 

Ligava para o então ministro da Economia, Paulo Guedes, na frente de outros empresários, e conseguiu o apoio dele pela legalização de cassinos no Brasil, que poderia impulsionar a construção de resorts, assunto de interesse de Meyer.

Ambos foram derrotados pela bancada evangélica, mas nem por isso Meyer abandonou o governo. A Polícia Federal localizou troca de mensagens dele com Jair Bolsonaro, de junho do ano passado, em que ambos se articulam para divulgar fake news sobre as urnas e difamar o ministro do STF Luís Roberto Barroso, .

Juiz de Fora foi uma oportunidade para Nigri: o evento de lá alçou Bolsonaro à presidência, como este próprio já reconheceu em vídeo, e o empresário acumulou poder.

É uma pena que seu amigo Victor Metta não fale de todas as coisas estranhas que aconteceram naquele dia na cidade mineira.

Fonte.brasil247.com




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domingo, 20 de agosto de 2023

QUARESMA DE SÃO MIGUEL ARCANJO

Juntos com São Miguel Arcanjo somos mais fortes.
Deus fortaleça o caminho daqueles que se colocam sob sua direção!

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S.O.S Atenção mulheres do mundo todo

Reserva Biológica de Tinguá é aberta para visitação de alunos da rede municipal


Considerada patrimônio natural da humanidade e área de proteção ambiental, a Reserva Biológica do Tinguá vai permitir a visitação de alunos das escolas municipais de Nova Iguaçu a partir da próxima semana. A autorização foi obtida após a assinatura de um termo de compromisso técnico entre a Prefeitura e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), neste sábado (19).

  

“Com esse termo assinado vamos estruturar a operação de visita dos nossos estudantes. Será uma grande oportunidade deles conhecerem o espaço e terem uma aula importante de educação ambiental. Essa visitação também vai alavancar o turismo. Estamos melhorando o acesso até a Estação de Tratamento de Água do Rio D’Ouro, pois esse patrimônio foi construído em 1880 e funciona até hoje. O império pegava a água daqui. Fiquei encantado com o lugar”, destacou o prefeito de Nova Iguaçu, Rogerio Lisboa.

 

De acordo com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Nova Iguaçu, Edgar Martins, a assinatura do compromisso da Prefeitura com o ICMBio, as portas da Reserva Biológica foram abertas à população de Nova Iguaçu.

 

“É um momento histórico na cidade, pois temos uma reserva com 14 mil hectares dentro de Nova Iguaçu, com importância no abastecimento hídrico do Rio de Janeiro. A população, de forma ordenada, organizada e controlada, num viés de educação ambiental, vai conhecer esse patrimônio. Serão visitas guiadas, agendadas com limite de pessoas, mas neste primeiro momento somente aos alunos”, afirmou.

 

Segundo a analista ambiental do ICMBio, Gisele Medeiros, as visitas por parte da população só devem ser iniciadas a partir de maio de 2024, com grupo de até 40 pessoas, com a presença de um educador ambiental. Um guarda ambiental da Prefeitura de Nova Iguaçu deve atuar no Rio D’ouro já na próxima semana.

Um grupo de ciclistas de Nova Iguaçu percorreu cerca de 15 quilômetros da Praça de Adrianópolis até a Estação de Tratamento de Água do Rio D’Ouro, localizada dentro da reserva, e conheceram uma das 32 captações de água.

 

Moradora do bairro Rancho Novo, a professora Andréia Virgínia Dantas, de 49 anos, se apaixonou pela reserva em seu primeiro ciclismo em meio à natureza.

 

“Estou começando no ciclismo em Tinguá, mas esse é o meu primeiro contato dentro da reserva. Estou encantada com tanta natureza. Aprendi sobre a conservação ambiental e andar de bicicleta ao lado de patrimônios históricos é um sonho. Dá vontade de conhecer outros pontos, como a Serra do Madureira e o Parque Municipal”, comentou.

 

Rio D’Ouro é um dos bairros de Nova Iguaçu nas proximidades da Reserva Biológica do Tinguá. O local ganhou importância para o município em 1883 com a construção pelos escravos da Corte, do Aqueduto e da Represa do Rio D’Ouro que captam a água do Rio e abastecem o sistema Acari que fornece água para alguns bairros da região metropolitana do Rio de Janeiro.

Fonte.http://www.novaiguacu.rj.gov.br/

 

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Cuidado.

Por que dipirona é vendida no Brasil, mas proibida nos EUA e em parte da Europa?

A dipirona está no mercado há um século — Foto: GETTY IMAGES

A dipir



Disponível há um século, o remédio isento de prescrição é indicado no Brasil para tratar febre e dor — mas uma polêmica nos anos 1970 fez com que ele se tornasse praticamente desconhecido em diversos países atualmente.

Uma das soluções para aliviar febre e dor, a dipirona sempre figura na lista dos remédios mais vendidos no Brasil.

💊 Mais de 215 milhões de doses deste medicamento foram comercializadas no país apenas em 2022, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em outras partes do mundo, porém, a realidade é completamente distinta: em lugares como os Estados Unidos e uma parcela da União Europeia, esse fármaco está proibido há décadas.

Por trás do veto da dipirona nesses locais, está uma grande controvérsia sobre um possível efeito colateral grave da medicação: a agranulocitose, uma alteração no sangue grave e potencialmente fatal marcada pela queda na quantidade de alguns tipos de células de defesa.


💊 Mas o que há de evidência científica por trás dessa alegação? E em que casos esse remédio realmente faz a diferença?

Para entender essa história, é preciso conhecer o mecanismo de ação desse remédio.

Funcionamento misterioso

A dipirona foi criada em 1920 pela farmacêutica alemã Hoechst AG. Dois anos depois, ela já estava disponível nas drogarias, inclusive no Brasil.

Ela ficou conhecida pelo nome comercial Novalgina, que hoje pertence ao laboratório francês Sanofi.

Outros remédios populares que trazem dipirona são o Dorflex (também da Sanofi) e a Neosaldina (da Hypera Pharma).

Todos eles estão disponíveis nas farmácias e não precisam de receita médica para serem comprados pelos consumidores.

Mas é importante sempre conversar com o farmacêutico para entender se aquela opção é mesmo a melhor para o seu caso específico.
— Danyelle Marini, diretora do Conselho Regional de Farmácia de SP;

E, apesar dos 100 anos de história, a forma como esse fármaco funciona para baixar a febre e aliviar a dor ainda está cercada de mistérios.

A farmacêutica bioquímica Laura Marise, doutora em Biociências e Biotecnologia, explica que a principal suspeita é que a dipirona atue contra uma molécula inflamatória conhecida como COX.

“A hipótese é que ela iniba a COX, inclusive um dos tipos dessa molécula que é exclusivo do sistema nervoso central, o que aliviaria a inflamação por trás da febre e da dor”, diz ela.

A proibição

💊 A dipirona estava amplamente disponível em boa parte do mundo até meados dos anos 1960 e 1970, quando começaram a surgir os primeiros estudos que criaram o alerta sobre o risco de agranulocitose.

Um trabalho publicado em 1964 calculou que essa alteração sanguínea grave acontecia em um indivíduo para cada 127 que consumiam a aminopirina — uma substância cuja estrutura é bem parecida à da dipirona.

“Tendo como base essa semelhança química, os autores não fizeram distinção entre as duas moléculas e assumiram que os dados obtidos para a aminopirina seriam também aplicáveis à dipirona”, aponta um artigo da Universidade Federal de Juiz de Fora e da Universidade de São Paulo, publicado em 2021.


A partir dessa e de outras evidências, a Food and Drug Administration (FDA), a agência regulatória dos Estados Unidos, decidiu que a dipirona deveria ser retirada do mercado americano em 1977.

Pouco depois, outros países tomaram a mesma resolução, como foi o caso da Austrália, do Japão, do Reino Unido e de partes da União Europeia.

“E a proibição dela aconteceu justamente nos países que mais fazem pesquisas de eficácia e segurança sobre medicamentos”, destaca Marise.

Segundo ela, isso diminuiu o interesse em fazer testes e investigações sobre a dipirona — o que fez o fármaco se tornar praticamente desconhecido nesses lugares desde então.

A agranulocitose é o principal evento adverso grave observado em alguns estudos com a dipirona — Foto: GETTY IMAGES

A agranulocitose é o principal evento adverso grave observado em alguns estudos com a dipirona — Foto: GETTY IMAGES

A partir dos anos 1980, começaram a surgir novas evidências sobre a segurança da medicação — que jogaram mais controvérsia na discussão.

O Estudo Boston, por exemplo, foi realizado em oito países (Israel, Alemanha, Itália, Hungria, Espanha, Bulgária e Suécia) e envolveu dados de 22,2 milhões de pessoas.

Os resultados encontraram uma incidência de 1,1 caso de agranulocitose para cada 1 milhão de indivíduos que usaram a dipirona — o que é considerada uma frequência bem baixa.

Em Israel, uma investigação realizada com 390 mil indivíduos hospitalizados calculou um risco de 0,0007% de desenvolver essa alteração no sangue e de 0,0002% de morrer por causa desse evento adverso.


Já na Suécia, que voltou atrás e liberou a dipirona brevemente nos anos 1990, foram detectados 14 episódios de agranulocitose possivelmente relacionados ao tratamento, com 1 caso para cada 1.439 indivíduos que tomaram esse fármaco.

Essa frequência mais alta, aliás, fez com que o país nórdico proibisse a comercialização do fármaco novamente em 1999.

Mas o que justifica essa disparidade de resultados? Embora não exista uma explicação clara, Marini aponta três fatores que ajudam a entender o cenário.

💊 “Primeiro, há uma mutação genética que parece facilitar o aparecimento da agranulocitose em alguns indivíduos que usam dipirona. E sabe-se que essa mutação é mais comum em populações dos Estados Unidos e de partes da Europa”, diz ela.

💊 “Em segundo e terceiro lugares, dosagens mais altas e uso por tempo prolongado também influenciam nesse risco”, completa.

E no Brasil?

A dipirona foi alvo de uma grande pesquisa realizada na América Latina que ficou conhecida como Latin Study.

Entre janeiro de 2002 e dezembro de 2005, cientistas de Brasil, Argentina e México se debruçaram sobre dados de 548 milhões de pessoas.

Nesse universo, foram identificados 52 casos de agranulocitose — o que representa uma taxa de 0,38 caso por milhão de habitantes/ano.

O trabalho latino ainda mostrou que esses episódios de alteração sanguínea grave são relativamente mais comuns em mulheres, crianças e idosos.

Pouco antes disso, em 2001, a Anvisa realizou um evento chamado “Painel Internacional de Avaliação de Segurança da Dipirona”, em que foram convidados especialistas brasileiros e estrangeiros.

“O objetivo deste painel foi a promoção de amplo esclarecimento sobre os aspectos de segurança da dipirona”, contextualiza a agência, em nota enviada à BBC News Brasil.

“Conforme o relatório final, as conclusões do referido painel foram que há consenso de que a eficácia da dipirona como analgésico e antitérmico é inquestionável e que os riscos atribuídos à sua utilização em nossa população são baixos e similares, ou menores, que o de outros analgésicos/antitérmicos disponíveis no mercado”, complementa o texto.

Anvisa reforça que, desde a realização do painel há 22 anos, “não foram identificados novos riscos ou emitidos novos alertas de segurança relacionados à dipirona” — e, portanto, não há qualquer discussão sobre uma eventual proibição de venda dela no Brasil.

lém do país, a dipirona também está disponível em Índia, Alemanha, Espanha, Rússia, Israel, Argentina e México, entre outros.

A BBC News Brasil também procurou as farmacêuticas responsáveis pelas versões comerciais mais populares da dipirona no país.

A Sanofi, que fabrica Novalgina e Dorflex, disse que “cumpre rigorosamente toda a legislação brasileira vigente, em especial a legislação sanitária e as regulamentações da Anvisa em vigor”.

“Reiteramos que a dipirona está no mercado mundial há mais de 100 anos e é utilizada por milhões de pacientes em todo o mundo”, diz o laboratório, que também classifica como “inquestionável” a eficácia da medicação.

A Hypera Pharma, que faz a Neosaldina, informou que "a dipirona é um princípio ativo liberado pela Anvisa para comercialização no Brasil" e todos os produtos da farmacêutica que contêm a molécula "contam com registro aprovado na agência, com comprovação de segurança e eficácia".

Já a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (Acessa) afirmou que, “quando usada de acordo com as indicações médicas e seguindo as doses recomendadas, [a dipirona] é considerada segura para a maioria das pessoas”.

“As instruções presentes nos rótulos dos MIPs devem ser seguidas com rigor, as doses devem ser respeitadas, evitando-se a automedicação excessiva”, conclui a entidade.


Remédios para tratar febre e dor menos graves são vendidos sem prescrição nas farmácias — Foto: GETTY IMAGES

Remédios para tratar febre e dor menos graves são vendidos sem prescrição nas farmácias — Foto: GETTY IMAGES

Eficácia e modos de uso

Além das questões envolvendo a segurança, a dipirona foi objeto de uma série de estudos que testaram se ela realmente funciona na prática.

Segundo Marise, que também é fundadora do canal de divulgação científica Nunca Vi 1 Cientista, as evidências sobre a eficácia dela são um pouco mais conclusivas quando comparadas a de outros fármacos comumente usados contra dor e febre.

Ela tem um efeito bem intenso, a ponto de conseguir competir com os opioides em certos casos ou até mesmo ser usado para aliviar a dor em ambiente hospitalar.
— Laura Marise, farmacêutica bioquímica

A Cochrane também observa uma eficácia da medicação contra a dor de cólicas renais.

Já para a dor no geral, o efeito da dipirona foi observado em 5 a cada 10 usuários. O índice ficou ligeiramente mais baixo em relação a outras opções farmacêuticas, como combinações de ibuprofeno e paracetamol (70%).

“O uso de uma ou outra opção que atua contra dor e febre, como dipirona, paracetamol, ibuprofeno, entre outros, depende muito de características individuais e costumes familiares”, observa Marise.

Mas é claro que, assim como ocorre com qualquer opção terapêutica, é preciso ler atentamente as informações disponibilizadas pelo fabricante, respeitar o limite de consumo diário e conhecer os possíveis efeitos colaterais.

Segundo a bula da dipirona registrada no Brasil, adultos e adolescentes acima de 15 anos podem tomar de 1 a 2 comprimidos de 500 miligramas até quatro vezes ao dia.

Para esse público, o limite de consumo diário é de 4 gramas (ou 4 mil miligramas)

O remédio não é indicado para crianças com menos de 3 meses de idade ou que têm menos de 5 quilos.

A dipirona em comprimidos não deve ser utilizada por menores de 15 anos — e recomenda-se sempre a supervisão de um médico nesses casos. É possível encontrá-la na forma de xarope, gotas e supositórios, além das versões injetáveis e intravenosas disponíveis em ambiente hospitalar.

Para não ultrapassar os limites de segurança, é importante ler atentamente o rótulo e a bula, pois algumas opções farmacêuticas trazem dipirona na fórmula junto de outros princípios ativos — e um descuido pode fazer alguém exagerar na dose segura sem querer.

O uso da dipirona também deve ser mais cuidadoso em pacientes com problemas nos rins ou no fígado, para evitar crises agudas nestes órgãos vitais.

Exagerar no consumo de dipirona pode provocar enjoo, vômito, dor abdominal, disfunção renal e hepática, tontura, sonolência, coma, convulsões, queda de pressão arterial, arritmias cardíacas e mudança na coloração da urina.

Entre os efeitos colaterais menos graves que a agranulocitose (que é considerada muito rara na população brasileira), algumas pessoas podem sofrer quadros alérgicos ou hipotensão (queda da pressão arterial) após tomarem a dipirona.

Nesses casos, a recomendação é não usar o fármaco — e procurar um profissional da saúde se o incômodo não passar ou piorar.

“É importante reforçar que a dipirona é uma droga segura mas, assim como qualquer medicamento, não é isenta de riscos”, lembra Marini.

“Ela é indicada para tratar quadros agudos de dor e febre, e não deve ser usada de forma contínua, por semanas, meses ou anos, como é comum vermos algumas pessoas fazerem”, conclui a farmacêutica.

Fonte.G1.com




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