segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Papa aceita renúncia de influente cardeal cinco meses após acusação de assédio sexual


Cardeal Marc Ouellet assiste à missa do Papa para Nossa Senhora de Guadalupe na basílica de São Pedro no Vaticano
Cardeal Marc Ouellet assiste à missa do Papa para Nossa Senhora de Guadalupe na basílica de São Pedro no Vaticano Foto: Andreas Solaro/AFP
AFP

O Papa Francisco aceitou a renúncia do influente cardeal canadense Marc Ouellet nesta segunda-feira, cinco meses após ele ser acusado de assédio sexual quando era arcebispo de Québec, informou o Vaticano. A justificativa apresentada, porém, foi que o purpurado de 78 anos atingiu o limite de idade para a aposentadoria.

Prefeito do Dicastério para os Bispos há uma década e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, Ouellet será substituído pelo monsenhor americano Robert Francis Prevost, atual bispo de Chiclayo, no Peru, que tomará posse em abril. Prevost também terá a responsabilidade de presidir a Comissão para a América Latina, órgão da Santa Sé para a região.

A saída de Ouellet, que ocupou um dos cargos mais importantes do governo do Vaticano, ocorreu depois que ele foi acusado, em agosto, de toques inadequados em uma bolsista entre 2008 e 2010, quando era arcebispo de Québec. Ele "negou categoricamente" essas acusações, as quais qualificou de "difamatórias", e disse que estava disposto a participar de um julgamento para provar "sua inocência".

À época, o Papa Francisco considerou que "os elementos eram insuficientes para abrir uma investigação canônica", e o cardeal permaneceu no cargo. Nesta segunda-feira, porém, a diocese de Québec confirmou à AFP a existência de uma segunda denúncia contra o cardeal, apresentada por uma mulher em 2020. A acusação foi revelada há apenas duas semanas pelo semanário Golias.

O cardeal canadense foi considerado um dos maiores críticos internos do Papa Francisco, foi contra a ordenação de mulheres ao sacerdócio e sempre promoveu as posições mais conservadoras da Igreja Católica sobre casamento homoafetivo, aborto e outras questões sensíveis.

Marc Ouellet foi citado entre os favoritos no último conclave de 2013, no qual o então cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito Papa.

Fonte Jornal Extra

domingo, 29 de janeiro de 2023

Prefeitura de Nova Iguaçu faz vistoria em maciço rochoso de shopping e atende as famílias vítimas de chuva


A Secretaria Municipal de Defesa Civil esteve no Shopping Nova Iguaçu, neste domingo (29), para uma nova vistoria no maciço que cerca o estacionamento do empreendimento. O engenheiro civil responsável pela análise intimou o centro comercial a apresentar um laudo técnico sobre a situação da Pedreira. Em função do incidente, o local onde funciona um parque de diversões está interditado.

No sábado, durante o temporal que atingiu a cidade, uma grande cascata se formou na encosta do morro e algumas pedras rolaram. Ninguém ficou ferido. Também não houve danos ao parque e aos veículos estacionados no local.

“Foi constatado um deslizamento que não afetou o shopping e o parque, e as pedras ficaram contidas na área de amortecimento, projetada para essa finalidade. Fizemos uma intimação para que o shopping apresente um laudo de estabilidade da encosta”, afirmou o engenheiro civil e superintendente de operações da Defesa Civil Rodrigo Faur de Castro, acompanhado do secretário de Meio Ambiente de Nova Iguaçu, Fernando Cid, e por agentes da Guarda Ambiental Municipal.

A Prefeitura também fez diversas ações em bairros da cidade atingidos pelas chuvas. A Secretaria Municipal de Serviços Públicos, a Companhia de Desenvolvimento de Nova Iguaçu (Codeni) e a Empresa Municipal de Limpeza Urbana de Nova Iguaçu (Emlurb) atuaram na limpeza das ruas.

Equipes das secretarias municipais de Assistência Social e Defesa Civil também estiveram nas ruas para atender famílias vítimas da chuva. Dois pontos de apoio foram montados para as pessoas afetadas. Um no CRAS Estação Morro Agudo e o outro no Campo do Cabuçu.

De acordo com o último boletim da Defesa Civil, desde a tarde de sábado, 47 ocorrências foram registradas em função do temporal e houve diversos pontos de alagamentos em vários bairros, como Botafogo, Centro, Cerâmica, Posse, Austin, Ambaí, entre outros. Não há registro de desabrigados, feridos ou vítimas fatais. Quinze pessoas de cinco famílias estão desalojadas.

Neste momento, a cidade está em estágio de atenção devido à previsão de continuidade das chuvas nas próximas horas

Fonte.https://www.novaiguacu.rj.gov.br/

Se For Preciso

Quando satanás passa dos limites


 

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TRÍDUO DE SÃO JOÃO BOSCO

 TRÍDUO DE SÃO JOÃO BOSCO

SEGUNDO DIA - 29 de Janeiro.
Em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém
P - Deus é bendito nos Seus Santos.
T - E glorificado por todos os séculos...
- ORAÇÃO INICIAL
Oh, amado São João Bosco, sacerdote incansável, que consagrastes vossa vida pela conversão e salvação da Juventude, atraindo aqueles que a sociedade da época mais desprezava. Olhai para nossa juventude desencantada com os compromissos sociais, doutrinados nas Universidades com uma ideologia que atenta contra os princípios cristãos, muitos outros destruídos pelas drogas e pelo vício do alcoolismo. Renovai no coração da juventude a devoção à Santíssima Eucaristia e a Virgem Maria Auxiliadora dos cristãos.
Aumentai no coração dos jovens o amor à Igreja e pela evangelização, despertai neles vocações sacerdotais, religiosas e missionárias. Abençoai todos os leigos e consagrados que trabalham com nossos jovens, nestes tempos difíceis que estamos vivendo. Infundi em todos os corações católicos a chama de vosso amor, para que, vivamos em caridade para com nossos jovens sem desanimar. Amém.
- Rogai por nós São João Bosco,
- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
- PALAVRA DE DEUS (Lucas 10:1-3)
Depois disso, designou o Senhor ainda setenta e dois outros discípulos e mandou-os, dois a dois, adiante de si, por todas as cidades e lugares para onde ele tinha de ir.
Disse-lhes: Grande é a messe, mas poucos são os operários. Rogai ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe. Ide; eis que vos envio como cordeiros entre lobos.
- ORAÇÃO DE SÚPLICA
Necessitando de especial auxílio, com grande confiança recorro a vós, ó São João Bosco. Preciso não só de graças espirituais, mas também de graças temporais, e principalmente ( pedir a graça que se deseja).
Vós, que tivestes tanta devoção a Jesus Sacramentado e a Maria Auxiliadora, e que tanto vos compadecestes das desventuras humanas, alcançai-me de Jesus e de sua celeste Mãe a graça que vos peço, e mais: resignação inteira à vontade de Deus. Amém!”
REZAR: Pai Nosso, Ave Maria e Glória...
- Que o Senhor nos Abençoe e nos guarde. Amém
- Bendigamos ao Senhor. Demos Graças a Deus.
Na Foto Abaixo: São João Bosco mostrando o Caminho para a juventude.
Pode ser uma imagem de 3 pessoas e pessoas em pé

EX-MULHER DE LUCIANO POSTA FOTOS ANTIGAS DO CANTOR COM TRAVESTI E DISPARA: 'NUNCA FOI EXEMPLO'


Luciano com uma pessoa não identificada nas fotos postadas pela ex-mulher
Luciano com uma pessoa não identificada nas fotos postadas pela ex-mulher Foto: reprodução/ instagram
Extra





Tem novela nova na família Camargo, e não estamos falando de Zezé, Gracielle Lacerda ou Zilu. Desta vez, o bafafá envolve Luciano. Sua ex-mulher, Cleo Loyola, publicou fotos antigas do cantor e disparou. "Você nunca foi exemplo na sua adolescência e fica falando mal do meu filho. Cria vergonha na cara. Mexa comigo, mas nunca mexa com meu filho, Wesley Loyola Camargo", escreveu ela.

Em outra postagem, Cleo vai além: "A verdadeira história de dois filhos de Francisco, sempre com suas mentiras. Colocou no filme que eu traía você, quando, na verdade, sempre me traiu com travestis e gays. Depois de 29 anos, vou contar a verdade".

Cleo com o filho, Wesley, de seu relacionamento com Luciano
Cleo com o filho, Wesley, de seu relacionamento com Luciano Foto: reprodução/ instagram

Nas fotos postados por sua ex-mulher, Luciano aparece bem novinho ao lado de uma pessoa, não identificada por Cleo. Num dos cliques, eles aparecem dando um beijo na boca. Luciano, segundo Cleo, não teria defendido publicamente o filho no recente episódio. "Não estou procurando ser famosa. Nunca precisei do nome dele. Poderia ter processado o Luciano porque fui caluniada no filme, mas não fiz isso", disse ela em outro vídeo.

Luciano e sua ex-mulher, Cleo Loyola
Luciano e sua ex-mulher, Cleo Loyola Foto: reprodução

A confusão começou quando foi noticiado, na terça-feira, que o filho de Luciano com Cleo, Wesley Loyola Camargo, de 29 anos, teria agredido à mulher. O rapaz negou a informação em sua conta no Instagram: "Gostaria de deixar claro que eu estou sendo vítima de uma falsa denúncia. Estou com minha namorada e mãe da minha filha a 7 anos e nunca tivemos problema algum. E também quero deixar claro que estou tomando as providências devidas por essa calúnia e as pessoas vão responder por tamanha desmoralização fraudulenta!".

Luciano com uma pessoa não identificada nas fotos postadas pela ex-mulher
Luciano com uma pessoa não identificada nas fotos postadas pela ex-mulher Foto: reprodução/ instagram

Para a nova chefe da Funai, Joênia Wapichana, Bolsonaro quis extinção dos ianomami

www.brasil247.com - Joênia Wapichana: um indígena sem terra está fadado ao desaparecimento

Joênia Wapichana: um indígena sem terra está fadado ao desaparecimento

"Nos deparamos com uma tragédia humanitária. Pessoas morrendo de fome, que deveriam estar sendo assistidas pelo Estado brasileiro", lamentou

Brasil de Fato - A primeira presidenta indígena da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana, viajou com o presidente Lula à Roraima, onde acompanhou as ações emergenciais do governo federal para atenuar a crise humanitária na Terra Indígena ianomami. Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, ela relatou ter encontrado uma situação calamitosa na saúde indígena, herança de "muita negligência" do governo de Jair Bolsonaro (PL). Ela diz acreditar que o ex-presidente desejou a extinção do povo ianomami, dada a soma de ações e omissões contrárias ao povo cometidas por sua gestão.

"Nos deparamos com uma tragédia humanitária. Pessoas morrendo de fome, que deveriam estar sendo assistidas pelo Estado brasileiro", lamentou. 

Após a declaração de emergência em saúde, houve reforço nas equipes de saúde e a criação de um hospital de campanha da Força Aérea Brasileira (FAB), que começou a funcionar nesta sexta-feira (27).

"Eu vi, na prática, os profissionais da saúde fazendo reuniões e pude ver que melhorou o atendimento, mas ainda existem demandas. O número de atendimentos aumentou consideravelmente", relatou Joênia.

Para a advogada de Roraima, os altos índices de mortes por doenças tratáveis indicam que houve uma intenção genocida por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL). "Se formos estudar e parar para pensar, ele [Bolsonaro] desejou praticamente a extinção do povo indígena, por suas intenções e por suas omissões."

A parlamentar cumpre até o fim de janeiro o mandato de deputada federal pela Rede Sustentabilidade. Depois, assume a presidência da Funai, que vem sendo aos poucos "desbolsonarizada".

"[A expulsão dos garimpeiros] é o mínimo que se espera da Funai. Mas nesse primeiro momento estamos reconstruindo o país todo", afirmou.

Confira a entrevista na íntegra. 

Brasil de Fato: A senhora está em Roraima há uma semana acompanhando a situação dos iaanomami internados com malária, desnutrição e contaminação por mercúrio. Qual foi a situação que encontraram? 

Joênia Wapichana: Foi a constatação de tudo que a gente vem denunciando e de tudo que a gente levou para o conhecimento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Principalmente ao conhecimento da Funai e também por parte da Sesai [Secretaria Especial de Saúde Indígena] e de outros órgãos que deveriam estar tratando de imediato, e que não trataram o tema, o negligenciaram. Sequer tiveram a sensibilidade de se comoverem com a situação dos povos indígenas.

Nesse primeiro momento, vimos um quadro grave da situação de saúde. Um quadro elevado de desnutrição de crianças, principalmente de 0 à 7 anos. E também de adultos e anciões. Tudo isso num contexto de grave situação do avanço do garimpo ilegal. Nos deparamos com uma tragédia humanitária. Pessoas morrendo de fome que deveriam estar sendo assistidas pelo Estado brasileiro.  

Foi uma situação bastante lamentável, porque há crianças que foram a óbito por malária. Um problema que poderia ser tratado, se houvesse uma assistência correta e adequada da saúde indígena. Elas poderiam ter sido salvas. A situação poderia ser amenizada, elas poderiam estar vivas. Então foi bastante trágico ver o descaso que se tem com os povos indígenas, já muitos anos acumulados e que está resultando nessa tragédia humanitária.  

Quando chegamos em Boa Vista, foi necessária uma urgência por parte do governo Lula, que se prontificou como uma sinalização. Ele foi à Roraima e disse que esse tema é uma prioridade no governo, que tem que responder a isso de imediato. E vamos trabalhar assim. O presidente Lula se sensibilizou com pacientes da Casai [Casa de Saúde Indígena, ligada ao SUS] ao ver a situação das crianças. Naquele primeiro momento, ele já determinou que os ministérios dessem alguma resposta. 

O quadro melhorou após as medidas emergenciais serem tomadas? 

Retornei à Casai ontem e pude constatar um outro quadro. Há mais médicos, principalmente, e mais estrutura. Os militares estão presentes e montou um aparato para atender a necessidade de quem está vindo, para reforçar esse atendimento médico. Eu vi, na prática, os profissionais da saúde fazendo reuniões e pude ver que melhorou o atendimento, mas ainda existem demandas. O número de atendimentos aumentou consideravelmente.  

Eu também tive na sede da Funai, aqui em Roraima. As doações de cestas básicas estão chegando. Muitas pessoas e organizações não governamentais de outros estados estão apoiando. Campanhas estão sendo feitas pelas organizações indígenas e pela sociedade civil organizada. Estão enviando alimentos. 

Recebemos doações de redes. Muitas pessoas não entendem, mas os indígenas, na maior parte, dormem em redes. As pessoas da coordenação da Sesai me disseram que precisam de redes, porque [os pacientes] estavam atando lençóis para dormir. A Funai vai entregar essa redes que recebeu de doações.  

A Funai também está indo na Terra Indígena [ianomami] para fazer essas entregas das cestas básicas. Mas ainda há muito o que se ajustar, adequar, porque não é qualquer alimento que serve para receber de doação. Então a gente agradece bastante essa mobilização da sociedade, mas também tem que seguir uma orientação dos nutricionistas, principalmente porque se trata de crianças.  

O novo governo veio com essa vontade política de resolver esse problema, abriu o diálogo com outros ministérios. Então não é só um ministério, mas todo um trabalho interministerial convocado pela ministra da Saúde, com participação do secretário da Sesai, que também esteve aqui, e da Funai.  

A senhora alertou integrantes do governo sobre a tragédia em curso? Quais respostas recebeu? 

Sim, desde o meu primeiro ano de mandato já venho denunciando. Foram vários ofícios como parlamentar e também nas audiências públicas, onde convocamos o ministro da saúde, o Ministério da Justiça e a Funai. O que mais a gente fez, em diversos momentos foi convocar o governo e cobrar o que estava sendo feito.  

As respostas foram muito vagas. Sempre tentando tirar a responsabilidade deles. Muito descaso, muita negligência. Por isso que muitas vezes também encaminhamos pedidos de impeachment do presidente [Bolsonaro] por diversas vezes. Nós ingressamos no Supremo Tribunal junto com as associações indígenas, o que gerou uma série de decisões também para retirar garimpeiros e para atender na saúde. 

Em 2020 fui relatora do projeto lei que previa um plano emergencial para combater a covid-19 nas terras indígenas. Existia uma fragilidade muito grande na entrada de invasores nas terras indígenas, o que aumentou consideravelmente a contaminação. Inclusive uma das primeiras vítimas da covid no estado de Roraima foi um jovem ianomami. Fizemos levantamentos na CPI da Covid sobre falta de medicação, o aumento da malária e da contaminação da água por mercúrio. Havia um contexto que já apontava que era a situação era bastante grave.  

Em 2022, eu coordenei a Comissão Externa para apurar a situação do povo ianomami lá na região de Waikás, que num primeiro momento era relacionada à questão de abuso sexual. No final do mês de novembro nós colocamos em votação as recomendações, para que o Executivo retirasse os garimpeiros.  

E já havia muitos, muitas denúncias por falta. Naquele tempo já havia indícios de corrupção, de desvio de recursos públicos. Depois de alguns dias, saiu uma operação da Polícia Federal, que constatou o desvio de medicamentos que deveriam ter ido para a área ianomami. Então toda uma crueldade. Uma tragédia anunciada e denunciada que se propagou e aumentou mais ainda 

As organizações indígenas acusam o governo Bolsonaro de genocídio dos povos indígenas. Enquanto advogada e mulher indígena de Roraima, a senhora concorda com essa acusação? 

Não existe uma prova mais clara do que essas as mortes que estamos vendo nos últimos dias. São mortes de criança nossas, que estão nascendo tão pequenas que não conseguem se defender. O que é genocídio? O genocídio tem um contexto que é a intenção de acabar com um grupo nacional, étnico, racial ou religioso. Então, o genocídio teve uma prática intencional. 

O governo Bolsonaro teve essa intenção? Eu acredito que sim, porque desde a campanha, quando ele veio à Roraima, ele falou: “no meu governo, índio não vai ter vez. Vamos abrir as terras para o garimpo. Vamos diminuir a demarcação das terras indígenas, nem um milímetro a mais vai ser demarcado”.  

Então ele [Bolsonaro] já revelou uma intenção do que seria o governo por quatro anos. E de fato, durante esses 4 anos não se demarcou, não se investiu em órgãos como a Funai. Há estudos que mostram uma redução muito grande do orçamento da Funai em termos de recurso para que ela pudesse realizar suas missões institucionais, que é fiscalizar e retirar garimpeiros, combater os ilícitos dentro das terras indígenas e fazer a proteção da vida indígena.  

Quando você deixa de dar condições para que o órgão cumpra seu dever constitucional, você está agindo com intenção, sim. De cada vez mais sucatear, desmantelar e fazer ele não funcionar. Esse é outro indício.  

 [Bolsonaro] desejou praticamente a extinção do povo indígena 

Outro indício são as normativas que foram dadas durante o governo Bolsonaro. Diversas instruções normativas para flexibilizar a entrada de pessoas, entrada de projetos, sem o respeito aos direitos indígenas. Quando você vem a Roraima, vai a uma área de garimpo e faz um discurso encorajando a entrada de garimpeiros e dizendo que haveria a regulamentação de garimpo em Terra indígena [como fez Bolsonaro], você acaba fomentando o aumento de invasões de garimpo e, consequentemente, você está colocando em vulnerabilidade povos que não tem mais condição de fazer sua roça, porque existe um clima de intranquilidade, e as águas para consumir no uso doméstico estão poluídas.  

Então você leva todo um clima de violência para Terra Indígenas, e há várias consequências que levam os indígenas a não terem alimentação. Já havia um déficit antes do governo Bolsonaro, quando era do governo Temer e que foi muito agravado. 

Se formos estudar e parar para pensar, ele [Bolsonaro] desejou praticamente a extinção do povo indígena, por suas intenções e por suas omissões. Porque a questão da responsabilidade não é só de agir, é se omitir também. A omissão também gera consequências. E então você coloca em risco a integridade física dos povos ianomami, você coloca eles em uma condição de vulnerabilidade. Coloca em risco de vida, justamente para provocar a sua destruição. 

Porque a partir do momento que você expõe a vida indígena à violência, seja física, seja por meio da contaminação dos meios naturais que aquele grupo necessita para continuar vivendo, você gera o risco da sua extinção. 

Uma operação da Polícia Federal descobriu um suposto esquema de desvio de medicamentos dos ianomami em novembro do ano passado. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), faltou remédio contra verme para 10 mil crianças indígenas. Só 3 mil foram tratadas. O empresário suspeito era apadrinhado de um senador de Roraima muito próximo de Bolsonaro. É um dos casos de loteamento político dos Distritos Sanitários de Saúde Indígena (DSEIs), que deveriam cuidar da atenção básica de saúde. É possível solucionar isso?

A corrupção tem que ser tratada primeiramente como um crime. Tem que ser dada uma resposta à altura por essa prática que está prejudicando uma coletividade toda, inclusive, é conivente e cúmplice de genocídio. Da mesma forma que os altos escalões estão sujeitos a isso, os coordenadores dos distritos sanitários também têm sua responsabilidade. 

Seja indicação política ou não, se tiver responsabilidade em corrupções ou em omissões, tem que ser encaminhado às autoridades policiais, que têm que apontar os crimes cometidos e encaminhar ao Ministério Público e à Procuradoria Geral da República e punir com os rigores que a lei estabelece.

É necessário que o governo Lula veja essas práticas de indicações. Inclusive, creio que, para a questão indígena, não deveria ter nenhuma indicação política, seja na Funai, seja na Sesai. Os povos indígenas devem ter o protagonismo [nas indicações], por ser um órgão que trata diretamente os povos indígenas. [Seria melhor] Que não tivesse esse apadrinhamento por parte de parlamentares ou políticos ou outros interessados, porque a gente viu que não dá certo. Realmente as indicações têm que ser técnicas. 

Essa é uma das questões que a gente está discutindo na Funai. Que não haja interferência política nas indicações das coordenações regionais. Que haja primeiro o conhecimento técnico, a experiência técnica e o consenso dos povos indígenas.  

A convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que fala sobre a consulta aos povos indígenas, prevê que as nomeações de cargos de pessoas que vão interagir diretamente com comunidades indígenas tem que ter, no mínimo, respeito e diálogo com os povos indígenas, tem que ser conhecedores dessa realidade.  

Eu acredito que essa talvez seja a orientação que a Casa Civil tem passado, inclusive de evitar pessoas radicais como a gente viu assumindo cargos nos últimos 4 anos, com aquela ideia de evangelizar os povos indígenas a qualquer custo. Também vimos indicações de pessoas com ideias bolsonaristas, de ataques à democracia, não reconhecendo os poderes constituídos e tendo uma ideologia que seja, digamos assim, fascista. 

É preciso evitar esses tipos de pessoas, então é importante realmente que todos esses cargos políticos possam ter uma clivagem de perfil  e uma avaliação antes mesmo de tomar posse.  

O garimpo atinge também as Terras Indígenas Kayapó, Munduruku e outras. Nesses lugares vivem pelo menos 13 mil indígenas sujeitos a esses impactos. A partir de fevereiro a senhora assume a presidência da Funai. Haverá operações de expulsão de garimpeiros? 

Com certeza. É o mínimo que se espera da Funai. Mas nesse primeiro momento estamos reconstruindo o país todo. Da mesma forma reconstruindo os órgãos públicos que foram sucateados, desmontados, que não tiveram recursos para ter o mínimo de ações. Antes mesmo de tomar posse, estou verificando o que existe em termos de recurso e quais são as demandas urgentes.  

No grupo de trabalho da comissão de transição, a gente fez o trabalho de diagnosticar as prioridades dos povos indígenas e apontamos essas áreas que você citou no Pará, áreas onde a vida dos povos indígenas corre risco por conta da mineração. 

Esse plano de trabalho vai precisar do apoio de outros ministros. Uma força-tarefa interministerial precisará ser realizada. É de praxe haver isso para haver a desintrusão.  

 Esse novo governo encontrou a casa bagunçada, sucateada 

Nós vamos aguardar os momentos apropriados. Assim que tomarmos posse, não somente eu, mas outros ministérios que também estão se organizando. Nem todo mundo foi nomeado ainda, e em muitos departamentos as diretorias ainda estão tomando a frente do novo governo. Esse novo governo encontrou a casa bagunçada, sucateada.  

É importante envolver outros ministérios, porque a questão não é só a desintrusão dos garimpeiros. Tem que manter uma proteção, tem que dar os devidos cuidados, tem que promover um desenvolvimento sustentável, fazer com que os povos indígenas se fortaleçam. Que a Funai, a partir dos seus projetos de ações e programas na gestão territorial, também possa dar essas condições, para que os jovens indígenas não tenham nenhum motivo para ir para o garimpo, nem que líderes indígenas possam querer negociar suas terras para arrendamento ou defender madeireiros para tirar sua madeira das florestas.  

Então temos que dar o desenvolvimento sustentável e condições de gerir o território. E, por outro lado, fazer com que o governo atue nessa fiscalização mais permanente. E não só de uma forma esporádica, ir lá, retirar os garimpeiros e ponto final. É uma questão transversal que deve ser tratada com bastante cuidado e de forma responsável. Logo que eu assumir a presidência da Funai, sei que vai ser um desafio muito grande e que os recursos são insuficientes. Mas nós temos que ser bastante inovadores e criativos e buscar apoio dos outros ministérios.

Edição: Rodrigo Durão Coelho

Fontebrasil247.com

Alemanha vai doar R$ 1 bilhão para primeiros cem dias de governo Lula, diz ministra alemã

www.brasil247.com -

(Foto: Reuters)


"Queremos um programa imediato para os cem primeiros dias de governo", disse a ministra Svenja Schulze, que está no Brasil

247 - Em entrevista à Folha de S. Paulo, a ministra alemã da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento, Svenja Schulze, disse que o país quer "um programa imediato para os cem primeiros dias de governo" Lula, dispondo de mais de R$ 1 bilhão para o Fundo Amazônia.

"Queremos um programa imediato para os cem primeiros dias de governo, em acordo com o governo, o que pode ser feito e, para isso, [teremos] mais € 200 milhões (R$ 1,1 bilhão)", afirmou.

A doação deve ir além da conservação das florestas e à mitigação das mudanças climáticas .

"Vamos também cooperar em outras áreas, para ajudar a resolver o fosso social, porque temos certeza que a proteção do clima não funciona sem resolver os problemas sociais", pontua Schulze.

A ministra está em São Paulo e viaja para Brasília para encontrar as ministras Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Marina Silva (Meio Ambiente), nesta segunda (30). Ela também participa da agenda oficial do chanceler alemão, Olaf Scholz, que se encontrará com Lula no Brasil.

"O objetivo é ouvir do governo brasileiro sobre as prioridades de investimentos e traçar planos de velocidade de cooperação nas áreas social, de florestas e energia", destaca a reportagem da Folha.

Fonte.bfrasil247.com


Flávio Dino registra Boletim de Ocorrência após ser atacado em prédio de Brasília

www.brasil247.com - Flávio Dino

Flávio Dino (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O homem afirmou que o ministro não tinha o direito de circular pelo prédio em que ele mora.

247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi atacado por um homem que ofendeu o ministro em um prédio residencial, no Sudoeste.

Descontrolado, um homem que não teve a sua identidade revelada, xingou Dino de “ladrão” e ofendeu os seguranças que o acompanhavam.

De acordo com reportagem do Metrópoles, o homem ainda afirmou que o ministro não tinha o direito de circular pelo prédio em que ele mora.

Ainda de acordo com o site, uma ocorrência foi registrada na 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), que investiga o caso como desacato.

Fontebrasil247.com

sábado, 28 de janeiro de 2023

Parte de pedreira de cachoeira de Shopping Nova Iguaçu desaba com a chuva e provoca pânico em frequentadores


Parte da pedreira de cachoeira localizada no estacionamento do Shopping Nova Iguaçu desaba
Parte da pedreira de cachoeira localizada no estacionamento do Shopping Nova Iguaçu desaba
Natália Boere


Parte da pedreira da cachoeira localizada no estacionamento do Shopping Nova Iguaçu desabou com a forte chuva que caiu no final da tarde deste sábado e provocou pânico nos frequentadores. Parte do forro do gesso do banheiro feminino da praça de alimentação do centro comercial também caiu. Segundo a Defesa Civil do município e a assessoria de imprensa do shopping, não há feridos.

Em nota, a secretaria municipal de Defesa Civil de Nova Iguaçu afirmou que "esteve no local e verificou que as pedras que rolaram do maciço alcançaram aproximadamente metade dos 65 metros de distância até a tela de proteção". E que "uma nova vistoria será realizada neste domingo'.

A secretaria municipal de Defesa Civil de Nova Iguaçu acrescentou, ainda em nota, que "subiu para 19 o número de ocorrências registradas em função do temporal que atingiu Nova Iguaçu na tarde deste sábado". E que, "apesar das imagens impactantes, registradas por frequentadores no momento do ocorrido, o material não chegou a atingir o local nem mesmo o parque de diversões que aparece nos vídeos que circulam pelas redes sociais".


Fonte. Jornal Extra

Furtos, brigas e atos obscenos: em dois meses, 73 crimes foram registrados em acampamento golpista do DF

 

Furtos, brigas e atos

A informação consta no relatório de intervenção sobre os atos antidemocráticos apresentado por Ricardo Capelli

www.brasil247.com - Forças de segurança diante de apoiadores de Jair Bolsonaro em Brasília

Forças de segurança diante de apoiadores de Jair Bolsonaro em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - Desde a instalação até a desmobilização do acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, foram registrados 73 crimes na região, informa reportagem de Paolla Serra no jornal O Globo. 
De acordo com a reportagem,  a informação consta no relatório de intervenção sobre os atos antidemocráticos apresentado por Ricardo Capelli ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, nesta sexta-feira. 

O documento mostra que, entre 1o de novembro de 2022 e 9 de janeiro de 2033, ocorreram furtos, lesões corporais, danos e até atos obscenos na região.

Muitos dos bolsonaristas que estavam acampados possuem fichas criminais, como a “Dona Fátima de Tubarão”, que já foi presa por tráfico de drogas, exploração de menores, falsificação de documentos e estelionato. Ela foi detida novamente nesta sexta-feira (27) por envolvimento nos atos terroristas do dia 8 de janeiro. 

Fonte.brasil247.com



sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Pastor era dono de ‘clínica’ em Magé que mantinha internos em condições análogas à escravidão ficava com dinheiro das vítimas, diz polícia











Internos afirmaram que eram impedidos de sair do estabelecimento e fazer contato com os familiares. Caso desobedecessem, perdiam o direito à alimentação e eram trancados em um quarto isolado. Pastor é preso por manter pessoas em condição análoga à escravidão em Magé, na Baixada Fluminense
Reprodução/ TV Globo
O dono de uma ‘clínica’ de reabilitação em Magé, na Baixada Fluminense, que mantinha pessoas em condições análogas à escravidão e que foi preso nesta quinta-feira (26), também falsificava a documentação das vítimas e ficava com o dinheiro oriundo dos benefícios dos internos. A informação é do delegado da 65ª DP (Magé).
“Ele retinha a documentação dessas pessoas. Além disso, ele falsificava as assinaturas dos pacientes e ficava com seus benefícios. Essas vítimas disseram que não viam o dinheiro de seus benefícios. Elas também não podiam deixar essa clínica. Tudo isso será investigado”, disse João Luiz Garcia de Almeida e Costa, titular da 65ª DP.

De acordo a Polícia Civil, o pastor Gilberto Cabral Leão e Cristiano Santos da Silva, diretor do espaço, obrigavam idosos, pessoas com HIV e dependentes químicos a trabalhar no estabelecimento.
“Essas pessoas viviam em condição de escravidão. Além disso, elas eram torturadas. A situação que elas estavam era terrível. A casa estava com mofo, a comida estava estragada. A Vigilância Sanitária de Magé constatou mais de 10 tipos de irregularidades. A situação era precária e insalubre. Temos 10 dias para analisar melhor o que aconteceu e ver quais as providências a serem tomadas contra os envolvidos”, informou o delegado.

Pastor é preso por manter pessoas em condição análoga à escravidão em Magé, na Baixada Fluminense
Reprodução/ TV Globo
Os policiais da 65ª DP (Magé) tinham ido ao local com a Vigilância Sanitária para fazer uma primeira visita, após receberem denúncias, e encontraram a falta de condições de higiene.
Os internos afirmaram que eram impedidos de sair do estabelecimento e de fazer contato com os familiares. Caso desobedecessem, perdiam o direito à alimentação e eram trancados em um quarto isolado, sem refeições.

 

Eles também contaram que eram obrigados a trabalhar e ainda pagavam para permanecer no abrigo.
Todos os internos foram encaminhados para um hospital da Prefeitura de Magé, para passar por exames, e depois serão encaminhados para um abrigo do poder público.
Além dos internos em situação análoga à escravidão, os policiais encontraram uma ligação ilegal de energia no local. Os dois homens foram encaminhados ao sistema prisional e estão à disposição da Justiça.
Pastor é preso por manter pessoas em condição análoga à escravidão em Magé, na Baixada Fluminense
Reprodução/ TV Globo



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