Crivella: 'As escolas de samba deveriam me retratar como um herói este ano'

O prefeito Marcelo Crivella durante evento na Cidade Nova
O prefeito Marcelo Crivella durante evento na Cidade Nova Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio
Luiz Ernesto Magalhães
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O prefeito Marcelo Crivella disse nessa segunda-feira que deverá ter uma nova reunião esta semana para tratar do repasse da subvenção das escolas de samba do Rio. Pelo segundo ano consecutivo, os recursos diretos repassados pelo município foram reduzidos. No caso do Grupo Especial, de R$ 2 milhões em 2017 (autorizados ainda na gestão do ex-prefeito Eduardo Paes) para R$ 1 milhão em 2018 e R$ 500 mil por escola este ano. Ele, no entanto, não deu uma previsão de quando o dinheiro vai estar disponível. Irônico, disse que em meio ao cenário de crise financeira que a prefeitura enfrenta, ele deveria, na realidade ser retratado como um herói na Marquês de Sapucaí, por ainda repassar recursos públicos para a festa.
Crivella argumentou que articulou com a Uber para que voltasse a patrocinar o carnaval do Rio, como aconteceu em 2018. A empresa, no entanto, desistiu devido a regras do compliance depois que o deputado Chiquinho da Mangueira, que preside a Mangueira, foi preso na operação Furna da Onça, em novembro, como desdobramento da Lava Jato.
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A falta de recursos tem interferido na rotina dos barracões. A liberação dos recursos para as escolas só foi autorizada em dezembro, mas nem a primeira parcela foi liberada mesmo faltando menos de dois meses do Carnaval.
— Eu que na Sapucaí em 2017 fui considerado traidor, esse ano eu vou sair de herói. Eles jogaram fora o patrocínio que eu consegui. Talvez eles pudessem fazer um enredo: aqui se faz aqui se paga. Nós ajudamos e eles desperdiçaram. Vamos nos reunir com eles para tratar como a prefeitura em um momento de extrema agonia poderá ajudar aqueles que uma vez ajudados jogaram fora a ajuda que receberam — argumentou o prefeito.
O prefeito disse que a situação das contas da prefeitura hoje é diferente de anos anteriores. Ele não quis antecipar se nessa reunião poderia ou não aumentar os subsídios. Ele argumentou que em seus dois primeiros anos no governo contou com cerca de R$ 11 bilhões a menos de recursos em comparação a gestão passada.
— Durante todos os anos da gestão do ex-prefeito Eduardo Paes, que era carnavalesco, cada escola do Grupo Especial recebeu R$ 1 milhão de subvenção. No último ano, R$ 2 milhões. Quando eu assumo, tinha muitas dívidas a pagar (de financiamento de projetos de infraestrutura construídos para a Olimpíada): foram R$ 1,2 bilhão em 2017 e R$ 1,5 bilhão em 2018. Chamei as escolas e disse: darei R$ 1 milhão e me comprometi a conseguir patrocínio. Viabilizei com a Uber, somando tudo, foram quase R$ 21 milhões — disse o prefeito.
Fonte. Jornal Extra.

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