domingo, 27 de dezembro de 2020

Entrevista de Frei Betto a Dráuzio Varella - Todo Cristão deve ser ativista

Passividade é sequela de séculos da hegemonia da escravização da nossa gente

 Por Chico Alencar.

Professor, escritor e ex-deputado federal pelo PT e pelo PSOL

"Mas registro também as lutas: onde há opressão, há resistência. Temos uma trajetória luminosa de defesa dos nativos por suas terras e culturas, conhecemos a força quilombola, as batalhas dos trabalhadores e trabalhadoras, a afirmação das mulheres por sua dignidade aviltada secularmente", escreve o professor, escritor e vereador eleito (PSOL/Rio)



(Publicado no site A Terra é Redonda)

Mestre Paulo Freire (1921-1997), que sabia que “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”, criou o verbo “esperançar”. Ele queria se contrapor à noção, largamente difundida, da mera espera, que pode ser até menos que expectativa: uma certa passividade, a imposição ideológica da cultura da vassalagem, da submissão, da inação.

É certo que toda sociedade tem suas forças de adaptação, de autorreprodução. Mas a formação social brasileira, ao longo da história, foi cristalizando algo além: a passividade. É sequela de séculos da hegemonia da escravização da maioria da nossa gente, na Colônia, no Império e mesmo na República – dos coronéis, das oligarquias.

Esse é o Brasil que chega a 2021. De continuada e crescente desigualdade social, de degradação política jamais vista. Os valores republicanos mais básicos estão corrompidos. Nessa quadra dramática da nossa vida como Nação, experimentamos uma combinação tóxica do ultraneoliberalismo econômico com formas políticas autoritárias, regressistas, fisiológicas, com setores que mal disfarçam um neofascismo tosco. A pequena política tornou-se a grande, a dominante. O negacionismo da ciência avassala o senso comum. E isso custa vidas.

Chegamos a um novo ano com velhos conhecidos nossos, pilares estruturais do nosso atraso: há 14,1 de brasileir@s procurando trabalho; acumulamos, nos últimos 12 meses, uma inflação de 15,9%; a queda no rendimento das famílias prevista é de 5,3%, sem auxílio emergencial e outros benefícios.

Chegamos a mais um ano sob o signo da morte. A pandemia recrudesce favorecida por uma inacreditável postura criminosa do governo federal: em etapas, a política do necroestado vertebrou, de início, a minimização da doença e, depois, o desprezo pelas mortes – que se aproximam das 200 mil! Em seguida a vergonhosa “guerra da vacina”, agora as insuficiências do Plano Nacional da Vacinação e a postura egoísta, sombria, atrasada de Bolsonaro, que alardeia que não se vacinará.

No início do século passado, no alvorecer da República, aconteceu algo parecido. Mas não vindo do governo Rodrigues Alves (1902-1906) e sim de seus opositores. Havia grande desconsideração pelo Instituto Soroterápico, precursor da Fiocruz, na então capital federal, e pelo Instituto Vital Brasil, em São Paulo, precursor do Butantan. O diretor nacional da Saúde Pública, Oswaldo Cruz, era demonizado: Oswaldo “Cruz Credo”, “Nero da Higiene”. A culminância da crise deu-se em 1904, com a Revolta da Vacina, que foi um estuário de muitos descontentamentos, inclusive com aspectos da “modernização urbana” no Rio – que desconsiderava os mais pobres no seu direito à cidade.

As doenças endêmicas faziam abundante colheita. Morria-se de peste bubônica, de varíola, de febre amarela, do cólera, de difteria, de tuberculose, escarlatina e sarampo. Como sempre, os mais desvalidos. Que reconheceram, poucos anos depois, a importância das medidas de saneamento. Nosso grande sanitarista passou a ser reconhecido como “Mestre Oswaldo” e “Messias da Higiene”…

Citei a passividade de grupos e classes na nossa história. Mas registro também as lutas: onde há opressão, há resistência. Temos uma trajetória luminosa de defesa dos nativos por suas terras e culturas, conhecemos a força quilombola, as batalhas dos trabalhadores e trabalhadoras, a afirmação das mulheres por sua dignidade aviltada secularmente pelo patriarcalismo.

Assim gira a roda da História, em meio à boca devoradora do tempo, que não para. O mundo é permanente mudança, as sociedades avançam e recuam, dialeticamente. As épocas sombrias não duram sempre, ainda que tudo esteja “demorando em ser tão ruim”. A invenção do calendário também tem essa eficácia simbólica: exortação ao recomeço, convite à renovação, à retomada. Somos desafiados a vivenciar o escrito e praticado por Paulo Freire: “esperançar é se levantar, é ir atrás, é construir, não desistir”.  Assim seja e sejamos!

Fonte. Brasil247.com


“O pior está por vir”, diz imunologista sobre a pandemia do coronavírus


"Podemos ter um forte aumento de infectados por causa das viagens de fim de ano e da provável reunião de pessoas (...) o pior ainda está por vir", disse o imunologista Anthony Fauci, que também é conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para assuntos relacionados à Covid-19

 “O pior está por vir”, diz imunologista sobre a pandemia do coronavírus


Anthony Fauci
Anthony Fauci (Foto: REUTERS/Tom Brenner)
7 - O imunologista Anthony Fauci afirmou, neste domingo (27), acreditar que o pior da pandemia do coronavírus "ainda está por vir". "Estamos realmente em um ponto muito crítico. Podemos ter um forte aumento de infectados por causa das viagens de fim de ano e da provável reunião de pessoas (...) o pior ainda está por vir", disse o médico, conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para assuntos relacionados à Covid-19. A entrevista foi concedida à CNN.

Sobre a nova variante do Sars-CoV-2, encontrado no Reino Unido, o imunologista afirmou que a mudança não parecer tornar as pessoas mais doentes.

"Obviamente, isso é algo que sempre levamos a sério, mas acho que o público precisa se lembrar que esses são vírus de RNA e estão em mutação contínua o tempo todo. Na maioria das vezes, as mutações não têm um significado funcional", disse.

O mundo tem 81,1 milhões de casos e 1,7 milhão de mortes causadas pela pandemia. Os EUA ocupam o primeiro lugar no ranking global de casos (19,5 milhões), à frente de Índia (10,2 milhões) e Brasil (7,4 milhões). 

O governo americano contabiliza a maior quantidade de óbitos provocados pelo coronavírus (340 mil). Em seguida vem o território brasileiro (191 mil).

Mais de 40 países já começaram a aplicar vacinas contra a pandemia e o Brasil não está presente na lista

Fonte. Brasil247.com



Felipe Neto e Carlinhos Maia trocam farpas no Twitter após festa que teve 47 infectados pelo coronavírus


O youtuber Felipe Neto apontou "irresponsabilidade e desumanidade do cidadão, que é corriqueira e todo mundo sabe", em referência ao ator Carlinhos Maia. Uma peste dessa que passou a vida toda falando mal de todo mundo", respondeu Maia. "Sai do meu pé chulé", afirmou.

Felipe Neto e Carlinhos Maia
Felipe Neto e Carlinhos Maia (Foto: Reprodução)
247 - O youtuber Felipe Neto e Carlinhos Maia trocaram farpas no Twitter, após ator organizar uma festa em que ao menos 47 pessoas foram contaminadas pelo coronavírus. 

"Parabéns a todos os envolvidos", ironizou Neto. "Agora multiplica esse número, pensando em quantas pessoas devem ter sido infectadas pelas pessoas que pegaram na festa. Será q a consciência pesa? Eu duvido", continuou. 

De acordo com o youtuber, "se for provado que a notícia das 47 pessoas infectadas na festa do demonho é fake, eu virei aqui me retratar. Isso não tirará a irresponsabilidade e desumanidade do cidadão, que é corriqueira e todo mundo sabe". "Detalhe: ele me chamou de ‘ela’ e ‘bee’, será que ele pensa que isso ofende?'', acrescentou.



Parabéns a todos os envolvidos. Agora multiplica esse número, pensando em quantas pessoas devem ter sido infectadas pelas pessoas q pegaram na festa. Será q a consciência pesa? Eu duvido.
VILA COVID: ao menos 47 testam positivo após Natal da Vila de Carlinhos Maia
Carlinhos Maia está prestes a enfrentar mais uma enxurrada de protestos na web. É que sua festa Natal na Vila foi foco de dezenas de infecções por covid


Se for provado q a notícia das 47 pessoas infectadas na festa do demonho é fake, eu virei aqui me retratar. Isso não tirará a irresponsabilidade e desumanidade do cidadão, q é corriqueira e td mundo sabe. Detalhe: ele me chamou de “ela” e “bee”, será q ele pensa q isso ofende?


E quem criticou o demonho fui EU. Felipe Neto, 32 anos, praticamente sem pisar na rua desde março, responsável por absolutamente ZERO contaminações.


Demônio é seu cu, uma peste dessa que passou a vida toda falando mal de todo mundo. Errado pra caralho tbmmm, vive julgando os outros!! Sai do meu pé chulé
Felipe Neto #TheTrator25
@felipeneto
Em resposta a @felipeneto
E quem criticou o demonho fui EU. Felipe Neto, 32 anos, praticamente sem pisar na rua desde março, responsável por absolutamente ZERO contaminações.

Bença vó
Felipe Neto #TheTrator25
@felipeneto



Fontge
Adulto. twitter.com/carlinhosmaiao

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