sexta-feira, 6 de maio de 2022

Planalto gastará até R$ 1,6 milhão na compra de comida e utensílio de cozinha para aeronaves da presidência

 

O presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro Augusto Heleno, do GSI, em live nesta quinta-feira

O presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro Augusto Heleno, do GSI, em live nesta quinta-feira Foto: Reprodução
Alice Cravo

BRASÍLIA — O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela proteção do presidente Jair Bolsonaro, está disposto a gastar até R$ 1,7 milhão na compra de alimentos e utensílios de cozinha para abastecer as aeronaves da presidência da República. Na lista que consta no edital do pregão eletrônico há pratos, copos, isopor, assim como bebidas variadas.

O gasto com refrigerante, por exemplo, pode chegar a R$ 62 mil e com café, aproximadamente R$20 mil. O documento aponta ainda que a União pagará até R$ 13 mil em lanches para serem servidos nos aviões - cada um deles ao custo máximo de R$ 66,10. Para almoço e jantar, o valor desembolsado pode chegar a R$ 103 mil por 600 refeições solicitadas. Com opções de café da manhã, o teto é de cerca de R$ 70 mil.

Desde que assumiu o Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro costuma adotar um discurso de corte de gastos presidenciais. Ele já falou, por exemplo, que escolhe quartos de hotel simples durante suas viagens e que, quando se hospedou em unidades mais luxuosas, as despesas ficaram a cargo do governo local.

Numa visita a Resende, no Rio, ele mostrou as acomodações do Hotel de Trânsito e Oficiais e disse que o preço da diária era R$ 90. No Qatar, exibiu o quarto luxuoso e disse que teve “custo zero” porque foi bancado pelas autoridades locais.

Em 2021, quando viajou para Nova York, Bolsonaro foi fotografado comendo pizza com a mão ao lado dos ministros. Em 2019, quando foi para Davos, almoçou em um restaurante “bandeijão”. Na viagem para João Pessoa, nesta quinta-feira, postou um vídeo cumprimentando apoiadores quando saiu para ir a uma pizzaria

Fonte. Jornal Extra

Nossas crianças precisam ter direito a um futuro digno

 



Nossas crianças precisam ter direito a um futuro digno. Precisam de educação, saúde, paz e oportunidades para todos. O Brasil vai voltar a ter um futuro de esperança. Bom dia!

quinta-feira, 5 de maio de 2022

Maio Amarelo: Hospital Geral de Nova Iguaçu registra aumento de atendimento às vítimas de acidente de trânsito

 


O número de vítimas de acidente de trânsito que chegam à emergência do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) nos quatro primeiros meses deste ano é o maior dos últimos cinco anos da unidade. Foram registrados 1.574 atendimentos a acidentados, o que representa um aumento de 67% se comparado ao mesmo período de 2021, com 941 feridos, e 89% em relação a  2020,com 830 atendimentos.

Esse crescimento reforça a importância do “Maio Amarelo”. A campanha tem como objetivo alertar a população para os altos índices de vítimas de acidentes de trânsito, e sobre a necessidade da conscientização, respeito e responsabilidade sobre o assunto.

Levantamento feito pelo HGNI mostra que acidentes com moto lideram o ranking de casos que chegam à emergência, representando 61% dos atendimentos. Atropelamento aparece na segunda colocação, com 18%. Vítimas de colisão com carro aparecem em terceiro lugar, com 11,3% do total. Além destas ocorrências, a equipe médica também recebe feridos por acidente de bicicleta, de caminhão ou ônibus, capotamento e queda de veículos, que, somados, representam 9,7%.

O diretor-geral do HGNI, Joé Sestello, destacou a importância da campanha “Maio Amarelo” para conscientizar a população sobre a necessidade dos cuidados no trânsito. Ele falou sobre a realidade dos atendimentos do hospital, um dos únicos de trauma que recebe pacientes de toda a Baixada Fluminense.

“É fundamental conscientizar a população sobre os atendimentos às vítimas de acidente de trânsito no hospital e também a necessidade de prevenção. Sabemos que existem fatalidades, mas a maioria dos acidentes com moto, por exemplo, poderia ser evitada com direção segura e o uso correto dos equipamentos de proteção. Há também um grande número de atropelados e casos de colisão de carro por imprudência. Todos são casos alarmantes e de risco de vida”, alerta.

Traumatismos cranianos em acidentes de moto chamam a atenção

Os casos de moto chamam a atenção pelo número e pela gravidade. Na maioria das vezes são pessoas entre 18 e 40 anos que pilotam sem utilizar os equipamentos de proteção, principalmente o capacete. Entre os diagnósticos mais comuns estão fraturas dos ossos das pernas e dos braços, além do traumatismo crânio-encefálico (TCE). No HGNI, cerca de 30% dos feridos em acidentes de moto precisam ser internados.

“Infelizmente não é incomum encontrarmos pessoas que levam duas ou mais pessoas na carona da moto, incluindo crianças. Isso representa um risco de vida para toda essa família”, lamenta o diretor-geral do HGNI.

O não uso de capacete é a principal causa de TCE, quando a pessoa sofre uma pancada na cabeça que pode ocasionar em danos neurológicos, entre os pacientes. De acordo com o médico chefe do serviço de neurocirurgia do HGNI, Rafael Baptista de Mello, a vítima pode ter desde lesões simples até quadros de maior preocupação, como crises convulsivas, modificações cognitivas, transtornos de comportamento, afundamento de crânio e mesmo ficar em coma persistente. Em seu atendimento, o paciente pode precisar de um ou mais procedimentos cirúrgicos, ter longa internação, por vezes mais de 30 dias, que ainda sim não há como garantir a plena recuperação de sua saúde física e cognitiva.

“A moto é um meio de transporte com grande chance de queda. Mas se você tiver toda a proteção, talvez não precise de assistência hospitalar. Sem o capacete, não tem como pensar em dirigir moto”, adverte o médico. “O carona também precisa estar equipado e atento durante o percurso. Se ele não conseguir se proteger, pode ser arremessado, ter desde um traumatismo craniano até lesões graves na coluna, que podem provocar paraplegia ou tetraplegia, dependendo do caso”, completa.

Fonte.http://www.novaiguacu.rj.gov.br

Oração: Nossa Senhora Menina

 



Flor de Primavera, Lírio de Pureza,

Doce Ventre de Ana que guardou o Coração da Mãe de Deus.
Maria,beleza Infantil, Coração de Criança,
Alma Delicada que todos os anjos veneram.
Sede a minha inspiração, Menina Pura de Deus
Sede a minha força, Encanto do Espírito Santo
Sede para mim a Luz que me leva ao céu
Maria, menina, ensina-me a amar a Deus como tu o amastes
Desde a mais tenra idade
Orgulho do Filho de Deus,
Rogai por mim
e obtenha de Deus a pureza de criança para a minha alma.
Amém.

Estão dizimando os povos indigenas com o apoio das autoridades

 


Nova estrela do rap paquistanês, Eva B tem vida dupla por trás do véu islâmico


A nova estrela do rap paquistanês, Eva B, diz que a mídia se concentra mais em seu hijab do que nela
A nova estrela do rap paquistanês, Eva B, diz que a mídia se concentra mais em seu hijab do que nela Foto: ASIF HASSAN / STF
AFP
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Os videoclipes de Eva B, a nova estrela do rap paquistanês, acumulam milhões de visualizações na internet, mas quando ela caminha pelas ruas de seu bairro em Karachi, passa despercebida.

Com o corpo e o rosto cobertos por um longo véu islâmico preto, que revela apenas seus olhos, ela escapa à atenção de fãs e críticos.

— É engraçado que as pessoas não me reconheçam. Ouvem minhas músicas, mas quando estou na frente delas, não sabem quem sou — diz a rapper de 22 anos à AFP do telhado de um prédio com vista para Karachi, uma grande cidade portuária no sul do país.

Inspirada pelos rappers americanos Eminem e Queen Latifah, ela começou a escrever letras em seu quarto antes de postar suas músicas no Facebook. Por medo de perturbar sua família, ia para estúdios para gravar, fingindo que estava indo para a escola. Mas quando um de seus irmãos descobriu, sua família não aprovou.

A família considerava que o rap era inadequado para uma jovem e que ela teria problemas para se casar, em um país que permanece profundamente conservador.

— Depois perceberam que eu era muito teimosa e desistiram — ri, explicando que sua mãe agora a acompanha nos estúdios e shows.

Sua ascensão à fama acelerou este ano graças à sua colaboração com o Coke Studio, cujo nome é em homenagem a um programa musical produzido pela Coca-Cola, um dos mais populares da televisão paquistanesa.

No clipe de seu hit "Kana Yaari", uma história de traição amorosa, ela aparece em um hijab laranja com o rosto quase completamente coberto. A música atingiu 16 milhões de visualizações no YouTube. Mas, ao contrário de outros artistas que passaram pelo Coke Studio, tenta fugir da fama.

— É estranho viver duas vidas. As pessoas me conhecem, mas ao mesmo tempo não me conhecem de verdade — diz.

De vez em quando, as pessoas a reconhecem pelos olhos, mas ela sempre nega que seja a artista, diz que “está bem assim”. Embora no Paquistão, uma república islâmica conservadora, a maioria das mulheres use véu de uma forma ou de outra, poucos artistas se atrevem a usar o hijab no palco.

Quando começou, produtores e diretores musicais ficaram "atordoados", mas ela garante que “rapidamente tudo se normalizou". O véu sempre fez parte de sua identidade como muçulmana, mas ela também se define como rapper.

— Hoje uso roupas mais elegantes para os videoclipes, para que as pessoas me notem. Mas mantenho meu hijab — explica.

Ela admite que está cansada das conversas sobre como se veste.

—A mídia se concentra mais no meu hijab do que em mim — diz.

Ao mesmo tempo, se diz feliz em receber mensagens no Instagram de meninas encantadas ao ver uma cantora de hijab.

Eva B cresceu em Lyari, um bairro predominantemente baluchi em Karachi, conhecido por sua pobreza e violência de gangues. Mas a melhora da segurança nos últimos anos deu espaço à criatividade e gerou uma cena de hip hop.

A rapper não hesita em falar sobre as dificuldades das mulheres paquistanesas. Em "Bayani Rog", faixa na língua baluchi, ela conta como passou de uma adolescente tímida e nervosa para a mulher confiante e sincera que é hoje.

— Descobri que ficar em silêncio não funciona, então é melhor falar — conta.

Fonte. Jornal Extra

Papa Francisco aparece pela primeira vez usando cadeira de rodas por dor no joelho

 


Papa Francisco acena ao chegar em cadeira de rodas durante a audiência aos Participantes da Assembleia Plenária da União Internacional dos Superiores Gerais na sala Paulo VI no Vaticano, em 5 de maio de 2022
Papa Francisco acena ao chegar em cadeira de rodas durante a audiência aos Participantes da Assembleia Plenária da União Internacional dos Superiores Gerais na sala Paulo VI no Vaticano, em 5 de maio de 2022 Foto: ALBERTO PIZZOLI / STF
Da AFP

O Papa Francisco, que sofre dores intensas no joelho, apareceu nesta quinta-feira em público pela primeira vez usando cadeira de rodas, na sala Paulo VI do Vaticano. O pontífice, de 85 anos, chegou empurrado por um auxiliar.

Na terça-feira, em uma entrevista ao jornal italiano Il Corriere della Sera, ele afirmou que faria infiltrações no joelho para aliviar a dor que sofre e que o obrigou a cancelar várias reuniões programadas.

— Tenho um ligamento rompido, farei algumas infiltrações e vamos ver. Estou assim há algum tempo, não posso caminhar — disse Francisco.

O pontífice argentino tem artrose no joelho direito, que afetou um ligamento, mas não deve passar por uma cirurgia, segundo fontes do Vaticano.

A infiltração no joelho é um procedimento que consiste em injetar diretamente na articulação alguns medicamentos com efeito anti-inflamatório, analgésico ou regenerativo.

Francisco, que em março iniciou seu décimo ano de pontificado, teve de pedir desculpas nas últimas semanas aos fiéis que comparecem às audiências por dar a bênção "sentado", devido a seus problemas no joelho direito, que o impedem ficar de pé por muito tempo.

Na quarta, durante a audiência geral na Praça São Pedro, o Papa estava particularmente cansado e precisou de ajuda para caminhar e a se levantar.

Francisco também tem problemas crônicos de ciática, que costumam provocar fortes dores, e foi submetido a uma delicada operação de cólon em julho de 2021

Fonte Jornal Extra

Anote á agenda de debate dos presidenciáveis .

 TEM GENTE QUE NAO VAI GOSTAR.

VAI TER PASSAMENTO, DOR DE BARRIGA, DOR DE DENTE, UNHA ENCRAVADA ,ETC




ESTAS MÃES QUE PERDERAM A GUARDA DOS FILHOS TÊM ALGO EM COMUM: RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS Mulheres são denunciadas por familiares e ex-companheiros e têm filhos afastados em processos que demonizam ritos religiosos


ESTAS MÃES QUE PERDERAM A GUARDA DOS FILHOS TÊM ALGO EM COMUM: RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

Mulheres são denunciadas por familiares e ex-companheiros e têm filhos afastados em processos que demonizam ritos religiosos.

Alice de Souza


2 de Maio de 2022, 11h36

Ilustração: João Brizzi para o Intercept Brasil

EM DEZEMBRO DE 2019, a dona de casa Josileide da Gama foi forçada a entregar os dois filhos a uma irmã. A justiça não permite que a mãe fale com as crianças por telefone, e Gama não deve chegar a menos de 300 metros dos meninos. Isso porque o Judiciário a considera suspeita de negligência e de expor os filhos a um “ambiente inadequado” – segundo ela, o terreiro de Jurema que funciona em sua casa. Pela forma que a religião afro-ameríndia é descrita no processo, a defesa acredita que a razão da suspensão da guarda seja apenas fruto de intolerância religiosa.

Juremeira há oito anos, Gama é mãe de santo, vive com uma deficiência física e morava com os filhos e o pai de santo Joalisson Gomes da Silva, seu cuidador, até a 1ª Vara da Infância e Juventude de João Pessoa decidir puni-la por “não promover os cuidados essenciais com alimentação, educação, higiene, bem como expor os filhos em um ambiente inadequado”. Apesar de esse tipo de caso ter o prazo de 120 dias para ser decidido, ainda não houve veredito. Desde a suspensão, Gama só viu os filhos – hoje com 11 e 15 anos – quatro vezes, em março do ano passado.

O caso chamou a atenção do então presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB na Paraíba, Franklin Soares, que assumiu a defesa depois da suspensão da guarda. “A denúncia do Ministério Público é recheada de termos que considero preconceituosos. Por exemplo, quando se fala que o culto da Jurema é uma algazarra, regada a bebida, fumo e com presença de pessoas de índole duvidosa”, me disse o advogado.

De acordo com Gama, o terreiro fica no último cômodo da casa, enquanto o quarto das crianças fica no primeiro, o que não as colocaria em contato com as atividades religiosas. “Eu amo a minha religião e amo os meus filhos. Eu não abro as portas da minha casa para o mal, mas, sim, para ajudar as pessoas”, explicou.

Encontrei disputas judiciais semelhantes em Pernambuco, Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo. Em todas elas, a inserção de crianças e adolescentes em cultos religiosos de matriz afro-ameríndia ou o contato com a religião se transformaram em argumento para pedidos de suspensão ou de perda do poder familiar – o termo jurídico para a supressão do direito de guarda pelos pais ou responsáveis legais. Segundo dois juristas e uma pesquisadora da Universidade do Estado de São Paulo, a Unifesp, essa situação tem sido cada vez mais frequente.

Ex-presidente da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB do Distrito Federal, a advogada Patricia Zapponi afirmou que, nos últimos quatro anos, viu um aumento desse tipo de caso. “Dentro do direito de família, não se tinha tanta ocorrência com relação à religião. Hoje, você já vê contendas gigantes postuladas em cima disso”, me contou. No escritório dela, independente da Comissão da OAB, chegaram 18 casos nos últimos três anos, 15 deles envolvendo religiões de matriz africana.

O advogado Hédio Silva Junior, ex-secretário de Justiça do Estado de São Paulo e atual coordenador executivo do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-brasileiras, contabilizou três casos em que atuou diretamente, desde 2019, além de outros três de que tomou conhecimento por parte de colegas – todos relacionados ao contato de crianças e adolescentes com rituais de religiões afro. Até então, Junior só havia atuado em uma situação do tipo, em 2007.

“Esses casos que têm chegado até nós são a ponta de um iceberg imenso. Certamente há milhares espalhados pelo país”, acredita. Em 18 de abril, o Uol revelou que as denúncias de intolerância religiosa triplicaram no estado de São Paulo entre 2016 e 2021. Há cinco anos, as delegacias paulistas registraram 5.124 ocorrências do crime. Já no ano passado, o número subiu para alarmantes 15.296 registros.

A questão preocupa os advogados, porque acontece no mesmo momento em que o Brasil como um todo registra um aumento das denúncias de violações de direito à liberdade de religião e crença. Em 2019, segundo dados obtidos por nós, por meio da Lei de Acesso à Informação, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos registrou 714 denúncias de intolerância religiosa pelo Disque 100. Em 2020, foram 1.388, ou seja, 94% a mais que no ano anterior. Até então, na última década, o ano com mais denúncias era 2016, com 759 registros, de acordo com uma base de dados disponível no site do Ministério. O dado, porém, diverge do obtido por nós via LAI, em que constam 758. Em 2021, os dados mostram 1.021 denúncias.

O Painel de Dados da Ouvidoria do Ministério mostra que, entre 2021 e 2020, foram registradas 83 violações de direito à liberdade de religião e crença cujas vítimas eram crianças ou adolescentes. Os números, porém, podem ser ainda maiores. Os dados obtidos por nós via LAI mostram que o Ministério registrou 124 violações por intolerância religiosa com vítimas de 17 anos ou menos em 2021 e 2020. Dessas, 102 ocorreram apenas em 2021. Em 15 casos, a religião da vítima era o candomblé, em outros 10, a umbanda.

Como as disputas por guarda são analisadas em segredo de justiça, não há como saber em quantos pedidos de destituição a religião foi a causa ou pelo menos um argumento. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, 3,8 mil destituições do poder familiar foram julgadas procedentes até outubro do ano passado. Em 2020, considerando o ano todo, foram 4,9 mil, quase 240% a mais do que em 2019.

‘Estou esquecendo o cheiro deles’

Em setembro de 2019, depois de receber uma denúncia que a defesa suspeita ter vindo da irmã de Gama, o Conselho Tutelar da Região Norte de João Pessoa emitiu um relatório em que afirmava que Josileide Gama era negligente com os filhos e praticava violência psicológica contra eles. Segundo o documento, as crianças não tinham hora para comer e dormir, e faltavam cuidados com higiene e educação. Além disso, há uma afirmação na denúncia que leva a mãe e seu advogado a acreditarem que ela está sofrendo intolerância: a de que as crianças viviam em um ambiente atribulado, onde eram realizadas atividades religiosas “regadas a música alta e confusões até a madrugada”.

O relatório foi apresentado ao Ministério Público, que denunciou a situação em novembro do mesmo ano ao Judiciário da Paraíba. Segundo o MP, o Conselho Tutelar estava acompanhando as crianças desde 2018, devido às acusações de que elas viviam em um ambiente de farra, bebidas e cigarros. No relatório, o conselho traz uma “denúncia expressa de que a genitora costumava colocar pessoas dentro de casa para os rituais religiosos, que envolviam álcool e outras drogas e poluição sonora, que aconteciam no período noturno”.

Em 8 de novembro de 2019, quatro dias depois da denúncia, o juiz Adhailton Porto decretou a suspensão do poder familiar de Gama, seu afastamento dos filhos e a guarda provisória das crianças à sua irmã por até 90 dias. A decisão judicial não fala expressamente, em nenhum momento, de religião, mas alega que há indícios veementes de que os irmãos “estão expostos à situação de risco sob a guarda da genitora”.

Entre outros sinais de intolerância, o advogado de defesa aponta que as denúncias fazem referências ao título de pai de santo sempre entre aspas. “A denúncia é carregada com intolerância religiosa, posto que eu nunca vi o termo pastor ou o termo padre ser apresentado em documento oficial algum entre aspas”, avaliou Franklin Soares.

Outra alegação do Ministério Público é a de que o pai de santo teria agredido uma das crianças e que seria má influência para elas. A presença do homem seria desconfortável e causaria medo. A defesa diz que as crianças mudaram a percepção e depoimento sobre o homem depois que saíram da casa da mãe. “Eu acho um descaso grande. Uma coisa que eu não fui ouvido, não fui chamado. Estou levando uma culpa sem merecer”, diz Joalisson. Gama as desmentiu: “ele é uma pessoa maravilhosa, cuida de mim, dos meus filhos, me ajuda financeiramente”. O advogado também reforçou que a alegação não procede. “O Ministério Público e o Juízo da Infância e da Juventude não estão entendendo que essas cenas de violência foram protagonizadas pelo pai deles, o ex-marido da mãe de santo”, afirmou Soares.

A defesa de Gama questiona ainda o prazo dilatado para uma decisão definitiva, o que faz com que a mãe esteja sem os filhos há mais de dois anos. A decisão liminar deveria ter expirado em fevereiro de 2020, mas foi renovada em 24 de setembro por mais 120 dias. Ou seja, foram sete meses sem qualquer decisão judicial. “Quando a guarda de 90 dias termina, daí em diante é ilegal, pois não está amparada em NADA”, me escreveu Soares por mensagem de texto. O novo prazo deveria ter terminado em janeiro do ano passado, mas também foi prolongado sem que a justiça se pronunciasse. Apenas em maio de 2021, o juiz renovou o afastamento por tempo indefinido. Até agora, não há uma sentença. “Isso é uma amputação da figura materna na vida dos filhos”, afirmou Soares.

Josileide da Gama segura blusa do filho em sua casa.

Josileide da Gama segura blusa do filho em sua casa.

 

Foto: Brenda Alcântara

Nesse período, Gama chegou a comprar um chip de celular para poder se comunicar com os meninos. Em uma troca de mensagens rápida à qual tive acesso, um deles interrompe a conversa com a mãe, pois teme a chegada da tia. “Eu estou esquecendo o cheiro deles, não sei mais o que é um abraço. Nunca mais escutei essa palavra ‘mãe’. Escuto dos meus filhos de santo, mas da boca dos meus filhos, não”, lamentou Gama, em lágrimas.

Em nota, a promotora Soraya Nóbrega afirmou que não poderia me conceder entrevista, pois o processo está em segredo de justiça. Porém, reiterou que “o procedimento em questão não tem nenhuma relação com a prática religiosa da genitora, mas, e somente, com a conduta dela e com o seu dever de proteger os filhos menores de idade sob sua guarda”. Segundo ela, “não coube juízo de valor em relação à prática religiosa em si (que poderia ser de qualquer outra religião), mas a sua inadequação no ambiente no qual as crianças conviviam”.

O Ministério Público disse ainda que foram feitas diversas tentativas – não especificadas na nota – para que essa mãe pudesse, sem abrir mão da religião, cuidar dos seus filhos. “As crianças também foram ouvidas e manifestaram a insatisfação com os rituais na sua residência onde habitavam e com a presença da pessoa envolvida [o pai de santo Joalisson Gomes da Silva]”, afirmou o órgão em nota.

O Tribunal de Justiça da Paraíba afirmou que, se o prazo “estourou”, como dito, Gama deve procurar um advogado e questionar no processo. Soares afirmou que entrou com uma representação no CNJ, mas o órgão arquivou o pedido, pois julgou que não houve negligência judicial na questão.

Procurei também a irmã de Josileide, para a qual o Judiciário concedeu a guarda provisória das crianças. Joelma Gama desmente a relação da suspensão da guarda com questões de desrespeito à religião. “Eu não tenho intolerância religiosa com ninguém. Cada um tem a liberdade de escolher o que quer para a sua vida. Eu só tenho intolerância à irresponsabilidade. Se ela perdeu a guarda dos filhos, foi por conta de irresponsabilidade dela mesmo”, declarou.

Ritos demonizados

A maioria dos relatos que têm chegado ao conhecimento dos juristas que trabalham com terreiros de religiões afro-ameríndias mostra que o mais comum é uma mãe ser denunciada pelo pai, em meio a um processo de separação litigioso, depois de ela levar os filhos a um terreiro e iniciar as crianças na religião. Foi o que aconteceu com Juliana Arcanjo, denunciada em uma delegacia pelo ex-marido por crime de lesão corporal com violência doméstica agravada contra a filha, hoje com 12 anos.

O que Arcanjo fez foi levar a menina para participar de um rito de iniciação no candomblé, no interior de São Paulo, chamado de escarificação – cortes muito superficiais feitos na pele, em várias regiões do corpo, com o objetivo de oferecer proteção à pessoa. O ritual foi realizado em 2020 e, segundo a mãe, que também passou pelo procedimento, por interesse da própria criança. Em função da denúncia, levada ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público, Arcanjo teve os poderes familiares suspensos em fevereiro de 2021 e até hoje não recuperou a guarda da menina.

“O pai tem a crença dele e julga a minha como errada, como prática satanista. Inclusive, já falou para a minha filha que, quando eu morrer, vou para o inferno por causa da minha religião”, ela me contou. A defesa alega que há intolerância religiosa na denúncia e, para exemplificar, compara a acusação de maus tratos com rituais praticados por outras religiões, como a circuncisão realizada por judeus e muçulmanos ou mesmo a colocação generalizada de brincos em bebês e crianças. “Eu nunca ouvi falar que algum judeu ou muçulmano teria ido para cadeia porque uma criança é circuncidada”, afirmou o advogado de defesa, Hédio Silva Junior.

 

Gama com seu pai de santo e cuidador, Joalisson Gomes da Silva. "A justiça não aceita que eu more com ele", afirmou a juremeira.

Gama com seu pai de santo e cuidador, Joalisson Gomes da Silva. “A justiça não aceita que eu more com ele”, afirmou a juremeira.

 

Foto: Brenda Alcântara

Arcanjo foi absolvida na esfera criminal em 15 de julho de 2021. Na decisão, o juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo Bruno Paiva Garcia afirmou que a tipificação da submissão da criança à escarificação como “crime de lesão corporal revela inaceitável intolerância religiosa”. De acordo com a sentença, “trata-se de uma lesão ínfima, insignificante, que não causou prejuízo físico, psicológico ou sequer estético à criança”.

O advogado de defesa aponta que existe a incidência de dois fatores: “o Conselho Tutelar, em uma manifestação absolutamente racista, preconceituosa e intolerante. E o pai, que também tem utilizado no processo o argumento da opção religiosa da mãe como argumento principal para manter essa guarda”.

Apesar da absolvição, a última vez que mãe e filha se encontraram foi em janeiro de 2021. Um juiz, agora, está escutando todos os envolvidos em entrevistas psicossociais para definir a sentença no processo de guarda. A mãe já foi ouvida, mas, segundo ela, o pai não compareceu na data prevista.

“Até para falar com vocês, eu passei o dia inteiro chorosa”, desabafou Arcanjo. “Saber que estou passando por essa situação, ser acusada de maltratar a sua própria filha, que você cuidou a vida inteira. O que ele está fazendo comigo não tem tamanho de crueldade”.

Em nota, o escritório de advocacia que representa o pai da criança, Satyro Sociedade de Advogados, afirmou não poder dar detalhes do caso, por correr em segredo de justiça, mas que “existem diversos outros fatos que não foram revelados pela genitora” e ainda estão sendo apurados. “Afirmamos ainda, com veemência, que o caso nada tem a ver com intolerância religiosa”, ressaltaram.

‘O Conselho Tutelar não vai na Igreja Católica reclamar que as crianças estão vendo o padre tomar um vinho’.

Residente do Distrito Federal, a advogada Patricia Zapponi já foi acionada pelo menos três vezes para ir até a delegacia defender uma mãe acusada de maus-tratos por levar um filho a um terreiro de religião de matriz afro-ameríndia.

No candomblé, por exemplo, a iniciação prevê que a pessoa fique no terreiro, em um quarto, recolhida, durante 21 dias. Nesse momento, há um renascimento para a nova vida, e são realizados rituais nos quais há também o corte de cabelo e as escarificações. “Há um desconhecimento das religiões de matriz africana, que tem ritos que, se você olhar a olho nu, vai dizer que é lesão corporal. Por isso, hoje oriento os terreiros para já avisarem ao Conselho Tutelar quando vão recolher uma criança, avisar que têm autorização dos pais”, explicou Zapponi.

Em alguns casos atendidos pela advogada, a avó era evangélica, e o pai e a mãe estavam se separando. “Ela ficou sabendo que a mãe levou a criança a um terreiro e fez uma denúncia ao Conselho Tutelar, chamou a polícia, para falar de cárcere privado”. Era como se a mãe estivesse deixando [o filho] sem comer, raspando a cabeça. “Foi preciso chegar e explicar que é um rito de passagem”, detalhou.

O caso mais famoso desse tipo no Brasil aconteceu Araçatuba, São Paulo, quando a manicure Kate Ana Belintani perdeu a guarda da filha por 17 dias, depois que a avó materna da criança alegou que a menina sofria maus-tratos em um centro de candomblé frequentado por Belintani. Na sentença que restituiu a guarda, o juiz afirmou que a própria adolescente, ao ser ouvida, disse estar de acordo com os ritos pelos quais havia passado. O laudo pericial também concluiu que não houve lesão corporal. “Minha filha sofre consequências [desse processo] até hoje, levo ela no psicólogo, no psiquiatra”, afirmou Belintani.

 

No Brasil, os pais podem perder o direito sob os filhos pelos seguintes motivos, de acordo com o Código Civil: morte dos pais ou da criança; emancipação; maioridade; adoção; e decisão judicial de destituição do poder familiar. A suspensão do poder familiar, como aconteceu com Josileide, é provisória, e pode ocorrer por uma denúncia em investigação. A denúncia pode vir via Conselho Tutelar, sendo investigada e acatada pelo Ministério Público, e em seguida encaminhada para o Judiciário. Há também pedidos de guarda dentro de um processo de separação entre os responsáveis legais.

Para a diretora nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família, Silvana do Monte Moreira, a classificação desses rituais como maus-tratos não tem amparo legal. “Não há qualquer possibilidade de uma religião de matriz africana, mesmo com todos os seus ritos, estar inserida em pontos que levem, segundo as leis que temos no Brasil, a uma suspensão do poder familiar”, disse.

Hédio Silva Junior complementa que um dos motivos para o crescimento dos casos de perda de guarda atrelados a possíveis intolerâncias religiosas é a penetração de religiosos neopentecostais nos Conselhos Tutelares. “Esses órgãos têm uma função institucional importantíssima no sistema de proteção e garantias dos direitos das crianças e adolescentes, mas estão se prestando a esse papel infame. Você não vê o Conselho Tutelar na Igreja Católica reclamando que as crianças estão vendo o padre tomar um vinhozinho. Então, é algo direcionado”, defendeu.

Terreiros se precavêm

Em 2019, Maria Estela viveu uma situação que nunca imaginou passar em seu templo de candomblé de nação Ketu, em uma cidade do interior de Goiás. A pedido de uma mulher que frequentava o local, iniciou o filho dela, então com 12 anos, na religião. Como parte dos ritos, a criança teve a cabeça raspada e a alimentação reduzida por alguns dias. O pai soube do ocorrido e denunciou ao Conselho Tutelar, que foi até o terreiro com a Polícia Militar para buscar a criança.

O episódio foi veiculado em veículos de imprensa locais como um resgate de uma criança maltratada em “rituais espirituais”. Pessoas foram até a frente do terreiro gritar. Maria Estela precisou ir até a delegacia prestar esclarecimentos. “Minha saúde era inabalável, mas a pressão psicológica foi tão grande. Eu fiquei um ano sem assistir televisão, sem pegar no celular, perdi clientes, minha vida foi para o buraco, porque fiquei totalmente desequilibrada”, lembrou ao conversar comigo.

Para evitar que casos semelhantes se repitam, hoje Maria Estela recorre a um mecanismo cada vez mais comum entre os terreiros do Distrito Federal e de Goiás: pede ao pai ou mãe que será iniciado na religião para preencher de próprio punho um documento reconhecendo que está ciente do que ocorrerá. Depois, o papel é levado para cartório, para reconhecimento de firma. “Infelizmente, a lei do nosso país não entende os cultos e as religiosidades de matrizes africanas”, se queixou.

Formalizar os terreiros e cuidar desse documento é uma orientação passada pela OAB do Distrito Federal para evitar novas criminalizações de ritos de iniciação de crianças e adolescentes. Para Pai Rodrigo Juremeiro, que mantém um templo em Valparaíso, estado de Goiás, e adotou a mesma prática de Maria Estela, o próprio fato de precisar haver um documento para iniciar uma criança na religião já mostra a diferença de tratamento. “A gente já vive nessa defensiva, né? Porque se a Constituição garante o direito de liberdade de credo, eu não precisaria, conceitualmente, ficar me prevenindo contra essas coisas”, argumentou. Para uma criança fazer uma crisma ou primeira comunhão, ritos católicos, por exemplo, esse não é um requisito.

Nas religiões afro-ameríndias, as tradições são passadas de maneira oral. Não há um acolhimento obrigatório para iniciar uma pessoa na religião, nem uma idade pré-determinada. “A macumba vê a criança e a infância de forma eufórica. A gente não precisa de um rito para limpar eles de qualquer pecado original. Não está na nossa cosmo-percepção de mundo. Então, o ingresso dela na religião, por meio de iniciações ou não, é visto sempre caso a caso”, explicou a professora da Unifesp e coordenadora do Grupo de Pesquisa LAROYÊ – Culturas Infantis e Pedagogias Descolonizadoras, Ellen de Lima Souza.

Para a pesquisadora, os processos de perda de guarda são mais um mecanismo de ataque e racismo religioso. “Não se está tirando só o direito da mãe, mas de toda uma comunidade. Você proíbe a criança de frequentar esse espaço onde ela é celebrada, ouvida, cuidada. Eles sabem muito bem que estão mexendo naquilo que é mais importante para a gente”, acrescenta Souza, que hoje acompanha um caso como os relatados aqui e tem conhecimento de pelo menos outras 15 crianças que estão imersas em processos de guarda cujos motes são a religião.

Fonte https://theintercept.com


MARIA DA LIBERTAÇÃO (Pedro Alves de Souza / Luzia Neves)

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Vítimas do temporal de abril podem solicitar FGTS a partir desta quinta-feira (5

 


As vítimas do temporal que atingiu Nova Iguaçu no início do mês de abril podem solicitar, a partir desta quinta-feira (5), por meio do aplicativo, o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade. Para isso, é necessário possuir saldo positivo na conta e não ter realizado saque pelo mesmo motivo em período inferior a 12 meses. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220,00 por conta vinculada. A liberação pode ser feita pelo aplicativo FGTS até o dia 13 de julho. Quem tiver dificuldades com a ferramenta pode procurar uma agência da Caixa.

Tem direito ao saque o trabalhador titular de conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS que resida em área do Município, sob vigência da declaração de Situação de Emergência, conforme relatório da Secretaria Municipal de Defesa Civil encaminhado à Caixa.

Quem precisar ir em uma agência, deverá apresentar comprovante de residência em nome do trabalhador, emitido nos últimos 120 dias anteriores à decretação de Situação de Emergência, ou seja, entre 15 de dezembro de 2021 e 12 de abril de 2022, documento de identificação do trabalhador ou diretor não empregado, CPF e carteira de trabalho (física ou digital) ou qualquer outro documento que comprove o vínculo empregatício. Caso o comprovante de residência esteja em nome de cônjuge ou companheiro, é necessário apresentar Certidão de Casamento ou Escritura Pública de União Estável.

Calendário de pagamento do FGTS
Nascidos em Recebem em
Janeiro/Fevereiro 11 de maio
Março/Abril 14 de maio
Maio/Junho 18 de maio
Julho 21 de maio
Agosto 25 de maio
Setembro 28 de maio
Outubro 1º de junho
Novembro 8 de junho
Dezembro 15 de junho

 

O trabalhador que não tiver seu endereço cadastrado junto à Caixa ou não possuir comprovante de residência poderá procurar um dos 16 postos oferecidos pela Prefeitura para Atendimento ao Cidadão a partir da próxima segunda-feira (9). Nas sedes das secretarias municipais de Defesa Civil (SMDC) e de Assistência Social (SEMAS), além dos 14 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) equipes especializadas estarão recebendo as solicitações, cadastrando novos endereços e emitindo, após análise, uma Declaração de Residência exclusiva para o saque. Quem tiver dificuldades em utilizar o aplicativo também poderá sanar dúvidas em um dos postos.

Saque 100% digital — App FGTS

O aplicativo está disponível para download gratuito nas plataformas digitais e é compatível com os sistemas operacionais Android e IOS.

Como solicitar o saque FGTS
Seguem orientações para o trabalhador que tiver direito ao saque por calamidade:
– Fazer o download do app FGTS e inserir as informações de cadastro; ir na opção “Meus saques” e selecionar “Outras situações de saque — Calamidade pública” — acessar a cidade;
– Encaminhar os seguintes documentos: foto de documento de identidade, comprovante de residência em nome do trabalhador, emitido até 120 dias antes da decretação de calamidade;
– Selecionar a opção para creditar o valor em conta Caixa, inclusive a Poupança Digital Caixa Tem, ou outro banco e enviar a solicitação;
– O prazo para retorno da análise e crédito em conta, caso aprovado o saque, é de cinco dias úteis.

Confira a lista dos Postos de Atendimento ao Cidadão
– Secretaria Municipal de Defesa Civil
– Secretaria Municipal de Assistência Social
– Cras Maxambomba
– Cras Austin
– Cras Estação Morro Agudo
– Cras Fazenda São Bernardino
– Cras Terra de Marambaia
– Cras Bom Retiro
– Cras Monte Verde
– Cras Serra do Vulcão:
– Cras Águas o Guandu
– Cras Fazenda Cabuçu
– Creas Comendador Soares
– Creas Valverde
– Creas Moquetá
– Creas Estrada de Ferro Leopoldina

Fonte.http://www.novaiguacu.rj.gov.br

Jovem quw questionou Zambelli na Paulista, relata ameaças e vaz.B.O


 


No domingo, ele abordou a parlamentar durante ato na avenida Paulista e a questionou sobre assuntos espinhosos, como o suposto aparelhamento da Polícia Federal para a proteção da família do presidente #CarlaZambelli

Fonte.Noticias uol.com.br

PERDOA-ME DONY 🇺🇦Простір Тепла та Доброти🇺🇦 Супрунець Наталія ·

 PERDOA-ME DONY


Me perdoa filha por não te ver,
Por não te ter nos meus braços pequena.
Você vai nascer - só vou chorar chuva do céu,
Vou abraçá-lo gentilmente com gotas quentes.
Desculpe filha, eu não sei cantar
Aqui está um berço que já estuda pra você há muito tempo.
De balas morreram e pediram apenas uma coisa -" Deus!
Deixe-me cantar para ela" - mas Deus estava voando para algum lugar..
Você vai crescer filha, florescer como uma flor no campo,
Sinto muito todos tem pais e aí você é órfão.
Eu fui para a guerra para você ter um destino melhor,
Aquele sonho pra mim era e o único objetivo.
Sinto muito minha andorinha, saiba que estou sempre perto de você,


Caminhando em frente, abrindo o caminho para você.

Que triste, tsarívno meu, olhe para o céu,
Sorria pra mim e não se entregue nos braços da tristeza.
Perdoe-me filha, escrevendo em papel ensanguentado,
Porque eu já tenho certeza que meus dias estão contados aqui.
Sinto muito por não abrir a porta do seu quarto,
Ao vivo! Pra não morrer em vão estou na porra de uma guerra.
Autora: Violetta Kravchenko
Dedicado a todos os heróis da Ucrânia que não esperaram pelo nascimento dos seus filhos...

Inocentes reconhecidos por fotos na delegacia passam, em média, mais de um ano presos


Por Felipe Grinberg


RIO — Ao acordar na manhã do dia 9 de maio de 2018, Tiago Viana não imaginava que estava prestes a viver uma reviravolta em sua vida. Logo pela manhã policiais civis entraram em sua casa para cumprir um mandado de prisão a seu desfavor. Morador de uma comunidade em Nilópolis, Baixada Fluminense do Rio, Tiago teve a foto reconhecida na delegacia pela vítima de um roubo que nunca cometeu. Um levantamento feito pela Defensoria Pública do Rio mostra que ele não foi um caso isolado. De acordo com o relatório, em média, inocentes ficaram presos por 1 ano e três meses antes mesmo do julgamento. Um deles chegou a ficar quase seis anos preso preventivamente, mas ao fim da ação não foi considerado culpado pelo crime.

Sem provas: Jovem negro preso no Jacarezinho após comprar pão é libertado pela Justiça

Ao todo a Defensoria Pública analisou 242 processos, com 342 réus, que correm no Tribunal de Justiça do Rio, de casos de 2005, 2007 e de 2013 a 2021. Quase a metade das ações são da capital e a maioria pelo crime de roubo. De cada 10 processos levantados pelos pesquisadores, três resultaram na não condenação do réu. E entre os absolvidos, 83% ficou preso em algum momento do curso da ação. No reconhecimento fotográfico, a vítima ou testemunha identifica a pessoa que acredita ser autora do crime através de uma fotografia. As delegacias do Rio possuem um um “álbum de suspeitos” com imagens tiradas até de redes sociais.

Delegado: 'Estava na hora errada e no lugar errado', diz delegado sobre jovem negro preso após comprar pão

Há um artigo no Código de Processo Penal que determina como deve ser conduzido o reconhecimento fotográfico, mas segundo a Defensoria a norma é pouco seguida. De acordo com a lei, a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida. Depois, o suspeito deve ser colocado, se possível, ao lado de outros com qualquer semelhança, para a vítima ou testemunha apontar quem realizou o crime.

— O que queremos mostrar é como é a dinâmica do processo criminal do reconhecimento que acaba sendo feito sem observar a lei, que prevê a descrição pela vítima primeiro e depois reconhecer ela ao lado de outras que se parecem com ela — explica Carolina Haber, diretora de pesquisa da Defensoria Pública do Rio

Ao todo, contra Tiago Viana foram abertas nove ações por roubo. Destas, em sete ele já foi considerado inocente e outras duas ainda estão em curso. No último mês, a Defensoria conseguiu uma liminar na Justiça que determina a exclusão da sua foto do cadastro de suspeitos da 54ª Delegacia da Polícia de Nilópolis. Além do trauma de ter sido preso, as consequências reverberam até hoje em sua vida. A obra de sua casa, que até o momento da prisão estavam com um bom andamento, está estagnada. O sonho do trabalho com carteira assinada também parece estar longe de voltar a se concretizar. Para ajudar no sustento da família ele trabalha em dois períodos: de manhã como mototaxista e a noite como motoboy.

— De todos esses roubos eu tenho provas do que eu estava fazendo no dia. Em um deles fui acusado de roubar em Nilópolis pouco tempo depois de ter sido solto. Mas estava em Mangaratiba na casa da minha mãe com minha família. Perdi um ano da minha vida, aniversários dos meus filhos, a morte da minha vó — que não consegui dar um último abraço, por exemplo. Foram oito meses presos sabendo que era inocente — conta Tiago.

Reprovado no STJ: reconhecimento fotográfico ainda é usado em prisões e juristas alertam para viés racista

O levantamento também aponta que o perfil dos reconhecidos por fotografia é formado principalmente por homens negros.

— Até hoje não sei explicar o que levou eu ser preso. acho que o racismo está implícito por ser negro e morador de comunidade. No álbum de foto não tem só negro, mas a maioria que são acusados por fotografia são negros — desabafa Tiago.

Os pesquisadores também analisaram as 50 ações em que a prisão preventiva do acusado foi negada pelo juiz. O principal motivo que os magistrados apontaram para manter o réu em liberdade são "fragilidade", lapso temporal entre os fatos e o reconhecimento e a foto ser o único elemento de convicção para a ação.

"Destaca-se principalmente a inconstância entre o reconhecimento fotográfico em sede policial, criticado como “viciado” ou “induzido” em alguns casos, e o reconhecimento realizado em juízo, demonstrando exemplos significativos de reconhecimento negativo em que há ausência da descrição física do autor ou discrepância entre essa descrição e o réu reconhecido, além dos casos em que a própria vítima assume incerteza ou incapacidade para proceder ao reconhecer em juízo ou realiza reconhecimento incompatível com o realizado em sede policial", diz trecho do relatório.

Procurado, o Tribunal de Justiça do Rio disse não ter sido comunicado sobre o levantamento e não sabe quais foram os critérios adotados no estudo. No entanto, destacou que em janeiro o presidente do Tribunal publicou uma resolução para que os magistrados "reavaliem, com a urgência necessária, as decisões em que a prisão preventiva do acusado foi decretada com base somente no reconhecimento fotográfico, realizado sem a observância da lei (artigo 226 do Código de Processo Penal), no procedimento investigatório respectivo, inclusive nos feitos suspensos na forma prevista no artigo 366 do Código de Processo Penal (CPP)".

Procurada a Polícia Civil do Rio afirma que "reforça que os delegados são orientados a não usarem apenas o reconhecimento fotográfico como única prova em inquéritos policiais para pedir a prisão de suspeitos. A instituição informa que o método, que é aceito pela Justiça, é um instrumento importante para o início de uma investigação, mas deve ser ratificado por outras provas técnicas. Apenas um caso desta natureza ocorreu integralmente nos últimos dois anos. Uma sindicância foi instaurada para apurar o fato e os envolvidos receberam a devida punição."

Fonte Yahoo.com.br

Nova Iguaçu realiza Dia D Vacinação contra a gripe

A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu (Semus) vai fazer, neste sábado (13), uma grande mobilização para participar do Dia D de Vaci...